Teorias do Desenvolvimento Econômico

vitor_vasconcelos 5,595 views 70 slides Jun 09, 2019
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About This Presentation

Aula da disciplina de Desenvolvimento e Sustentabilidade, UFABC, São Bernardo do Campo-SP, Junho de 2019


Slide Content

Desenvolvimentoe
Sustentabilidade
Aula 2 –Teorias do Desenvolvimento Econômico
Vitor Vieira Vasconcelos
São Bernardo do Campo -SP
Junhode 2019

Seminários do Programa de Pós-
Graduação em Economia Política
Mundial
Seminário: Antropocenoe Economia
Política Mundial
Palestrante: Leonardo Freire de Mello
18 de junho (terça-feira), 12:00 a 14:00
Sala S001 (térreo) no prédio Alfa 2

Conteúdo
David Ricardo
Joseph Schumpeter
Walt Rostow
CEPAL
Albert Hirschman

Referência Básica
Nierdele, P. A.;
Radomsky, G. F. W.
Introdução às teorias
do desenvolvimento.
Porto Alegre: Editora
UFGRS. 2016.

Teorias sociológicas do desenvolvimento
Max Weber
•Desenvolvimento como racionalização da ação social
•Eficiência do uso do tempo e recursos
NolbertElias
•Controle dos impulsos biológicos individuais e
redirecionamento para finalidades socialmente
aceitáveis
•Desenvolvimento da “moral civilizada”
Weber, Max. "Wirtschaft und Gesellschaft (Economia e Sociedade)."Tübingen: Mohr(1922).
Elias, Norbert.Über den Prozeß der Zivilisation (O Processo Civilizatório). Bände in Kassette.
Frankfurt a. M: Suhrkamp Verlag, 1976.

Conteúdo
David Ricardo
Joseph Schumpeter
Walt Rostow
CEPAL
Albert Hirschman

David Ricardo (1772-1823)
Investimentos
Maisofertade
empregos
Economiade
plenoemprego
Aumentodos
salários
Crescimento
populacional
Maiordemanda
poralimentosExpansão
agricolapara
terrasmenos
férteis
Aumentono
preçodos
alimentos
Aumentodos
salários
Diminuiçãodo
lucro
Inovações
aumentam
produtividade
Esgotamentodas
possibilidadesde
inovação
Estado
estacionário
Ricardo, David. On thePrinciplesofPolitical EconomyandTaxation. London: John
Murray, 1821. Third edition. First published: 1817.

Atividade
Com base na história da
humanidade nos séculos XIX, XX
e XI, argumente sobre em que
medida as preocupações e
previsões de David Ricardo
continuam válidas atualmente.

David Ricardo
•Ainda não estamos em economia de pleno emprego em
nível mundial
•Redução nas taxas de crescimento populacional nos
países desenvolvidos
Mas ainda não nos países sub-desenvolvidos
•Modernização agrícola produziu alimentos
potencialmente para todos os seres humanos
Nem todos podem comprar
Demanda por carne continua aumentando
•Questão mais ampla:
Até quando a inovação produtiva conseguirá adiar os
limites dos recursos naturais?

Novos aspectos após teorias de David Ricardo
Fertilizantes e outras tecnologias agrícolas
Criação de novos produtos de consumo
Obsolescência programada
Expansão do mercado de serviços
•Entretenimento, Saúde, Educação, Segurança
•Sem um limite material definido

Conteúdo
David Ricardo
Joseph Schumpeter
Walt Rostow
CEPAL
Albert Hirschman

Joseph AloïsSchumpeter
(1883-1950)

Joseph Schumpeter
O cernedo Capitalismonãoé
comoeleadministraas estruturas
existentes
DestruiçãoCriadora:
•Renovaçãoconstantede estruturas
sociais, produçãoe produtos
SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism and Democracy. New York:
Harper & Row, 1942

Conceitode DestruiçãoCriadora
Baseadonateoriade Karl Marx
•Capitalismodestróiestruturasanteriorespara criarsuanova
estrutura
PrimeirousoporWerner Sombart (sociólogo )
Conceituação, teorizaçãoe popularizaçãopor
Joseph Schumpeter
Distinção
Marx: destruiçãocriadoratambém
destruiriao Capitalismo
Schumpeter: destruiçãocriadoratraz
possibilidadede desenvolvimentosem
limitedefinidopara o capitalismo
Harvey, D.(2010).The Enigma of Capital and the Crises of Capitalism. London: Profile Books. p.46.

