Tipos de mediunidade Rebelva , 23 de Janeiro de 2019
MÉDIUNS E MEDIUNIDADE 2 Médiuns são pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. Toda pessoa que, num grau qualquer, experimente a influência dos Espíritos é, por esse simples fato, médium. Essa faculdade, a Mediunidade , é inerente ao homem e, por conseguinte , não constitui privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuam um rudimento de tal faculdade. Pode-se, pois, dizer que toda gente, mais ou menos, é médium. Contudo, segundo o uso, esse qualificativo só se aplica àqueles em quem a faculdade mediúnica se manifesta por efeitos ostensivos, de certa intensidade.
Efeitos Físicos Aptos a produzirem fenómenos materiais, tais como movimentos de objetos, ruídos Duas grandes categorias Efeitos Inteligentes Os que são mais aptos a receber e a transmitir comunicações inteligentes 3
Comuns a todos os gêneros de mediunidade Sensitivos Naturais/Insco nscientes Facultativos/Volunt ários 4
Comuns a todos os gêneros de mediunidade Sensitivos Naturais/Insco nscientes Facultativos/Volunt ários 5 Pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos por uma impressão vaga, por uma espécie de leve roçadura sobre todos os seus membros, sensação que elas não podem explicar. É a faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Difere da impressionabilidade puramente física e nervosa, com a qual preciso é não seja confundida, porquanto pessoas há que não têm nervos delicados e que sentem mais ou menos o efeito da presença dos Espíritos, do mesmo modo que outras, muito irritáveis, absolutamente não os pressentem.
Comuns a todos os gêneros de mediunidade Sensitivos Naturais/Insco nscientes Facultativos/Volunt ários 6 Esta faculdade se desenvolve pelo hábito e pode adquirir tal sutileza, que aquele que a possui reconhece, pela impressão que experimenta, não só a natureza, boa ou má, do Espírito que lhe está ao lado, mas até a sua individualidade. Um bom Espírito produz sempre uma impressão suave e agradável; a de um mau Espírito, ao contrário, é penosa, angustiosa, desagradável.
Comuns a todos os gêneros de mediunidade Sensitivos Naturais/Insco nscientes Facultativos/Volunt ários 7 Nenhuma consciência têm do poder que possuem e, muitas vezes, o que de anormal se passa em torno deles não se lhes afigura de modo algum extraordinário. Isso faz parte deles, exatamente como se dá com as pessoas que, sem o suspeitarem, são dotadas de dupla vista. Manifestam-se em todas as idades e, frequentemente, em crianças ainda muito novas.
Comuns a todos os gêneros de mediunidade Sensitivos Naturais/Insco nscientes Facultativos/Volunt ários 8 São os que têm consciência do seu poder e que produzem fenômenos espíritas por ato da própria vontade. Semelhante faculdade longe está de existir em todos no mesmo grau.
