3. 4 Clínica médica - Patologias do sistema neurologico.pdf

MarianeLima59 5 views 102 slides Sep 18, 2025
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About This Presentation

Patologias do sistema neurológico


Slide Content

ENFERMAGEM EM CLÍNICA
MÉDICA
Patologias do Sistema
Neurológico
PROF TAIANY MARCONCIN

OBJETIVOS
•Conhecer as principais patologias do sistema
neurológico.
•Saber reconhecer os principais sinais e sintomas de
cada doença.
•Compreender os cuidados de enfermagem realizados.
•Introduzir novas terminologias médicas.
•Induzir ao raciocínio clínico, associando patologia,
sinais e sintomas, tratamento e cuidados de
enfermagem.

INTRODUÇÃO
Desde o início da história da Medicina, houve a
curiosidade a cerca do cérebro, seu funcionamento e
mistérios, o que permitiu que outras ciências também se
desenvolvessem sobre o assunto.
Foi apenas no final do século XVIII, que o sistema nervoso
foi dissecado e sua anatomia descrita. Notou-se a divisão
em encéfalo, medula espinhal e nervos periféricos que
percorriam todo o restante do corpo.
O sistema nervoso é fundamental para a vida, é por meio
dele que sentimos, nos movimentamos e pensamos.

INTRODUÇÃO
Veremos nesta aula algumas patologias ligadas ao
sistema neurológico, os sinais e sintomas que são
manifestados pelo paciente, como é feito o diagnóstico
bem como o tratamento e consequente cuidados de
enfermagem que realizamos no paciente.
Os cuidados abordados nesta aula são referentes ao
atendimento do paciente em ambiente hospitalar, ou seja,
o paciente já recebeu o primeiro atendimento e está num
hospital.
Usarei termos técnicos, por isso vide o final desta aula e
veja a tabela com o significado dos termos usados.
Bons estudos!

1. O Sistema Neurológico
O sistema nervoso pode ser classificado em sistema
nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).
O SNC consiste no encéfalo e na medula espinhal. Ainda
existe a subdivisão do encéfalo em: cérebro, cerebelo e
tronco encefálico.
O SNP é constituído de nervos e gânglios que se situam
fora do encéfalo e correspondem ao sistema simpático e
parassimpático.

1. O Sistema Neurológico

1. O Sistema Neurológico
Como podemos ver anteriormente, o sistema nervoso é o
responsável por nos manter vivos, desde a nossa
concepção no útero de nossa mãe.
Ele coordena nossos movimentos, nossos reflexos,
permite a criação das nossas memórias, nos permite
adquirir conhecimento e criar pensamentos e sonhos.
As doenças que verá a seguir são consideradas graves,
por causar falhas no corpo todo.

1. O Sistema Neurológico
A medicina ainda não é capaz de explicar como algumas
pessoas podem sofrer com a patologia e não apresentar
sequelas e por isso, se recuperam com maior facilidade.
Porém, veremos que essa ‘resposta’ não é um padrão
para todos os pacientes, em muitos casos, os mesmos
terão sequelas (temporárias ou permanentes) e será
preciso acompanhamento médico, da enfermagem e da
fisioterapia, entre outros.

2. Trauma cranioencefálico - TCE
O TCE é entendido por qualquer agressão de origem
traumática que cause lesão anatômica e/ou
comprometimento da função cerebral.
As lesões provocadas pelo TCE podem ser classificadas
em primárias e secundárias:
•Lesões primárias: São aquelas que ocorrem no
momento do trauma. Incluem as contusões, laceração
do tecido do crânio e encéfalo, ruptura de vasos
sanguíneos cerebrais. Tudo em razão da cinemática do
trauma.

2. Trauma cranioencefálico - TCE
•Lesões secundárias: São aquelas que se manifestam
horas ou dias após a lesão inicial. Resulta do suporte
inadequado da circulação de sangue no cérebro, ou
seja, há falha no transporte de nutrientes e oxigênio
para as células cerebrais.
Entre as principais causas de TCE estão: os acidentes
automobilísticos, atropelamentos, acidentes ciclísticos e
motociclísticos, agressões, quedas e projéteis de arma de
fogo.

2. Trauma crânioencefálico - TCE
Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde realizou um
levantamento sobre o índice de internamentos no SUS
em decorrência do TCE.
De acordo com o relatório apresentado, no ano de 2011,
foram registrados os seguintes dados: as quedas
(373.354 casos) foram as principais responsáveis por
esse tipo de lesão, seguidas pelos acidentes de
motocicleta (77.171 casos), acidentes envolvendo
pedestres (37.777 casos) e automóveis (17.053 casos).

2. Trauma crânioencefálico - TCE
Os dados sobre casos de TCE preocupa, pois em grande
parte a população de sofre desta comorbidade, pertence
a uma faixa etária extensa, podendo variar a idade de 1 a
60 anos.
Os pacientes podem manifestar os seguintes sinais e
sintomas de um TCE: lesão aparente em couro cabeludo
ou em face, otorragia, epistaxe, hematoma biorbital,
hematoma retroauricular, anisocoria e rebaixamento do
nível de consciência.
A gravidade do trauma está relacionada com a
intensidade do mesmo.

2. Trauma crânioencefálico - TCE
Para o diagnóstico, são solicitados exames de imagem, o
principal é a tomografia computadorizada.
O tratamento consiste em oferecer suporte respiratório e
manutenção adequada de ventilação e oxigenação.
Também existe o controle da pressão arterial (PA). O
paciente é mantido na UTI e em coma.
Com frequência, os pacientes com lesões mais graves
necessitam de cirurgias imediatas para a colocação de
monitores a fim de medir a pressão intracraniana (PIC),
ou para descomprimir o cérebro ou remover hematomas
intracranianos.

