A afrocentricidade é um paradigma teórico e epistemológico que posiciona a África e os seus povos como o centro interpretativo da história e da cultura
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Oct 02, 2025
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Apresentação sobre questões do preconceito racial e lutas e resistências. A afrocentricidade é um paradigma teórico e epistemológico que posiciona a África e os seus povos como o centro interpretativo da história e da cultura, opondo-se ao eurocentrismo. Desenvolvida por intelectuais como M...
Apresentação sobre questões do preconceito racial e lutas e resistências. A afrocentricidade é um paradigma teórico e epistemológico que posiciona a África e os seus povos como o centro interpretativo da história e da cultura, opondo-se ao eurocentrismo. Desenvolvida por intelectuais como Molefi Kete Asante, visa reposicionar a África como sujeito histórico, valorizando a ancestralidade, a agência e a identidade africana e da diáspora, com o objetivo de promover a emancipação e a autonomia dos povos africanos e afrodescendentes. Afrocentricidade é uma teoria acadêmica e uma abordagem acadêmica que procura centrar as experiências e os povos de África e da diáspora africana nos seus próprios contextos históricos, culturais e sociológicos.[1][2][3][4] Foi desenvolvida pela primeira vez como uma metodologia sistematizada por Molefi Kete Asante em 1980, com inspiração em vários intelectuais africanos e da diáspora africana, incluindo Cheikh Anta Diop, George James, Harold Cruse, Ida B. Wells, Langston Hughes, Malcolm X, Marcus Garvey, e WEB Du Bois.[1] O Círculo de Temple (Temple Circle, em inglês),[5][6] também conhecido como Escola de Pensamento de Temple,[6] Círculo de Temple da Afrocentricidade,[7] ou Escola de Temple da Afrocentricidade,[8] foi um dos primeiros grupos de Africologistas, organizados durante o final dos anos 1980 e início da década de 1990, que ajudou a desenvolver ainda mais a afrocentricidade. A afrocentricidade tem como base os conceitos de agência, centralização, localização e orientação.
Size: 2.3 MB
Language: pt
Added: Oct 02, 2025
Slides: 30 pages
Slide Content
Perspectivas críticas e interdisciplinares: epistemologias afrocentradas Fundamentos das Epistemologias Afrocentradas
Objetivos da Aula Compreender os princípios da afrocentricidade Refletir sobre saberes não hegemônicos Relacionar epistemologias afrocentradas à psicologia crítica
Por que falar destes temas? Saberes africanos foram historicamente marginalizados A psicologia tradicional ignora vivências negras Afrocentricidade propõe uma virada epistemológica
O que é epistemologia? Estudo da origem, natureza e validade do conhecimento Pergunta central: “Quem pode produzir saber?” Epistemologia como ferramenta de poder
Eurocentrismo vs Afrocentricidade Eurocentrismo : universalização do saber europeu Afrocentricidade : centralidade do sujeito africano Conflito de paradigmas epistemológicos
Marginalização histórica Colonização e escravidão como apagamento cultural Supressão de línguas, religiões e saberes africanos Resistência por meio da oralidade e ancestralidade
O que é afrocentricidade ? Paradigma que recentra o sujeito africano Desenvolvido por Molefi Kete Asante Busca autonomia epistemológica
Princípios centrais Localização: saber situado e contextual Agência: protagonismo negro na produção de saber Ancestralidade: conexão espiritual e histórica
Molefi Kete Asante Intelectual afro-americano Criador da Teoria da Afrocentricidade Defende a centralidade africana na produção de conhecimento
Ama Mazama Intelectual haitiana Destaca a espiritualidade como base epistemológica Propõe uma visão holística do saber africano
Ancestralidade Saber transmitido oralmente Culto aos ancestrais como fonte de sabedoria Memória coletiva como resistência
Cosmovisão africana Interconexão entre ser humano, natureza e espiritualidade Tempo cíclico e não linear Comunidade como base da existência
Identidade e autoestima Afrocentricidade como reconstrução subjetiva Valorização da cultura e da história negra Combate ao racismo internalizado
Resistência epistemológica Produzir saber é um ato político Quilombos como espaços de conhecimento Educação como ferramenta de libertação
Críticas à afrocentricidade Riscos de essencialismo cultural Necessidade de diálogo com outras epistemologias Desafios na aplicação institucional
Interseccionalidade Conceito de Kimberlé Crenshaw Articulação entre raça, gênero, classe e sexualidade Ferramenta analítica para compreender opressões múltiplas
Psicologia e invisibilização Modelos eurocêntricos ignoram vivências negras e LGBTQIA+ Necessidade de práticas situadas e plurais Inclusão de saberes marginalizados
Colonialidade na psicologia Universalização do sujeito branco, masculino, cis Psicologia como instrumento de controle social Descolonização como proposta crítica
Branquitude Estudo dos privilégios raciais Desconstrução da neutralidade branca Branquitude como lugar de poder
Saúde mental da população negra Racismo como fator de sofrimento psíquico Invisibilidade nos serviços de saúde Importância da escuta qualificada e contextualizada
Espiritualidade e cuidado Terreiros como espaços de acolhimento e cura Integração entre espiritualidade e saúde mental Psicologia como ponte entre saberes
Psicologia comunitária afrocentrada Práticas coletivas e comunitárias Escuta ativa e protagonismo local Fortalecimento de vínculos e identidade
Currículo afrocentrado Propostas pedagógicas baseadas na cultura africana Valorização da oralidade, ancestralidade e espiritualidade Educação como prática de liberdade
Intelectuais afro- diaspóricos bell hooks : educação como prática de liberdade Audre Lorde: interseccionalidade e poesia como resistência Lélia Gonzalez: pensamento afrolatino-americano
Pesquisas Metodologias participativas e comunitárias Produção de saber a partir das vivências Democratização do conhecimento
Descolonização do saber Epistemologias do Sul (Boaventura de Sousa Santos) Revalorização de saberes locais e ancestrais Ruptura com a lógica colonial
Educação Leis 10.639/03 e 11.645/08 Inserção da história e cultura afro-brasileira e indígena Formação docente crítica e comprometida
Desafios e possibilidades Resistência institucional e epistemológica Caminhos para transformação: políticas públicas, formação, pesquisa Construção de uma psicologia plural e situada
Afrocentricidade como ferramenta de reconstrução epistemológica Psicologia crítica e situada como horizonte Educação como prática de emancipação
Como a afrocentricidade pode transformar a psicologia? Que saberes foram apagados na sua formação? Que saberes foram discutidos na sua formação?