Comuns a todos os gêneros de mediunidade Sensitivos Pessoas suscetíveis de sentir a presença dos Espíritos, por uma impressão geral ou local, vaga ou material. Naturais/Insco nscientes O s que produzem espontaneamente os fenômenos, sem intervenção da própria vontade e, as mais das vezes, à sua revelia. Facultativos/Volunt ários Os que têm o poder de provocar os fenômenos por ato da própria vontade. 9
Mediunidade de efeitos físicos
Variedades especiais para os efeitos físicos Médiuns tiptólogos: aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Médiuns motores: os que produzem o movimento dos corpos inertes. Médiuns excitadores: pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas outras a faculdade de escrever. 11
Variedades especiais para os efeitos físicos Médiuns de translações e de suspensões: os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si mesmos. 12
Variedades especiais para os efeitos físicos Médiuns de aparições: os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito excepcionais . 13
Variedades especiais para os efeitos físicos Médiuns de transporte: os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translações. Médiuns de efeitos musicais: provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música, sem contato com estes. 14
Variedades especiais para os efeitos físicos Médiuns noturnos: os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos. Médiuns pneumatógrafos : os que obtêm a escrita direta (produzida diretamente pelo Espírito, sem intermediário algum. Difere da psicografia, por ser esta a transmissão do pensamento do Espírito mediante a escrita feita com a mão do médium). 15
16 A História registra exemplos clássicos de escrita direta. O Decálogo (Dez Mandamentos), conforme descrito nas escrituras bíblicas, foi inscrito em duas tábuas de pedras e entregue a Moisés. A Bíblia, no capítulo 5 do livro de Daniel, também narra outro episódio, em que dedos de uma mão de homem materializaram-se diante de Baltazar (rei dos caldeus) e dos seus súditos, com quem partilhava um festim, e estes dedos grafaram uma mensagem numa das paredes do seu palácio, mensagem esse que apenas o profeta judeu Daniel pôde decifrar. Barão de Guldenstubbé - publicados no livro La realité des Esprits et de leurs manifestations , démontrée par le phénomène de l'écriture directe (A realidade dos Espíritos e de suas manifestações demonstradas pelo fenômeno de escrita direta) de 1857.
Variedades especiais para os efeitos físicos Médiuns curadores: dom que possuem certas pessoas de curar pelo simples toque, pelo olhar, mesmo por um gesto, sem o concurso de qualquer medicação. Isso mais não é do que magnetismo. Evidentemente, o fluido magnético desempenha importante papel; porém, quem examina cuidadosamente o fenômeno sem dificuldade reconhece que há mais alguma coisa. 17
Variedades especiais para os efeitos físicos Todos os magnetizadores são mais ou menos aptos a curar, desde que saibam conduzir-se convenientemente, ao passo que nos médiuns curadores a faculdade é espontânea e alguns até a possuem sem jamais terem ouvido falar de magnetismo. A intervenção de uma potência oculta, que é o que constitui a mediunidade, se faz manifesta, em certas circunstâncias, sobretudo se considerarmos que a maioria das pessoas que podem, com razão, ser qualificadas de médiuns curadores recorre à prece, que é uma verdadeira evocação. 18
Variedades especiais para os efeitos físicos No que se refere aos poderes curativos, temo-los em Jesus nas mais altas afirmações de grandeza. Cercam-no doentes de variada expressão. Paralíticos estendem-lhe membros mirrados, obtendo socorro. Cegos recuperam a visão. Ulcerados mostram-se limpos. Alienados mentais, notadamente obsidiados diversos, recobram equilíbrio. 19 Mecanismos da mediunidade – Cap. 26
Iniciando a tarefa pública, na exteriorização de energias sublimes, encontramo-lo em Caná da Galileia, oferecendo notável demonstração de efeitos físicos, com ação a distância sobre a matéria, em transformando a água em vinho. Mas, o acontecimento não permanece circunscrito ao âmbito doméstico, porquanto, evidenciando a extensão dos seus poderes, associados ao concurso dos mensageiros espirituais que, de ordinário, lhe obedeciam às ordens e sugestões, nós o encontramos, de outra feita, a multiplicar pães e peixes , no tope do monte, para saciar a fome da turba inquieta que lhe ouvia os ensinamentos, e a tranquilizar a Natureza em desvario, quando os discípulos assustados lhe pedem socorro, diante da tormenta. Mecanismos da mediunidade – Cap. 26
