“Failed Back Surgery Syndrome”
Marcelo Benedet Tournier
Médico Fisiatra
DMR-HCFMUSP
Grupo Multiprofissional de Coluna - Medial
“Failed Back Surgery Syndrome (FBSS)?”
Síndrome “Pós-
laminectomia”
Conceito:
Após procedimento
cirúrgico na coluna
Dor crônica
persistente / recorrente
Failed Back Surgery SyndromeFailed Back Surgery Syndrome
Marcelo B Tournier - HCFMUSPMarcelo B Tournier - HCFMUSP
Epidemiologia
Diretamente proporcional ao número de
cirurgias na coluna lombosacra
Estados Unidos:
300.000 cirurgias de coluna lombar ao ano
10 – 40% resultam em FBSS
Lombalgia:
•Incidência 80%
•Prevalência 25%
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Epidemiologia
1% dos pacientes com Lombalgia
85% Laminectomia+Discectomia
15% Artrodese
Reoperação
10% dos casos de L+D
23% dos casos de Artrodese
Custo de FBSS = 1Bi US$ por ano
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Histórico
Primeiro relato
Após Segunda Guerra
Atualmente
Procedimentos “Minimamente Invasivos”
Diminuição da Morbidade
Aumento importante do nº de indicações
Novas modalidades de FBSS
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Aforismo de Finneson
“Não importa o quanto severa ou
intratável seja a dor, ela sempre
pode piorar com a cirurgia”
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Finneson et al. Spine, 1979
Failed Back Surgery
Syndrome
Etiologias
Seleção Inapropriada de Pacientes
Mais da metade dos
operados sem
indicação precisa
Indicação cirúrgica
prematura
“Doctor Shop”
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Lesão Neuropática
Persistência da dor por lesão irreversível
Independe da seleção do paciente ou da
perícia do cirurgião
Dever da equipe – Confrontar
expectativas do paciente com objetivos do
procedimento
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Dor Neuropática Persistente
Sofrimento crônico das raízes dorsais pela
compressão
Pior prognóstico cirúrgico:
Mais de 6 meses de lesão
Lesões mais próximas do gânglio
Condições clínicas do paciente (DM)
Neuropatias pré-existentes
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Dor Neuropática Persistente
Dor pela Sensibilização
Alterações sinápticas no SNC causadas pela
compressão radicular
Aumento de terminações nervosas livres no sítio da
lesão
Diminuição do limiar de disparo dos nociceptores
periféricos
Aumento dos campos receptivos no Corno Posterior
da Medula (Lâmina II)
Inibição dos neurônios do Sistema Inibitório Cortical
Descendente
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Sucesso Técnico da Cirurgia
Causa menos comum
Persistência de estenoses nos recessos
laterais
Fragmentos discais Sequestrados
Persistência de Instabilidades
Falha de fusão:
Altura insuficiente
Fatores do paciente(fumo, ketorolac)
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Alterações Secundárias à Cirurgia
Síndrome Dolorosa Miofascial
Alteração da Biomecânica da Lombo-sacra
Imobilismo
Sobrecarga da Sacro-ilíaca e da musculatura
lombar e glútea
Casos mais graves – Ativação Miofascial
Cervical
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Síndrome Dolorosa Miofascial (SDM)
Características da dor:
Evocada pela compressão de ponto-gatilho
Tipo pontada, agulhada, facada, pressão,
aperto ou peso
Paroxística
Geralmente Intensa
IRRADIADAIRRADIADA
Relacionada com movimentos, manutenção de
posturas inadequadas e imobilismo
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Músculo Piriforme
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M. Quadrado
Lombar
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M. Glúteo Mínimo
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Armadilhas Causadas Pela SDM
Dor irradiada atípica
“Pseudo-sciatica”
Reoperação
Aumento do nível da artrodese = piora da
dor
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Lesão ósteo-ligamento-discais
Nos níveis adjacentes à fusão
Sobrecarga
Laminectomias generosas
Novas radiculopatias por novas hérnias
Fusões extensas
“Flat Back”
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Complicações dos Procedimentos
Aracnoidites
Osteomielites
Fibroses
Injeções Epidurais
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“Pseudo-Failed Back”
Após um período sem dor:
Recorrência da dor
Dor com diferentes características
Não há prevenção de novas lesões
Reabilitação Inadequada no pré e no pós-
operatório
Risco de reoperação
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“Pseudo-Failed Back”
REGENERAÇÃO
AXONAL
Persistência ou piora
da dor
Cones de Crescimento
Transporte
axoplasmático
Tinel
“Bom” sinal!