Modelo Circular
(Economia Clássica)
Firmas
Famílias
Produtos
Pagamento
Trabalho
Salário
Empresário
Capitalista
Ideia
SucessoFracasso
Inovação
Lucro extra
Imitação por
outros
empresários
Generalização
do lucro
Difusão

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Oferta e Demanda
Preço
OfertaDemanda
Desequilíbrio Momentâneo
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

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Oferta e Demanda
Preço
OfertaDemanda
Retorno ao Equilíbrio
Economia Circular
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

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Oferta e Demanda
Preço
OfertaDemanda
Alteração nas Necessidades dos Consumidores
Economia Circular
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

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Oferta e Demanda
Preço
OfertaDemanda
Retorno ao Equilíbrio (adaptação às mudanças sociais)
Economia Circular
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

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Oferta e DemandaPreço
OfertaDemanda
Inovação Produtiva
Desenvolvimento Econômico
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

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Oferta e DemandaPreço
OfertaDemanda
Retorno ao Equilíbrio (Desenvolvimento Econômico)
Desenvolvimento Econômico
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

Schumpeter
Formas de Inovação Econômica:
•Novo bem (ou com novas qualidades)
•Novo método de produção
•Novo mercado
•Nova fonte de matérias primas ou bens semi-
manufaturados
•Nova organização (monopolização ou
fragmentação)
Papel do crédito como estimulador às
inovações produtivas no capitalismo
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

Schumpeter
Empresários
•Responsáveis por implementar as
inovações produtivas
•Função social
oA partir de características pessoais:
iniciativa e liderança
oNão é classe social
oPode ser exercido apenas por certo período
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

Schumpeter
Empresários
•Precisam convencer os bancos a investirem na
inovação
•Saem da zona de conforto dos padrões já
estabelecidos (racionalidade inconsciente)
•Intuição + Planejamento (racionalidade consciente)
•Reações contra a inovação produtiva:
oImpedimento legal ou político
oCondenação social (moral)
₋Resistência de grupos ameaçados pela inovação
₋Dificuldade para cooperação
₋Resistência dos consumidores
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

Schumpeter
Psicologia do empresário
•Não-hedonista: trabalho em vez do lazer
e consumo de bens
•Ambição por ascensão social
•Prazer por criação, engenhosidade e
esforço
Schumpeter, Joseph A.Theory of economic development. [1934] Routledge, 2017

Diferentesfocos
J. Schumpeter
•Grandesinovações Ciclosde Desenvolvimento
A.P. Usher
•Acumulaçãocontínuade diversospequenos
progressostécnicos, de repenteregistradascomo
um todo
USHER, A. A History of Mechanical Inventions, 2ª ed. Cambridge, Mass: Harvard University Press, 1954

Evolução do capitalismo
Períodos de crise: empresas maiores adquirem as
menores
Inovações passam a requerem cada vez mais capital
Grandes corporações assumem o papel de provedoras
de capital e de inovação
•Substituem a dupla Empresário + Capitalista
•Corporatizaçãodo mercado
oredução das possibilidades de inovação
(estado estacionário do capitalismo)
odomínio das corporações sobre instituições reguladoras
(governos)
SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism and Democracy. New York: Harper & Row, 1942

Quem matou o
carro elétrico?
Estratégias das grandes
empresas automotivas e
de combustíveis para
atrasar ou paralisar o
desenvolvimento de
carros elétricos
https://youtu.be/7tcv2ZXTk_E
https://youtu.be/gWfTQAWh8Sg

