Segundo Demo (1995, p.130)
A velha aula vive ainda da quimera do “fazer a cabeça do
aluno”, via relação discursiva, decaída na exportação e na
influência autoritária, sem perceber que isto, no fundo, sequer
se diferencia do fenômeno da fofoca. Educação encontra no
ensinar e aprender apenas apoios instrumentais, pois realiza-se
de direito e de fato no aprender a aprender. Dentro desse
contexto, caduca a diferença clássica entre professor e aluno,
como se um apenas ensinasse, outro apenas aprendesse. Ambos
colocam-se o mesmo desafio, ainda que em estágios diversos.
A pedagogia da sala de aula vai esvaindo-se
irremediavelmente, porque está equivocada na raiz.
Já para Rosa, S.S.(1996, p.23)
A educação brasileira precisa mudar. Ninguém discorda desta
afirmação. Vivemos, e não é de hoje, o que se costuma
denominar de crise do ensino. Parece haver, no entanto, uma
espécie de sub-texto, aquele que permanece oculto, de domínio
de todos os que se referem à atual crise da educação brasileira.
Não é difícil explicitá-lo. Trata-se, em última análise, de um
problema de qualidade. E aí concorrem inúmeros fatores: o
chamado nível dos alunos, a má formação dos professores,
aliada à sua péssima remuneração, repetência, evasão e por aí
afora...
A pedagogia tradicional ainda é viva e atuante em nossas escolas e, na medida em que
vamos nos integrando ao que se denomina uma sociedade da informação, crescentemente
globalizada, é importante que a Educação se volte para o desenvolvimento das capacidades de
comunicação, resolver problemas, tomar decisões, fazer inferências, criar, aperfeiçoar
conhecimentos e valores, trabalhar cooperativamente. A aprendizagem se desenvolve a partir da
problematização de situações contextualizadas, levando em conta a visão de mundo do aluno.
Sabe-se porém, que não há uma forma única ou um modelo de educação, nem a escola é o
único lugar onde ela acontece; o ensino escolar não é sua única prática, nem o professor seu único
praticante. A teoria e a prática educacionais serão mais coerentes se souberem explicitar de
antemão, os fins a serem atingidos no processo. A questão é a dificuldade em se determinar com