A Arte em Roma

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About This Presentation

História da Arte, de Graça Proença. Capítulo 06
Faculdade de Artes Visuais - Licenciatura em Artes Visuais - UNIFESSPA
Disciplina Fundamentos da História da Arte (30h)
Projeto de Ensino FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA DA ARTE – UMA INTRODUÇÃO
Orientação: Profa. Ma. Cinthya Marques do Nascimento...


Slide Content

A Arte em Roma História da Arte, de Graça Proença. Capítulo 06 Licenciatura em Artes Visuais - disciplina Fundamentos da História da Arte Profa. Ma. Cinthya Marques Monitor: Erivan Araújo

O aparecimento da cidade de Roma está envolto em lendas e mitos. Tradicionalmente indica-se, para a sua fundação, a data de 753 a.C. Sabe-se, porém, que a formação cultural do povo romano deveu-se principalmente aos gregos e etruscos, que oocuparam diferentes regiões da Itália entre os séculos XII e VI a.C. A arte romana, portanto, ofreu duas fortes influcências: a da arte etrusca, popular e voltada para a expressão da realidade vivida, e a da greco helenísitca, orientada para a expressão de um ideal de beleza. (História da Arte – Graça Proença) A Arte em Roma

Um dos legados culturais mais importantes que os etruscos deixaram aos romanos foi o uso do arco e da abóbada nas construções. Esses dois elementos arquitetônicos – desconhecidos na Grécia – permitiram aos romanos criar amplos espaços internos, livres do excesso de colunas, próprio dos templos gregos. Antes da invenção do arco, o vão entre uma coluna e outra era limitadopelo tamanho da travessa. E esse tamanho não podia ser muito grande, pois quanto maior a viga, maior a tensão sobre ela. E a pedra, que era o material mais resistente usado nas construções, não suporta grandes tensões. É por isso que os templos gregos eram repletos de colunas, o que reduzia muito o espaço de circulação. (História da Arte – Graça Proença) A Arte em Roma - Arquitetura

O arco foi, portanto, uma conuista que permitiu ampliar o vão entre uma coluna e outra, pois nele o centro não se sobrecarrega mais que as extremidades e, assim,as tensões são distribuídas de forma mais homogênea. Além disso, como o arco é construído com blocos de pedra, a tensão comprime esses blocos, dando-lhe maior estabilidade. Mas no final do século I d.C., Roma já havia superado essas duas influências – a grega e a etrusca – e estava pronta para desenvolver criações artísticas independentes e originais. (História da Arte – Graça Proença) A Arte em Roma - Arquitet ura Modelo fotoelástico do sistema de pilar e travessa e do arco pleno (arco romano). Observe que, no sistema de pilar e travessa, a tensão aumenta na face interna da viga. Já no arco pleno, a tensão se distribui mais uniformemente.

A planta das casas romanas era rigorosa e invariavelmente desenhada a partir de um retângulo básico. A planta das casas romanas era rigorosa e invariavelente desenhada a partir de um retângulo básico. A porta de entrada, que ficava de um dos lados menores do retângulo, conduzia ao átrio, um espaço central com uma abertura retangular no telhado. (História da Arte – Graça Proença) Arquitetura - a moradia romana

Essa abertura permitia a entrada da luz, do ar e também da água da chuva, que era coletada num tanque – o implúvio – colocado extamente sob o vão do teto. Em linha reta em relação à porta de entrada, e dando para o átrio, ficava o tablino, aposento principal da casa. Os outros cõmodos também davam para o átrio, mas sua disposição era menos rigorosa . (História da Arte – Graça Proença) A moradia romana Átrio de uma casa romana em Pompéia . O tanque sob a abertura é chamado de implúvio .