Pós-capitalismo
•Aumento da educação privilegiaria visão
crítica ao capitalismo corporativista
•Mudança de foco dos bens materiais para
bens culturais
•Escolha democrática de representantes
políticos contrários aos valores do capitalismo
•No limite, se aproximaria do Socialismo
(Estado de Bem Estar)mas sem uma revolução
SCHUMPETER, J. Capitalism, Socialism and Democracy. New York: Harper & Row, 1942

Atividade
Levando em consideração as
tendências indicadas por
Schumpeter, em 1942, quanto à
evolução do capitalismo, educação
e consequentes mudanças
políticas, reflita sobre a sua
validade e/ou viabilidade após
passados mais de 75 anos.

Criação de bancos de desenvolvimento
Ex: BID, BNDES
Críticas às teorias de Schumpeter
Pouco foco em fatores como:
•Exploração do trabalho e desigualdades sociais (Karl Marx)
•Papel do Estado na economia (John Keynes)
oO Estado poderia ser indutor de inovações?
•Relações entre salário e demanda
oPara Schumpeter, a oferta criaria a própria demanda
oSuposição simplificada de pleno emprego
Como lidar com países subdesenvolvidos
“menos inovadores”?
Repercursõesdas teorias de Schumpeter

Conteúdo
David Ricardo
Joseph Schumpeter
Walt Rostow
CEPAL
Albert Hirschman

Walt Whitman Rostow
1916-2003

Walt Whitman Rostow
Contexto Geopolítico após a Segunda Guerra
Mundial
Banco Mundial financiando países devastados
pelo Pós-Guerra –Plano Marshall
Discurso que o desenvolvimento no Capitalismo
era mais vantajoso que no Socialismo
•Foco nos países subdesenvolvidos
Teoria Econômica em oposição ao Marxismo
RIBEIRO, Flávio Diniz. Walt Whitman Rostowe a problemática do desenvolvimento: ideologia,
política e ciência na Guerra Fria. Tese (Doutorado em História Social) USP, São Paulo, 2008.

Etapas do desenvolvimento:
Subdesenvolvimento é uma etapa atrasada no processo
histórico de desenvolvimento e crescimento econômico
Países subdesenvolvidos chegariam ao patamar dos
desenvolvidos pelo mesmo modelo de desenvolvimento
País
Subdesenvolvido
Financiamento
Internacional
+
Intervenção
estatal
Industrialização
País
Desenvolvido

Walt Whitman Rostow
Cinco etapas do desenvolvimento:
ROSTOW, Walt Whitman. The Stages of Economic Growth: A Non-Communist Manifesto.
Cambridge: Cambridge, UniversityPress, 1960
Nível de Desenvolvimento
Tempo
Sociedades
Tradicionais
Pré-condições
para o arranco
O arranco
(take-off)
Marcha para a
maturidade
Era do consumo
em massa

Cinco etapas do desenvolvimento
1.Sociedades tradicionais
Poucos recursos financeiros
Baixa tecnologia
Predominantemente agrícola de subsistência
Incapacidade de produção de excedentes
Incapacidade de acumulação
ROSTOW, Walt Whitman. The Stages of Economic Growth: A Non -Communist Manifesto. Cambridge:
Cambridge, UniversityPress, 1960

2.Pré-condições para o arranco
(estágio de transição)
Mudanças sociais
internas
Pressão pela
colonização
Especialização
do trabalho
Modernização
tecnológica
Mudança dos valores sociais,
política e conhecimento
Aumento da
produtividade
Primeiros
empreendimentos
Expansão do comércio
interno e externo

3.Arranco
Retirada das amarras (valores sociais) que
mantinham no estado anterior
Migração da mão de obra rural para o setor
industrial
Novo sistema político, institucional e social
4.Marcha para a maturidade
Especialização da mão de obra urbana
Diversificação dos produtos
Substituição de importações
ROSTOW, Walt Whitman. The Stages of Economic Growth: A Non-Communist Manifesto.
Cambridge: Cambridge, UniversityPress, 1960

