Olho Vermelho

NeuzelitoFilho 6,166 views 32 slides May 26, 2019
Slide 1
Slide 1 of 32
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32

About This Presentation

Seminário apresentado por mim, durante internato.
Apresentação com anotações


Slide Content

Olho vermelho Neuzelito Cavalcanti Sobral Filho – Estudante de Medicina

Carla, 40 anos, sem comorbidades , chega ansiosamente ao seu consultório para mostrar seu olho que amanheceu parcialmente coberto de uma cor vermelha intensa. Ficou assustada pois seu pai teve um AVC hemorrágico recentemente. Refere apenas desconforto leve no olho direito, sem outros sintomas. Ao exame, apresenta coleção difusa de sangue no olho direito, preservando a íris, com acuidade visual normal e reflexos pupilares presentes. Pressão arterial é de 155x95 mmHg. Qual a conduta a ser tomada?

Olho vermelho Representada por hiperemia da conjuntiva bulbar Qualquer doença que afete a córnea, a conjuntiva, a íris ou corpo ciliado pode se expressar por olho vermelho A maioria dos pacientes com olho vermelho tem um problema de fácil diagnóstico e tratamento Uma das principais causas oftalmológicas de consulta em atenção primária

Olho vermelho Abordagem diagnóstica: Realizar uma anamnese em busca de sintomas associados e um exame físico direcionado Buscar sinais de alerta( necessidade de encaminhamento para oftalmologista)

Olho vermelho Sensação de corpo estranho e a fotofobia podem estar na conjuntivite ou em lesão corneana . Diferenciação: na lesão corneana , o pct não consegue manter os olhos abertos em ambiente claro Pesquisa de trauma ocular: fluoresceína

Olho vermelho Lacrimejamento Secreção aquosa Secreção purulenta Lesões corneanas Conjuntivites virais Infecções bacterianas Corpo estranho Conjuntivites alérgicas Glaucoma

Olho vermelho Conjuntiva bulbar + conjuntiva palpebral Hiperemia perilimbar (entre córnea e esclera) Conjuntivite Condições graves: glaucoma e iridociclite Padrão da hiperemia ocular Exame pupilar Glaucoma agudo Iridociclite Midríase irregular, sem reação a luz Miose

Olho vermelho

Inflamação da conjuntiva, secundário a uma infecção bacteriana, viral ou uma reação alérgica. Geralmente autolimitada e com pouca morbidade Diagnóstico clínico Conjuntivite :

Quadro clínico Geralmente um olho é acometido primeiro, seguindo-se o acometimento bilateral. Não é incomum a ocorrência de inflamação da pálpebra ( blefarite ) Sensação de “areia nos olhos” ou de corpo estranho. Não tem : dor ocular, redução da acuidade visual e fotofobia excessiva Pupilas normais e fotorreagentes Conjuntivite :

Sinais característicos: Hiperemia conjuntival de predomínio periférico Diversos tipos de secreção Conjuntiva tarsal inflamada (papilas, folículos, pseudomembranas ou membranas) Blefarite associada Conjuntivite :

Viral: A mais comum Geralmente Adenovírus Eliminado pela via respiratória e secreções oculares Bastante contagiosa. Forma de contágio: Olho do paciente- mão do paciente- mão do contactante - olho do contactante Duração: 1-2 semanas (período de transmissão) Conjuntivite :

Conjuntivite alérgica: Hipersensibilidade tipo I Ácaros, gatos, mofo etc Início abrupto Afeta os 2 olhos simultaneamente Lacrimejamento, secreção mucoide, quemose e prurido intenso Autolimitada Colírios de anti-histamínicos-H1 ( levocabastina 0,05%) . 4x/dia, até 2 semanas Conjuntivite :

Conjuntivite tóxica Conjuntivite mecânica Conjuntivite da lente de contato

Conjuntivite: Conjuntive bacteriana: Agente mais comum é o Staphylococcus aureus (adultos ), Haemophilus influenzae . Pseudomonas ( lente de contato Transmitidas pelas secreções, geralmente pelas mãos Começa em um olho e 1-2 dias passa para o outro Secreção purulenta

Conjuntivite Bacteriana Viral Alérgica Secreção mucopurulenta Secreção mais aquosa Ardência , prurido e secreção mucoide Conjuntiva lisa e inflamada, com pontos vermelhos Folículos translúcidos circundados por vasos sanguíneos Exposição a uma substância alergênica. Congestão nasal e espirros Sem adenopatia pré -auricular Adenopatia pré -auricular Não é contagiosa *A queixa de amanhecer com “olho grudado”, isoladamente, não pode ser utilizada para diferenciar as conjuntivites

Conjuntivite Cuidados com conjuntivite infecciosa: Orientações com cuidado com higiene das mãos, soluções oftálmicas e toalhas. Secreção palpebral deve ser limpa com pano delicado umedecido em água limpa. Uso de lentes de contato deve ser interrompido por pelo menos 24h após o término do tratamento ou até não haver mais sinais e sintomas.

