Resinas Acrílicas

marcoskampff 22,741 views 7 slides May 19, 2017
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Trabalho de Resinas Acrílicas - Odontologia


Slide Content

CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

FACULDADE DE ODONTOLOGIA

GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA

MATERIAIS ODONTOLÓGICOS II














RESINAS ACRÍLICAS



















MARCOS ANTONIO MENDES DANTAS JÚNIOR

PROFº TIBÉRIO CÉSAR UCHÔA MATEUS


RECIFE, 06 DE MAIO DE 2017

SUMÁRIO


1. Resina Acrílica............................................................................................................................3
2. Apresentação............................................................................................................................3
3. Proporção..................................................................................................................................3
4. Manipulação..............................................................................................................................3
5. Histórico....................................................................................................................................3
6. Indicações..................................................................................................................................3
7. Requisitos Básicos.....................................................................................................................3
8. Tipos..........................................................................................................................................4
9. A Presa.......................................................................................................................................4
9.1 Polimerização.......................................................................................................................4
9.2 Fases da Polimerização........................................................................................................4
9.2.1. Indução.........................................................................................................................4
9.2.2. Propagação...................................................................................................................4
9.2.3. Terminação...................................................................................................................4
9.3. Mistura................................................................................................................................5
9.4. Fases da Mistura.................................................................................................................5
9.4.1. Arenosa........................................................................................................................5
9.4.2. Pegajosa (ou fibrosa)....................................................................................................5
9.4.3. Plástica (ou gel)............................................................................................................5
9.4.4. Borrachóide..................................................................................................................5
10. Acabamento e Polimento........................................................................................................5
11. Agente que Interferem nas Propriedades...............................................................................6
11.1. Agentes Plastificantes.......................................................................................................6
11.2. Agentes de Ligação Cruzada.............................................................................................6
11.3. Tamanho da Cadeia..........................................................................................................6
12. Referências Bibliográficas........................................................................................................7

RESINA ACRÍLICA

A resina acrílica é o resultado da reação polimetacrilato de metila e o metacrilato de
metila.


APRESENTAÇÃO

São, normalmente, fornecidas nas formas de pó (microesferas de polimetacrilato de
metila, polimerizadas industrialmente) e líquido (metacrilato de metila).


PROPORÇÃO

Recomenda-se, normalmente, uma proporção pó:líquido de 3:1, em volume (três
partes de pó para uma parte de líquido).


MANIPULAÇÃO

A manipulação da resina acrílica consiste em molhar o pó com o líquido, a fim de obter
uma massa trabalhável que pode ser modelada. Essa combinação pó+líquido apresenta,
também, a vantagem de diminuir a contração de polimerização do líquido (a contração do
líquido é de 21%, mas, ao fazer a mistura na proporção já citada, cai para 7%).


HISTÓRICO

Data da década de 30, a utilização das resinas acrílicas em sua forma fotoativada como
material para base de próteses totais. Nos anos 40, a forma quimicamente ativada ganhou seu
espaço, com uso (já nos anos 50) como material restaurador direto, porém sem sucesso, já que
na década de 60 o BisGMA foi desenvolvido.


INDICAÇÕES

É utilizado para vários trabalhos odontológicos: confecção da base de próteses parciais
e totais, placas miorrelaxantes, moldeiras individuais, padrões de fundição, próteses
provisórias, imediatas, coroas provisórias, dentes artificiais, reparo de próteses totais,
acrilização de aparelhos ortodônticos, dentre outros.


REQUISITOS BÁSICOS

Para sua utilização na cavidade bucal e áreas afins, as resinas acrílicas necessitam
preencher alguns requisitos básicos, como: ser insípida, inodora, não tóxica, não irritante aos
tecidos bucais, insolúvel na saliva ou qualquer outro fluido corpóreo, fácil de manipular e polir,
possível de desinfecção, possível de reparo em caso de fratura; ter alta estabilidade
dimensional, morfológica e de cor.

TIPOS

De acordo com a especificação nº 1567 da International Organization for Stardization
(ISO), existem 5 tipos de resinas acrílicas: tipo 1 (polímeros termopolimerizáveis), tipo 2
(polímeros autopolimerizáveis), tipo 3 (polímeros termoplásticos), tipo 4 (materiais
fotoativados) e tipo 5 (materiais polimerizados através de micro-ondas).
Classificações mais simples as colocam em 3 categorias: RAAQ (resinas acrílicas
ativadas quimicamente), RAAT (resinas acrílicas ativadas termicamente) e RAFA (resinas
acrílicas fotoativadas).


A PRESA

POLIMERIZAÇÃO

É uma série de reações químicas na qual uma macromolécula (polímero) é formada a
partir de um grande número de moléculas simples (monômeros). As resinas acrílicas sofrem
essa reação, que se dá através das fases de indução (ativação e iniciação), propagação e
terminação. Mesmo que o ativador da reação seja físico ou químico, tal reação de
polimerização na resina acrílica é sempre exotérmica.

FASES DA POLIMERIZAÇÃO

Composta pela indução, propagação e terminação.

INDUÇÃO

A indução engloba dois fenômenos: ativação e iniciação.
Na ativação, o ativador físico ou químico quebra a molécula do peróxido de benzoila
no meio, formando um ou dois radicais livres. A ativação química gera um radical livre,
enquanto a ativação térmica gera dois radicais livres, por peróxido.
Na iniciação, o radical livre rompe a dupla ligação do metacrilato de metila e se liga ao
monômero, transferindo seu estado de excitação a nova molécula formada (hemi-peróxido +
monômero).