2. 1 Cuidados de enfermagem -
TCE
Os cuidados à vítima de TCE baseiam-se na
estabilização das condições vitais do paciente. O
atendimento se dá por meio do suporte à vida, exigindo
agilidade e objetividade ao realizar os procedimentos
junto ao paciente. (PEREIRA et al., 2011).
Como vimos anteriormente, esse paciente estará num
leito de UTI em estado de coma, seja ele induzido por
medicamentos ou não. E por tal razão, todas as funções
básicas do corpo serão feitas por máquinas ou será feita
pela enfermagem.

2. 1 Cuidados de enfermagem -
TCE
A enfermagem deverá manter esse paciente monitorado
24 horas por dia. Certifique-se que os monitores estão
ligados e conectados de maneira correta, faça o registro
dos sinais vitais sempre que necessário e comunique o
médico ou enfermeiro se perceber algum sinal alterado.
Por ser um paciente acamado, deverá realizar o banho
no leito (cuidado com as conexões dos monitores),
realizar a mudança de decúbito a cada 2 horas
rigorosamente, a fim de evitar lesão por pressão.

2. 1 Cuidados de enfermagem -
TCE
Esse paciente usará sondas enteral (para alimentação) e
vesical (para diurese). Realize os devidos cuidados com
essas sondas, utilize luvas ao manipulá-las para evitar
infecção, faça a troca da fixação diariamente.
Se houver administração de medicação via SNE, não
esqueça que deverá pausar a dieta, lavar a sonda (injete
água mineral ou soro fisiológico na sonda), em seguida
administre a medicação e repita a lavagem antes de
religar a dieta.

2. 1 Cuidados de enfermagem -
TCE
Com a SVD (sonda vesical de demora), verifique o débito
da diurese, o aspecto da urina e registre no prontuário.
Esse paciente usará fralda devido a evacuação, troque a
mesma assim que o paciente evacuar. A demora na troca
favorece o aparecimento de lesão de pele, além de ser
um ato imprudente da enfermagem.
Caso o paciente apresente curativos em decorrência de
cirurgia craniana ou outras lesões, realize a troca do
mesmo diariamente e registre no prontuário.

2. 1 Cuidados de enfermagem -
TCE
Um cuidado de enfermagem nesses pacientes que é
negligenciado é a higiene oral. Não é porque esse
paciente não se alimenta via oral que ele não necessita
de limpeza diária na cavidade oral. Por isso, faça esse
cuidado ao menos 3 vezes ao dia.
Caso o paciente tenha traqueostomia, não esqueça de
realizar a aspiração. Reúna o material necessário e faça
o procedimento com segurança, em seguida faça o
registro com relação ao aspecto da secreção aspirada e
a quantidade.

3 Pressão Intracraniana - PIC
Para explicar o que é a pressão intracraniana, vamos
relembrar a anatomia do corpo humano.
O espaço dentro do crânio é dividido por 3 componentes:
1. Tecido cerebral
2. Líquido cefalorraquidiano (LCR)
3. Sangue
O espaço é limitado por causa da calota craniana e se
houver um aumento de volume de qualquer componente
leva ao aumento da pressão dentro do cérebro.

3 Pressão Intracraniana - PIC
A PIC é medida nos ventrículos laterais do nosso cérebro,
a pressão pode variar de 10 a 20mmHg. Sendo que a
ideal é 15mmHg e acima de 20 a pessoa já manifestará
sinais vitais alterados.
A PIC aumentada é comumente associada ao
traumatismo cranioencefálico, porém, pode ser um efeito
secundário em casos de tumores cerebrais, hemorragias,
meningites e outras encefalopatias.

3.1 Hipertensão Intracraniana
É o nome dado quando há elevação da pressão
intracraniana, a PIC.
A elevação da PIC, pode provocar a diminuição da
perfusão tecidual, ou seja, a circulação de sangue,
nutrientes e oxigênio não chega às células cerebrais.
Levando ao agravamento do dano celular por isquemia,
tendo como consequência a morte encefálica.

3.1 Hipertensão Intracraniana
A hipertensão intracraniana pode apresentar os seguintes
sinais e sintomas: cefaleia de forte intensidade, náuseas,
vômitos (em jato) e rebaixamento do nível de consciência,
paresia, diplopia e/ou anisocoria. Em casos ainda mais
graves pode causar decorticação e descerebração.
A medida que a pressão continua a aumentar a pessoa
se torna torporosa, ou seja, não é capaz de responder a
estímulos normalmente, não consegue falar ou se
movimentar. Só apresenta movimentos leves à dor ou
sons altos.

3.1 Hipertensão Intracraniana
Vale explicar o que é Decorticação.
•Decorticação: o paciente manifesta uma postura
corporal com flexão anormal dos membros superiores,
rotação interna dos membros inferiores e flexão plantar.

3.1 Hipertensão Intracraniana
Vale explicar o que é Descerebração.
•Descerebração: o paciente manifesta uma postura
corporal envolvendo extensão e rotação externa de
membros superiores e flexão plantar dos pés.

3.1 Hipertensão Intracraniana
A hipertensão intracraniana é considerada uma
emergência médica, sendo necessária intervenção o
quanto antes.
Para um tratamento ideal, dependerá do diagnóstico que
neste caso é feito por meio de tomografia
computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e
também pode ser feito um doppler transcraniano, exame
que verifica o fluxo sanguíneo cerebral.

3.1 Hipertensão Intracraniana
Para o tratamento é necessário realizar o monitoramento
da PIC, o paciente então é levado ao centro cirúrgico
para fazer a instalação dos monitores.
O tratamento ainda envolve a diminuição do edema
cerebral, controle dos sinais vitais, diminuição de
atividade cerebral (indução do coma), diminuição de
estímulos sensoriais e oferta de oxigênio com suporte da
ventilação mecânica. Além, é claro, do uso de muitas
medicações intravenosas.

