| Módulo 2 – A Cultura do Senado |
| História da Cultura e das Artes |
Curso Profissional de Comunicação –
Marketing, RP e Publicidade
Ano Letivo: 2011/2012
Professor: Vanda Novais Calé
Módulo II – A Cultura do Senado
Data: 9 de Janeiro de 2012
A Arte Romana
A Arquitectura
“ Todas as artes contribuem para a maior de todas as artes, a arte de viver.”
(Bertold Brecht)
| Módulo 2 – A Cultura do Senado |
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Índice
Introdução……………………………………………………………………….. Pág.3
Arte Romana – Características Gerais…………………………………….…. Pág.4
Arquitectura – Características Gerais………………………………………… Pág.5
Arquitectura Civil e Religiosa………………………………………………….. Pág.7
A Arquitectura e o Ócio………………………………………………………… Pág. 9
Conclusão……………………………………………………………………… .. Pág.9
Bibliografia……………………………………………………………………… . Pág.9
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Introdução
A arte romana, referente à época artística do Império romano do ocidente, foi
muito influenciada pela cultura da grécia antiga e estende-se do século VIII a.C
ao século IV d.C. difundindo-se por diversas expressões artísticas desde a
construção de diversas tipologias de edifícios públicos, pintura afresco à
escultura, etc.
Dominando extensas áreas, desde o leste asiático até o norte da Europa, os
romanos foram influenciados por muitos dos povos dominados em sua
produção cultural, principalmente a artística. Os gregos foram os que mais
contribuíram para a arte romana.
A arte romana tem destaque na arquitetura, na pintura e na escultura.
É dito que no início da história romana a produção artística era mera cópia da
arte grega. Mas com o passar do tempo os romanos produziram uma arte
funcional, grandiosa, semelhante ao vasto território do império.
Neste trabalho vou dar a conhecer quais as características gerais acerca da
arquitectura, a diferença de arquitectura civil e religiosa, e a ligação entre a
arquitectura e o ócio. Pretendo também dar a conhecer alguns monumentos,
de modo a exemplificar esta arte.
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Arte Romana
Características Gerais
A arte romana recebeu influência da arte etrusca, que era popular e retratava
a realidade, e da grega, que dava uma grande importância à beleza. Como
tinham grande admiração pela arte grega, os romanos basearam toda a sua
criação nas fontes gregas.
Muitos de seus artistas eram de origem grega e apesar de copiarem muitas
coisas, tinham uma temática diferente, aproximavam-se mais da realidade e
davam muito valor ao traço fisionómico das pessoas. Decoraram vilas e
palácios, faziam pintura de mural e reproduziam efeitos de profundidade.
Destacaram-se na arquitectura.
A arte romana, desenvolvida por um povo de guerreiros e de construtores é,
apesar das pequenas diferenciações regionais, uma arte de síntese e
essencialmente prática, pragmática e realista.
Todavia, por causa da extraordinária extensão geográfica do império e do
grande número de povos de culturas diversas que faziam parte deste, a arte
romana foi sempre eclética e caracterizada por estilos diferentes, influenciada
por gostos locais e pela exigência dos que a ditavam, não apenas os
imperadores e senadores ou aristocratas, mas também militares, comerciantes,
pessoas livres e escravos.
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Arquitectura
Características Gerais
Com a utilização do arco (herança etrusca
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), os espaços construídos pelos
romanos eram mais amplos que os gregos, pois a utilização deste elemento
construtivo juntamente com a abóbada, houve possibilidade de se criar amplos
espaços nos templos, basílicas, anfiteatros e termas construídos.
As características gerais da arquitectura, são as seguintes:
Solidez nas construções (característica que herdaram dos etruscos);
Uso do arco nas construções;
Uso da abóbada (construção em forma de arco que preenche
espaços entre arcos, muros e outros tipos de espaços);
Construções sóbrias, funcionais e luxuosas.
A arquitectura romana, possuía vários tipos de arquitectura:
Aquedutos
Arcos com canaletas
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que conduziam a água dos reservatórios
para as cidades. Eram feitos de pedra e significou um avanço na
canalização e distribuição de água na Antiguidade.
Templos
Eram construídos em homenagem aos deuses. Eram luxuosos e
bem iluminados. Possuíam apenas um portal de entrada com
escada de acesso.
Arcos de Triunfo
Eram construídos em homenagem aos imperadores,
principalmente, para marcar grandes feitos e conquistas. Eram
feitos de pedra ou mármore.
Estradas
Feitas de pedra, eram importantes rotas para o comércio e
também deslocamento do exército, pois ligavam várias cidades,
1
A arte etrusca refere-se à arte da antiga civilização da Etrúria localizada na Itália central
(actual Toscana) e que teve o seu apogeu artístico entre os séculos VIII e II a.C.
2
Pequenos canais.
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regiões e províncias. Eram tão resistentes que muitas delas
existem até hoje. A mais conhecida foi a Via Ápia.
