As mulheres que seguiram jesus, as suas dificuldades e a ousadia que tiveram de passar por cima dos padrões rigidos da sua época para dar testemunho de fé e coragem.
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Language: pt
Added: Sep 28, 2023
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A coragem e a ousadia das mulheres que seguiram Jesus e o honraram na vida e na morte.
A história limita a 12 homens os apóstolos de Jesus . Impossível, no entanto, cogitar que nenhuma mulher o seguia e, depois da crucificação, tenha contribuído na divulgação da Boa Nova. Os relatos nesse sentido são diversos, mesmo no Novo Tratamento.
Personagens de um tempo em que valiam, talvez, pouco mais do que uma mercadoria, as mulheres do Evangelho não receberam o reconhecimento devido por seu legado. Depois de 2.000 anos, ainda é necessário recorrer a fontes variadas para montar esse “quebra-cabeça”.
Exclusão social e a descriminação
Em alguns casos, seus nomes nem foram mencionados. identificando-as apenas pelo comportamento ou acontecimentos.
Certamente não foram somente essas que Jesus socorreu. M ulheres desorientadas, mães aflitas, viúvas desamparadas, meninas órfãs procuravam refúgio, consolo e orientação de Jesus.
Diante de tudo isso, Teria tido Jesus Discipulas?
Os evangelhos afirmam que muitas mulheres seguiam Jesus em suas andanças pela Galileia e auxiliavam com seus recursos a comprar mantimentos para auxilio aos necessitados. Por isso, pais e maridos consideravam que jesus as havia enfeitiçado e derramavam sua indignação e seu ódio contra Ele.
Lucas (8,1-5), procura dar destaque a esse fato, colocando até os nomes das mulheres que eram discipulas de Jesus, justamente para dar um testemunho histórico preciso e seguro para confirmar a verdade daquilo que relata. São elas: “Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demônios; Joana, mulher de Cuza, procurador de Herodes; Susana, que o assistiram com as suas posses” .
Jesus jamais fez distinção entre homens e mulheres. Aliás, colocou as mulheres em pé de igualdade com os homens, com os mesmos direitos, tratando-as com a mesma atenção e as mesmas medidas.
Jesus procurava parear a figura feminina e a masculina nos seus ensinos. Vai moldando as falas e as parábolas para dirigir-se a ambos os públicos. Um dos Exemplos é a parábola do Remendo novo em pano velho, e o vinho novo em odre velho. Outra que se pode destacar: O grão de mostarda e a parábola do fermento.
Causou escândalo para alguns fariseus perdoando a mulher adúltera, surpreendeu os seus discípulos falando com a Samaritana, transgrediu as leis mantendo uma amizade especial com Maria e Marta.
Não somente isto: escolheu justamente as mulheres para se manifestar na aurora do dia da Páscoa, nos primeiros momentos do grandioso milagre da ressurreição. Foi para elas que anunciou por primeiro que havia ressuscitado e foi a elas que confiou a tarefa de ir anunciar a ressurreição aos discípulos.
A primeira e a mais importante! Maria de Nazaré Maria de Nazaré é a “personalidade sublimada” , conforme Emmanuel em A Caminho da Luz , livro psicografado por Chico Xavier, que foi escolhida para desempenhar a missão complexa e desafiadora de ser a mãe do Messias, Jesus Cristo, em sua encarnação missionária.
[...]Assim num trabalho planejado e de grande relevância no mundo espiritual, processou-se a escolha daqueles que auxiliariam Jesus em sua missão de libertação pelo amor por excelência.
Todos esses colaboradores do Cristo prontificaram-se a exercer a sua missão, cada qual conforme as determinações do alto e do planejamento realizado, cabendo ao Espírito amigo e meigo que assumiu entre nós a identidade de Maria de Nazaré , a tarefa magnânima, porém muito complexa, de ser a mãe de Jesus, e que estaria conduzindo os passos do Messias até que ele pudesse, pessoalmente, conduzir toda a humanidade nas veredas do amor, do qual foi o principal agente e exemplo incontestável. Assim, a missão de Maria começa, portanto, no plano espiritual, quando aceita fazer parte da equipe de Jesus.
Ela havia sido advertida por Simeão, sacerdote no templo de Jerusalém, quando fora levar Jesus para a apresentação e purificação conforme as determinações da Lei de Moisés, que lhe disse: “…e a ti Maria , uma espada traspassará tua alma! – para que se revelem os pensamentos íntimos de muitos corações.” (Lucas 2:35)
De qualquer forma, precisamos entender que quando Maria afirmou: “Eu sou a serva do Senhor” ela realmente queria dizer isso, ou seja, que compreendia que sua vida seria marcada pela renúncia e pela prática do amor incondicional.
Maria de Nazaré, respaldada por sua posição espiritual superior, aceitava aqueles fatos dolorosos e tristes, que lhe causavam pesar profundo, como parte da missão que assumira diante de Deus. E, alicerçada pela própria fé inabalável , sofreu, mas sem revoltar-se, preocupando-se mais em buscar o filho amado para ofertar-lhe sua presença amorosa, tentando amenizar as dores e sofrimentos atrozes pelos quais passava.