3.1.1 Hipertensão Intracraniana –
cuidados de enfermagem
Os cuidados de enfermagem para
esse paciente, será os mesmos
abordados em TCE,
acrescentando o cuidado ao
manusear a cabeça do paciente,
visto que terá um cateter para
realizar o monitoramento da PIC
ligado ao monitor o tempo todo.
Muita atenção para isso durante a
troca de curativo e ao realizar o
banho e mudança de decúbito.

3.1.1 Hipertensão Intracraniana –
cuidados de enfermagem
Não esqueça de realizar os cuidados de enfermagem com
eficiência e cuidado, prestando atenção para não
desconectar nenhum aparelho.
Busque não promover estímulos em excesso no paciente.
Não esqueça que mesmo o paciente em coma ou em
estado de coma, você deverá falar com ele. Explique os
procedimentos que irá fazer com ele. É uma maneira de
respeito e cuidado humanizado.
Vale recordar que esse paciente terá o controle hídrico a
ser feito.

4. Acidente Vascular Cerebral
O acidente vascular cerebral (AVC), também recebe o
nome de acidente vascular encefálico (AVE) ou, como a
população de maneira geral denomina, de derrame
cerebral ou apenas derrame.
A discussão entre a comunidade médica em relação a
nomenclatura oficial para se referir a essa doença foi
amplamente discutida, já que quando dizemos AVE
significa que toda a área do encéfalo pode ser acometida
pela doença. Entretanto, os médicos concluíram que
seria de bom tom manter AVC como nome oficial, pois a
população tem um entendimento melhor sobre o assunto.

4. Acidente Vascular Cerebral
Para facilitar a compreensão de todos, usarei a sigla AVC
para me referir a doença, porém, saiba que as duas
nomenclaturas e suas respectivas siglas são usadas, fica
à critério do médico escolher uma delas. Cabe apenas a
enfermagem compreender que ambas se referem a uma
mesma doença.

4. Acidente Vascular Cerebral
O AVC pode ser causado devido à interrupção de
suprimento sanguíneo no tecido cerebral em decorrência
de uma obstrução arterial ou quando há extravasamento
de sangue na cavidade, devido ao rompimento de
aneurisma, aumento da pressão arterial ou alguma má
formação.
Logo, existem dois tipos de AVC:
•Acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI)
•Acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH)

4. Acidente Vascular Cerebral
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2017,
foram 221.725 pacientes internados para o tratamento de
AVC isquêmico e hemorrágico no país. Até agosto de
2018, foram registradas 149.571 internações para o
tratamento da doença.
No ano de 2018, a Organização Pan-americana da Saúde
(OPAS) divulgou uma lista com as doenças que mais
provocavam óbito no mundo e o AVC era o segundo
colocado.

4. 1 AVC Isquêmico
O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma
artéria, impedindo a passagem de oxigênio e nutrientes
para células cerebrais, que acabam morrendo.
Essa obstrução pode acontecer devido a coágulo ou até
mesmo devido a placa de gordura.
Quando não mata, o AVCI deixa sequelas que podem ser
leves e passageiras ou graves e incapacitantes. As mais
frequentes são paralisias em partes do corpo, problemas
de visão, memória e fala.

4. 1 AVC Isquêmico
Existem alguns fatores de risco que contribuem para a
ocorrência do AVC, são eles:
•Tabagismo
•Nível de colesterol e triglicerídeos elevados
•Sedentarismo
•Doenças cardiovasculares (como hipertensão arterial e
arritmias cardíacas)
•Diabetes não controlada
Sabe-se que pessoas com pressão alta têm quatro a seis
vezes mais chances de terem um episódio de AVC.

4. 1 AVC Isquêmico
O AVCI pode se
manifestar de diversas
maneiras, irá depender
da área afetada pela
isquemia, sua localização
e extensão.
Na imagem ao lado, toda
a área afetada está
escura.

4. 1 AVC Isquêmico
Os sinais e sintomas mais comuns são:
üDesvio de rima labial;
üCefaleia intensa;
üPerda do campo visual;
üHemiplegia e/ou hemiparesia;
üConfusão mental;
üDisartria, afasia e apraxia;
üPerda do equilíbrio;
üRebaixamento do nível de consciência;
üCrise convulsiva.

4. 1 AVC Isquêmico
É crucial que o diagnóstico seja determinado o mais
rápido possível. Por isso, são usados exames de imagem
como a tomografia ou ressonância.
Alguns médico podem solicitar exames complementares,
como eletrocardiograma, ecocardiograma, ultrassom com
doppler de carótidas, doppler transcraniano e exames de
labotatório, para se descobrir a causa da obstrução.

4. 1 AVC Isquêmico
O tratamento consiste na administração de
medicamentos que dissolvem o coágulo e normaliza o
fluxo sanguíneo. Esse tratamento deve ser feito poucas
horas após a manifestação dos primeiros sintomas. Pois,
garante uma recuperação rápida e uma redução na
chance de sequelas.
Outra via de tratamento é com a administração dessa
medicação (anticoagulante) por meio do cateterismo
cerebral.

4. 1 AVC Isquêmico
O cateterismo cerebral é um procedimento, realizado em
uma sala de hemodinâmica ou centro cirúrgico. É
recomendado que seja feito em até 6 horas do início dos
sintomas. Um cateter é introduzido na artéria femoral
(localizada na virilha), seguindo o fluxo das artérias até
chegar à obstrução para aplicar o medicamento.
Existem cateteres que podem realizar a desobstrução da
artéria sugando ou retirando o coágulo de dentro do vaso
sanguíneo.

