Neo marxismo

asluigi 1,561 views 26 slides Sep 11, 2017
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Prof André Santos Luigi
Teoria da História: temas contemporâneos
Licenciatura em História – 2º Semestre


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Neo-marxismo Prof André Santos Luigi Teoria da História: temas contemporâneos Licenciatura em História – 2º Semestre

Karl Marx – Fundamentos teóricos Hegel Fenomenologia do Espirito Dialética Idealista Dialética Materialista Materialismo Histórico Produção da vida material Estrutura e Superestrutura Ideologia Modos de Produção – Asiático, Escravista, Feudal e Capitalista Crise, contradição, revolução e superação

Karl Marx – O Capital Modo de Produção Capitalista Propriedade privada - Burguesia Meios de produção Meios de circulação Trabalho x Força de Trabalho Alienação Fetiche da mercadoria Práxis Estrutura e Superestrutura Capitalista

Marxismos Considerações sobre o Marxismo Ocidental, Perry Anderson Tradição Clássica Marxismo Ocidental Neo-Marxismos

Tradição Clássica (1864 – 1918) Revolução Russa Teoria é a prática Práxis Internacionais Comunista 1864 – I Internacional Comunista Karl Marx como dirigente Apoio às pautas operárias na Europa e nos EUA 1872 – Disputa pelo poder político nacionais 1889 – II Internacional Comunista Friederich Engels Doutrina Marxista 1919 – III Internacional Comunista – Comintern Lênin Ditadura do Proletariado

Marxismo Ocidental (1918-1968) Contexto Derrota da revolução proletária no Ocidente Ascensão do fascismo e do nazismo na Europa Ocidental A consolidação do stalinismo na URSS Comintern era o órgão oficial para produzir reflexões sobre a Doutrina Marxista França, Itália e Alemanha Ruptura com a prática política

Marxismo Ocidental – Autores Alemanha Lucacks Benjamin, Adorno e Horkheimer Itália Gramsci França Marcuse, Lefbvre, Sartre e Althusser

Marxismo Ocidental Desde o seu início, o grupo esteve sujeito a severas restrições políticas em seu trabalho teórico, uma vez que, a essa altura, todas as questões centrais referentes à análise do desenvolvimento capitalista e ao comportamento da luta de classes eram atribuição exclusiva do Comintern (...). Assim, o espaço para a atividade intelectual dentro do marxismo reduziu-se bastante no âmbito dos partidos comunistas europeus . ( Anderson, 1989, p.56 ) A consequência desse impasse seria o silêncio premeditado do marxismo ocidental naquelas áreas mais fundamentais para as tradições clássicas do materialismo histórico, quais sejam: o xame das leis econômicas do funcionamento do capitalismocomo um modo de produção, a análise da máquina política do Estado burguês, a estratégia da luta de classes para derrubá-lo . ( Anderson, 1989, p.66)

Marxismo Ocidental Ao avançar além das questões de método para focalizar questões substantivas, acabou por concentrar-se predominantemente no estudo de superestruturas. As ordens superestruturais específicas que receberam as atenções mais constantes e minuciosas eram aquelas que ocupavam as posições “mais altas” na classificação das distâncias em relação à infraestrutura econômica, para citar uma expressão de Engels . Em outras palavras, não residiam no Estado ou na Lei a origem dos objetos mais comuns de suas investigações. Foi a cultura o alvo central de suas atenções. Dentro do domínio da cultura em si, foi sobretudo a Arte que mobilizou os mais destacados talentos e energias intelectuais do marxismo ocidental . (Anderson,1989 , p.109)

Marxismo Ocidental o pessimismo comum e latente. Todos os principais desenvolvimentos no interior desta tradição se distinguem do legado clássico do materialismo histórico pelo caráter sombrio de suas implicações históricas ou conclusões. ( Anderson, 1989, p.123)

Neo-Marxismos – Contexto Maio de 1968 – Proibido poibir Auge da Guerra Fria Primavera de Praga, Tchecoslováquia Greve Geral na França Oposição comunista e do governo Movimento espontâneo, aliando diversos setores da sociedade Contra a opção socialista e capitalista Contra-cultura