PROPAGAÇÃO

Observamos que, na iniciação, existe um radical livre entre os reagentes e um novo
radical livre como produto, fazendo com que a reação se auto-propague. O novo radical livre
rompe a dupla ligação de outro metacrilato de metila e se liga a este, transferindo seu estado
de excitação a nova molécula formada. Seguindo tal processo, a cadeia polimérica vai
crescendo e aumentando seu peso molecular.

TERMINAÇÃO

Para a propagação terminar, precisa ocorrer um dos eventos: terminação por
acoplamento direto ou transferência de um átomo de hidrogênio.
Na terminação por acoplamento direto, dois macrorradicais se ligam estabilizando um
ao outro.

Na terminação por transferência de um átomo de hidrogênio, o radical que perde o
hidrogênio refaz a dupla ligação, ficando a possibilidade de uma nova reativação por ruptura
desta ligação, daí o radical que ganha o átomo de hidrogênio estabiliza o átomo que
apresentava elétron desemparelhado.


MISTURA

É a dissolução do polímero no monômero. É a reação física. Quando o pó entra em
contato com o líquido, este se dissolve nele lentamente. Nesse período de dissolução, a massa
formada vai ganhando características que nos permitem diferenciar quatro estágios
conhecidos como fases da mistura. Fases estas comuns as resinas termoativadas ou
quimicamente ativadas, com a única diferença de que, neste último, a reação de polimerização
ocorre concomitantemente com a dissolução do polímero.

FASES DA MISTURA

Composta pelas fases arenosa, pegajosa, plástica e borrachóide.

ARENOSA

O monômero (líquido) envolve as pérolas de polímero (pó), completamente. Os
espaços vazios entre as pérolas de polímero ficam tomadas pelo líquido e o conjunto formado
adquire uma tonalidade mais translúcida. O nome dessa fase se deve ao conjunto adquirir um
aspecto de areia molhada: baixo escoamento e ganho de brilho superficial por afloramento de
excesso de líquido (quando pressionada).

PEGAJOSA (ou FIBROSA)

No decorrer da dissolução das longas cadeias do polímero, o conjunto vai se tornando
aderente e viscoso, aparecendo diversos fios finos e pegajosos entre as porções resultantes.

PLÁSTICA (ou GEL)

Depois do ponto certo de saturação da solução de polímero no monômero, o líquido
resultante perde a pegajosidade, fazendo com que a massa escoa homogeneamente e torne-
se manipulável, sem aderência as mãos, transmitindo as pressões exercidas sobre ela como se
fosse de um fluido newtoniano (fluido que tem a tensão diretamente proporcional à taxa de
deformação. Ex: água, óleos) e não de areia molhada. É, normalmente, esta fase que é
escolhida para conformar a resina.

BORRACHÓIDE

Aqui há o aumento da concentração das cadeias de polímero e a evaporação do
monômero torna o líquido escasso, fazendo com que o escoamento da massa torne-se
precário e apareceram características de recuperação elástica quando deformada, daí o nome
da fase.


ACABAMENTO E POLIMENTO

De acordo com ANUSAVICE (2000), os materiais confeccionados com resina acrílica
requerem acabamento e polimento antes de serem inseridos na cavidade bucal. A redução da
rugosidade da sua superfície faz com que seja reduzido o acúmulo de restos alimentares e
bactérias, trazendo benefícios a saúde do paciente.


FATORES QUE INTERFEREM NAS PROPRIEDADES

AGENTES PLASTIFICANTES

São moléculas introduzidas a resina para facilitar a dissolução do polímero no
monômero, ou para que o polímero resultante perca rigidez e fragilidade, adquirindo maior
resiliência, sendo os mais utilizados: ésteres de ácido ftálico, sebácico ou fosfórico; ou
monômeros de metacrílicos de cadeia longa, como etil metacrilato.

AGENTES DE LIGAÇÃO CRUZADA

Para que ligação cruzada por adição possa ocorrer é necessário a presença de, pelo
menos, dois grupos funcionais vinílicos, em, pelo menos, um dos monômeros, daí o nome
desse tipo especial de monômero. Tal agente funciona com uma ação antagônica ao agente
plastificante.

TAMANHO DA CADEIA

Com o aumento de comprimento das cadeias poliméricas, aumenta também a
probabilidade existirem ligações polares ao longo delas e a chance de entrelaçamentos. Usa-se
alguns indicadores para avaliar o tamanho da cadeia: peso molecular médio, grau de
polimerização e grau de conversão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


PHILLIPS, R. W. Skinner Materiais Dentários. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1993.
334p.

ANUSAVICE, K. J. (Ed.) Phillips Materiais Dentários. 10 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2000. 412p.

Dissertação apresentada para obtenção do título de Mestre em Odontologia. Avaliação da
sorpção, solubilidade e microdureza de resinas acrílicas após desinfecção com ácido
peracético, da aluna Lisiane Hehn, do Programa de Pós-Graduação em Odontologia, Mestrado
em Clínica Odontológica pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, 2001.

Texto de apoio da aula de resina acrílica, dos professores Marina Roscoe e Josete Meira, da
disciplina de Materiais Dentários Indiretos, Faculdade de Odontologia, Universidade de São
Paulo, 2013.