Opioides - Toxicologia trabalho em slide Toxilogia

Opioides - Toxicologia

1. Toxicologia Opioides Hingra Queiroz, Lyon, Jeniffer Barros, Ana Clara

2. OPIOIDES Ópio é um líquido leitoso que escorre da planta Papaver somniferum (papoula do oriente ); No ópio existem diversas substâncias que dele podem ser extraídas, como a morfina e a codeína . Fonte: https://farmacoclinica.uff.br/wp-content/uploads/sites/237/2020/08/5-Opioides-2018.pdf

3. OPIOIDES Os opioides são uma classe de substâncias químicas que incluem : C ompostos naturais, (não sofrem nenhuma modificação, como por exemplo Morfina e Codeína ); Semissintéticos (tem modificações parciais, como a Heroína) ; Sintéticos (como a Meperidina e a Metadona ). Suas propriedades farmacológicas podem resultar em analgesia potente, sedação e euforia, mas também estão associadas a riscos significativos quando utilizadas de forma inadequada.

4. OPIOIDES- Exposição Fonte: https://www.infoescola.com/drogas/heroina/#google_vignette

5. OPIOIDES- Toxicocinética Após a administração, os opioides são rapidamente absorvidos e distribuídos pelo corpo; Eles atravessam a barreira hematoencefálica e se ligam aos receptores opioides no sistema nervoso central, resultando em efeitos analgésicos, sedativos e eufóricos; A metabolização ocorre principalmente no fígado, com formação de metabólitos ativos ou inativos, que são excretados principalmente pela urina.

6. Inicio da Ação: 10 minutos via venosa, 10-15 minutos após uso nasal ( butorphanol , heroína), 30-45 minutos por via IM Metabolismo: Essencialmente pelo fígado, criando derivados inativos Armanezamento : Alguns opióides ( propoxifeno , fetanyl e buprenorfina ) são mais lipossolúveis e podem ficar armazenados no tecido gorduroso; Excreção: Renal. OPIOIDES- Toxicocinética

7. OPIOIDES- Toxicodinâmica Os opioides exercem seus efeitos primariamente por meio da interação com três tipos principais de receptores opioides : mu (μ) , delta (δ) e kappa (κ). Estes receptores são proteínas localizadas na membrana celular de neurônios no cérebro, medula espinhal e outros tecidos periféricos. A ativação desses receptores desencadeia uma série de eventos bioquímicos que resultam nos efeitos farmacológicos dos opioides .

8. OPIOIDES- Toxicodinâmica Receptor Mu (μ) : A ativação do receptor mu está associada principalmente à analgesia, sedação, euforia, depressão respiratória e dependência. Receptor Delta (δ) : O papel dos receptores delta na farmacologia dos opioides não é totalmente compreendido, mas eles podem estar envolvidos na modulação da analgesia e na regulação da liberação de hormônios . Receptor Kappa (κ) : A ativação do receptor kappa está associada à analgesia, sedação, disforia ( mudança de ânimo) e diurese. Alguns opioides , como a buprenorfina , têm alta afinidade pelo receptor kappa .

9. Os opioides ligam-se aos receptores opioides e ativam vias de sinalização intracelular que modulam a liberação de neurotransmissores e a excitabilidade neuronal. A ativação do receptor mu , em particular, inibe a liberação de neurotransmissores excitatórios (por exemplo, glutamato) e aumenta a liberação de neurotransmissores inibitórios (por exemplo, GABA), resultando em supressão da transmissão neural e redução da percepção da dor. OPIOIDES- Toxicodinâmica

10. Efeitos tóxicos Os efeitos tóxicos dos opioides resultam principalmente da depressão do sistema nervoso central, especialmente da depressão respiratória. Uma overdose grave pode levar à insuficiência respiratória e morte. Além disso, a combinação de opioides com outros depressores do sistema nervoso central, como álcool ou benzodiazepínicos, aumenta o risco de efeitos adversos graves .

11. Tolerância e Dependência: O uso crônico de opioides leva ao desenvolvimento de tolerância, exigindo doses cada vez maiores para obter os mesmos efeitos. A dependência física e psicológica também se desenvolve, resultando em sintomas de abstinência quando a droga é interrompida . Distúrbios Gastrointestinais: Constipação crônica é comum devido ao efeito dos opioides nos músculos do trato gastrointestinal, levando a dificuldades digestivas e desconforto abdominal . Problemas Respiratórios Crônicos: O uso prolongado de opioides pode levar a problemas respiratórios crônicos devido à depressão contínua do centro respiratório no cérebro . Efeitos tóxicos

12. Efeitos tóxicos Alterações no Sono e Humor: Os opioides podem interferir no ciclo normal do sono, causando insônia ou distúrbios do sono. Além disso, podem afetar o humor, causando depressão ou ansiedade. Imunossupressão: O uso crônico de opioides pode comprometer o sistema imunológico, tornando os indivíduos mais suscetíveis a infecções e doenças. Impacto Social e Funcional: Os problemas associados ao uso crônico de opioides podem resultar em dificuldades sociais, familiares e ocupacionais, levando ao isolamento e à perda de qualidade de vida.