New Left Reagem ao abandono da política Reagem ao avanço do pós-modernismo na cademia e nas artes Estados Unidos Repressão contra a organização partidária pela CIA Movimentos populares ( Guerra do Vietnã e Direitos civis) Aproximação dos movimentos de contra-cultura (Hippie) Europa Intelectualmente dirigido Projetos partidários Pauta da justiça social

Edward P. Thompson Nasceu em 1924 História na Universidade de Cambridge Partido Comunista II Guerra Mundial 1946 – Graduação 1950 – Departamento de Cursos de Extensão da Universidade de Leeds Educação de Adultos 1950 – Grupo de Historiadores do Partido Comunista Britânico Eric Hobsbawm , Cristopher Hill, Maurice Dobb entre outros 1956 – Rompe com o Partido Comunista por causa do Stalinismo Iugoslávia

Crítica aos marxismos A formação da classe operária inglesa, 1963 – Thompson Editor da New Left Review Raymond Williams, Eric Hobsbawm , Cristopher Hill, Maurice Dobb e outros As peculiaridades dos ingleses em resposta aos artigos de Perry Anderson e Tom Nairn Origens da presente crise, 1964 – Anderson e Nairn Burguesia inglesa não concluiu sua formação / Não rompeu com o Antigo Regime A Miséria da teoria ou um planetário de erros , contra Althusser Critica o estruturalismo marxista

Materialismo histórico Tal idealismo consiste não em postular ou negar o primado de um mundo material ulterior, mas um universo conceptual autogerador que impõe sua própria idealidade aos fenômenos da existência material e social, em lugar de se empenhar num diálogo contínuo com os mesmos (...). A categoria ganhou primazia sobre seu referente material; a estrutura conceptual paira sobre o ser social e o domina Thompson , A Miséria da Teoria, 1981 , p. 22

Revisão de Marx Em nosso novo contexto, frente a objeções novas e talvez mais sutis, essas proposições [de Marx] devem ser novamente pensadas e formuladas. Trata-se de um problema histórico conhecido. Tudo deve ser repensado mais uma vez, todo termo deve submeter-se a novos exames Thompson, A Miséria da Teoria, 1981, p . 35

Crítica O erro do reducionismo não consiste em estabelecer essas conexões, mas em sugerir que as idéias ou eventos são, em essência, a mesma coisa que o contexto causal; que idéias, crenças religiosas ou trabalho de arte podem ser reduzidos (como se reduz uma equação complexa) aos “reais” interesses de classe que expressam. Thompson , A particularidade dos ingleses, 1998, p. 92-93.

Totalidade Estamos falando de homens e mulheres, em sua vida material, em suas relações determinadas, em sua experiência dessas relações, e em sua autoconsciência dessa experiência. Por ‘relações determinadas’ indicamos relações estruturadas em termos de classe, dentro de formações sociais particulares” Thompson , Thompson, A Miséria da Teoria, 1981, p . 111

Historicidade ...não como sujeitos autônomos, ‘indivíduos livres’, mas como pessoas que experimentam suas situações e relações produtivas determinadas como necessidades e interesses e como antagonismos, e em seguida ‘tratam’ essa experiência em sua consciência e sua cultura (...) e em seguida (...) agem, por sua vez, sobre sua situação determinada. Thompson , A Miséria da Teoria, 1981 , p. 182

Cultura As pessoas não experimentam sua própria experiência apenas como idéias, no âmbito do pensamento e de seus procedimentos (...) Elas também experimentam sua experiência como sentimento e lidam com esse sentimento na cultura, como normas, obrigações familiares e de parentesco, e reciprocidades, como valores ou (através de formas mais elaboradas) na arte ou nas convicções religiosas Thompson , A Miséria da Teoria, 1981 , p. 189

Experiência A experiência entra sem bater à porta e anuncia mortes, crises de subsistência, guerra de trincheira, desemprego, inflação, genocídio. Pessoas estão famintas: seus sobreviventes têm novos modos de pensar em relação ao mercado. Pessoas são presas: na prisão pensam de modo diverso sobre as leis. Frente a essas experiências, velhos sistemas conceituais podem desmoronar e novas problemáticas podem insistir em impor sua presença Thompson , A Miséria da Teoria, 1981 , p. 17

