Texto poético («O Sonho», de Sebastião da Gama, in Pelo Sonho é que vamos , Ática, 1992.) Analisar um texto poético Pelo Sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo Sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos. Basta que a alma dêmos, com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia a dia. Chegamos? Não chegamos? – Partimos. Vamos. Somos. 1 5 10 [Explicar o sentido dos versos] 1.ª estrofe : O sujeito poético afirma que é muito importante sonhar, ter aspirações. Ter a esperança de alcançar um sonho e perseverar nessa busca é ainda mais importante do que a concretização desse sonho («Haja ou não haja frutos,», v. 4). A dupla adjetivação («comovidos e mudos», v. 2) realça a ideia de que nos devemos entregar totalmente a esta busca. Pelo Sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo Sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos. Basta que a alma dêmos, com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia a dia. Chegamos? Não chegamos? – Partimos. Vamos. Somos. [Explicar o sentido dos versos] 2.ª estrofe : É preciso apenas que: acreditemos em nós; (2) tenhamos esperança de concretizar o sonho, mesmo sem a certeza de o conseguir; (3) nos entreguemos com alma e entusiasmo tanto ao desconhecido como ao que nos é familiar. A anáfora «Basta» (v. 6, 7 e 9) destaca as três condições necessárias ao sonho. Pelo Sonho é que vamos, comovidos e mudos. Chegamos? Não chegamos? Haja ou não haja frutos, pelo Sonho é que vamos. Basta a fé no que temos. Basta a esperança naquilo que talvez não teremos. Basta que a alma dêmos, com a mesma alegria, ao que desconhecemos e ao que é do dia a dia. Chegamos? Não chegamos? – Partimos. Vamos. Somos. [Explicar o sentido dos versos] 3.ª e 4.ª estrofes : Os dois versos finais, separados/destacados graficamente do resto do poema, expressam as ideias mais importantes, que devemos reter: não importa se conseguimos ou não concretizar o nosso sonho; devemos tentar e perseverar, pois sonhar permite que nos realizemos e encontremos um sentido para a nossa existência («– Partimos. Vamos. Somos.», v. 14). 1 5 10 1 5 10