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16 O REPÓRTER
SÁBADO, 13 de Fevereiro de 2010
SAÚDE
Valter Mânica
[email protected]
por Drica Morais
Há, de fato, um surto de
dengue na cidade de Ijuí?
Em entrevista à Rádio
Repórter, o secretário
Municipal de Saúde, Clau-
diomiro Pezzetta, falou
sobre os supostos casos
que surgiram e, também,
sobre a possibilidade do
município receber, em bre-
ve, uma Unidade de Pron-
to Atendimento. Por fim,
Claudiomiro conta o que
falta para a nova sede da
Secretaria de Saúde ser
inaugurada. Confira!
O REPÓRTER – Pezzetta, vá-
rios ijuienses estão preocupados
com a possibilidade de haver
casos de dengue na cidade, prin-
cipalmente em lugares como o
Bairro São Paulo. O que tu podes
nos falar sobre esta situação?
CLAUDIOMIRO – Sem-
pre estive preocupado com
a dengue, tanto que busco
alertar os ijuienses, em todas
as entrevistas que concedo,
sobre a necessidade de cons-
cientização e participação
na prevenção. Nós apenas
queremos que a comunida-
de nos ajude a não deixar
água parada. E uma simples
ação já ajuda: a eliminação
de todos os recipientes que
possam acumular água e, até
mesmo, procriar o mosquito
da dengue. Mas, lembrando:
a questão do Bairro São Paulo
é diferente daquela noticiada.
Por exemplo, eu ouvi que 50
pessoas procuraram atendi-
mento no Hospital, pois acre-
ditavam estar com a dengue.
Eu fui verificar e, na verdade,
apenas 7 pessoas foram pro-
curar ajuda. Possivelmente,
há um rotavírus no Bairro São
Paulo e, para ter certeza, nós
fizemos um trabalho com as
equipes de Vigilância Ambien-
tal e Vigilância Epidemiológi-
ca. Foi realizado um bloqueio
especial para tratamento num
Pezzetta fala sobre prioridades
da Secretaria de Saúde
raio específico, determinado
pelo Ministério da Saúde, e,
pelos vínculos epidemioló-
gicos, existe a possibilidade
de 99,9% de não ser dengue.
Além disso, no sábado, fize-
mos a coleta de sangue das
pessoas que apresentaram
os sintomas e enviamos ao
Laboratório Central. Só resta
aguardar uns 10 dias pelo re-
sultado.
O REPÓRTER – O coorde-
nador Regional de Saúde, Erlon
Beck, anunciou, nesta semana,
que o município terá uma Unida-
de de Pronto Atendimento (UPA).
O senhor teria mais alguma in-
formação para nos passar?
CLAUDIOMIRO – Eu já
fui umas quatro vezes a Por-
to Alegre tratar sobre este
tema. Aliás, foi no início do
ano passado que eu recebi
um telefonema do gabinete
do secretário Estadual de Saú-
de, Osmar Terra, e indagaram-
me sobre a possibilidade, o
interesse que nossa cidade
tinha em receber uma UPA.
Posteriormente, fomos con-
vocados para uma reunião e
nos repassaram tudo o que
era necessário para que Ijuí
se habilitasse e, claro, con-
seguisse receber a Unidade.
Depois, participei de mais
umas duas reuniões em Porto
Alegre com a equipe técnica
do Ministério da Saúde, que
nos ajudou a desenvolver, de
fato, o projeto. Na verdade,
em 2009, foram liberadas 16
UPAs para o Rio Grande do
Sul, mas o nosso município
não conseguiu ser incluído no
projeto. Somente neste ano,
com a liberação de 16 novas
Unidades, conseguimos in-
cluir a cidade. Aliás, na última
sexta-feira, nós enviamos os
últimos documentos para o
Ministério da Saúde e, agora,
resta aguardarmos a análise
do projeto para a posterior
liberação de recursos. Há, in-
clusive, a possibilidade de a
documentação ser aprovada
nos próximos dias. Se assim
acontecer, ainda em fevereiro,
ou início de março, teremos a
liberação da primeira parcela
dos recursos, que correspon-
de a 10%, para iniciarmos o
processo de construção da
nossa UPA. E, lembrando: só
receberão as Unidades os mu-
nicípios que tiverem o Samu-
Salvar. É um pré-requisito,
bem como a necessidade de a
cidade ter, no mínimo, 50% de
cobertura dos PSFs. Quanto
aos recursos, o Ministério da
Saúde repassará R$1,4 milhão
para investimentos na obra
e nos equipamentos. Para a
manutenção de pessoal e de
serviço, o Governo Federal
destinará R$150 mil e o Gover-
no Estadual R$100 mil. Para se
ter uma ideia da importância,
na UPA serão tratadas todas
as pequenas emergências, di-
minuindo, assim, o grande flu-
xo nas unidades de alta com-
plexidade.
