Essa aula descreve os principais processos de fossilização. Inicialmente apresentam-se conceitos básicos para o entendimento de diversos aspectos da paleontologia: fóssil, estatigrafia, tafonomia e escala do tempo geológico. Os processos de fossilização aqui abordados são: mineralização, r...
Essa aula descreve os principais processos de fossilização. Inicialmente apresentam-se conceitos básicos para o entendimento de diversos aspectos da paleontologia: fóssil, estatigrafia, tafonomia e escala do tempo geológico. Os processos de fossilização aqui abordados são: mineralização, recristalização, incrustração, concreção, carbonização e conservação por ambar. Na parte final da aula são aborrdados os principais sítios fossilíferos no mundo (lägerstäten).
Size: 9.67 MB
Language: pt
Added: Nov 13, 2016
Slides: 29 pages
Slide Content
1
ZOOLOGIA
Processos de
fossilização dos
grupos taxonômicos
de vertebrados e
invertebrados
Rafael Vieira Nunes
13.iv.2016
Unemat – Tangará
da Serra-MT
2
Plano de aula
- Objetivos
- Caracterizar um fóssil
- Apresentar conceitos adjacentes ao
entendimento dos fosseis e processos
- Explicar e exemplificar a fossildiagênese
- Aplicar o conhecimento adquirido para
identificar e interpretar os principais depósitos
de fósseis no Brasil
3
Conceito de fóssil
40.000 m.a.a., Sibéria 10.000.000 m.a.a. Rep. Dominicana
Fósseis são restos de organismos (ou os próprios organismos)
pré-históricos preservados, normalmente em um substrato
rochoso. Mas... quando um organismo é de fato um fóssil?
4
Conceitos inerentes
- Paleontologia
- Tafonomia
- Tabela do tempo geológico
- Estatigrafia
- Fossildiagênese
- Lagerstätten
5
6
Diversidade de fósseis
7
Fossilização
8
Fossilização
Somatofósseis
x
Icnofósseis
Processos de fossilização: Fossildiagênese, muitos contextos
(Medeiros, 2004; Grimaldi & Engel, 2005)
- Mineralização
- Recristalização
- Incrustação
- Concreção
- Carbonização
- Conservação (Ambar)
9
Mineralização
- Percolação de água com sais dissolvidos nas estruturas
- Preenchimento de poros, canais, dutos, etc.
- Substituição da estrutura biológica orgânica por um mineral
- Permineralização, Replicação Mineral, Recristalização
- Sílica, Calcita, Fosfato, Pirita, Carbonatos
- Pode preservar partes moles
10
Mineralização
Floresta petrificada -
Triássico do Rio
Grande do Sul
Ninfa de Blattodea (e) e
pupa de Formicidae (d)
Mioceno do Quênia
Archeopteryx
no cretáceo da
Alemanha
Archeopteryx
no cretáceo da
Alemanha
“Golden bugs”
no Eoceno da
Inglaterra
11
Recristalização
- Substituição de formas mais reativas por formas mais
estáveis nas partes duras
- Conchas de moluscos, foramniferos, braquiópodes
- Substituição gradual da aragonita por calcita
Desmoceras no cretáceo de
Madagascar
Titanites do
mesozóico ?
localidade
12
Incrustação
- Substâncias trazidas pela água se acumulam na superfície
da estrutura preservando apenas partes duras
- Animais mortos transportados em enxurradas
- Ossos incrustados de carbonato de cálcio em Cavernas
- As estruturas orgânicas funcionam como um molde e depois
desaparecem/decompõem
Homnidae do
Pleistoceno
Espanhol
Garra de Megatherium do
Pleistoceno do Rio
Grande do Sul
13
Incrustação
Eurotamandua do Eoceno Alemão
Dente de Mastodonte
do Pleistoceno
Americano
Diadectes do Permiano
Americano
14
Concreção
- Os próprios compostos químicos produzidos na decomposição
criam um “micro ambiente” para a fossilização – o fóssil é
quimicamente muito diferente do substrato que o envolve
- associados a soterramentos e ambientes anóxica
Orthoptera no cretáceo da
formação Santana
Lepidop-
tera (Sa-
turnidae?)
no cretáceo
da
formação
Santana
15
Concreção (cretáceo da formação Santana,
Ceará, Brasil)
Cretosphex
Belostomatidae
ProtoischnurusOdonata: Anisoptera
Blattodea e um Peixe
16
Concreção
- conservação das partes moles, como fibras musculares em
um Heteroptero no cretáceo da formação Santana, Ceará
17
Carbonização
- Associados a sedimentação associadas a incêndios florestais.
- Estruturas carbonizadas de animais conservam alto nível de
detalhe, inclusive de partes moles porém são muito fragmentadas.
- fósseis predominantemente de plantas
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Ambar
- Inclusões de Ambar ou resinita
- Originado a partir de seiva. Fossiliza pois a resina foi
enterrada em condições anóxicas.
- Classificação das idades do Ambar por Carbono 14
- 250 anos ou mais novo – resina moderna
- 250 a 5.000 anos – resina antiga
- 5.000 a 40.0000 – resina subfóssil
- mais velho que 40.000 – resinita, resina fóssil.
- Biopolímeros bastante complexos /
- Conserva partes moles e conteúdos estomocais
- Diversos depósitos no mundo desde o cretáceo
Ambar Báltico Ambar Dominicano Ambar Mexicano
19
Ambar
Escorpião, Ambar
Mexicano/Maia,
Oligoceno
Mariposa, Ambar
Mexicano/Maia,
Oligoceno
Comunidade de
insetos, Ambar
Mexicano/Maia,
Oligoceno
20
Ambar
Mariposa, Ambar
Mexicano/Maia,
Oligoceno
21
Ambar
Mosquito em Ambar
Dominicano -
Cretáceo
Mosquito em Ambar
de Burma do Cretáceo
Aranhas em Ambar
báltico do Cretáceo
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Icnofósseis
- Vestígios da fauna fóssil
- pegadas, coprólitos (fezes), túneis e ninhos
- inferências ecológicas
- processos semelhantes aos descritos
Pegadas de
anfíbios no
Permiano de
Salichnium
Rastros de
Helmithopsis no
Carbonífero de
Ohio-EUA
Tuneis de
invertebrados no
Ordoviciano de
Illinois
23
Icnofósseis
Mioceno da
formação Cerro
Azul no Chile
Coprólito no
Mioceno da
Carolina Do Sul
24
Lagerstätten
- Grandes depósitos de fósseis
- Konzentrat lagerstätten
- Konservat lagerstätten
- Cronômetros da terra – processos geológicos importantes
- Irradiação do Cambriano
- Extinção T/K
- Probabilidade de conservar mais tecidos moles
25
Lagerstätten
- Monte São Giorgio – Itália e Suiça - Jurássico
26
Lagerstätten
- Formações Santana e Crato, Chapada do Araripe, CE/PE-
Brasil. Cretáceo
27
Lagerstätten
- Montes Edicaria, Australia. Edicariano
28
Lagerstätten
- Sítios dos Mamutes, Dakota do Sul, Pleistoceno
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Proposta de Atividade
Mapeando as ocorrências de
fósseis no Brasil:
- qualquer registro fóssil
na literatura
- com data aproximada do
fóssil
- identificação taxonômica
mais precisa possível