4. 2 AVC Hemorrágico
O AVCH se caracteriza
pelo sangramento em
uma parte do cérebro, em
consequência do
rompimento de um vaso
sanguíneo.
Pode ocorrer para dentro
do cérebro ou tronco
cerebral ou dentro das
meninges.

4. 2 AVC Hemorrágico
Sua ocorrência está ligada à doenças como
hipertensão arterial sistêmica, aneurisma e até
mesmo o estresse.
Assim como no AVC isquêmico, os sinais do AVC
hemorrágico são idênticos, porém, dependendo da
vazão do sangramento, ou seja, quantidade de
sangue na cavidade e a região afetada, o AVC
hemorrágico pode levar o paciente ao coma ou à
óbito.

4. 2 AVC Hemorrágico
A maneira como é feito o diagnóstico também é por meio
de exames de imagem como a tomografia e a ressonância.
O tratamento pode ser clínico com uso de medicamentos
para parar o sangramento ou cirúrgico para a drenagem
desse sangramento. A escolha entre essas opções
dependerá da quantidade de sangramento, localização e a
condição clínica do paciente.
Também é recomendado o controle da pressão arterial,
bem como de possíveis complicações como convulsões e
infecções.

4. 3 AVC- cuidados de
enfermagem
O paciente com AVC isquêmico, não necessariamente
ficará internado numa UTI, dependerá da gravidade e do
quão ágil foi o atendimento médico. E por isso, a
enfermagem deve realizar a administração de
medicamentos, realizando os devidos cuidados para tal
procedimento. Além disso, manter os dados de sinais
vitais em constante atualização.
Também devem atentar para os sinais e sintomas de um
novo AVC e se detectar algum, comunicar o enfermeiro
ou médico imediatamente.

4. 3 AVC- cuidados de
enfermagem
Caso o paciente manifesta alguma sequela, perda da fala
ou perda parcial ou total de seus movimentos, devemos
auxiliar em todas as atividades, como o banho, mudança
de decúbito, alimentação e na eliminação de diurese e
evacuação.
Um cuidado ao alimentar o paciente, lembre-se de elevar
a cabeceira do leito, ofereça pequenas porções da
comida e espere pela mastigação e deglutição, pois o
paciente pode broncoaspirar a comida.

4. 3 AVC- cuidados de
enfermagem
Se seu paciente apresentar o AVC do tipo hemorrágico e
estiver internado numa UTI pois foi submetido a cirurgia
de drenagem, os cuidados de enfermagem serão em
verificar os sinais vitais, administrar medicação, verificar
a presença de sinais de um novo AVC, realizar banho no
leito, troca de fraldas, mudança de decúbito, trocar
curativo, comunicar o enfermeiro ou médico caso
perceba algum sinal alterado. Não esqueça que deve
registrar todos os seus cuidados no prontuário.
Estimule a participação do paciente em realizar a
fisioterapia.

5. Aneurisma Cerebral
Se refere a uma dilatação das paredes de uma artéria
cerebral e sua consequente fraqueza da parede arterial.
A causa pode estar ligada à aterosclerose, uma má
formação congênita na formação da artéria, hipertensão
arterial e também à síndrome de Marfan.
O aneurisma cerebral é uma doença grave, podendo
deixar sequelas ou levar à óbito.
Não existe apenas o aneurisma cerebral, pode ocorrer
em qualquer artéria do corpo humano.

5. Aneurisma Cerebral
Existem alguns fatores que
contribuem para surgir o
aneurisma:
•Predisposição familiar
(histórico da doença na
família)
•Hipertensão arterial
•Dislipidemia
•Diabetes
•Tabagismo
•Alcoolismo

5. Aneurisma Cerebral
Os sintomas surgem quando o aneurisma comprime
nervos cranianos ou o tecido cerebral ou se rompe,
provocando hemorragia (vide sinais do AVC hemorrágico).
Os sinais que o paciente pode manifestar são: cefaleia
intensa e súbita, dor e rigidez na nuca, distúrbios visuais
como diplopia ou perda visual, tontura, náuseas,
hemiparesia e perda de consciência.
O diagnóstico é feito por tomografia, ressonância e
angiografia cerebral.

5. Aneurisma Cerebral
Existe dois tratamentos
possíveis:
1. Cirúrgico: é feita uma incisão
no cérebro e coloca-se um clipe
metálico na base do aneurisma,
excluindo-o da circulação. A
dilatação arterial precisa ser
menor que 5 milímetros e sua
localização ser viável, e é
recomendado que o paciente
tenha um estilo de vida
saudável.

5. Aneurisma Cerebral
2. Embolização endovascular:
esse tratamento é feito por
meio de um cateterismo, onde
um cateter introduz pequenas
molas no aneurisma, fazendo-
o coagular e cicatrizar.
Porém, alguns pacientes
precisam refazer esse
procedimento pois, o
aneurisma pode reaparecer.

5. 1 Aneurisma Cerebral –
cuidados de enfermagem
Correlacionando os cuidados de enfermagem com os dois
tratamentos utilizados para o aneurisma.
O primeiro tratamento, o cirúrgico, irá exigir atenção da
enfermagem, com relação aos sinais vitais, medicação e
com a troca do curativo no crânio, faça a limpeza com soro
fisiológico, seque e cubra novamente. Durante esse
processo verifique se há sinais de infecção no local da
incisão, se houver, comunique o enfermeiro. Também não
esqueça dos demais cuidados básicos, como banho,
alimentação, higiene oral e higiene íntima.