Ainda no campo da fenomenologia física ou metapsíquica objetiva, identificamo-lo em plena levitação, caminhando sobre as águas , e em prodigiosa ocorrência de materialização ou ectoplasmia , quando se põe a conversar, diante dos aprendizes, com dois varões desencarnados que, positivamente, apareceram glorificados, a lhe falarem de acontecimentos próximos. Em Jerusalém, no templo, desaparece de chofre, desmaterializando-se , ante a espectação geral, e, na mesma cidade, perante a multidão, produz-se a voz direta , em que bênçãos divinas lhe assinalam a rota. Em cada acontecimento, sentimo-lo a governar a matéria, dissociando-lhe os agentes e reintegrando-os à vontade, com a colaboração dos servidores espirituais que lhe assessoram o ministério de luz. Mecanismos da mediunidade – Cap. 26
Mediunidade de efeitos inteligentes
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 23 01 Médiuns audientes: os que ouvem os Espíritos. Algumas vezes uma voz interior, que se faz ouvir no foro íntimo; doutras vezes, é uma voz exterior, clara e distinta, qual a de uma pessoa viva. Os médiuns audientes podem, assim, travar conversação com os Espíritos. Esta faculdade é muito agradável, quando o médium só ouve Espíritos bons, ou unicamente aqueles por quem chama. Assim, entretanto, já não é, quando um Espírito mau se lhe agarra, fazendo-lhe ouvir a cada instante as coisas mais desagradáveis e não raro as mais inconvenientes.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 24 01 Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. As mais das vezes, nada ouvem. Neles, o Espírito atua sobre os órgãos da palavra, como atua sobre a mão dos médiuns escreventes. O médium falante geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 25 01 Médiuns videntes: os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. O médium vidente julga ver com os olhos, como os que são dotados de dupla vista; mas, na realidade, é a alma quem vê e por isso é que eles tanto vêem com os olhos fechados, como com os olhos abertos; donde se conclui que um cego pode ver os Espíritos, do mesmo modo que qualquer outro que tem perfeita a vista.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 26 01 Médiuns inspirados: Estão entre os que têm os sinais de mediunidade menos aparentes. A ação dos Espíritos é completamente intelectual e moral e se revela tanto nas menores circunstâncias da vida como nas maiores concepções . A inspiração torna-se mais evidente nos grandes trabalhos de inteligência. Os gênios de todos os tipos, artistas, sábios, literatos, oradores, são sem dúvida Espíritos avançados (intelectualmente), capazes, por si mesmos, de compreender e de conceber grandes coisas. Ora, é precisamente porque são julgados capazes que os Espíritos que querem a realização de certos trabalhos lhes sugerem as ideias necessárias.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 27 01 Médiuns de pressentimentos: São pessoas que, em certas circunstâncias, têm uma vaga intuição sobre as coisas comuns. Essa intuição pode vir de uma espécie de dupla visão, que permite antever as consequências das coisas presentes e o encadeamento dos acontecimentos. Mas, muitas vezes, essa intuição é resultado de comunicações ocultas, que fazem dessas pessoas uma variedade de médiuns inspirados.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 28 01 Médiuns proféticos: variedade dos médiuns inspirados ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 29 01 Médiuns sonâmbulos: O sonâmbulo age sob influência de seu próprio Espírito. É sua alma que, nos momentos de emancipação, vê, ouve e sente, fora do limite dos sentidos. Busca em si mesmo o que exprime. Suas ideias são, em geral, mais corretas do que em estado normal, seus conhecimentos são mais extensos, porque sua alma está livre. O sonâmbulo exprime seu próprio pensamento e o médium exprime o de outro.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 30 01 Médiuns extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos. Médiuns pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante.
Variedades especiais para os efeitos inteligentes 31 01 Médiuns músicos: os que executam, compõem ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos mecânicos, semimecânicos , intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações literárias.
