A penetração portuguesa no mundo asiático
A Ásia era bem organizada, populosa, evoluída e religiosamente definida, um
continente em tudo distinto de África em termos civilizacionais.
A sua economia fundava-se numa agricultura, que incluía a exploração das
especiarias, e numa indústria produtiva nas áreas das sedas, porcelanas, papel e tecidos de
algodão, entre outras.
Os povos asiáticos praticavam diferentes religiões, sendo as principais a muçulmana,
mas também o hinduísmo na Índia e o budismo na China, Japão e Índia.
A Índia era composta por pequenos estados hindus e muçulmanos em lutas
permanentes.
Aqui, os portugueses empenharam-se em estabelecer um império comercial, através
do domínio dos mares e de pontos estratégicos em terra, com a intenção de controlar
totalmente o comércio dessa zona do globo – ou seja, deter o monopólio comercial.
D. Manuel I criou vice-reis da Índia para governar esse território e tinham poderes. O
primeiro vice-rei, Francisco de Almeida, desenvolveu uma política de domínio marítimo,
exigindo licenças de navegação a todos os barcos que navegassem no Índico. O segundo vice-
-rei, Afonso de Albuquerque, optou pela conquista de portos e cidades estrategicamente
situados, além de ter mandado construir feitorias e fortalezas, defendendo uma política de
domínio terrestre.
A partir destas várias feitorias, as mercadorias transaccionadas pelos portugueses
eram depois canalizadas para a cidade de Goa, de onde partiam com destino a Lisboa. Aqui,
D. Manuel I criou a Casa da Índia, atribuindo-lhe a função de armazenar as mercadorias
orientais e vendê-las à Europa. Todo este comércio era controlado pelo rei, que assim exercia
o monopólio régio.
No plano social, as autoridades portuguesas promoveram a miscigenação, ou seja, o
casamento entre portugueses e mulheres indígenas. Apesar disso, a aculturação foi pouco
intensa, porque os povos asiáticos possuíam culturas muito antigas e profundamente
interiorizadas, tal como a missionação.
Os portugueses no Brasil
No inicio, os portugueses interessaram-se pouco pela exploração do Brasil.
D. João III, em 1532, implantou / criou o sistema de capitanias, que eram 15. No
entanto, o rei detinha o monopólio comercial do pau-brasil.
Em 1549, foi fundado um Governo Geral por Tomé de Sousa.