A maioria das propostas tenentistas contava com a
simpatia de grande parte das classes médias e
urbanas, dos produtores rurais que não
pertenciam ao grupo que estava no poder e de
alguns empresários da indústria.
Os tenentes não acreditavam que o “liberalismo
autêntico” fosse o caminho para a recuperação
do país.
Faziam restrições às eleições diretas, ao sufrágio
(voto) universal, insinuando a crença em uma via
autoritária para a reforma do estado e da
sociedade.
O movimento ocorreu em julho de 1922, em meio à
campanha eleitoral para a presidência da República.
Os candidatos eram Artur Bernardes, apoiado pelo
governo, e Nilo Peçanha, candidato da oligarquia
dissidente e de setores sociais descontentes.
A revolta dos tenentes iniciou-se a partir de um
artigo, publicado no jornal Correio da Manhã, cuja
autoria foi atribuída ao presidente recém-eleito,
Artur Bernardes, onde apresentava violentos insultos
ao exército e, apesar da negativa da autoria por
parte de Artur Bernardes, permaneceu o mal estar
entre Exército e governo.
Diante dos protestos realizados pelo Clube Militar, o
governo ordenou seu fechamento e a prisão de seu
presidente, marechal Hermes da Fonseca.
A atitude do governou desencadeou, em 5 de julho de
1922, o levante dos tenentes em diversos quartéis.
Alguns foram logo controlados por forças fiéis ao
governo, e o último a se render foi o Forte de
Copacabana, de onde 17 militares e um civil, sob o
comando do tenente Siqueira Campos, saíram às ruas,
num combate corpo a corpo com as tropas opositoras,
sendo alvejados pelos soldados governistas.
Dos 18 rebeldes, somente dois –Siqueira Campos e
Eduardo Gomes –sobreviveram nessa luta suicida.
Porém o episódio dos 18 do Forte, como passou a ser
conhecido, conferiu imensa popularidade ao movimento
tenentista e à oposição ao domínio oligárquico.
A REVOLTA DOS18 DO FORTE
Tenentes em marcha pela Avenida
Atlântica, na praia de Copacabana no
RJ.
Dois anos após a Revolta dos 18 do Forte, ocorreram
novas rebeliões tenentistas em regiões como o Rio
Grande do Sul e São Paulo.
Sob o comando do general Isidoro Dias Lopes e o
tenente Juarez Távora e por políticos como Nilo
Peçanha, eclodiu em São Paulo, também no dia 5 de
julho, uma revolta.
Com tropas de aproximadamente mil homens, os
revoltosos ocuparam os lugares estratégicos de SP
e, durante a ocupação, diversas batalhas foram
travadas.
O governo paulista fugiu da capital, onde organizou a
reação contra os rebeldes.
O general Isidoro percebeu que não tinha mias
condições de resistir, decidiu abandonar a cidade
de SP.
A numerosa e bem armada tropa dos rebeldes
formou a Coluna Paulista, que seguiu em direção
ao sul do país (Paraná), ao encontro de outra
coluna militar tenentista, liderada pelo capitão
Luís Carlos Prestes, a chamada Coluna Prestes.
As forças tenentistas de São Paulo e do Rio
Grande do Sul uniram-se no Paraná e, lideradas
por Luís Carlos Prestes, decidiram percorrer o
país, procurando apoio popular para novas
revoltas contra o governo. Nascia assim, a
chamada Coluna Prestes.
Durante mais de dois anos (1924 –1926), a
Coluna Prestes percorreu 24 mil Km através de
doze estados brasileiros.
Sem descanso, o governo perseguia as tropas da
Coluna Prestes, que, por meio de manobras
militares conseguia escapar.
Oesperadoapoiopopularnãoveio.Os
frequentesataquesdastropasregulares,de
jagunçosecoronéis,debilitaramacoluna,que
seretirouem1927,comaproximadamente800
homens,paraaBolívia.
Acolunanuncafoiderrotadae,isso
demonstravaqueopodernaPrimeiraRepública
não era inatacável,Luís Carlos
Prestes,posteriormente, voltou ao
país,tornando-seumdosprincipaislíderesdo
PartidoComunista(fundadoem1922).
A COLUNA PRESTES:
1925-1927
Capitão Luís Carlos
Prestes, o “Cavaleiro da
Esperança”
A Revolta do Forte de Copacabana, a
Revolução de 1924 e a Coluna Prestes não
produziram efeitos imediatos na estrutura
política brasileira.
Contudo, mantiveram a chama da revolta
contra o poder e os privilégios das
oligarquias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
História Global –Gilberto Cotrim
História e Vida –Nelson Piletti e Claudino Piletti
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