Philip Bayard Crosby
(1926 – 2001)
Nascido em 1926 nos Estados Unidos, em Wheeling, West Virginia, Crosby trabalhou,
em 1952, como engenheiro na Crosley Corporation e, em 1957, passou a gestor da
qualidade da Martin-Marietta. Foi nesta última que desenvolveu o famoso conceito de
zero defeitos. Em 1965 foi eleito vice-presidente da ITT, onde trabalhou durante 14
anos. Em 1979 fundou a Philip Crosby Associates e lançou a sua famosa obra Quality is
Free, um verdadeiro clássico da qualidade que vendeu mais de 2,5 milhões de cópias e
foi traduzido para 15 línguas. Em 1991 criou a empresa de formação Career IV, Inc. Em
1996 lançou um novo livro intitulado Quality Is Still Free.
O seu nome ficará para sempre a associado aos conceitos de zero defeitos e de fazer
bem à primeira vez. Em sua opinião, a qualidade significa conformidade com as
especificações, que variam consoante as empresas de acordo com as necessidades dos
clientes. O objetivo deverá ser sempre ter zero defeitos e não apenas produzir
suficientemente bem.
Durante o desenvolvimento de seus conceitos, Crosby enfrentou grandes resistências e
dificulades no desempenho das atividades necessárias para aplicação de seus
fundamentos, sinalizou então de forma brilhante em forma de paradigmas serem
quebrados para que as empresas atinjam um grau de maturidade para obter Zero
Defeito.
Paradigma 1 – A qualidade significa excelência, adequação, alguma coisa boa,
luxo, brilho.
A falta de uma definição objetiva que tenha consistência é um dos maiores obstáculos
que os gerentes se defrontam quando desejam fazer alguma coisa em relação à
qualidade. Outros esforços para definir a qualidade resultaram em expressões como:
encantar o cliente, surpreender o cliente, exceder as expectativas do cliente e outras que
tratam da satisfação e até algumas indecifráveis como: o cliente define a qualidade.
Como gerenciar algo que não podemos definir de modo objetivo? Crosby afirma que “a
definição vaga da qualidade faz com que o processo de gestão da qualidade
freqüentemente se torne uma seqüência de eventos, às vezes inconexos, ao invés de ser
uma sólida disciplina gerencial.” Para poder gerenciar a qualidade é necessário definir
qualidade como o cumprimento dos requisitos. Os requisitos descrevem os detalhes dos
processos que resultam em que os clientes externos e internos recebam aquilo que
esperavam receber. Termos como esses: excelência, adequação, beleza, exclusividade,
que são subjetivos e vagos. Qualquer produto, serviço ou processo que cumpre com os
requisitos é um produto, serviço ou processo de qualidade. O cumprimento dos
requisitos pode ser facilmente observado e medido. A responsabilidade da gerência é
fazer que requisitos claros e certos sejam determinados, ensinados, comunicados e
melhorados. Crosby aponta que alguns escritores o citam erroneamente dizendo que ele
define a qualidade como o cumprimento das especificações. Isso, obviamente, resultaria
em um conceito extremamente estreito, altamente técnico e excessivamente orientado a
manufatura. Para Crosby, o propósito da Gestão da Qualidade é enraizar e firmar o
hábito, entre os colaboradores e fornecedores, de fazer aquilo que afirmaram que