ROTEIRO DE ESTUDOS TEOLOGIA PE. ANDRE.pptx

teologia ssitemica

1. ROTEIRO DE ESTUDOS AULA INAUGURAL DO CURSO DE TEOLOGIA DA ARQUIDIOCESE DE PORTO VELHO – RO O MODO DE PENSAR E FAZER TEOLOGIA

2. Atitudes teológicas A teologia exige a abertura para relacionar o real com a fé e os diversos saberes, diferentemente de repetir doutrinalismo e de devocionismos particulares. As suas atitudes são:

3. A primeira atitude para pensar e fazer a teologia está em desenvolver a capacidade crítica. A segunda é ars combinatória, significando fazer uma teologia contextual. Essas duas características apontam a necessidade da teologia servir as comunidades e a pastoral, saindo do escritório acadêmico para a missão.

4. A terceira é a transversalidade, para abertura as questões plurais e diversos saberes. Assim a teologia realiza a escuta do povo e as inquietações presentes na sociedade, visando transformá-la. A quarta é a do caminho teológico, pois o caminho da resposta está na compreensão da pergunta e das afirmações. Por isso, as questões que levantamos são importantes para se construir um processo de conhecimento teológico permanente.

5. A quinta atitude está na aproximação da teologia e da pastoral. Essa possibilita ampliar os horizontes e não se limitar as questões de discussões estéreis. A sexta atitude compreende a criticidade e a responsabilidade, capacitando o pensar das estruturas da Igreja, da pastoral e da sociedade. Pensando quais impactos o pensamento teológico causará, no entanto, sem ferir ou agredir.

6. A sétima atitude é a do discernimento. Essa atitude exige uma espiritualidade madura e comprometida com as páginas do Evangelho, buscando compreender as novas realidades existentes.

7. Aspectos didáticos A teologia exige passos para o desenvolvimento da questão investigada. O primeiro deles é a clareza, possibilitando dissecar o problema estudado. Por exemplo, escolher o que irá se estudar (inclusão) e o que não será estudado (exclusão). O segundo é o aspecto da capacidade lógica, respeitando o processo de fundamentações da Escritura, Tradição, Magistério e a sua práxis.

8. O segundo é o aspecto da capacidade lógica, respeitando o processo de fundamentações da Escritura, Tradição, Magistério e a sua práxis. E o terceiro é a disciplina para leitura, estudo e escrita.

9. Os interlocutores do diálogo teológico Os interlocutores da teologia são a sociedade, a academia e a Igreja. Dessas três áreas surgem os três campos teológicos: teologia prática, teologia fundamental e teologia sistemática. O diálogo entre esses interlocutores amplia a reflexão e a inteligência da fé.

10. É importantíssimo circular a palavra nessa dinâmica, possibilitando a todas as pessoas trazerem a sua contribuição e evitando o saber único. A participação conjunta da construção do saber teológico é motivada pelo sensus fidei em diálogo com as questões cotidianas. Outro interlocutor é a comunidade, pois as pessoas da comunidade trazem as questões pertinentes da vida real e concreta

11. Essas questões trazidas para o diálogo teológico possibilita a teologia ser construída solidamente. A teologia sem oração, comunhão eclesial e contato real se tornará um saber enciclopédico.

12. Eixos temáticos teológicos Os tempos atuais exigem uma teologia em constante diálogo e sobre os mais diversos assuntos. Assim podemos apresentar horizontes, que abrem as diversas perspectivas: clássica, moderna, a latino-americana e a pós-moderna. Esses devem estar em profunda ligação com a pastoral e a leitura. Vejamos algumas das diversas temáticas e campos de abertura teológica:

13. A fé que cremos. A importância da Sagrada Escritura como eixo primaz. A Tradição da Igreja à luz da Patrística; O Deus da Revelação; Pneumatologia; Cristologia; Eclesiologia; Escatologia;

14. A fé mariana e a santidade; A Summa Teológica; A Doutrina Social da Igreja; As relações da Igreja com a sociedade; A vitalidade da vida comunitária; A presença profética da Igreja no mundo; A vida consagrada; A catequese;

15. As questões sobre a moral e as atitudes humanas; Pastoralidade no mundo urbano; Discernimento crítico; O uso da liberdade; Teologia Pública; Teologias contextualizadas;

16. Por isso, consideramos a importância de uma consciência lúcida, de fé, racional, fraterna, solidária e crítica, assumindo um compromisso a luz dos sinais dos tempos para a transformação de um mundo melhor.

17. Bibliografia: MORI, G. João Batista Libânio : os principais eixos temáticos de uma teologia em constante movimento. Atualidade Teológica, Rio de Janeiro, v. 48, p. 572-589, set/dez de 2014. Disponível em: <https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/24450/24450.PDF>. Acesso em 18 de fev. de 2025.