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g) Fazerem cada ano um retiro fechado de 48 horas, no mínimo, marido e mulher juntos na
medida do possível. É obrigatório pelo menos um retiro, antes do compromisso da Equipe.
h) Darem cada ano, a título de contribuição, o produto de um dia de trabalho para assegurar a vida
material e a expansão do Movimento, ao qual devem, de certo modo, o próprio enriquecimento
espiritual.
i) Entrarem em contato e acolherem com o coração fraterno, quando se lhes oferecerem
oportunidades, os casais de outras equipes.
Não preciso lembrar os seis pontos concretos de esforço atuais. Se bem que existem alguns dos
pontos antigos que às vezes seria bom lembrar! Se eles não estão mais na lista atual, é porque se pensa
que já foram incorporados... Será?
III. O sentido da Partilha
1) No começo das ENS.
Conheci as Equipes em seus primeiros anos (1948-49) como jovem sacerdote, observador... Era
a época da "partilha tabulada”
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, que se devia enviar para Paris...
Isto era compreensível, no início: necessidade de assegurar em todo lugar uma prática
fundamental; necessidade de verificar o andamento das equipes. Mas havia um real perigo de
formalismo, além do aspecto de "controle" por parte do Centro Diretor. ..
Sobre este ponto, evoluiu-se bastante! E a Segunda Inspiração propõe aprofundar ainda mais
esta prática fundamental. A tal ponto fundamental que, na minha opinião, uma equipe que não pratique
mais a Partilha (e existem!) não pode mais ser considerada como uma verdadeira Equipe de Nossa
Senhora.
2) Como compreender a partilha?
Vou fazer referência aqui ao documento sobre a Partilha, do casal Gomez-Ferrer
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. É um excelente
documento, estudado pelas Equipes no mundo inteiro. Talvez seja até bom demais; alguns o acham
místico demais. Tenho medo das reações como as dos filhos desses casais "perfeitos" que dizem:
nunca poderemos imitar nossos pais, então nem vale a pena tentar!
Portanto, vou propor aqui, simplesmente, algumas precisões concretas e um pouco terra-a-terra.
Mas que se enquadram perfeitamente na linha dessa mística.
Penso, por exemplo (e isto tem algo de místico), que, concretamente, a primeira função real da
Partilha é alertar os casais antes da reunião, a respeito do que deverão partilhar sobre os pontos
concretos de esforço, lembrar-lhes que eles têm coisas a fazer para poderem falar delas ... É por isso
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Era praxe, antigamente, preencher uma “folha de partilha”, a qual deveria ser enviada ao Setor, na qual se anotava Sim
ou Não, para os seis Pontos Concretos de Esforço, individualizado para Ele e Ela (Vide, por exemplo, o manual “O Casal
Responsável de Equipe – edição de 1983 – última página). Após o Encontro de Lourdes de 1988, quando do lançamento
da Segunda Inspiração, foi abolida a tal “folha de partilha”.
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Trata-se do documento “Mística dos Pontos Concretos de Esforço e Partilha”, o qual deveria ser de leitura e assimilação
por parte de todos os casais equipistas e conselheiros espirituais.