Classe Classe é uma formação social e cultural (freqüentemente adquirindo expressão institucional) que não pode ser definida abstrata ou isoladamente, mas apenas em termos de relação com outras classes; e, em última análise, a definição só pode ser feita através do tempo, isto é, ação, reação, mudança e conflito. Quando falamos de uma classe, estamos pensando em um corpo de pessoas, definido sem grande precisão, compartilhando a mesma categoria de interesses, experiências sociais, tradição e sistemas de valores, que tem disposição para se comportar como classe, para definir, a si próprio em suas ações e em sua consciência em relação a outros grupos de pessoas, em termos classistas. Mas classe, mesmo, não é uma coisa, é um acontecimento . Thompson, A particularidade dos ingleses, vol. 1, 1998, p. 102

Conhecimento Histórico A evidência histórica existe, em sua forma primária, não para revelar seu próprio significado, mas para ser interrogada por mentes treinadas numa disciplina de desconfiança atenta Thompson , 1981, p. 38 “( a) ser provisório e incompleto (mas não, por isso inverídico), (b) seletivo (mas não, por isso, inverídico), limitado e definido pelas perguntas feitas à evidência (e os conceitos que informam essas perguntas), e, portanto, só ‘verdadeiro’ dentro do campo assim definido ” Thompson , 1981, p. 49 Segue-se dessas proposições que a relação entre o conhecimento histórico e seu objeto não pode ser compreendida em quaisquer termos que suponham ser um deles função (inferência de, revelação, abstração, atribuição ou “ilustração”) do outro. A interrogação e a resposta são mutuamente determinantes, e a relação só pode ser compreendida como um diálogo . Thompson, 1981, p. 50

Materialismo Histórico O objeto real é epistemologicamente inerte: isto é, não se pode impor ou revelar ao conhecimento: tudo isso se processa no pensamento e seus procedimentos. Mas isto não significa que seja inerte de outras maneiras: não precisa, de modo algum, ser sociológica ou ideologicamente inerte. E coroando tudo, o real não está “lá fora” e o pensamento dentro do silencioso auditório de conferências de nossas cabeças, “aqui dentro”. Pensamento e ser habitam um único espaço, que somos nós mesmos. Mesmo quando pensamos, também temos fome e ódio, adoecemos ou amamos, e a consciência está misturada ao ser; mesmo ao contemplarmos o “real”, sentimos a nossa própria realidade palpável Thompson , 1981, p. 27

Estrutura e Superestrutura Os valores não são “pensados”, nem “chamados”; são vividos, e surgem dentro do mesmo vínculo com a vida material e as relações materiais em que surgem nossas idéias. São as normas, regras, expectativas etc. necessárias e aprendidas (e “aprendidas” no 118 sentimento) no “habitus” de viver; e aprendidas, em primeiro lugar, na família, no trabalho e na comunidade imediata. Sem esse aprendizado a vida social não poderia ser mantida e toda produção cessaria Thompson , Thompson, A Miséria da Teoria, 1981, p . 194 Os eventos culturais, entretanto, são causalmente condicionados por eventos econômicos . Thompson , A particularidade dos ingleses, 1998, vol 1, p . 93

Referências THOMPSON, Edward P. A miséria da teoria ou um planetário de erros. Rio de Janeiro: Zahar, 1981 . _____. A formação da classe operária inglesa: a árvore da liberdade. 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997 . _____. As peculiaridades dos ingleses. In.: NEGRO, Antonio Luigi; SILVA, Sergio (orgs.). E. P. Thompson: as peculiaridades dos ingleses e outros artigos. 3. ed. Campinas: Unicamp, 1998a. v. 1. (Coleção Textos Didáticos ) _____. As peculiaridades dos ingleses. In.: NEGRO, Antonio Luigi; SILVA, Sergio (orgs.). E. P. Thompson: as peculiaridades dos ingleses e outros artigos. 3. ed. Campinas: Unicamp, 1998b. v. 2, p. 57-106. (Coleção Textos Didáticos)
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