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Failed Back Surgery
Syndrome
Avaliação Diagnóstica
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História e Exame Físico
Procedimentos Padrão Ouro
Pontos Cardeais da Dor
Comparação da Dor antes e após as cirurgias
Exame físico completo
Avaliação de posturas
Exame neurológico
Palpação muscular
Objetivo = Guiar o tratamento e roteiro de
exames complementares
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Exames Complementares
São complementares
RNM de coluna
30% com hérnia e/ou diminuição de recessos
foraminais em pacientes com 30 anos
90% em pacientes com mais de 50 anos
ENMG
Não Avalia Fibras Finas
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Failed Back Surgery
Syndrome
Tratamento
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Desafios
Abordagens convencionais = FALHA
Metas
50% = Grande Sucesso
Tratamento Multiprofissional
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PROCEDIMENTOS
4
Tratamento: 1º Degrau
Farmacologia da dor crônica
Correlacionando com a história
Drogas:
Analgésicos e AINEs
Antidepressivos
Anticonvulsivantes
Neurolépticos
Acupuntura
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
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Tratamento: 2º Degrau
Drogas:
Opióides fracos
Procedimentos Fisiátricos
Bloqueio de mm paraespinhoso
Inativação de pontos-gatilho miofasciais
Bloqueios anestésicos
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
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Tratamento: 3º Degrau
Drogas:
Opióides fortes
Procedimentos Fisiátricos
Bloqueio de mm paraespinhoso
Inativação de pontos-gatilho miofasciais
Bloqueios anestésicos
Epidurais
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
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Tratamento: “4º Degrau”
Procedimentos Modulativos
Eletrodos epidurais ou corticais
Bombas de infusão
Procedimentos Ablativos
Tratotomia de Lissauer e Coagulação da
Substância Gelatinosa
Rizotomias e Cordotomias
Neurocirurgia experimental
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
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Modelos De Tratamento em Equipe
“Clínicas de dor”
Abordagem unidirecional
Tratamento medicamentoso (polifarmácia)
Sem abordar aspectos emocionais e cognitivos
do paciente
Fica bem durante tratamento
Piora ao receber alta
Modelos De Tratamento em Equipe
Equipes multiprofissionais
Padrão ouro
Acolher o doente
Abordar todos os aspectos da dor (afetivo,
cognitivo e sensorial)
Reabilitar o doente
A Equipe Multiprofissional
Fisiatra
Fisioterapeuta
Psicólogas
Enfermeira
Objetivos da Equipe
Curar, nem sempre!
Tornar paciente um AGENTE ATIVO no
seu tratamento
Modificar estilo de vida
Aprender métodos de auto-cuidado físico e
psíquico
“Coping abilities”
Adequar medicações
Fisiatra
“Especialista em incapacidades”
Entrevista
Exame físico completo
Interpretação de exames complementares
Traçar PLANO DE TRATAMENTO
Abordagem medicamentosa adequada
Acompanhamento do tratamento
Psicologia
Trabalho de suporte
Grupo
Enfrentamento
Expectativas
Aceitação
Relaxamento
“COPING”
Enfermagem
DOR = 5º SINAL VITAL
Educação em saúde
Certificar-se do tratamento adequado
Controle do uso adequado das
medicações
Abusos
Auto-medicação
Efeitos colaterais
Suporte à toda equipe
Fluxo Do Grupo De Dor Lombar
Encaminhamento
HD = Dor Lombar
Avaliação fisiátrica
Encaminhamento ao grupo multi
“HOSPITAL-DIA”
Reavaliação médica durante a
intervenção e após
Reunião mensal da equipe
Obrigado! [email protected]
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