5.Era do consumo de massa
Aumento da renda
per capita
Melhor distribuição
de renda
Expansão do mercado interno
de consumo
ROSTOW, Walt Whitman. The Stages of Economic Growth: A Non-Communist Manifesto.
Cambridge: Cambridge, UniversityPress, 1960

Alocação da força de trabalho
Etapa\ Setor
Primário
(agricultura)
Secundário
(indústria)
Terciário
(serviços)
Sociedade
tradicional
Predominante Muito pequeno Muito pequeno
Pré-condições
para o arranco
Predominante Pequeno Muito pequeno
O arranco Declinando
Crescendo
rapidamente
Pequeno
Marcha para a
maturidade
Pequeno Estável
Crescendo
rapidamente
Era do consumo
em massa
Muito pequeno Declinando Predominante

Walt Whitman Rostow
Cinco etapas do desenvolvimento:
ROSTOW, Walt Whitman. The Stages of Economic Growth: A Non-Communist Manifesto.
Cambridge: Cambridge, UniversityPress, 1960
Nível de Desenvolvimento
Tempo
Sociedades
Tradicionais
Pré-condições
para o arranco
O arranco
(take-off)
Marcha para a
maturidade
Era do consumo
em massa
UK 1750
EUA 1800
Japão 1880
UK 1820
EUA 1850
Japão 1900
UK 1850
EUA 1920
Japão 1930
UK 1940
EUA 1930
Japão 1950

Quais poderiam ser as
críticas, limitações e
ressalvas à teoria de
Rostow?

Críticas à teoria de Rostow
Supõe uma trajetória única de desenvolvimento
Desvalorização da cultura dos países
subdesenvolvidos
Transferência tecnológica (industrialização) sem
levar em conta os conhecimentos locais
tradicionais
Não inclui relações econômicas entre países
Após os anos 1970, críticas devido ao
endividamento dos países em desenvolvimento,
sem alcançar o nível dos países desenvolvidos
RIBEIRO, Flávio Diniz. Walt Whitman Rostowe a problemática do desenvolvimento: ideologia, política e ciência na Guerra
Fria. Tese (Doutorado em História Social) USP, São Paulo, 2008.

Conteúdo
David Ricardo
Joseph Schumpeter
Walt Rostow
CEPAL
Albert Hirschman

CEPAL
(Comissão Econômica para a América Latina e Caribe)
Porque a estratégia dos estágios de
desenvolvimento de Rostownão tornou os países
latino-americanos desenvolvidos?
Desenvolvimento na América Latina acentuou as
desigualdades sociais internas
Subdesenvolvimento não é uma etapa para o
desenvolvimento
Subdesenvolvimento é fruto de relações desiguais
entre países centrais e periféricos
BIELSCHOWSKY, Ricardo. Cinquenta anos de pensamento na CEPAL: uma resenha. In: ______ (Org.).
Cinquenta anos de pensamento na CEPAL. Rio de Janeiro: Record, 2000. p. 13-68.

RaúlFrederico Prébisch
(1901-1986)

RaúlFrederico Prébisch
Lei das vantagens comparativas de David Ricardo
•Liberação comercial entre países traria benefícios para todos
Crítica devido às relações desiguais entre os países
•Os países centrais se beneficiariam mais do que os periféricos
Países Centrais
Países Periféricos
Investimento
Pagamento
de Dívida
Bens de alto
valor agregado
Bens de baixo
valor agregado
Balança de pagamentos
positiva
Balança de pagamentos
negativa
Prebisch, R., & Cabañas, G. M. (1949). El desarrollo económico de la América Latina y
algunos de sus principales problemas.El trimestre económico, 16(63 (3), 347-431.

