Sonho não tem limite

reynena 2,138 views 8 slides Jan 21, 2011
Slide 1
Slide 1 of 8
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8

About This Presentation

Maior verdade!!!
;))


Slide Content

SONHO NÃO TEM LIMITE

(A incrível história de Leni Orsida Varela
– a moça que emocionou um País
inteiro, em 1969)
Clique barra de espaço para avançar os slides

Com apenas 20 anos de idade, Leni Orsida Varela, uma moça pobre, já
sabia o que era miséria e mesmo assim, aprendeu a sonhar com uma vida
melhor, diante do único luxo que a família possuía: um aparelho de
televisão. “- Era a única maneira de esquecer a fome”, lembra Leni.
Sua chance de mudar de vida apareceu na telinha, em uma segunda-feira.
Este era o dia em que era exibido o Show sem Limite, programa de
auditório comandado por J. Silvestre, um dos pioneiros da TV brasileira.
Dentre as inúmeras atrações do programa, a que fazia mais sucesso era o
da sabatina, que consistia que candidatos se submetessem a um jogo de
perguntas e respostas, sobre o tema que eles mesmos escolhiam, em
troca de um prêmio ao final de vários programas.
Em um dia normal de seleção de participantes, eis que uma franzina jovem
aparece procurando o produtor Oswaldo Miranda, querendo responder
sobre o poeta Guerra Junqueiro.
Mesmo sensibilizado com o jeito simples da moça, o produtor Oswaldo
hesita em aceitar a inscrição de alguém que havia lido apenas dois livros,
e se propunha a falar da vida e da obra de um escritor.
Obstinada, porém, não desanimada, a jovem Leni descobre o endereço da
Editora que publicou as obras de Junqueiro e envia uma carta para
Portugal, explicando seu sonho, suas condições de vida e seu gosto pela
literatura lusitana.

Dois meses depois, desembarcava no Brasil, em um vôo da TAP, uma
caixa com 53 livros escritos pelo autor português, destinados a senhorita
Leni Orsida Varela.
Foram meses estudando sem cessar. Depois de quase um ano, Leni tornou
a procurar o produtor do programa Show Sem Limite, senhor Oswaldo
Miranda, recebendo deste, mais uma resposta negativa.
A frustração da jovem foi tamanha. Mas a pobre moça não quis desistir de
seu sonho.
E, numa decisão radical, ela invadiu o palco com o programa ao vivo
berrando aos prantos que queria responder sobre a vida e obra do poeta
português Guerra Junqueiro.
Todo o Brasil viu e ouviu seu clamor.
Desesperado, J. Silvestre chamou os comerciais.
Leni foi expulsa pelos seguranças e enquanto chorava pelas calçadas do
bairro da Urca, inúmeros telefonemas dos expectadores de todo o Brasil,
queriam saber a identidade da jovem e o que ela queria falar.
J. Silvestre mandou procurá-la mas não a encontraram.
Depois de algum tempo, os seguranças conseguem alcançar a jovem e a
trazem, juntamente com sua mãe e J. Silvestre a faz subir ao palco da TV
Tupi.
Nesse instante, aconteceu o momento mais emocionante da televisão
brasileira.

Aos prantos e soluçando muito, a pobre Leni, agarrada ao microfone,
explica que seu maior sonho é querer se casar. “- Sou pobre, seu Silvestre.
Preciso de um vestido de noiva, mas não o quero dado”, revela a jovem.
Todo o Brasil chora com ela.
Nesse instante é ouvido uma voz da produção, cientificando que a
candidata Leni teve seu nome aprovado para responder sobre a vida e obra
do poeta português Guerra Junqueiro.
Surgia assim na televisão brasileira a “Noivinha da Pavuna”, em alusão ao
nome de sua cidade natal e sua participação no programa iria emocionar
todo o País durante as próximas 14 semanas.
Na décima segunda semana, aconteceu o inesperado: Leni não ouviu de J.
Silvestre a frase “absolutamente certo” quando respondeu a última
pergunta daquela segunda-feira. O próprio J. Silvestre, até então firme em
suas apresentações, também chora. O Brasil é uma lágrima só. Quando
todos pensavam que era o fim da participação da Noivinha da Pavuna, a
direção da TV Tupi cede às pressões do público, que exigia a volta de Leni.
A emissora dobrou os prêmios que haviam sido oferecidos no início do
programa e a moça pobre da Pavuna conseguiu chegar a 14ª semana
respondendo “absolutamente certo” em todas as perguntas.

Depois de sua vitória no programa “Show sem limite”, chega o tão
esperado dia do casamento de Leni. Era 15 de setembro de 1969. O País
parou para ver a moça pobre de um subúrbio carioca, se casar na
televisão, em rede nacional.
Mais de três mil pessoas lotaram o auditório da TV Tupi querendo ver a
Noivinha da Pavuna. A cerimônia teve a participação da Orquestra
Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e seu coral, que
executaram, dentre outras músicas, a canção “Na Pavuna”, de Almirante. A
celebração do casamento ficou a cargo do Pastor Evangélico Noemias
Marion e a festa propriamente dita foi patrocinada pela colônia portuguesa
da Casa Traz Os Montes Alto D’Ouro, cujo patrono é o poeta Guerra
Junqueiro. Na primeira fila, sentada, bastante emocionada, a filha do poeta.
Após o casamento, os noivos seguiram viagem de lua de mel com destino
a Paris, Suíça, Portugal e outros países.

Leni (A Noivinha da Pavuna) e seu marido, no
dia do casamento
(15 de setembro de 1969), há 40 anos atrás
Leni fez questão de entrar na igreja, de mãos
dadas com o apresentador da TV Tupi J.
Silvestre

O sucesso da Noivinha da Pavuna foi matéria de destaque em
várias revistas nacionais

Como nem tudo é perfeito... O casamento,
algum tempo depois foi desfeito.
Leni, com 62 anos, a
“eterna Noivinha da
Pavuna” com seu
atual marido
FONTE: http://blogdoprofessorpc.blogspot.com/2007/05/noivinha-da-pavuna-no-jl-mier_19.html
Os alunos do TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) da FACHA Méier, formandos do segundo semestre do ano passado, desenvolveram uma
edição do JL Méier sobre a TV Tupi. Vale destacar a capa e a entrevista que a aluna Isabele Rangel fez com a "Noivinha da Pavuna", Leni Orsida
Varela, destaque do programa "O céu é o limite", apresentado por J. Silvestre, nos anos 60. Belo resgate histórico.
Agradecemos ao ex-aluno Jason Vogel que colaborou na localização da "Noivinha", que continua morando na Pavuna.
Formatação:
EDIVAL TOSCANO VARANDAS
E-mail: [email protected]
Obrigado Leni. Eu fui um dos que choraram e vibraram por você.