Como eram zelosos de suas tradições, os romanos não quiseram alterar muito a planta de suas casas, mas encontraram uma solução para incorporar os elementos que admiravam: acrescentaram, nos fundos da casa, um peristilo em torno do qual se dispunham vários cômodos. Ao entrar em contato com os gregos, durante o período helenístico, os romanos apreciaram muito a flexibilidade e a elegância das moradias gregas. Mas admiraram sobretudo o peristilo que havia no pátio de muitas casas . (História da Arte – Graça Proença) A moradia rom ana

A arquitetura dos templos Os romanos costumavam erigir seus templos num plano mais elevado e a entrada só era alcançada através de uma escadaria construída diante da fachada principal. Estes elementos arquitetônicos – pórtico e escadaria – faziam com que a fachada principal fosse bem distinta das laterais e do fundo do edifício. Não tinham, portanto, a mesma preocupação dos gregos, de fazer com que os lados do templo – a frente, o fundo e as laterais – se equivalessem dois a dois em sua arquitetura. (História da Arte – Graça Proença)

Maison Carré (16 a.C ). Nîmes, França A arquitetura dos templos Entretanto, com os romanos apreciavam os peristilos externos dos templos gregos, procuravam acrescentá-los tambem ao modelo tradicional de seu templo. Um exemplo disso é a Maison Carré, construída em Nîmes, na França, no final do século I a.C. Nessa construção, além dos elementos romanos típicos – a escadaria, o pórtico e as colunas – os arquitetos, por meio da introdução de meias colunas embutidas nas paredes laterais e na do fundo, criaram um falso peristilo. (História da Arte – Graça Proença)

A arquitetura dos templos Mas nem todos os templos resultaram da soma da tradição romana e dos ornamentos gregos. Enquanto a concepção arquitetônica grega criava edifícios para serem vistos do exterior, a romana procurava criar espaços interiores. O Panteão, construído em Roma durante o reinado do Imperador Adriano, é certamente o melhor exemplo dessa diferença. (História da Arte – Graça Proença)

Vista de cima e do interior do Panteão (século II). As cavidades quadradas que compõem a cúpula vão diminuindo à medida que se aproximam do centro. Esse recurso aumenta a sensação de perspectiva e termina numa abertura de 9 m de diâmetro, permitindo a entrada da luz natural que torna o ambiente interno claro e leve, apesar da monumentalidade da construção. A arquitetura dos templos Planejado para reunir a grande variedade de deuses existentes em todo o Império, esse templo romano, com sua planta circular fechada por uma cúpula, cria um local do exterior onde o povo se reunia para o culto. Essa nova concepção arquitetônica do templo – que será também a do cristianismo – explica porque o panteão é um dos únicos templos pagãos que hoje é ocupado por uma igreja cristã. (História da Arte – Graça Proença)

A concepção arquitetônica do teatro Graças ao uso de arcos e abóbadas, que herdaram dos etruscos, os romanos construíram edifícios – sobretudo anfiteatros – muito mais amplos do que teria permitido a simples influência da arquitetura grega. Esses anfiteatros, destinados a abrigar muitas pessoas, alteraram bastante a planta do teatro grego. Assim, nos edifícios destinados à apresentação de espetáculos, os construtores romanos, usanado filas sobrepostas de arcos, obtiveram apoio para construir o local destinado ao público – o auditório. Com isso, não precisaram mais assentá-lo nas encostas de colinas, como faziam os gregos. A primeira consequência dessa solução arquitetônica foi a possibilidade de construir esses edifícios em qualquer lugar, independentemente de sua topografia. Além disso, o povo romano apreciava muito as lutas dos gladriadores. Essas lutas compunham um espetáculo que podia ser apareciado de qualquer ângulo. Portanto, não havia necessidade de um palco de frente para o auditório, disposto em semicírculo. Este foi outro motivo que levou os romanos a inventarem o anfiteatro. Esta construção caracteriza-se por um espaço central elíptico, onde se dava o espetáculo, e circundando este espaço, um auitório composto por um grande número de filas de assentos, formando uma arquibancada. (História da Arte – Graça Proença)

