ESDE, programa complementar.
Módulo II: fluidos e perespírito
Roteiro 2: perispirito: formação, propriedades e funções.
Size: 1.18 MB
Language: pt
Added: Feb 28, 2015
Slides: 24 pages
Slide Content
Roteiro 2 - Módulo II: Fluídos e Perispírito Jan/2015 Perispírito , formação, propriedades e funções
Perispírito = substância que serve de envoltório ao espírito.
Perispírito 93. O Espírito, propriamente dito, nenhuma cobertura tem, ou, como pretendem alguns , está sempre envolto numa substância qualquer ? (LE) Envolve-o uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós; assaz vaporosa, entretanto, para poder elevar-se na atmosfera e transportar-se aonde queira . Envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma; do mesmo modo, uma substância que, por comparação, se pode chamar perispírito , serve de envoltório ao Espírito propriamente dito.
94. D e onde tira o Espírito o seu invólucro semimaterial ? “Do fluido universal de cada globo, razão por que não é idêntico em todos os mundos . Passando de um mundo a outro, o Espírito muda de envoltório, como mudais de roupa.” a) - Assim, quando os Espíritos que habitam mundos superiores vêm ao nosso meio , tomam um perispírito mais grosseiro? “É necessário que se revistam da vossa matéria, já o dissemo s.”
95. O invólucro semimaterial do Espírito tem formas determinadas e pode ser perceptível? “Tem a forma que o Espírito queira. É assim que este vos aparece algumas vezes , quer em sonho, quer no estado de vigília, e que pode tomar forma visível, mesmo palpável .”
Obras Póstumas, Primeira parte: Manifestação dos Espíritos 9 . Os Espíritos, como já foi dito, têm um corpo fluídico, a que se dá o nome de perispírito . Sua substância é haurida do fluido universal ou cósmico, que o forma e alimenta , como o ar forma e alimenta o corpo material do homem. O perispírito é mais ou menos etéreo, conforme os mundos e o grau de depuração do Espírito. Nos mundos e nos Espíritos inferiores, ele é de natureza mais grosseira e se aproxima muito da matéria bruta .
LE-Q.257 – Ensaio Teórico da Sensação nos Espiritos (..) O perispírito é o laço que à matéria do corpo prende o Espírito, que o tira do meio ambiente , do fluido universal. Participa ao mesmo tempo da eletricidade, do fluido magnético e, até certo ponto, da matéria inerte. Poder-se-ia dizer que é a quintessência da matéria . É o princípio da vida orgânica , porém, não o da vida intelectual, que reside no Espírito . É, além disso, o agente das sensações exteriores . No corpo, os órgãos, servindo-lhes de condutos, localizam essas sensações. Destruído o corpo, elas se tornam gerais. Daí o Espírito não dizer que sofre mais da cabeça do que dos pés, ou vice-versa.
Natureza do Perispírito LE – Q27 Espírito Fluido universal Perispírito Fluido Vital Corpo Material Princípio Inteligente Universal Princípio Material Matéria
Gen Cap XIV 7. O perispírito , ou corpo fluídico dos Espíritos, é um dos mais importantes produtos do fluido cósmico; é uma condensação desse fluido em torno de um foco de inteligência ou alma. Já vimos que também o corpo carnal tem seu princípio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No perispírito , a transformação molecular se opera diferentemente, porquanto o fluido conserva a sua imponderabilidade e suas qualidades etéreas . O corpo perispirítico e o corpo carnal têm pois origem no mesmo elemento primitivo; ambos são matéria, ainda que em dois estados diferentes .