5. 1 Aneurisma Cerebral – cuidados
de enfermagem
Já no segundo tratamento, a embolização, exige uma curta
estadia do paciente no hospital, apenas para observação
de sinais vitais, administração de medicamentos e até a
retirada do curativo compressivo devido o cateterismo
realizado.
Esse curativo compressivo deve permanecer por 24 horas
e durante esse tempo o paciente não poderá sair do leito,
por isso, ofereça papagaio ou comadre para que realize
suas necessidades fisiológicas, oriente o paciente para
não sair do leito e não virar o corpo sobre o lado onde está
o curativo.

5. 1 Aneurisma Cerebral – cuidados
de enfermagem
Esses cuidados antes da retirada desse curativo
compressivo fazem a diferença na recuperação. Ao retirar
o curativo compressivo, verifique se não há sangramento
ativo, é comum visualizar hematoma no local da inserção
do cateter, por isso tranquilize o paciente e depois
comunique o enfermeiro sobre isso. Após uma ou duas
horas depois da retirada do curativo que o paciente estará
liberado para sair do leito, porém sem realizar muito
esforço.
Faça todas essas orientações e em seguida anote no
prontuário.

6. Mal de Alzheimer
É um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal.
Se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória,
comprometimento progressivo das atividades diárias e
apresenta uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos
e alterações comportamentais.
Com a evolução dessa doença, os neurônios e suas
conexões se degeneram e morrem, causando atrofia
cerebral e declínio global na função mental.
A exata causa do mal de Alzheimer ainda é um mistério.

6. Mal de Alzheimer
O maior fator de risco para o mal de Alzheimer é a idade
avançada, entretanto, já existem casos de Alzheimer
precoce, ou seja, antes dos 55 anos de idade.
Outro fator de risco é a história familiar. Pessoas com
familiares de primeiro grau com Alzheimer apresentam
maior risco de também tê-lo.
Os sinais e sintomas são: alterações da memória,
alterações da capacidade intelectual, incluindo
dificuldades com raciocínio lógico, linguagem, escrita,
organização do pensamento, planejar e realizar tarefas
complexas, etc. E alterações de comportamento, como
perda da inibição, agitação e alucinações.

6. Mal de Alzheimer
O diagnóstico é baseado em dados clínicos, análises de
exame de sangue e exames de imagens, além disso, o
médico também pode realizar teste cognitivos e motores.
Não há cura para essa doença. Todavia, algumas
medicações existentes ajudam a amenizar alguns dos
sintomas do Alzheimer.
Cabe ressaltar que não existe um padrão em relação a
evolução dessa doença. Alguns pacientes manifestam
uma evolução rápido, com declínio de funções em menos
de 5 anos, como há os que levam muitos anos para ter
piora no quadro.

6. Mal de Alzheimer
Ainda que seja uma doença sem cura, existe meios que
auxiliam na prevenção. Acredita-se que manter a cabeça
ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos de
vida, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação
da doença.
Realizar atividades como: leitura, estudos, exercícios de
raciocínio, jogos inteligentes (palavras cruzadas, caça
palavras e outros), interação em grupo e a prática de
atividade física com alimentação saudável. Estão como
medidas de prevenção.

6. 1 Mal de Alzheimer – cuidados
de enfermagem
Essa patologia exige cuidados integrais, ou seja, durante
24 horas. O Alzheimer está além da doença em que as
pessoas esquecem das coisas. Não é só de pessoas que
o cérebro esquece, ele esquece como realiza funções
básicas, como deglutir os alimentos, controlar urina ou
fezes e até mesmo como se movimenta.
E por isso, essa doença não afeta apenas o seu portador
e sim, todos aqueles que estão ao seu redor. O cuidado
da enfermagem é para o paciente e familiares também.

6. 1 Mal de Alzheimer – cuidados
de enfermagem
Conforme o declínio da função cerebral devemos realizar
cuidados como banho, alimentação, troca de fraldas,
higiene oral, higiene íntima, mudança de decúbito e
medidas de conforto.
Paciente com Alzheimer deve ter a cabeceira do leito
elevada durante as refeições, ofereça pequenas porções
da comida e espere a deglutição, pois o risco de
broncoaspirar é alto.
Durante o banho, faça aplicação de creme hidratante e
estimule a circulação com massagens

6. 1 Mal de Alzheimer – cuidados
de enfermagem
O Alzheimer pode levar a atrofia muscular de seus
portadores, por isso auxilie o fisioterapeuta se necessário.
Também pode ser recomendado o uso de SNE para
alimentação ou até mesmo uma gastrostomia, lembre dos
cuidados com infusão de dietas e administração de
medicação via sondas.
É importante evitar infecção no paciente e o surgimento de
lesões por pressão no corpo.

7 Mal de Parkinson
É uma doença degenerativa do sistema nervoso central,
crônica e progressiva. É causada por uma diminuição
intensa da produção de dopamina, que é um
neurotransmissor, que atua no auxílio da realização dos
movimentos voluntários do corpo.
A doença recebe esse nome em homenagem ao Dr.
James Parkinson, o primeiro médico a descrevê-la.
Dentre as causas estão, a história familiar positiva,
traumas no crânio e exposição a certos produtos
químicos.

7 Mal de Parkinson
Os sinais e sintomas dessa doença são: os tremores,
bradicinesia, instabilidade postural, rigidez das
articulações, perda da expressão facial, visão borrada e
distúrbios do sono.
O diagnóstico é clínico, baseado nos sinais e sintomas
apresentados pelo paciente. Alguns exames podem ser
solicitados para garantir que não é nenhuma outra
patologia.

7 Mal de Parkinson
O tratamento é por meio de medicação de uso contínuo,
para amenizar a progressão rápida da doença e aliviar
seus sintomas. Ainda não existe uma cura definitiva.
E diferente do Alzheimer, não existe meios de prevenção.