Seu exemplo de fé deve inspirar a todos nós ao enfrentarmos as dificuldades da vida, os obstáculos que se apresentam em nosso caminho, com esperança, fé e coragem, pois sabemos que não estamos desamparados pela misericórdia infinita, que nos acolhe e nos trata como seus filhos queridos, que, entretanto, à guisa de proteção, não nos retira as oportunidades de aprendizagem, visando à nossa renovação interior conforme os padrões do amor e da luz, atitude essa consistente com o papel paterno. Deus é o primeiro e maior Educador de almas!
Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou com lágrimas os meus pés, e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas ela, desde que entrou, não cessou de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta ungiu-me os pés com unguento. Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, pois muito amou. LUCAS 7:44-47 Vês tu esta mulher?
Análise do segundo texto de João: Maria de Magdala Maria de Magdala representa o exemplo dos que cometem equívocos graves em sua marcha evolutiva, mas que conseguem, ao toque do amor do Cristo, reajustar-se perante a Lei de Deus e voltar-se, definitivamente, para o bem. Seguiu Jesus em muitas de suas peregrinações, estando presente nos momentos dolorosos da crucificação, em companhia de outras mulheres, e também no sublime instante da ressurreição do Senhor.
Submeteu-se a todo tipo de infortúnio, exemplificando-se como fiel servidora do Cristo, sem jamais desfalecer ou reclamar de algo. Vivendo junto aos leprosos (hansenianos), cuidando deles, foi contaminada pelo agente infeccioso, responsável pela doença. A morte do corpo a alcançou num momento em que a enfermidade se espalhava, inflexível, por todo o seu organismo, cobrindo-o de pústulas e lesões deformantes. Entretanto, o seu Espírito estava em paz, ela conseguira passar pela porta estreita e alcançar a glória da felicidade verdadeira.
É o maior exemplo de amor e de transformação interior, porque era uma apaixonada pelos vícios e pela vida desregrada. Através da sua vontade e do seu esforço íntimo ela consegue deles se libertar.
Quem foi Joana de Cuza? O Espírito Humberto de Campos a ela se refere como uma mulher de muitas posses, que tinha a seu serviço inúmeras criadas, que a serviam com zelo. Desfrutava, ao tempo de Jesus, de privilegiado nível social, em Cafarnaum. Casada com alto funcionário de Herodes, Joana era das mulheres mais altamente colocadas naquela sociedade.
Joana tentara expor ao marido a sua nova crença, em vão. Trazendo a alma torturada, certa vez procurou o Mestre para lhe falar das suas lutas e desgostos. Jesus a ouviu longamente e depois ponderou: Joana, só há um Deus, que é o Nosso Pai, e só existe uma fé para as nossas relações com o Seu amor. Todos os templos da Terra são de pedra; eu venho, em nome de Deus, abrir o templo da fé viva no coração dos homens.
Por fim, Jesus lhe recomenda que volte ao lar e ame o seu companheiro, despedindo-a com um Vai, filha!... Sê fiel! Uma inflexão de tal carinho, que ela jamais haveria de esquecer. Retornou ao lar e transformou todas as suas dores num hino de triunfo silencioso em cada dia. Procurou esquecer as características inferiores do marido, enaltecendo o que ele possuía de bom.
Ao comando da sua maldade, Nero, tendo acusado os cristãos de terem ateado fogo em Roma, foram executados de duzentos a trezentos mil. No dia 27 de agosto de 68, nas proximidades das águas termais de Caracala, no Monte Aventino, Joana, junto a outros quinhentos cristãos, foi levada ao poste do martírio. De cabelos nevados, ela ouve as queixas de um homem novo, amarrado ao poste próximo. É seu filho que exclama, entre lágrimas: Repudia a Jesus, minha mãe!... Não vês que nos perdemos?! Abjura!...por mim, que sou teu filho!..
Lembra Maria, mãe de Jesus, que assistira, por horas, o suplício do seu amado filho. Por fim, acode-lhe à memória, a tarde memorável do particular encontro com o Mestre e Suas palavras de despedida: Vai filha! Sê fiel!
E pede ao filho que se cale, conclamando-o à fidelidade a Deus. As labaredas lhe lambem o corpo e ela abafa, no peito, os gemidos. A massa de povo grita, desvairada. Um dos verdugos se aproxima e lhe pergunta, irônico: O teu Cristo soube apenas ensinar-te a morrer?
A resposta, corajosa, se deu num murmúrio: Não apenas a morrer, mas também a vos amar! E sentindo uma mão suave a lhe tocar os ombros, escutou a voz inconfundível do Divino Pastor: Joana, tem bom ânimo! Eu aqui estou! 5 Triunfante, ela transpôs o pórtico da morte para adentrar na verdadeira vida.
Reencarnações seguintes servindo no Bem Joana Inês De La Cruz Joana Angélica De Jesus Joana De Angelis
Independente do tempo, da época e das crenças o papel da mulher foi, é, e será sempre significativo onde ela se encontrar, pelo simples fato do seu papel ser sempre desafiador! O que todas essas mulheres tem em comum? O que podemos tirar de exemplo prático para os nosso dias atuais que elas nos deixaram?