Gen Cap XIV 8. Do meio onde se encontra é que o Espírito extrai o seu perispírito , isto é, esse envoltório ele o forma dos fluidos ambientes . Resulta daí que os elementos constitutivos do perispírito naturalmente variam, conforme os mundos . Dando-se Júpiter como orbe muito adiantado em comparação com a Terra, como um orbe onde a vida corpórea não apresenta a materialidade da nossa, os envoltórios perispirituais hão de ser lá de natureza muito mais quintessenciada do que aqui. Ora, assim como não poderíamos existir naquele mundo com o nosso corpo carnal, também os nossos Espíritos não poderiam nele penetrar com o perispírito terrestre que os reveste. Emigrando da Terra, o Espírito deixa aí o seu invólucro fluídico e toma outro apropriado ao mundo onde vai habitar . ()
9. A natureza do envoltório fluídico está sempre em relação com o grau de adiantamento moral do Espírito. Os Espíritos inferiores não podem mudar de envoltório a seu bel-prazer , pelo que não podem passar, à vontade, de um mundo para outro. Alguns há, portanto, cujo envoltório fluídico , se bem que etéreo e imponderável com relação à matéria tangível, ainda é por demais pesado, se assim nos podemos exprimir, com relação ao mundo espiritual, para não permitir que eles saiam do meio que lhes é próprio . Nessa categoria se devem incluir aqueles cujo perispírito é tão grosseiro, que eles o confundem com o corpo carnal , razão por que continuam a crer-se vivos. Esses Espíritos , cujo número é avultado, permanecem na superfície da Terra , como os encarnados, julgando-se entregues às suas ocupações terrenas. Outros um pouco mais desmaterializados não o são, contudo, suficientemente, para se elevarem acima das regiões terrestres . (cont..)
Gen Cap XIV Os Espíritos superiores, ao contrário, podem vir aos mundos inferiores, e, até, encarnar neles. Tiram, dos elementos constitutivos do mundo onde entram, os materiais para a formação do envoltório fluídico ou carnal apropriado ao meio em que se encontrem. Fazem como o nobre que despe temporariamente suas vestes, para envergar os trajes plebeus, sem deixar por isso de ser nobre. É assim que os Espíritos da categoria mais elevada podem manifestar-se aos habitantes da Terra ou encarnar em missão entre estes. Tais Espíritos trazem consigo, não o invólucro, mas a lembrança, por intuição, das regiões donde vieram e que, em pensamento, eles vêem . São videntes entre cegos .
Gen Cap XIV 10. A camada de fluidos espirituais que cerca a Terra se pode comparar às camadas inferiores da atmosfera, mais pesadas , mais compactas, menos puras, do que as camadas superiores. Não são homogêneos esses fluidos; são uma mistura de moléculas de diversas qualidades, entre as quais necessariamente se encontram as moléculas elementares que lhes formam a base, porém mais ou menos alteradas . Os efeitos que esses fluidos produzem estarão na razão da soma das partes puras que eles encerram. (cont...)
Os Espíritos chamados a viver naquele meio tiram dele seus perispíritos ; porém, conforme seja mais ou menos depurado o Espírito, seu perispírito se formará das partes mais puras ou das mais grosseiras do fluido peculiar ao mundo onde ele encarna. O Espírito produz aí, sempre por comparação e não por assimilação, o efeito de um reativo químico que atrai a si as moléculas que a sua natureza pode assimilar. Resulta disso este fato capital: a constituição íntima do perispírito não é idêntica em todos os Espíritos encarnados ou desencarnados que povoam a Terra ou o espaço que a circunda . (cont.)
O mesmo já não se dá com o corpo carnal, que, como foi demonstrado, se forma dos mesmos elementos, qualquer que seja a superioridade ou a inferioridade do Espírito . Por isso, em todos, são os mesmos os efeitos que o corpo produz, semelhantes as necessidades, ao passo que diferem em tudo o que respeita ao perispírito . Também resulta que: o envoltório perispirítico de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação, embora ele encarne no mesmo meio; que os Espíritos superiores, encarnando excepcionalmente, em missão, num mundo inferior, têm perispírito menos grosseiro do que o dos indígenas desse mundo . ( Gen Cap XIV)
Gen Cap XIV 11 . O meio está sempre em relação com a natureza dos seres que têm de nele viver: os peixes, na água; os seres terrestres , no ar; os seres espirituais no fluido espiritual ou etéreo , mesmo que estejam na Terra. O fluido etéreo está para as necessidades do Espírito, como a atmosfera para as dos encarnados. Ora, do mesmo modo que os peixes não podem viver no ar; que os animais terrestres não podem viver numa atmosfera muito rarefeita para seus pulmões, os Espíritos inferiores não podem suportar o brilho e a impressão dos fluidos mais etéreos. Não morreriam no meio desses fluidos, porque o Espírito não morre, mas uma força instintiva os mantêm afastados dali, como a criatura terrena se afasta de um fogo muito ardente ou de uma luz muito deslumbrante. Eis aí por que não podem sair do meio que lhes é apropriado à natureza; para mudarem de meio , precisam antes mudar de natureza, despojar-se dos instintos materiais que os retêm nos meios materiais; numa palavra , que se depurem e moralmente se transformem .
