Apresentação sobre como usar botanica para arquitetos
Size: 12.88 MB
Language: pt
Added: Oct 27, 2025
Slides: 48 pages
Slide Content
BOTÂNICA PARA ARQUITETOS ESTÚDIO URBANISMO 3 PAISAGEM E CIDADE Professores: Denise Antonucci Hulda Wehmann Marcelo de M. Bernardini Matheus de V. Casimiro Olair Falcirolli De Camillo Viviane Rubio Vera Osse
BOTÂNICA PARA ARQUITETOS BOTÂNICA NO PAISAGISMO A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO A PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO
BOTÂNICA NO PAISAGISMO As plantas são nosso objeto, mas como considera-las? Em seu aperfeiçoamento das formas, das cores, dos ritmos, das estruturas faz com que elas pertençam a um plano dos seres estéticos, cuja existência é um mistério par ao homem. RBM, Leenhardt , 1994, p. 52
Fazenda Sítio do Burle Marx, Santo Antônio da Bica - RJ (1949) BOTÂNICA NO PAISAGISMO O que me parece fundamental no trabalho do RBM: sua relação essencial com a botânica . Maurières in Leenhardt , 1994, p. 52
BOTÂNICA NO PAISAGISMO O QUE É BOTÂNICA? Botânica é o estudo científico da vida das plantas, fungos e algas. Como um campo da biologia, é também muitas vezes referenciado como a Ciência das Plantas ou Biologia Vegetal. A Botânica abrange um imenso numero de disciplinas científicas que estudam: crescimento, reprodução, metabolismo, desenvolvimento, doenças e evolução da vida das plantas.
BOTÂNICA NO PAISAGISMO NOMENCLATURA CIENTÍFICA Sistema de Lineu: Leva o nome do seu autor e agrupa os seres vivos em categorias taxonômicas, sendo a espécie a unidade de classificação, sempre escrita em Latim de forma binominal. Nomenclatura científica: O nome científico de uma espécie é binominal, ou seja, é composto de dois nomes, escrito em latim e destacado do texto, geralmente em itálico. Gênero espécie Deve vir sempre com letra minúscula. D eve iniciar com letra maiúscula O conjunto dos dois a referência da espécie dentro do gênero.
BOTÂNICA NO PAISAGISMO Exemplo: Família: Malvaceae Gênero: Hibiscus Espécie : Hibiscus syriacus Dentro de uma mesma espécie há plantas que apresentam certa variação. Neste caso, ao lado da nomenclatura normal, gênero e espécie, acrescenta-se a abreviação var. que tem origem no latim na palavra varietas . O aspecto mais importante é o uso geral da nomenclatura binominal, a combinação de um nome genérico e de um nome específico, observado no exemplo para identificar a espécie. O hibisco da síria é unicamente identificado pelo binome. Por vezes, as espécies também tem um nome popular: Hibisco-da-Siria ou Rosa-de-Saron
BOTÂNICA NO PAISAGISMO A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO A PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO BOTÂNICA PARA ARQUITETOS
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX “ O Jardim instala no espaço rude uma minigeografia bem arrumada, ligeiramente desligada da natureza. O homem o criou não para a sua subsistência, mas para seu deleite ”. LEENHARDT, 1994, p. 02 Roberto Burle Marx: Nasce em 1909, em São Paulo; Em 1928 visita o jardim botânico de Dahlem (Alemanha); Se forma como artista plástico nas Belas Artes; 1932: jardim residência do Schwartz, Copacabana; 1º paisagista moderno do mundo; Valoriza a vegetação nativa.