13. Antidoto dos Opioides O principal antidoto utilizado para reverter os efeitos dos opioides em caso de overdose é a naloxona . A naloxona é um antagonista dos receptores opioides , que funciona bloqueando temporariamente os efeitos dos opioides no organismo. Mecanismo de Ação: A naloxona atua competindo com os opioides pelos receptores opioides no cérebro e no sistema nervoso central; Ela bloqueia os efeitos dos opioides , incluindo a depressão respiratória, restaurando a respiração normal em casos de overdose.

14. Curiosidades A epidemia de opioides nos últimos anos tem sido impulsionada pelo aumento do uso indevido de medicamentos prescritos, como oxicodona e hidrocodona . O uso de opioides sintéticos, como o fentanil , contribuiu significativamente para um aumento dramático nas overdoses e mortes relacionadas a opioides . A Netflix lançou uma série catálogo digital que se chama em português prescrição fatal, e nesse documentário expõe o problema das vítimas americanas, segundo o dados do centro de controle de doenças ( CDC ), os medicamentos utilizados para a diminuição da dor causaram a morte de 48.000 pessoas em 2017, pelo uso descontrolado dos opiodes .

15. Tratamento O tratamento de uma intoxicação por opioides requer intervenção médica imediata. Medidas de suporte incluem administração de naloxona para reverter a depressão respiratória, monitoramento cuidadoso dos sinais vitais e tratamento de complicações secundárias, como convulsões ou insuficiência renal. Em casos crônicos, a desintoxicação e o tratamento de substituição com agonistas opioides de longa duração (por exemplo, metadona ) podem ser necessários.

16. Tratamento em caso de dependência O tratamento da dependência de opioides é complexo e geralmente requer uma abordagem multidisciplinar que aborde tanto os aspectos físicos quanto os psicossociais da dependência . 1. Desintoxicação Supervisionada 2. Terapia Medicamentosa 3. Terapia Comportamental 4. Apoio Social e Psicossocial 5. Tratamento Integrado 6. Prevenção de Reincidências

17. CONCLUSÃO Os opioides representam uma classe importante de medicamentos, mas seu uso deve ser rigorosamente controlado devido aos riscos de dependência, overdose e toxicidade grave. A educação pública sobre o uso seguro de opioides , juntamente com medidas para limitar o acesso indevido e aumentar o acesso ao tratamento, são cruciais para mitigar os impactos adversos dessa classe de substâncias na saúde pública.

18. Referências DUARTE , Danilo Freire. Uma breve história do ópio e dos opióides . Revista Brasileira de Anestesiologia , v. 55, p. 135-146, 2005. BALTIERI , Danilo Antonio et al. Diretrizes para o tratamento de pacientes com síndrome de dependência de opióides no Brasil. Brazilian Journal of Psychiatry , v. 26, p. 259-269, 2004. VIEIRA , Igor Sérvulo Ariais et al. Intoxicação por opióides e opiáceos no Brasil: uma revisão integrativa. 2023.NEVES, Joana Raquel dos Santos. Análise toxicológica de opióides em contexto forense. 2016. Tese de Doutorado . OLIVEIRA , J. dos S. .; CORRÊA, S. T. .; SILVA, A. P. da .; PIVA, R. dal . Dependência e síndrome de abstinência dos opioides : uma revisão narrativa para identificar os riscos relacionados ao uso indevido e/ou prolongado dessa classe. Revista Ibero-Americana de Humanidades, Ciências e Educação, [S. l.], v. 7, n. 11, p. 658–672, 2021. DOI: 10.51891/rease.v7i11.3097. Disponível em: https://periodicorease.pro.br/rease/article/view/3097. OWENS , R.; SMALLING, M.; FITZPATRICK, J. Saúde mental, transtorno por uso de substâncias e transtorno por uso de opioides : atualizações e estratégias de tratamento. SMAD, Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português), [S. l.], v. 17, n. 3, p. 88-100, 2021. DOI: 10.11606/issn.1806- 6976.smad.2021.187412. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/smad/article/view/187412.