Obras Póstumas, Primeira parte: Manifestação dos Espíritos 11 . O perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo , como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível , irradia para o exterior e forma, em torno do corpo , uma espécie de atmosfera que o pensamento e a força da vontade podem dilatar mais ou menos. Daí se segue que pessoas há que, sem estarem em contacto corporal, podem achar-se em contacto pelos seus perispíritos e permutar a seu mau grado impressões e, algumas vezes , pensamentos , por meio da intuição .
Plasticidade Densidade Ponderabilidade Luminosidade Penetrabilidade Visibilidade Propriedades do perispírito Tangilbilidade Sensibilidade Expansibilidade Unicidade Mutabilidade
Funções do perispírito Obras Póstumas, Primeira parte: Manifestação dos Espíritos 10 . Durante a encarnação, o Espírito conserva o seu perispírito , sendo-lhe o corpo apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte . O perispírito serve de intermediário ao Espírito e ao corpo . É o órgão de transmissão de todas as sensações . Relativamente às que vêm do exterior, pode-se dizer que o corpo recebe a impressão; o perispírito a transmite e o Espírito , que é o ser sensível e inteligente , a recebe. Quando o ato é de iniciativa do Espírito, pode dizer-se que o Espírito quer , o perispírito transmite e o corpo executa.
Obras Póstumas, Primeira parte: Manifestação dos Espíritos 12 . Sendo um dos elementos constitutivos do homem, o perispírito desempenha importante papel em todos os fenômenos psicológicos e, até certo ponto, nos fenômenos fisiológicos e patológicos. Quando as ciências médicas tiverem na devida conta o elemento espiritual na economia do ser , terão dado grande passo e horizontes inteiramente novos se lhes patentearão. As causas de muitas moléstias serão a esse tempo descobertas e encontrados poderosos meios de combatê-las. 13. Por meio do perispírito é que os Espíritos atuam sobre a matéria inerte e produzem os diversos fenômenos mediúnicos . Sua natureza etérea não é que a isso obstaria , pois se sabe que os mais poderosos motores se nos deparam nos fluidos mais rarefeitos e nos mais imponderáveis . Não há, pois, motivo de espanto quando, com essa alavanca , os Espíritos produzem certos efeitos físicos, tais como pancadas e ruídos de toda espécie, levantamento, transporte ou lançamento de objetos. Para explicarem-se esses fatos , não há porque recorrer ao maravilhoso, nem ao sobrenatural .
GEN, cap XIV 12 . Assim, tudo no Universo se liga, tudo se encadeia; tudo se acha submetido à grande e harmoniosa lei de unidade , desde a mais compacta materialidade, até a mais pura espiritualidade . A Terra é qual vaso donde se escapa uma fumaça densa que vai clareando à medida que se eleva e cujas parcelas rarefeitas se perdem no espaço infinito. A potência divina refulge em todas as partes desse grandioso conjunto e, no entanto, quer-se que Deus, não contente com o que há feito, venha perturbar essa harmonia ! que se rebaixe ao papel de mágico, produzindo efeitos pueris , dignos de um prestidigitador! E ousa-se, ainda por cima , dar-lhe como rival em habilidade o próprio Satanás! Não haveria modo de amesquinhar mais a majestade divina e admiram-se de que a incredulidade progrida . (...)
Efetivamente, tudo é milagre em a Natureza, porque tudo é admirável e dá testemunho da sabedoria divina! Esses milagres se patenteiam a toda gente, a todos os que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir e não em proveito apenas de alguns! Não! milagres não há no sentido que comumente emprestam a essa palavra, porque tudo decorre das leis eternas da criação, leis essas perfeitas.
...nosso estado psíquico é nossa obra. O grau de percepção, de compreensão, que possuímos, é fruto de nossos esforços prolongados (...) O nosso invólucro fluídico, sutil ou grosseiro, radiante ou obscuro, representa o nosso valor exato e a soma de nossas aquisições. Assim cria o homem para si mesmo o bem ou o mal, a alegria ou o sofrimento. (...) Em si mesmo está gravada sua obra, visível para todos no Além. É por esse admirável mecanismo das coisas, simples e grandioso ao mesmo tempo, que se executa, nos seres e no mundo, a lei a causualidade ou de consequencia dos atos (lei de causa e efeito), que outra não é senão o cumprimento da justiça. (No invisível, P1-Cap.3)