Coliseu. Iniciado no reinado de Vespasiano e terminado em 82 pelo imperador Domiciano. Esse anfiteatro de enormes proporções chegava a acomodar 40.000 sentadas e mais de 5.000 em pé. A concepção arquitetônica do teatro Assim era o Coliseu, o mais belo dos anfiteatros romanos. Externamente o edifício era ornamentado por esculturas, que ficavam dentro do arcos, e por três ordens de colunas gregas. Essas colunas, na verdade, eram meias colunas, pois ficavam presas à estrutura das arcadas. Portanto, não tinham a função de sustentar a construção, mas apenas de ornamentá-la. (História da Arte – Graça Proença)

A pintura grega A maior parte das pinturas romanas que conhecemos hoje provem das cidades de Pompéia e Herculano, que foram soterradas pelas erupções do Vesúvio em 79 d.C. Os estudiosos da pintura existente em Pompéia classificam a decoração das paredes internas dos edifícios em quatro estilos. O primeiro não se refere propriamente à pintura, pois era costume no século II a.C. Recobrir as paredes de uma sala com uma camada de gesso pintado; que dava a impressão de placas de mármore. Mais tarde, alguns pintores romandos perceberam que o gesso podia ser dispensado, pois a ilusão do mármore podia ser dada apenas pela pintura. (História da Arte – Graça Proença)

Recentemente, arqueólogos encontraram um afresco erótico que retrata uma das passagens mais emblemáticas da mitologia greco-romana: a história de Leda e o Cisne. A pintura decorava o quarto de uma casa na cidade de Pompéia, que foi devastada pela erupção do vulcão Vesúvio. De acordo com o mito, o deus grego Zeus (ou Júpiter, na mitologia romana) se disfarçou de cisne para seduzir a mortal Leda, que era casada com o rei Tíndaro, com quem havia tido relações sexuais no mesmo dia. Após os encontros, Leda produziu dois ovos. Deles nasceram Clitemnestra, Helena, Castor e Pólux . Helena e Pólux eram filhos de Zeus, enquanto Clitemnestra e Castor eram filhos de Tíndaro.

Não se sabe quem era o dono da casa onde foi encontrada a pintura, mas especialistas acreditam que ele fosse um homem rico. "Possivelmente um ex-escravo que estava ansioso para elevar seu status social por meio de referências a mitos de alto nível cultural", disse Massimo Osanna , diretor do Parque Arqueológico de Pompeia. 

Pintura do segundo estilo na Vila dos Mistérios, em Pompéia (meados do século I d.C ). As figuras tem aproximadamente 150 cm. A pintura grega A descoberta da possibilidade de se criar, por meio da pintura, a ilusão de um bloco saliente conduziu ao segundo estilo, pois, se era possível sugerir a saliência, podia-se também sugerir a profundidade. Os artistas começaram então a pintar painés que criavam a ilusão de janelas abertas por onde eram vistas paisagems com animais, aves e pessoas. Outras vezes, pintavam um barrado sobre o qual aparecem figuras de pessoas sentadas ou em pé, formando uma grande pintura mural. (História da Arte – Graça Proença)

Pintura do terceiro estilo na Vila dos Mistérios, em Pompéia (meados do século I d.C ) A pintura grega No final do século I a.C. Esse estilo começa a ser substituído por outro – o terceiro, que pôs fim ao interesse por representações fieís à realidade e valorizou a delicadeza dos pequenos detalhes. Entretanto, os romanos abandonaram essa tendência e voltaram às pinturas que simulam a ampliação do espaço. Só que nesse retorno, os artistas procuraram combinar a ilusão do espaço, do segundo estilo, com a delicadeza do terceiro. (História da Arte – Graça Proença)