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Terraço do Ministério da Educação e Saúde, guache, em 1938
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Terraço do Ministério da Educação e Saúde, guache, em 1938 No Brasil, o paisagista está livre para trabalhar e construir jardins baseados numa realidade floral de imensa riqueza. Ao mesmo tempo em que respeita as exigências ecológicas e estéticas, pode criar associações artificiais muito expressivas. LEENHARDT, 1994, p. 56
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Museu da Pampulha, Belo Horizonte – MG (1942) RBM não tinha apenas um bom conhecimento a respeito das plantas, mas da fisiologia e do comportamento delas. LEENHARDT, 1994, p. 77
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Residência Luís Cesar Fernandez (Hotel Marambaia), Petrópolis, RJ (1948)
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX A dimensão do tempo é constitutiva da arte dos jardins. Em primeiro lugar, evidentemente, pelo fato do jardim evoluir ao ritmo do crescimento dos vegetais. Difícil falar em estado definitivo quando se trata de jardins, pois é preciso podar, cortar, replantar... Também deve se considerar que a experiência do jardim é do seu passeante. LEENHARDT, 1994, p. 35 Residência Luís Cesar Fernandez (Hotel Marambaia), Petrópolis, RJ (1948)
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Fazenda Tacaruna , Petrópolis - RJ
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Fazenda Tacaruna , Petrópolis - RJ O RBM inventou um estilo de jardins com base numa construção dos espaços apoiada num desenho muito firme e, sobretudo, num tipo de flora e de material botânico que lhe é muito específico. LEENHARDT, 1994, p. 77
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Palácio do Itamaraty, Brasília - DF (1965) RBM obteve êxito total na junção entre o artista que desenha e o jardineiro que trabalha com o objeto vivo. LEENHARDT, 1994, p. 77
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Jardim interno da cobertura do Palácio do Itamaraty, Brasília - DF (1965)
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Praça do Ministério das Forças Armadas, Brasília – DF (1970)
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Praça do Exército, Brasília - DF Praça do Exército, Brasília - DF Praça do Ministério das Forças Armadas, Brasília – DF (1970)
3. A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX Jardim Pignatari (Parque Burle Marx), São Paulo – SP (1987)
BOTÂNICA NO PAISAGISMO A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO A PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO BOTÂNICA PARA ARQUITETOS
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO ESTRUTURA VEGETAL: PORTES VEGETAIS 2.1. Árvores 2.2. Palmeiras 2.3. Coníferas 2.4. Arbustos 2.5. Trepadeiras 2.6. Forrações 2.7. Gramados 2.8. Aquáticas 2.9. Cactos Porte Extrato Caule Raiz Folhagem/Floração Origem/Bioma
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES Árvores: As árvores são vegetações de características lenhosas, copas definidas e sua forma adulta atinge de 6 até 30m , dependendo do uso onde será instalada a escolha deverá ser cuidadosa. No projeto a árvore deverá aparecer com a copa no estado adulto. Como ornamento as árvores produzem sombras, diminuem a amplitude térmica, amenizam a poluição do ar, atrai pássaros e os abrigam, formando belas paisagens.
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES: PORTE Guia Raiz principal Raízes alimentadoras Copa Ramo primário Raiz lateral Ramo secundário Raminhos Extrato Arbóreo: Arvores são plantas que possuem caule lenhoso; Caule autoportante, único na base e que se reparte acima do nível do solo; Quanto ao porte podem ser (altura ou diâmetro da copa): Arvoretas: de 4,00m a 6,00m Porte pequeno: até 6,00m Porte Médio: até 15,00m Porte Grande: maior que 15,00m Classificação por DAP (Diâmetro na Altura do Peito)
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES: PORTE Familia : Melastomataceae Nome cientifico : Plumeria alba Nome popular : Jasmim manga, Frangipani Familia:Bignoniaceae Nome cientifico : Tabebuia chrysotricha Nome popular: Ipe Amarelo Familia : Leguminoseae Nome cientifico : Caesalpinia ferrea Nome popular: Pau Ferro
FORMA Horizontal Umbeliforme (cálice) Arredondada Exemplo Flamboyant Guapuruvu Resedá FORMA Colunar Alongada Piramidal Larga e Arredondada Estratificada Pendular Exemplo Cipreste italiano Pau-formiga Magnolia branca Jacarandá Sibipiruna Chorão 2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES: EXTRATO
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES: RAIZ Raiz superficial Raiz pivotante FLAMBOYANT Delonix regia JACARANDÁ-MIMOSO Jacaranda mimosaefolia
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES: RAIZ
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.1. ÁRVORES: FOLHAGEM / FLORAÇÃO Perene: Não perde folhagem nas mudanças das estações Decídua / Caducifólea : Perde Folhagem em determinadas estações QUARESMEIRA Tibouchina granulosa IPÊ-AMARELO Tabebuia chrysotricha