https://mises.org/library/more-evidence-global-economic-inequality-decreasing
Desigualdade no Mundo (Índice de Gini)
Desigualdade
dentro dos países
Desigualdade
entre os países
Gini

Yanofsk, D. For the First Time, the combined GDP of poor nations is greater than the Rich
ones. Quartz. 2013.
PIB per capita (paridade de poder de compra)
Economias avançadas
Economias em desenvolvimento e emergentes

OXFAM (2015) Wealth: Having It All and Wanting More.
http://www.oxfam.org/sites/www.oxfam.org/files/file_attachments/ib-wealth-having-all-wanting- more-190115- en.pdf
Participação na riqueza mundial (%)
1% mais rico
99% mais pobre

OXFAM (2015) Wealth: Having It All and Wanting More

Credit Suisse Research Institute,Global Wealth Report 2015, October 2015
População adulta mundial e distribuição da riqueza total por grupo, 2015
% de adultos % da riqueza

Celso Furtado
(1920-2004)

Celso Furtado
Países desenvolvidos
Desenvolvimento
tecnológico
Acumulação de
capital
Alteração do
perfil de demanda
Países subdesenvolvidos
Desenvolvimento
tecnológico
Acumulação de
capital
Alteração do
perfil de demanda
FURTADO, Celso.Um Projeto para o Brasil, 4.a ed., Rio de Janeiro, Saga, 1968

Celso Furtado
Países desenvolvidos:
•Lucro em grande parte reinvestido em produção
Países subdesenvolvidos
•Elite industrial usa lucro para consumo de bens supérfluos
importados dos países desenvolvidos
•Dinheiro retorna aos países desenvolvidos pela importação
•Sobra pouco dinheiro para reinvestimento
•Controle do Estado pela elite mantém a estrutura de
dependência
Furtado, C., 1974. O mito do desenvolvimento econômico. Ed. Paz Terra

Conteúdo
David Ricardo
Joseph Schumpeter
Walt Rostow
CEPAL
Albert Hirschman

Albert Otto Hirschman
(1915-2012)

Albert Hirschman
Não há uma receita única de
desenvolvimento
•Contextos sociais distintos definem
diferentes trajetórias de desenvolvimento
Desenvolvimento deve ser sequencial
•Não se consegue fazer uma revolução que
mude todos os valores sociais de uma só vez
HIRSCHMAN, Albert Otto. The riseanddecline ofdevelopmenteconomics. In: Essaysin Trespassing
EconomicstoPoliticsandBeyond. Cambridge UniversityPress. 1981.
PINTO, Aníbal. Albert Otto Hirschman. Journeys toward progress. Studies of economic policy making in
LatinAmerica.
El Trimestre Económico, México, v. 31, n. 1, p. 166- 168, 1964

Albert Hirschman
Reconhece que existem relações
desiguais entre centro e periferia
Mas para um país periférico, é melhor ter
um pequeno desenvolvimento
(crescimento financiado antes do
endividamento) do que desenvolvimento
nenhum
HIRSCHMAN, Albert Otto. The riseanddecline ofdevelopmenteconomics. In: Essaysin Trespassing
EconomicstoPoliticsandBeyond. Cambridge UniversityPress. 1981.

Source: Pew ResearchCenteranalysisofdata from World Bank PovcalNet database
(Center for Global Development versionavailableontheHarvard DataverseNetwork)
andtheLuxembourgIncomeStudyDatabase, August 2015
População global por nível de renda
PobresBaixa rendaRenda médiaRenda
média-
alta
Alta
renda

https://ourworldindata.org/uploads/2013/11/4-World-Income-Distribution-2003-to-2035-growth-rates.png
Distribuição global da renda em 2003, 2013, e projeção para 2035
Renda ajustada por paridade de poder de compra entre os países e através do tempo
Renda por cidadão no mundo, por ano (em dólares de 2011)
% da população do mundo recebendo o nível de renda
2003
2013
Projeção para 2035

