MINHA NOIVA É UMA PUTA 70
que Henrique tinha guardado durante seus anos de crime. A
negra não aguentava mais viver do salário mixuruca recebido
da Polícia. Este tinha sido seu objetivo, desde o começo, já
que Brigite não gostava mais do cara e queria mudar de vida.
Pretendia encontrar um amor e ser feliz com ele. As palavras
do moribundo, que morreu nos seus braços profetizando que
ela encontraria um amor no dia seguinte à sua morte, a tinha
incentivado. Sabia que Luara era uma policial corrupta. Ofe-
recera a ela a fortuna do marido traficante. Em troca, ela a
livraria da cadeia. Mas estava cansada, mesmo, daquela vida
de vigarista. Apaixonara-se pelo jovem logo a primeira vista.
Queria viver o resto dos seus dias com ele.
- Tenho que ir agora, gente. Vou passar pelo hospital e
depois enterrar a minha irmã. - Disse o jovem.
- Posso ir com você, amor? - Perguntou Brigite.
Ele demorou a responder. Depois, disse:
- Olha, Brigite, estou muito chateado com essa história
toda. Minha irmã morreu por causa de vocês. Isso, para mim,
é imperdoável. Então, vou querer distãncia de você por um
tempo.
Ela abaixou a cabeça, triste. Mas não o rebateu. Haviam
voltado no bote, todos calados. Ele foi ao hospital, mas o pai
já tinha ido para o velório. Foi para lá, encontrando-o deso-
lado. Teve pena do velho, mas não podia fazer nada. Não di-
ria que a morena havia sido uma das culpadas pela morte de
Lelinha, pois sabia que o pai gostava da morena Brigite. Sua
mãe também. Estava num dilema, mas pensava seriamente
em deixar-lhe. Aí, viu a negra Luana se aproximar dele. Ela o
saudou e o beijou na boca. Seu pai ficou cismado. Perguntou:
- Quem é essa, filho?
- Uma amiga, pai.
- Beijando-o assim, na boca? Que intimidade é essa?
- Eu gosto dele, senhor. Somos amantes. Uma única