O REPÓRTER – Secretário,
o que falta para a inauguração
da nova sede da Secretaria de
Saúde?
CLAUDIOMIRO – Na ver -
dade, nós estamos, agora,
recebendo os equipamento e
imóveis. Claro, o pessoal ain-
da está trabalhando na parte
externa, mas isso não impede
que o trabalho seja realizado
na parte interna pela equipe
da Secretaria. Nós tivemos,
ainda, um problema com o
grupo que está instalando o
elevador. Eles atrasaram o
trabalho, em função das férias
coletivas da empresa, e esta
era a única coisa interna que
faltava ser concluída. A nossa
intenção é já estarmos traba-
lhando dentro da nossa nova
sede em 30 dias.
Claudiomiro Pezzetta
Afirma-se que o medo é o
maior inimigo do homem. O
medo está por trás do fracas-
so, da doença e das relações
humanas desagradáveis. Mi-
lhões de pessoas têm medo
do passado, do futuro, da ve-
lhice, da loucura e da morte.
O medo é um pensamento em
sua mente e você tem medo
de seus próprios pensamen-
tos.
Um menino pode ficar pa-
ralisado pelo medo quando
lhes dizem que há um homem
mau debaixo de sua cama e
que vai levá-lo. Quando o pai
acende a luz e mostra-lhe que
não há ninguém, ele se liberta
do medo. O medo na mente
do menino foi tão real como
se houvesse de fato um ho-
mem debaixo de sua cama.
Ele se curou de um pensa-
mento falso em sua mente. A
coisa que temia, na verdade,
não existia. Da mesma forma,
a maioria dos seus medos não
tem base na realidade. Consti-
tui apenas um congelamento
de sombras, não tem realida-
de.
Quando você afirma po-
sitivamente que vai dominar
seus receios e chega a uma
decisão definitiva em sua
mente consciente, liberta o
poder do subconsciente, que
flui em resposta à natureza do
seu pensamento.
Vou descrever agora um
processo e uma técnica. Fun-
ciona como um encantamen-
to. Tente-o!
Suponha que você tem
medo da água, de montanhas,
de uma entrevista, do público
ou de lugares fechados.
Se você tem medo de na-
dar, comece agora a sentar-se
tranqüilamente durante uns
cinco a dez minutos, três a
quatro vezes por dia e imagi-
ne que está nadando. É uma
experiência subjetiva. Mental-
mente você está se projetan-
do como se estivesse dentro da água. Você sente a friagem da água e o movimento de
seus braços e pernas. É tudo
tão real e vivido, constituin-
do uma alegre atividade da
mente. Não é um devaneio
inútil, pois você sabe que
está experimentando em sua
imaginação o que depois se
desenvolverá em sua mente
consciente. Você será compe-
lido a expressar a imagem da
representação do quadro que
imprimiu em sua mente mais
profunda. Essa é a lei do sub-
consciente.
Você pode aplicar a mes-
ma técnica se tem medo de
montanhas ou de lugares al-
tos. Imagine que está escalan-
do uma montanha, sinta a re-
alidade desses alto, aprecie o
cenário,sabendo que,fazendo
o mentalmente,o fará depois
fisicamente com facilidade e
segurança.
Você nasceu apenas com
dois medos: o medo de cair
e o medo do barulho. Todos
os seus outros medos são
adquiridos. Livre-se deles. O
medo normal é bom, o medo
anormal é mau e destrutivo.
Permitir constantemente os
pensamentos de medo acarre-
ta o medo anormal, obsessões
e complexos. Temer alguma
coisa persistentemente pro-
voca um sentimento de pâni-
co e terror. Você pode superar
o medo anormal quando sabe
que o poder de seu subcons-
ciente pode mudar os con-
dicionamentos e realizar os
desejos acalentados por seu
coração. Dedique sua atenção
e devote--se imediatamente,
ao seu desejo, que é o oposto
do seu medo.
Este é o amor que expulsa
o medo. Enfrente seus temo-
res, traga-os à luz da razão.
Aprenda a sorrir dos seus te-
mores. Esse é o melhor remé-
dio.
Medo: o grande inimigo