A Revolta dos Malês foi um movimento de escravos de origem islâmica, ocorrida em janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então província da Bahia, no Brasil. Definição 3
“Malê” é o termo que se utilizava para referir-se aos escravos muçulmanos. 4
Constituiu numa sublevação de caráter social, de escravos africanos. A etnia nagô (também conhecidos como iorubas) coube o papel preponderante: Nagôs islamizados constituíram a maioria dos combatentes e a maioria dos lideres. Outras etnias africanas presentes em Salvador na época também desempenharam papel no movimento, como a etnia haúça. Os negros nascidos no Brasil, e por isso chamados crioulos , não participaram da revolta, que foi feita por africanos. 5
Antecedentes Da Revolta Salvador tinha na época da revolta em torno de 65.500 habitantes, dos quais cerca de 40 % eram escravos. Entre a população não-escrava a maioria era também formada crioulos, além dos mestiços de branco e negro, chamados de pardos, mulatos e cabras. Juntando os negros e mestiços escravos e livres, os afrodescendentes representavam 78 %da população. Os brancos não passavam de 22 por cento. 6
Foi uma revolta feita exclusivamente por africanos de religião islâmica, excluindo os crioulos (negros nascidos no Brasil). Suas etnias eram nagô e haussá, principalmente. Participantes da Revolta Africano nagô , que pode ser identificado pelas marcas étnicas no rosto. 7
Lideres Os escravos Ahuna, Pacifico Licutã, Sule ou Nicobé, Dassalu ou Damalu e Gustard, o liberto Manuel Calafate. O escravo tapa Luís Sanim e o liberto háúça Elesbão do Carmo ou Dandará 8
Insatisfação com a escravidão africana Imposição do catolicismo O preconceito contra os negros. Causas 9
Plano de Ação 1 3 2 4 10
Plano de Ação De acordo com o plano de ataque, assinado por um escravo de nome Mala Abubaker, os revoltosos sairiam da Vitoria (atual bairro da Barra), para Itapajipe (Salvador), onde se reuniriam ao restante das forcas. Tinham como objetivo tomar o governo, e com isso professar suas crenças religiosas, conquistando seus direitos. O passo seguinte seria a infiltração dos engenhos do Recôncavo e a libertação dos escravos. O plano do movimento foi todo escrito em árabe. 11
Um grupo de mais de 500 rebeldes (entre escravos e libertos), foram barrados, combatidos e vencidos pelas forças oficias, que possuíam bastante oficiais bem armados. Repressão 12
Morreram: 7 soldados; 70 rebeldes. Foram presos: 200 rebeldes. Os líderes foram: Condenados à pena de morte. Os outros rebeldes foram: Condenados à trabalhos forçados; Açoites; Degredo (Exílio). Dados 13
FIM DA REVOLTA A revolta terminou quando uma mulher contou o plano da revolta para um Juiz de Paz de Salvador. Assim, os soltados das forças oficiais, que estavam bem armados e preparados, conseguiram reprimir a revolta. 14
Conclusão Mesmo sem sucesso na revolta, os malês enfraqueceram a elite baiana, com sua capacidade de articulação de um plano bastante elaborado a favor de todos os escravos, se destacando entre as demais revoltas do período regencial. 15