A Nova Ordem Mundial trabalha sobre a reprodução social, no que reside o domínio
das ciências sociais que estudam, particularmente, os “fatores que favorecem a mudança
social”, o que, traduzido da língua de pau globalista, significa: as técnicas de influência e
de controle social que conduzem à revolução silenciosa e doce (menchevique). Mas não é
assim tão fácil transformar a mentalidade de um povo e, ainda que os comunistas tenham
obtido significativos resultados nesse domínio, a revolta latente dos povos que lhes
estavam submetidos denuncia os limites com os quais as técnicas elementares colidem. É
desse modo que o desprezo dos globalistas pelos povos, diante da resistência passiva
destes, se transforma rapidamente em ódio, dado o obstáculo enorme que essa resistência
representa à consecução de seus planos, por transmitir, de geração a geração, uma
herança e uma mentalidade sobre as quais se puderam construir todas as obras de arte e
os milagres do espírito que a humanidade admira – e que a Nova Ordem Mundial deseja
esvaziar de sua substância ou apagar da memória dos homens. Não nos deixemos enganar.
Após décadas de trabalho, é chegada a hora de empregar determinadas técnicas para
modificar a mentalidade dos indivíduos e dos povos. A reforma da educação mundial em
curso visa precisamente a introduzi-las em nossas sociedades.
196 Louis Legrand, L’école unique, à quelles conditions?, Op. cit., p. 96.
197 G. Stanley Hall, Educational problems, Nova Iorque, 1911, II, p. 443-444. Citado
por S.L. Blumenfeld, N.E.A., Trojan horse in american education, Boise, Idaho, USA,
Paradigm Company, 1990, p. 107.
198 J. Dewey, Liberalism and social action, Nova Iorque, G.P. Putnan’s Sons, 1935,
p. 52. Citado por Blumenfeld, Ibid, p. 106.
199 J. Dewey, Democracy and educaction, Nova Iorque, Macmillan, 1916, Free Press
Peperback Edition, 1966, p. 297. Citado por Blumenfeld, Ibid, p. 106.
200 J. Dewey, The school and society, Chicago, 1889; reimpresso em: J. Dewey,
The middle works, 1899-1924, vol. 1: 1899-1901, Joann Boydston, Southern Illinois
University Press, 1976, p. 19. Citado por Blumenfeld, Ibid., p. 106.
201 J. Dewey, Ibid., p. 69. Citado por Blumenfeld, Ibid., p. 106.
202 Escola única: no âmbito educacional francês, concepção, de pretensões
democráticas, de um sistema escolar baseado na seleção para o ensino superior mediante
o critério do mérito, e não segundo condições socioeconômicas – N. do T.
203 A. Prost, L’enseignemant s’est-il democratisé?, PUF, coll. “Sociologies”, 1986.
Citado por Ph. Nemo, Pourquoi ont-ils tué Jules Ferry?, Paris, Grasset, 1991, p. 32.
204 Ibid., p. 201 ss., citado por Ph. Nemo, Ibid., p. 33.
205 Simpósio internacional e mesa redonda, Qualities required of education today...,
Op. Cit., Unesco, p.38. Grifo nosso.
206 Ibid., p. 37.
207 Ibid.
208 M. Jumilhac, Le massacre des innocents, Paris, Plon, 1984. A. Finkielkraut, La
défaite de la pensée, Paris, Gallimard, 1987. J. Capelovici, Em plein délire scolaire, Paris,
Carrère, 1984. J. de Romilly, L’enseignement en détresse, Paris, Juliard, 1984.
209 Seria abusivo relacionar direita e esquerda a capitalismo e comunismo. Por