Fim da 1ª parte
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o modo de execução Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos. Médiuns escreventes mecânicos: aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o modo de execução Médiuns semimecânicos : aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamente, consciência das palavras ou das frases, à medida que escrevem. São os mais comuns. Médiuns intuitivos: aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. Diferem dos médiuns inspirados que não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o modo de execução Médiuns polígrafos: aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro. Médiuns poliglotas: os que têm a faculdade de falar ou escrever em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros. Médiuns iletrados: os que escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem escrever, no estado ordinário.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o desenvolvimento da faculdade Médiuns novatos: aqueles cujas faculdades ainda não estão completamente desenvolvidas e que carecem da necessária experiência. Médiuns improdutivos: os que não chegam a obter mais do que coisas insignificantes, monossílabos, traços ou letras sem conexão.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o desenvolvimento da faculdade Médiuns feitos ou formados: aqueles cujas faculdades mediúnicas estão completamente desenvolvidas, que transmitem as comunicações com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este resultado só pelo hábito pode ser conseguido, porquanto nos médiuns novatos as comunicações são lentas e difíceis. Médiuns lacônicos: aqueles cujas comunicações, embora recebidas com facilidade, são breves e sem desenvolvimento.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o desenvolvimento da faculdade Médiuns explícitos: as comunicações que recebem têm toda a amplitude e toda a extensão que se podem esperar de um escritor consumado. Médiuns experimentados: a facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o desenvolvimento da faculdade Médiuns maleáveis: aqueles cuja faculdade se presta mais facilmente aos diversos gêneros de comunicações e pelos quais todos os Espíritos, ou quase todos, podem manifestar-se espontaneamente ou por evocação. “Esta espécie de médiuns se aproxima muito da dos médiuns sensitivos.” Médiuns exclusivos: aqueles pelos quais se manifesta de preferência um Espírito, até com exclusão de todos os demais, o qual responde pelos outros que são chamados.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o desenvolvimento da faculdade Médiuns para evocação: os médiuns maleáveis são naturalmente os mais próprios para este gênero de comunicação e para as questões de minudências que se podem propor aos Espíritos. Médiuns para ditados espontâneos: recebem comunicações espontâneas de Espíritos que se apresentam sem ser chamados. Quando esta faculdade é especial num médium, torna-se difícil, às vezes impossível mesmo, fazer-se por ele uma evocação.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns versejadores: obtêm, mais facilmente do que outros, comunicações em verso. Muito comuns, para maus versos; muito raros, para versos bons. Médiuns positivos: suas comunicações têm, geralmente, um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta às minúcias circunstanciadas, aos informes exatos. Muito raros.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns poéticos: sem serem versificadas, as comunicações que recebem têm qualquer coisa de vaporoso, de sentimental; nada que mostre rudeza. São, mais do que os outros, próprios para a expressão de sentimentos ternos e afetuosos. Tudo, nas suas comunicações, é vago; fora inútil pedir-lhes ideias precisas. Muito comuns.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns literários: não apresentam nem o que há de impreciso nos médiuns poéticos, nem o terra a terra dos médiuns positivos; porém, dissertam com sagacidade. Têm o estilo correto, elegante e, frequentemente, de notável eloquência. Médiuns incorretos: podem obter excelentes coisas, pensamentos de inatacável moralidade, mas num estilo prolixo, incorreto, sobrecarregado de repetições e de termos impróprios.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns historiadores: os que revelam aptidão especial para as explanações históricas. Esta faculdade, como todas as demais, independe dos conhecimentos do médium, porquanto não é raro verem-se pessoas sem instrução e até crianças tratar de assuntos que lhes não estão ao alcance. Variedade rara dos médiuns positivos.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns científicos: não dizemos sábios, porque podem ser muito ignorantes e, apesar disso, se mostram especialmente aptos para comunicações relativas às ciências. Médiuns receitistas : têm a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os médiuns curadores, visto que absolutamente não fazem mais do que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma. Muito comuns.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns religiosos: recebem especialmente comunicações de caráter religioso, ou que tratam de questões religiosas, sem embargo de suas crenças ou hábitos. Médiuns filósofos e moralistas: as comunicações que recebem têm geralmente por objeto as questões de moral e de alta filosofia. Muito comuns, quanto à moral.