BOTÂNICA NO PAISAGISMO 2.1. Classificação quanto à Origem/Bioma Nativa/Autóctone Mata Atlântica SP: Ipê Rosa Exótica da Mata Atlântica SP: Resedá Rosa
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.2. PALMEIRAS Variedade de alturas Caule chamado de estipe Caule pode ser único ou em touceiras Folhas de vários formatos (pinadas ou palmadas) Familia : Arecaceae Nome cientifico: Dypsis lutescens ( Chrisalidocarpus lutescens ) Nome popular : Areca Bambu
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.2. PALMEIRAS Familia:Arecaceae Nome cientifico : Phoenix robelinii Nome popular: Palmeira fenix Familia : Arecaceae Nome cientifico : Caryota mitis Nome popular: Palmeira rabo de peixe Familia : Arecaceae . Nome cientifico : Bismarckia nobillis Nome popular: Palmeira azul
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.2. PALMEIRAS PALMEIRA OU COQUEIRO??? Nome Cientifico : Roystonea oleracea Nome popular: Palmeira imperial Nome Científico: Cocos nucifera Nome popular: Coqueiro
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.3. CONÍFERA Plantas em geral de grande altura Caule monopodial (caule vertical com ramificações laterais) Família : Cupressaceae Nome cientifico : Cupressus torulosa Nome popular: Cipreste Família Araucariaceae Nome cientifico : Araucaria angustifolia Nome popular : Pinheiro do Paraná
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.4. ARBUSTOS LENHOSOS Altura variável entre 0.60m e 4.00m Caule lenhoso (rígido) FOLHAGENS (HERBÁCEAS) Altura geralmente até 1,20m Com caule herbáceo, flexível
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.4. ARBUSTOS a) Pela beleza das flores : azaléia , camélia, roseira, hibisco, estrelitzia Nome cientifico: Strelitzia juncea Nome popular: Estrelitzia b) Pela folhagem : pitospóro , scheflera , cróton, acalifa Nome científico: Acalypha wilkesiana Nome popular: Acalifa Nome cientifico: Phyllostachys pubescens Nome popular :Bambu mossô c) Para cerca-viva : azaléia , acalifa , aglaia , hibisco, pingo-de-ouro, ligustro
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.5. TREPADEIRAS São vegetações lenhosas que necessitam de suportes para se desenvolverem. São classificadas em: Volúveis, Samentosas , Cipós e Arbustos escandentes. Como ornamentos são apreciadas para cobrir muros, separa um ambiente de outro, substitui arbustos em locais estreitos. Familia : Bignoniaceae Nome cientifico: Podranea ricasoliana Nome popular: 7 leguas
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.5. TREPADEIRAS CONGÉIA Congea tomentosa FILODENDRO-DOURADO Philodendron oxycardium “Golden” FILODENDRO-PENDENTE Philodendron scandens HERA-INGLESA Hedera helix
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.6. FORRAÇÕES Plantas herbáceas, rasteiras, não são pisoteáveis com altura até 30cm Essas plantas se caracterizam por possuírem crescimento horizontal e geralmente cobrem superfícies do solo. Como ornamentos servem para proteger o solo contra erosões, formam desenhos ou emblemas em paisagismos, entre outras. AGAPANTO Agapanthus africanus
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.6. FORRAÇÕES CALATÉIA-BARRIGA-DE-SAPO Calathea veitchiana GRAVATINHA Chlorophytum comusum híbrido RABO-DE-GATO Acalypha reptans
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.7. GRAMADOS São plantas herbáceas, rasteiras, fortemente enraizadas Admitem podas rente ao solo e podem resistir o pisoteio Os gramados são formados por famílias de gramíneas e são utilizadas em ornamentos para forrar solos funcionando com um tapete, são usadas em campos de futebol, diminui o brilho do sol, entre outras. Grama-Santo-Agostinho Stenotaphrum secundatum
2. ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO 2.7. GRAMADOS Grama-seda ou bermudas Cynodum dactylon Grama-esmeralda Zoysia japonica Pela beleza: grama-esmeralda Pela resistência ao pisoteio Grama-São Carlos Axonopus compressus Para locais úmidos e meia-sombra
BOTÂNICA NO PAISAGISMO ESTRUTURANDO O VERDE NO PROJETO PAISAGÍSTICO A VEGETAÇÃO NOS PROJETOS DO BURLE MARX A PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO BOTÂNICA PARA ARQUITETOS
PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO Escolher e Identificar uma praça ou parque para visitar; Levantar dados da composição do espaço; Acessos e Percursos Mobiliários e Equipamentos Cada grupo deverá selecionar e preencher as fichas com diferentes espécies vegetais: 2 árvores de porte grande 2 árvores de médio porte 2 árvores de pequeno porte 3 palmeiras 5 arbustos 3 forrações 1 gramado
PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO BIBLIOGRAFIAS BÁSICAS
PESQUISA BOTÂNICA: REFERÊNCIA DO TRABALHO FORRAÇÃO FICHA TÉCNICA Nome Popular: Moréia Nome Científico Dietes bicolor Origem América do Sul Insolação Pleno Sol Floração Amarela – Ano Todo Altura 0,60 m Diâmetro 0,60 m Croqui com Escala Humana
BOTÂNICA PARA ARQUITETOS ESTÚDIO URBANISMO 3 PAISAGEM E CIDADE Professores: Denise Antonucci Hulda Wehmann Marcelo de M. Bernardini Matheus de V. Casimiro Olair Falcirolli De Camillo Viviane Rubio Vera Osse