Tratamento geral: Medidas gerais: compressas de água gelada 4x/dia... Colírios lubrificantes( hidroxipropilmetilcelulose 0,5%) 4x/dia Conjuntivite

Tratamento conjuntivite viral: Compressa de água gelada 4x/dia Colírios lubrificantes 4x/dia Conjuntivite

Conjuntivite Sobre uso de antibióticos nas bacterianas... Maioria dos quadros de conjuntivite infecciosa se resolve em até 1 a 2 semanas (65% em cinco dias) Estudos realizados na atenção primária: não houve diferença entre o grupo tratado com antibiótico e o grupo placebo Até 10% dos indivíduos tratados apresentavam reações adversas Risco de complicações é baixa para os não tratados

Tratamento conjuntivite bacteriana: Compressa de água gelada 4x/dia Colírios lubrificantes 4x/dia Antibiótico: Ciprofloxacina 0,3%( P e C) norfloxacina 0,3% ( C) Tetraciclina (P) Tobramicina 0,3% ( C ou P) Cloranfenicol 0,4% ( C) Conjuntivite

Ricardo, 40 anos, chegou na UBS apresentando, há 5 dias, hiperemia conjuntival mais intensa em um dos olhos, presença de folículos na conjuntiva e adenopatia pré -articular. Qual o diagnóstico mais provável e seu tratamento? Conjuntivite alérgica. Conjuntivite bacteriana. Conjuntivite micótica. Conjuntivite viral.

Hemorragia Subconjuntival Coleção de sangue entre a conjuntiva e esclera, com margens limitadas Decorrente de um pequeno trauma, crise de tosse ou vômitos. Associada a Hipertensão, diabetes, uso de corticoide etc Remissão espontânea Tranquilizar paciente

Episclerite Inflamação aguda da episclera Benigna e autolimitada Idiopática(70%) Desconforto ocular, lacrimejamento Sem dor ocular, fotofobia, borramento visual ou secreção Alívio dos sintomas: colírio lubrificantes e colírios antinflamatórios ( diclofenaco 1%), 4x dia

Glaucoma agudo Forte dor ocular, diminuição da acuidade visual, fotofobia e lacrimejamento intenso. Globo ocular difusamente vermelho Pressão ocular elevada: consistência dura à palpação bidigital do globo ocular. Encaminhamento

CORPO ESTRANHO Dor, fotofobia, lacrimejamento, sensação de corpo estranho ou história de trauma Colírio anestésico antes do exame Eversão da pálpebra Irrigar córnea com água na direção do corpo estranho Remoção com contonete molhado Em último caso, pode utilizar agulha de insulina

Queimadura química Urgências oftalmológicas Dor e vermelhidão ocular, fotofobia e redução da acuidade visual Por agentes ácidos(ácido sulfúrico) e básicos( soda cáustica, cal e amônia) Lavagem ocular copiosa Analgésico sistêmico Encaminhamento

Queimadura física Exposição à irradiação ultravioleta (sol, solda elétrica) Surge 10 a 12 horas após a exposição Dor, vermelhidão ocular, fotofobia e blefarospasmo . Tratamento: curativo oclusivo binocular(24h), sedação e repouso por 24 horas

BLEFARITE Inflamação crônica das margens palpebrais, com secreção purulenta Sintomas intermitentes: Prurido, queimação e fincada em palpebras Disfunção seborreica, contaminação por Staphylococcus aureus ou disfunção das glândulas de Meibomius . Pode predispor aparecimento de hordéolos Tratamento: Higiene palpebral com xampu neutro + pomada de antibiótico

Síndrome do Olho seco Redução da produção lacrimal, aumento da evaporação lacrimal e alteração qualitativas da lágrima Ardência ocular, sensação de corpo estranho, borramento visual, com variação ao piscar, vermelhidão e lacrimejamento. Diagnóstico: Teste de Schirmer . Tratamento: colírios lubrificantes( lágrimas artificiais).

Osvaldo tem 62 anos, trabalha como porteiro de escola e permanece em acompanhamento com diagnóstico de diabetes, polineuropatia e glaucoma de ângulo fechado. No retorno ambulatorial refere dor em ‘’ambas as pernas’’ sendo medicado com amitriptilina . Evolui com olhos vermelhos, dor importante na cabeça e sobre os olhos, visão com halos coloridos, náuseas e vômitos. O diagnóstico mais provável de Osvaldo e a orientação pertinente são, respectivamente: conjuntivite/afastado do trabalho e medicado com colírio de corticoide glaucoma agudo/encaminhado para emergência oftalmológica enxaqueca/medicamento com analgésicos episclerite / tratamento ambulatorial/

Paciente chega a UBS, vítima de queimadura química por ácido em região facial periorbitária , há 2 hora. Diz que demorou a vir, pois não tem transporte, e veio a pé. A conduta imediata para o atendimento é: a) lavagem ocular com solução tampão alcalina b) lavagem ocular com soro fisiológico c) lavagem ocular com ringer lactato e lidocaína d) encaminhamento ao oftalmologista para limpeza ocular e) curativo oclusivo f) lavagem ocular com neutralizador químico