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo o gênero e a particularidade das comunicações Médiuns de comunicações triviais e obscenas: estas palavras indicam o gênero de comunicações que alguns médiuns recebem habitualmente e a natureza dos Espíritos que as dão. Quem haja estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que Espíritos há cuja perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos mais grosseiros termos. Outros, menos abjetos, se contentam com expressões triviais.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades físicas do médium Médiuns calmos: escrevem sempre com certa lentidão e sem experimentar a mais ligeira agitação. Médiuns velozes: escrevem com rapidez maior do que poderiam voluntariamente, no estado ordinário. Os Espíritos se comunicam por meio deles com a rapidez do relâmpago. Dir-se-ia haver neles uma superabundância de fluido, que lhes permite identificarem-se instantaneamente com o Espírito. Esta qualidade apresenta às vezes seu inconveniente: o de que a rapidez da escrita a torna muito difícil de ser lida por quem quer que não seja o médium.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades físicas do médium Médiuns convulsivos: ficam num estado de sobre-excitação quase febril. A mão e algumas vezes todo o corpo se lhes agitam num tremor que é impossível dominar. A causa primária desse fato está, sem dúvida, na organização, mas também depende muito da natureza dos Espíritos que por eles se comunicam. Os bons e benévolos produzem sempre uma impressão suave e agradável; os maus, ao contrário, produzem-na penosa.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – médiuns imperfeitos Médiuns obsidiados: os que não podem desembaraçar-se de Espíritos importunos e enganadores, mas não se iludem. Médiuns fascinados: os que são iludidos por Espíritos enganadores e se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem. Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e, muitas vezes, material da parte de maus Espíritos.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – médiuns imperfeitos Médiuns levianos: os que não tomam a sério suas faculdades e delas só se servem por divertimento ou para futilidades. Médiuns indiferentes: os que nenhum proveito moral tiram das instruções que obtêm e em nada modificam o proceder e os hábitos. Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de se acharem em relação somente com Espíritos superiores. Creem-se infalíveis e consideram inferior e errôneo tudo o que deles não provenha.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – médiuns imperfeitos Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que lhes são dadas; julgam que nada mais têm que aprender no Espiritismo e não tomam para si as lições que recebem frequentemente dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas. Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades. Médiuns ambiciosos: os que, embora não mercadejem com as faculdades que possuem, esperam tirar delas quaisquer vantagens.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – médiuns imperfeitos Médiuns suscetíveis: variedade dos médiuns orgulhosos, suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam- -se com a menor contradição e, se mostram o que obtêm, é para que seja admirado, e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar. Médiuns invejosos: os que se mostram despeitados com o maior apreço dispensado a outros médiuns, que lhes são superiores.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – médiuns imperfeitos Médiuns de má-fé: os que, possuindo faculdades reais, simulam as de que carecem, para se darem importância. Não se podem designar pelo nome de médium as pessoas que, nenhuma faculdade mediúnica possuindo, só produzem certos efeitos por meio da charlatanaria. Médiuns egoístas: os que somente no seu interesse pessoal se servem de suas faculdades e guardam para si as comunicações que recebem.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – médiuns imperfeitos Médiuns de má-fé: os que, possuindo faculdades reais, simulam as de que carecem, para se darem importância. Não se podem designar pelo nome de médium as pessoas que, nenhuma faculdade mediúnica possuindo, só produzem certos efeitos por meio da charlatanaria. Médiuns egoístas: os que somente no seu interesse pessoal se servem de suas faculdades e guardam para si as comunicações que recebem.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – bons médiuns Médiuns sérios: os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se delas para satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades. Médiuns modestos: os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos a elas e não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas, solicitam-nas
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – bons médiuns Médiuns devotados: os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e deve, quando necessário, sacrificar gostos, hábitos, prazeres, tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros. Médiuns seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem toda a confiança, pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos Espíritos que os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos. Veremos mais tarde que esta segurança de modo algum depende dos nomes mais ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.
VARIEDADE DOS MÉDIUNS ESCREVENTES Segundo as qualidades morais – bons médiuns Médiuns sérios: os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se delas para satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades. Médiuns modestos: os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos a elas e não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas, solicitam-nas