Pintura do quarto estilo na casa dos Vettii , em Pompéia (meados do século I d.C ) A pintura grega Essa síntese é o chamado quarto estilo e pode ser admirado numa sala na casa dos Vettii, em Pompéia. No centro de cada parede há um painel de fundo vermelho, tendo ao centro uma pintura, geralmente cópia de obra grega. Do lado esquerdo, doo direito e acima desse painel existem pinturas que sugerem um espaço exterior, mas não se trata de paisagens da vida cotidinada, e sim de cenários teatrais. (História da Arte – Graça Proença )

A escultura romana Os romanos eram grandes admiradores da arte grega mas, por temperamento, eram muito diferentes dos gregos. Por serem realistas e práticos, suas esculturas são uma representação fiel das pessoas e não a de um ideal de beleza humana, como fizeram os gregos. No entanto, ao entrar em contato com os gregos, os escultores romanos sofreram forte influência das concepções helenísticas a respeito da arte, só que não abdicaram de um interesse muito próprio: retratar os traços particularizadores de uma pessoa. O que acabou ocorrendo foi uma acomodação entre a concepção romana e a grega. (História da Arte – Graça Proença)

Augusto de Prima Porta (cerca de 19 a.C ). Altura: 204 cm. Museu Chiaramonti , Vaticano. A escultura romana Isso pode ser melhor compreendido quando observamos a estátua do primeiro imperador romano, Augusto, feita por volta de 19 a.C. Apesar do escultor ter usado o Dorífero, de Policleto como ponto de referência, foraam feitas alterações, adaptando a obra ao gosto romano. Assim, o artista procurou captar as feições reais de Augusto, e vestiu o modelo com uma couraça e uma capa romanas. Além disso, posicionou a cabeça e o braso do imperador de tal forma, que ele parece dirigir-se firmemente aos seus súditos. ( História da Arte – Graça Proença )

A escultura romana Essa preocupação de representar elementos bem determinados pode ser observada não só nas estátuas dos imperadores, mas também nos relevos esculpidos nos monumentos erguidos para celebrar algum feito importante do Império Romano. É verdade que os gregos também ornamentarem sua arquitetura com relevos e esculturas, mas estas sempre representaram fatos mitológicos e intemporais. Ao contrário disso, os relevos romanos especificavam nitidamente o acontecimento e as pessoas que dele participaram. (História da Arte – Graça Proença)

Detalhe da Coluna de Marco Aurélio , Roma. Construída durante o período que vai de 180 a 193 d.C. Altura do friso: 130 cm.

A escultura romana Dentre os monumento comemorativos destacam-se a Coluna de Trajano e a Coluna de Marco Aurélio . A Coluna de Trajano , construída no século I da era cristão, narra as lutas do imperador e os exércitos romanos na Dácia. O imenso número de figuras escupidas em relevo faz dessa obra um importante documentos histórico em pedra. Mas, devido à expressividade das figuras e das cenas, esse monumento te também um grande valor artístico. Menos de um século depois foi erguida a Coluna de Marco Aurélio , para celebrar o êxito dos romanos contra um povo da Alemanda do Norte. O relevo dessa coluna é mais profundo e também mais emocional. Veja, por exemplo, um detalhe que mostra, de forma muito expressiva, os romanos armados e agressivos, massacrando impiedosaente os bárbaros já vencidos. (História da Arte – Graça Proença)

A escultura romana A arte dos romanos revela-nos um povo possuidor de um grande espírito prático: por toda parte em que estiveram, estabeleceram colônias e construíram casas, templos, termas, aquedutos, mercados e edifícios governamentais. Depois das primeiras décadas do século III, os imperadores romanos começaram a enfrentar tanto lutas internas pelo poder quanto a pressão dos povos bárbaros que, cada vez mais, investiram contra as froneiras do império. Por isso, as preocupações com as artes diminuíram e poucos monumentos foram realizados para Estado. Era o começo da decadência do Império Romano que, no século V – pecisamente em 476 – perde o dominio do seu vasto territorio do Ociente para os invasores germânicos. (História da Arte – Graça Proença)