7.1 Mal de Parkinson – cuidados
de enfermagem
Devido à doença acometer principalmente a locomoção,
devemos orientar sobre os cuidados durante a
deambulação e para evitar quedas.
Sempre recomende uso de sapatos adequados, nada de
pantufas ou chinelos. Solicite a retirada de tapetes da
casa do paciente, além disso, pode recomendar barras
de apoio no banheiro ou o uso de cadeira de banho.
Administre as medicações conforme prescrito, auxilie nos
cuidados básicos e verifique os sinais vitais.

8. Epilepsia
É um distúrbio do cérebro que se expressa por crises
epilépticas repetidas.
As crises epilépticas acontecem quando ocorrem
alterações na condução elétrica cerebral. Essas crises,
não podem ser retardadas ou precipitadas, não existe um
intervalo exato para sua ocorrência e a duração da crise
também pode variar.
Podem ser desencadeadas por febre, suspensão abrupta
da medicação anticonvulsivante, fadiga física, ingestão
de álcool, privação de sono e estresse emocional.

8. Epilepsia
Existem vários tipos de crises epilépticas:
•A crise tônico-clônica, também chamada de convulsão.
É o tipo mais conhecido, pois se manifesta por meio de
abalos musculares generalizados, sialorreia (salivação
excessiva) e, em alguns casos pode haver a liberação
de fezes e urina ou o paciente pode morder a própria
língua.
•Existem crises com manifestações sutis, como
alteração discreta de comportamento, olhar parado e
movimentos automáticos dos membros. Não
respondem ao chamado.

8. Epilepsia
Algumas crianças podem manifestar as crises de
ausência, caracterizada por uma breve parada da
atividade que a criança estava fazendo, associadas a
piscamentos dos olhos e/ou movimentos automáticos das
mãos.
A epilepsia pode se tornar grave, se no momento da crise
o paciente estiver numa rua movimentada ou dirigindo.
Além disso, se o paciente manifestar crises sem
intervalos, uma seguida da outra, pode causar danos
cerebrais já que o cérebro não recebe nutrientes e
oxigênio numa quantidade adequada.

8. Epilepsia
O diagnóstico é feito por meio da avaliação do histórico
do paciente, com informações sobre os tipos de crises
apresentados, a idade de início dos sintomas e estilo de
vida.
Alguns exames são importantes para auxiliar no
diagnóstico, como o eletroencefalograma, a tomografia
de crânio e a ressonância magnética do cérebro.
O tratamento é com o uso de medicações anti-epiléticas.
Também existem o uso de canabidiol ou tratamento
cirúrgico.

8. Epilepsia
A cirurgia para tratamento da epilepsia é uma
neuromodulação, com a estimulação do cérebro ou de
nervos periféricos.
A maioria das pessoas com epilepsia tem suas crises
controladas com o tratamento medicamentoso e, portanto,
podem ter vida normal, com pouca ou nenhuma limitação.
As limitações são não permitir que o paciente fique
sozinho ou saia sozinho, já que as crises não tem hora
para ocorrer.

8. 1 Epilepsia – cuidados de
enfermagem
Os cuidados estão em reconhecer quando o paciente
está numa crise epilética, comunique o enfermeiro
imediatamente para que as medicações sejam
administradas o mais rápido possível.
Durante a crise epilética, não tende conter o paciente,
garanta que ele não se machuque com nada que esteja
próximo ao seu corpo. Apenas mantenha o paciente
lateralizado, nunca tente colocar a mão dentro da boca
do paciente para desenrolar a língua, durante a crise a
pessoa pode travar a mandíbula e acabar amputando
seus dedos.

8. 1 Epilepsia – cuidados de
enfermagem
Após as crises é normal que o paciente apresente
taquicardia, sudorese, saturação de oxigênio menor que
95% e não se recorde de nada. Por isso, não faça
questionamentos em excesso, verifique sinais vitais,
garanta a segurança do paciente e deixe-o em repouso
no leito por alguns minutos. Faça o registro de seu
atendimento.

9. Meningites
É uma inflamação da meninge, membrana que envolve e
protegem o encéfalo, a medula espinhal e outras partes
do sistema nervoso central.

A meninge é composta por três camadas:
1.Pia Mater: é a membrana mais próxima do cérebro.
2.Aracnoide: é a membrana do meio, localizada entre a
pia mater e a dura mater.
3.Dura Mater: é a membrana mais externa, próxima ao
osso do crânio. É a camada mais grossa e opaca.
O liquor (líquido cefalorraquidiano) fica localizado entre a
pia mater e a aracnoide.

9. Meningites
O processo inflamatório é decorrência de infecção de
vírus, bactérias e fungos. Além disso, pode ser causada
por uma reação do organismo a algum medicamento.
O diagnóstico baseia-se na avaliação clínica do paciente
e na punção lombar, onde líquido da medula espinhal é
coletado para identificar o tipo do agente infeccioso
envolvido.

9. Meningites
Nas meningites virais o paciente pode manifestar: febre,
dor de cabeça, um pouco de rigidez da nuca, inapetência
e ficam irritadas.
Já nas meningites bacterianas: febre alta, mal-estar,
vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade
para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas
vermelhas espalhadas pelo corpo.
As meningites fúngicas tem sinais similares como: febre,
dor de cabeça, rigidez no pescoço, náusea, vômitos,
fotofobia (sensibilidade à luz), e confusão mental.

9. Meningites
O tratamento das meningites bacterianas deve ser
iniciado o quanto antes, porque a doença pode ser letal
ou deixar sequelas, como surdez, dificuldade de
aprendizagem, comprometimento cerebral. Ele é feito
com antibióticos intravenosos.
Não existe tratamento específico para as meningites
virais. Os medicamentos antitérmicos e analgésicos são
úteis para aliviar os sintomas.
Já na meningite fúngica o tratamento é mais longo, com
altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica.
Dependente da imunidade da pessoa.

