Slide gramsci hegemonia linguistica.pptx

rodsilva3878 8 views 7 slides Sep 10, 2025
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Gramsci


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Gramática normativa Origem do termo técnico em uma publicação didática de 1660 da abadia jansenista de Port Royal des Champs , próxima a Paris. Fonte de Ferdinand de Saussure para propor o estudo da linguística por meio da “ perspectiva sincrônica”. Gramsci, partindo dessa definição, caracteriza didaticamente a gramática como uma fotografia, congelada no tempo.

Três pontos de concordância entre Gramsci e Saussure Ambos rejeitam uma abordagem puramente histórica para o estudo da linguagem . Para eles a linguística deve responder como falantes entendem e constroem significado com a linguagem . Ambos rejeitam a perspectiva que trata a linguagem como nomenclatura , a teoria em que a linguagem é fundamentalmente uma coleção de palavras associadas a coisas não-linguísticas . Ambos argumentam que significado é produzido na relação entre vários elementos da linguagem operando sincrônicamente .

Duas inovações de Gramsci em relação a Port Royal A primeira é a expansão da gramática normativa para incluir como o que é apropriado e correto gramaticalmente marca distinções sociais e diferenciações de poder entre diferentes falantes . A segunda é a sua relação com a história . “Além da “gramática imanente [espontânea]” em cada linguagem, existe também na realidade (ou seja, mesmo que não escrita) uma gramática “normativa” (ou mais de uma). Isto é feito de monitoramento recíproco, ensino recíproco, “censura” recíproca expressa em perguntas como “O que você quis dizer?”, “O que você quer dizer?”, “Seja mais claro”, etc., e em mimetismo e provocação. Todo este complexo de ações e reações se junta para criar um conformismo gramatical, para estabelecer “normas” ou julgamentos de correto e incorreto” (GRAMSCI, “SCW, p. 180” apud IVES, Peter, 2004, p. 93, tradução nossa).

“ Mas esta expressão “espontânea” de conformidade gramatical é necessariamente desconectada, descontínua e limitada aos estratos sociais locais ou aos centros locais. (Um camponês que se muda para a cidade acaba se conformando ao discurso urbano através da pressão do ambiente urbano. No campo, as pessoas tentam imitar o discurso urbano; as classes subalternas tentam falar como as classes dominantes e os intelectuais, etc.)” (GRAMSCI, “SCW, p. 180-81” apud IVES, Peter. 2004, p. 94, tradução nossa ). Enquanto Gramsci utiliza a imagem da fotografia para definir a gramática , ele nota que tal fotografia é ”de uma dada fase da linguagem nacional ( coletividade ) que foi formada historicamente e está em constante desenvolvimento ”.

A gramática normativa, segundo Gramsci, não provém de algum processo natural ou lógico fora da sociedade e de suas tensões. Pelo contrário, as gramáticas normativas são produzidas através da organização, codificação e legitimação de certas gramáticas espontâneas. Ou seja, Gramsci insiste (contra Saussure , Croce e outros) que as “gramáticas normativas” não são criadas através do recurso à lógica ou à natureza ou a alguma tradição apolítica, mas são criadas por escolhas políticas a partir de “gramáticas espontâneas”.

História normativa dentro da gramática espontânea Enquanto a “gramática espontânea” parece ser aqueles padrões naturais que usamos inconscientemente enquanto falamos ou escrevemos, eles são influenciados por gramáticas normativas anteriores. “ O termo “espontaneidade” pode ser definido de diversas maneiras, pois o fenômeno ao qual se refere é multifacetado. Entretanto, deve ser sublinhado que a espontaneidade “pura” não existe na história... No movimento “mais espontâneo” acontece simplesmente que o elemento de “liderança consciente” não pode ser controlado, não tendo deixado nenhum documento fiável. Pode-se dizer que a espontaneidade é, portanto, a característica da “história das classes subalternas” e, na verdade, dos seus elementos mais marginais e periféricos; estes não alcançaram qualquer consciência de classe “para si”; e, consequentemente, nunca lhes ocorre que a sua história possa ter alguma importância possível, que possa haver algum valor em deixar provas documentais dela.” (GRAMSCI, “SPN, 196” apud IVES, Peter, 2004, p. 97, tradução nossa).

Gramática normativa e hegemonia progressiva Gramsci inequivocamente advoga pela criação de uma linguagem nacional italiana incluindo uma gramática normativa . Crítica à proposta burguesa de criação de uma linguagem nacional de cima para baixo . A alternativa que advoga envolveria combinar as gramáticas espotâneas espontâneas em uma única gramática normativa .
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