REVOLTAS DO PERÍODO REGENCIAL Crise econômica: Preço das exportações brasileiras em baixa, poucos impostos devido aos privilégios alfandegários, ouro estava esgotado. Crise Social: Riqueza e poder estavam concentrados nas mãos dos grandes fazendeiros e comerciantes, maior parte da população do campo e da cidade levava uma vida miserável. Crise política: Grupos dominantes nas províncias queriam mais autonomia (pregando inclusive o separatismo).
FARROUPILHA (1835 – 1845) Local: Rio Grande do Sul / Santa Catarina. Líderes: Bento Gonçalves, Davi Canabarro e Giuseppe Garibaldi. Causas: Problemas econômicos dos produtores rurais gaúchos. Produção do charque atendia ao mercado interno, mas sofria concorrência com Uruguai e Argentina que entravam no país mais baratos . Estancieiros queriam eliminar ou reduzir as taxas sobre o gado na fronteira com o Uruguai. Buscavam maior liberdade administrativa.
FARROUPILHA (1835 – 1845) 1835 -> Bento Gonçalves comanda as tropas sobre Porto Alegre e Antônio Fernandes Braga é deposto do cargo de Presidente da província. No ano seguinte os farroupilhas fundam a República Rio-grandense . Bento Gonçalves chegou a ser preso e enviado ao Rio de Janeiro e depois a Bahia, de onde fugiu com ajuda de Francisco Sabino.
FARROUPILHA (1835 – 1845) 1839 -> Giuseppe Garibaldi e Davi Canabarro conquistam Laguna. Precisavam de um porto pois Porto Alegre e Rio Grande estavam sob o controle dos imperiais. Proclamaram a efêmera República Juliana. 1840 -> D. Pedro II assume o poder com intenção de pacificar o país. 1842 -> Os farrapos passam a ser contidos pois Duque de Caxias começa a estabelecer acordos além das vitórias militares.
FARROUPILHA (1835 – 1845) 1845 -> Tratado de Ponche Verde, assinado entre Duque de Caxias e David Canabarro . Imposto de 25% sobre o charque platino. Anistia geral aos envolvidos. Incorporação dos oficiais revoltosos ao exército imperial. Libertação dos escravos envolvidos no conflito. OBSERVAÇÕES: Não é uma revolta com objetivos populares; Não tinha proposta concreta de acabar com a escravidão; Queriam principalmente o lucro das estâncias e a maior autonomia no poder político.
CABANAGEM (1835-1840) Local: Pará. Vários líderes: dos quais Félix Clemente Malcher , Padre Batista Campos, João do Mato, Domingues Onça. Cabanos = Homens e mulheres pobres (negros, índios e mestiços). Trabalhavam na extração de produtos da Floresta (cacau, madeira e ervas aromáticas). Queriam acabar com a Injustiça Social. 1835 -> Tomaram Belém e mataram várias autoridades do Governo. Dificuldades para governar: divergências e traições. Violenta repressão comandada pelo Governo Imperial, arrasou o levante em 1840.
REVOLTA DOS MALÊS (1835) Local: Salvador, Bahia. Vários líderes: Pacífico Licutã , Manuel Calafate e Luis Sanim Movimento de escravos africanos ( maioria muçulmano) conhecidos como malês. Luta contra os donos de escravos para conseguir a Liberdade. Muitos rebeldes morreram em combate e outros foram presos (condenados a açoite público e fuzilamento). Com o fim desta revolta, aumentou o medo dos senhores que temiam que acontecesse o mesmo que ocorrera no Haiti.
SABINADA (1837-1838) Local: Bahia. Líder: Francisco Sabino da Rocha Vieira. Classe média de Salvador apoiada por uma parcela do exército, tomou a cidade e proclamou a República Baiana, em 1837. Estavam descontentes com a falta de autonomia da província e com os desmandos da administração regencial. Objetivo: instituir uma república na província enquanto o príncipe fosse menor de idade. Sem respaldo popular o movimento enfraqueceu. Era um rebelião coordenada por homens cultos e pessoas de posse de Salvador. Em 1838, as tropas oficiais, apoiadas pelos latifundiários da região, cercaram Salvador e derrotaram os revoltosos.
BALAIADA (1838-1841) Local: Maranhão. Líderes: negro Cosme (chefe de quilombo), Raimundo Gomes (um vaqueiro), Manoel Francisco Ferreira (artesão chamado de balaio). “ Bem-te-vis ”: Políticos liberais radicais (profissionais urbanos) que iniciaram a revolta contra os grandes fazendeiros da província (cabanos). A miséria causada pela crise do algodão e pelo aumento de impostos e preços, somada ao descaso das autoridades, motivou a rebelião popular no sertão maranhense. Ocuparam a vila de Caxias, segunda mais importante da província. Não tinha um projeto político definido e não foi um movimento único e harmônico. Foram derrotados pelas tropas do governo central, sob a liderança do Luis Alves de Lima e Silva ( Duque de Caxias ).
História Prof. Msc. Daniel Alves Bronstrup BLOG: profhistdaniel.blogspot.com @danielbronstrup