9. 1 Meningites – cuidados de
enfermagem
Quando se trata de meningite viral e fúngica, o paciente é
medicado e continua seu tratamento por mais alguns dias
em sua casa. Cabe a nós da enfermagem, enquanto
estiver internado, verificar sinais vitais, administrar as
medicações e orientar a manter uma alimentação
adequada e uma boa hidratação.
A meningite bacteriana exige alguns cuidados maiores, já
que a doença pode evoluir muito rápido e provocar
complicações graves no quadro do paciente.

9. 1 Meningites – cuidados de
enfermagem
O paciente com meningite bacteriana precisa ficar em
isolamento por gotículas, ou seja, para realizar o
atendimento nele, você precisa utilizar máscara cirúrgica,
ela deve ser colocada antes que você entre no quarto do
paciente. É preciso verificar os sinais vitais e comunicar
se o paciente manifestar febre ou queixa de cefaleia.
Administrar os antibióticos rigorosamente. E se for
preciso, auxiliamos nos cuidados básicos do paciente.
Vale lembrar que existe prevenção da meningite
bacteriana por meio da vacinação.

10. Hérnia de disco
A coluna vertebral é composta por
33 vértebras, as quais realizam a
proteção da medula.
Entre as vértebras existe uma
cartilagem que preenche o espaço
e amortece impactos das vértebras.
A hérnia é definida como a
expulsão da cartilagem para fora do
seu espaço, projetando-se para o
canal medular, realizando uma
compressão na medula.

10. Hérnia de disco
A formação da hérnia de disco provoca um processo
inflamatório agudo, que geralmente causa dor que irradia
para MMSS ou MMII, parestesia, alteração postural e
diminuição da força muscular.
As hérnias mais comuns são: na região lombar e cervical,
devido à maior amplitude de movimentos desses dois
segmentos.
Dentre as causas tem a predisposição genética, seguida
do envelhecimento, sedentarismo, obesidade e do
tabagismo. Carregar ou levantar muito peso também
pode favorecer o aparecimento de hérnias.

10. Hérnia de disco
O diagnóstico é feito por avaliação clínica, levando em
conta os sintomas apresentados. Exames como raio-X,
tomografia e ressonância magnética ajudam a determinar
o tamanho da lesão e em qual região da coluna está a
hérnia.
Na maioria dos casos o tratamento da hérnia de disco
não é invasivo, uma vez que é realizado por meio de
fisioterapia e uso de medicamentos. Entretanto existe o
tratamento cirúrgico, onde o pedaço que está
comprimindo a medula é removido e em situações mais
graves é colocado implantes e parafusos.

10. 1 Hérnia de disco – cuidados
de enfermagem
Se o tratamento é medicamentoso e fisioterapia,
devemos estimular o paciente a não abandonar o
tratamento, já que o resultado aparece a longo prazo,
após algumas sessões de fisioterapia.
Em casos de cirurgias na coluna, devemos ter cuidado ao
manipular o paciente, durante banho e mudança de
decúbito, já que pode gerar dor. Realize a troca de
curativo diariamente e verifique se não há sinais de
infecção. Administre medicação, verifique sinais vitais e
auxilie durante as eliminações fisiológicas.

11. Trauma raquimedular
É uma agressão a medula espinhal que pode ocasionar
danos neurológicos, tais como alterações da função
motora, sensitiva e autônoma.
A lesão causada pode ser transitória ou progredir de
forma que evolua para uma plegia.
As principais causas do traumatismo raquimedular são:
acidentes automobilístico, quedas de alturas, exercícios
radicais e lesão por arma de fogo.

11. Trauma raquimedular
Dentre os sinais e sintomas manifestados estão:
alteração do nível de consciência, alteração pupilar,
déficit sensorial, vertigens, crises convulsivas,
parestesias de membros.
O diagnóstico é feito por exames de imagens (TC, RM ou
RX) e avaliação da função neural, incluindo reflexos,
força, mobilidade e sensorial.
O tratamento inicial é garantir a imobilização correta, com
uso de pranchas rígidas e colares cervicais.

11. Trauma raquimedular
Além da imobilização, é indicado repouso, uso de
analgésicos e relaxantes musculares, até que o edema e
dor locais estejam melhores. Também pode ser cogitado
cirurgia, dependerá da gravidade da lesão.
As lesões cervicais acima da C5, necessita de intubação
e suporte respiratório normalmente, o paciente pode ser
induzido ao coma por alguns dias.
Também será recomendado fisioterapia.

11. 1 Trauma raquimedular –
cuidados de enfermagem
Dentre os cuidados de enfermagem, está em preservar a
imobilização correta, atenção ao manipular o paciente.
Verifique sinais vitais, administre medicação, faça a
mudança de decúbito, mantenha a pele hidratada, se
houver curativos, faça a troca dos mesmos.
Caso o paciente utilize SVD, verifique o débito urinário, o
aspecto da urina, faça a troca da fixação e registre esses
dados.
Não pressione o paciente com perguntas do tipo “está
sentindo eu tocar aqui ou ali”. Esse ato pode provocar
ansiedade e depressão no paciente.

12. Estado de coma
O estado de coma é o grau máximo de alteração da
consciência. Nele, há incapacidade do indivíduo em
interagir com o ambiente ou reagir a qualquer estímulo,
incluindo dor. Porém, suas funções vitais são
preservadas.
O quadro pode ser provocado por diversas causas, como
um TCE, um AVC ou um tumor. Mas também pode ser
resultado da complicação de algumas doenças, como
diabetes, infecções generalizadas e até mesmo uma
parada cardiorrespiratória.