Albert Hirschman
Estratégia de crescimento equilibrado:
•Política de desenvolvimento idealmente deveria ser
balanceada entre os diversos segmentos da economia
•Modelo utilizado pelo Plano Marshall na Europa Pós-Guerra
Países subdesenvolvidos:
•Não possuem recursos suficientes
•Governos com limitada estrutura operacional
•Melhor investir em segmentos mais promissores e contar com
o efeito de encadeamento econômico
BIANCHI, Ana Maria. Albert Hirschmanna América Latina e sua trilogia sobre desenvolvimento econômico.
Economia e Sociedade, Campinas, v. 16, n. 2, p. 131- 150, ago. 2007.
HIRSCHMAN, Albert Otto. 1958. The Strategy of Economic Development. New Haven, Conn.: Yale University Press.

Albert Hirschman
Desenvolvimento econômico é criador de
desigualdade sociais
Estado é responsável por gerir os
desequilíbrios
•Políticas de desenvolvimento: aumentam
desigualdade
•Políticas sociais: socializam o desenvolvimento
HIRSCHMAN, Albert Otto. 1958. The Strategy of Economic Development.New Haven, Conn.: Yale University Press.
HIRSCHMAN, Albert Otto. The riseanddecline ofdevelopmenteconomics. In: Essaysin TrespassingEconomicsto
PoliticsandBeyond. Cambridge UniversityPress. 1981.

Albert Hirschman Metáfora do Túnel
Nível de Desenvolvimento Geral
Hirschman, Albert O., Rothschild, Michael. "The changing tolerance for income inequality in the course of
economic development."The Quarterly Journal of Economics87, no. 4 (1973): 544- 566.

Albert Hirschman Metáfora do Túnel
Nível de Desenvolvimento Geral
Túnel
Nível de
Desenvolvimento
Avançado
Hirschman, Albert O., Rothschild, Michael. "The changing tolerance for income inequality in the course of
economic development."The Quarterly Journal of Economics87, no. 4 (1973): 544- 566.

Perspectiva Histórica
•Doutrina Truman –Guerra Fria (1947)
Plano Marshall (1947-1951)
Banco Mundial (1945) e Banco Interamericano de Desenvolvimento (1959)
•Estado desenvolvimentista (1930-1970)
Estado-empresário (indústria de base e de capital)
Protecionismo de mercado
Endividamento
•Neoliberalismo (1980-1990)
Consenso de Washington (1990)
Economia neoclássica
Privatização
•Estado Neo-desenvolvimentista(2000-2010)
Estado como regulador macroeconômico
Políticas de Financiamento
Políticas de Redistribuição de renda
BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Do antigo ao novo desenvolvimentismo na América Latina. Texto para Discussão n.
274. São Paulo: FGV, nov. 2010.

Estado e Desenvolvimento
•Modelo asiático (Japão, Coreia do Sul, Singapura, Hong Kong)
Investimento em educação
Planificação central e programas de industrialização
Críticas quanto a autoritarismo e ambiente anti-democrático
•Modelo escandinavo
Investimento em educação
Incentivo a inovação
Políticas de sociais
•Modelo BRICS
Atração de investimentos para mercado interno
Programas de fortalecimento econômico pelo governo
CHANG, Ha-Joon. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: UNESP, 2004.
CHANG, Ha-Joon. How to ‘do’ a developmental state: political, organisationaland human resource requirements for the
developmental state. In: EDIGHEJI, Omano(Ed.). Constructing a democratic developmental state in South Africa:
potentials and challenges. Pretoria: Human Sciences Research Council Press , 2010. cap. 4, p. 82- 96.

Atividade
Seria possível o Brasil diminuir a
desigualdade em relação ao nível
socioeconômico dos países
desenvolvidos, ao mesmo tempo que
diminui a sua desigualdade
socioeconômica interna?
O que seria necessário para isso?

Dúvidas?
Comentários?
Obrigado!
Vitor Vieira [email protected]