12. Estado de coma
Há ainda a possibilidade da equipe médica executar o
chamado coma induzido, em que a perda da consciência
acontece pela ação de medicamentos. Neste caso, essa
opção é usada para evitar complicações e preservar o
cérebro, assim que se percebe uma reação positiva, esse
quadro de coma é revertido.
O estado de coma é sempre uma emergência médica. As
primeiras providências consistem em administrar oxigênio
e líquidos por via intravenosa e controlar os sinais
vitais da pessoa. É importante determinar a causa
do coma.

12. Estado de coma
A evolução de um indivíduo em coma, dependerá da
causa e da duração dessa causa, bem como da idade do
paciente e do seu histórico de doenças prévias.
Normalmente o paciente em coma evolui para melhora
do nível de consciência ou para a morte encefálica.
Também pode evoluir para o estado vegetativo
persistente, no qual o cérebro mantém suas funções
automáticas, porém sem nenhuma atividade voluntária
por parte do paciente.

13 Estado de coma – cuidados de
enfermagem
Esse paciente permanecerá num leito de UTI, dependerá
de máquinas e equipamentos para manter seu organismo
funcionando corretamente, bem como usará sondas para
se alimentar e para eliminar urina. Ele dependerá
totalmente dos cuidados de enfermagem.
Cabe a nós fornecer todo o cuidado necessário, a fim de
evitar complicações como infecções hospitalares e
surgimento de lesões por pressão.

13. Escala de Glasgow
Também chamada de escala de Coma de Glasgow, foi
publicada pela primeira vez em 1974, e até hoje é usada
como medida clínica para avaliar da gravidade da lesão
cerebral em pacientes, incluindo as vítimas de TCE, AVC,
politraumatizados e pacientes em estado de coma
(induzido ou não).
Médicos e enfermeiros realizam a aplicação desta escala,
porém, é importante que técnicos de enfermagem saibam
a importância dessa avaliação.
É comum que em algumas instituições hospitalares, essa
escala seja feita em todos os pacientes internados na UTI.

13. Escala de Glasgow
A escala passou por
uma atualização. Veja
as mudanças na
imagem ao lado.
Vale lembrar que a
escala funciona por
meio de uma somatória
de pontos, um score.
Porém, no registro não
se pode colocar
apenas o total da
pontuação, deve-se
registrar qual a
resposta apresentada
pelo paciente.

13. Craniotomias
É um procedimento cirúrgico em que parte do crânio é
temporariamente removido para dar acesso ao cérebro.
O retalho ósseo retirado pode ser substituído por placas
metálicas (quando houver fratura da calota craniana) ou a
parte retirada é recolocada, para isso o retalho
permanece implantado no abdômen da pessoa, até uma
nova cirurgia de recolocação.

Na craniotomia pode ser retirada uma pequena ou
grande parte da calota, depende do problema subjacente
a ser tratado.

13. Craniotomias

13. 1 Craniotomias – cuidados de
enfermagem
Pacientes submetidos à cirurgias neurológicas requerem
cuidados intensivos, por isso, assim que a cirurgia é
finalizada, o paciente é encaminhado para UTI.
Lá, ele permanece até se recuperar. A enfermagem é
responsável pelos cuidados como o banho, verificação de
sinais vitais, mudança de decúbito, higiene oral, troca de
fraldas, higiene íntima, administração de medicamentos,
alimentação e troca do curativo.
Caso perceba qualquer alteração no quadro de saúde do
paciente, comunique o médico ou o enfermeiro.

14. Tabela de terminologias
Termos Definição
Afasia
Perda da capacidade de
se expressar na fala.
Anisocoria
Tamanho de pupilas
desiguais
Apraxia
Perda da capacidade de
realizar movimentos
Bradicinesia
Lentidão anormal do
movimentos
Cefaleia Dor de cabeça
Disartria
Fala arrastada por
fraqueza dos músculos
Diplopia Visão dupla
Desvio de rima labial Boca torta

14. Tabela de terminologias
Termos Definição
Epistaxe Hemorragia nasal
Hematoma biorbital
Hematoma ao redor dos
olhos
Hematoma retroauricular
Hematoma atrás da
orelha
Hemiparesia
Perda parcial do
movimentos de um lado
do corpo
Hemiplegia
Perda total dos
movimentos de um lado
do corpo
Inapetência Perda do apetite

14. Tabela de terminologias
Termos Definição
Otorragia Sangramento no ouvido
Paresia
Diminuição de
movimento
Parestesia
Sensação de
formigamento,
queimação ou coceira
Plegia Ausência de movimento

CONCLUSÃO
Podemos ver que as patologias que envolvem o sistema
nervoso são extremamente complexas, pois, além de
exigirem períodos longos de internação com cuidados
integrais, também requerem terapias complementares
para que haja recuperação total ou parcial.
O estudo do sistema neurológico e suas patologias está
em constante atualização, já que essa parte do corpo
humano ainda é considerada um mistério a ser
desvendado. Por isso, tenha em mente que novas
terapias surgirão e a enfermagem deve estar preparada
para novos conhecimentos.

MATERIAL DE APOIO
Vídeo: Aspiração de vias aéreas superiores| Sua saúde
na rede
(YOUTUBE. Aspiração de vias aéreas superiores | Sua saúde na rede. Disponível
em: <https://www.youtube.com/watch?v=bDfDvhCeYAU> . Acesso em: 17/04/2020.)
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=bDfDvhCeYAU
Vídeo: Fantástico 03/11/19 – Drauzio Varella, AVC
(YOUTUBE. Fántastico 03/11/19 – Drauzio Varella, AVC. Disponível
em:<https://www.youtube.com/watch?v=05ARavPUDkc>. Acesso em: 17/04/2020.)
Link para acesso: https://www.youtube.com/watch?v=05ARavPUDkc
Exercícios de fixação:
https://forms.gle/6YhxnWXwnDzSBr6g8

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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