Banhos públicos
Prédios destinados aos banhos públicos, que eram espaços com
piscinas aquecidas onde romanos das altas classes relaxavam e
mantinham contactos sociais.
Circos e Anfiteatros
Construções destinadas ao entretenimento. Nos circos ocorriam,
principalmente, corridas de bigas
3
. Nos anfiteatros ocorriam
espectáculos como, por exemplo, os embates entre gladiadores.
O anfiteatro mais conhecido foi o Coliseu de Roma.
Fig.1 – Panteão Romano, situado em
Itália, é o único edifício construído na
época greco-romana que, actualmente,
se encontra em perfeito estado de
conservação.
O templo religioso romano era
frequentado pelos fiéis, possuíam uma
única entrada, com espaço interno
destinado a um grande número de
pessoas. Fonte: Google
Fig.2 - Os anfiteatros foram
construções destinadas a grandes
eventos e espetáculos, com capacidade
de reunir grande quantidade de
espectadores. O mais famoso de todos
foi o Coliseu de Roma. Fonte: Google
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Corrida de bigas variação da corrida de cavalos, sendo que os animais puxavam uma
pequena charretinha.
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Fig.3 - A Ponte do Gard é uma porção
de um aqueduto romano situado no sul da
França, perto de Remoulins, Uzès e
Nîmes. Trata-se de uma ponte construída
em três níveis que assegura a
continuidade do aqueduto que trazia água
de Uzès até Nîmes na travessia do
Gardon. Foi provavelmente construída no
século I a.C.. Fonte: Google
Arquitectura Civil e Religiosa
Na arquitectura Romana predomina a arquitectura civil, restando a arquitectura
religiosa num segundo plano menos importante. Existem novidades nos
materiais, utilizam a argamassa Romana e o pavimento se revestia com lajes
de mármore, mas mantendo os elementos formais da cultura helenística
(ordens arquitectónicas) mas aplicadas de forma ornamental. Utiliza os
principais elementos etruscos.
O urbanismo racional dos romanos contemplava dois tipos distintos de
arquitectura civil, ou seja, dois tipos de habitações adaptadas a dois tipos de
ocupantes radicalmente opostos: a domus e a insula.
A domus era uma residência particular, criada para satisfazer as exigências
requintadas dos cidadãos mais abastados, que podiam gozar de uma
habitação confortável e esteticamente agradável. Este tipo de habitação podia
muitas vezes comportar um espaço interior ajardinado, um atrium e uma
piscina.
A insula era uma habitação colectiva, um edifício esguio e menos robusto, que
servia de alojamento às massas populares e que, na cidade de Roma, se
disseminavam pelas suas colinas. Estas construções, de tijolos e de madeira,
sujeitas a serem atingidas por uma derrocada ou por um incêndio (porque
estes materiais são muito mais perecíveis do que a pedra utilizada nos edifícios
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mais nobres), eram vitais para o bom funcionamento do império, tais como as
pontes e templos.
Uma das singularidades da arquitectura romana foi aliar a economia de meios
à descoberta de uma grande eficácia funcional, bem patente nas obras
monumentais, nomeadamente nas vias construídas para durar séculos, e os
seus alicerces ainda hoje podem ser usados.
Fig.4 - Torre de Centum-Cellas
Arquitectura civil, romana. Edifício de função
indefinida, provavelmente integrado numa villa
romana, de planta rectangular, de volume único,
com 3 pisos. Vãos de lintel recto sem moldura.
Composição dos alçados regular.
Edifício integrado num conjunto arquitectónico de
maiores dimensões. Apresenta algumas afinidades
com a Torre de Almofala, Figueira de Castelo
Rodrigo. Fonte: ViagensTravel.com
Na arquitectura religiosa, a construção mais significativa foram os templos.
Trata-se de uma adaptação do templo Grego com retoques etruscos. Os
modelos Gregos de planta rectangular ou circular se mantiveram, assim como
as ordens e a forma das arquitraves. Os Romanos utilizavam o desenho das
cidades Gregas baseado na planta urbana, apesar de concebido de forma mais
rígida já que estavam mais influídos pelas configurações dos acampamentos
militares de origem etrusco.
O fórum era uma grande praça rectangular, onde havia galerias de comércio. A
diferença das cidades Gregas, dos templos e dos edifícios lúdicos estavam
integrados dentro da cidade. Enquanto os Gregos procuravam lugares
elevados e isolados para se localizarem, os Romanos os localizavam
integrados no fórum da cidade. A fachada principal era a de entrada.
Fig.5 - O Fórum Romano era o
principal centro comercial da Roma
Imperial. Ali havia lojas, praças de
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mercado e de reunião. Fonte: Google Imagens
A Arquitectura e o Ócio
Os monumentos arquitectónicos, foram criados com o objectivo de dar luxo aos
romanos, e ocuparem os seus tempos livres.
Alguns dos monumentos eram: As termas, o coliseu, etc.
Cada criação, teve o seu objectivo e a sua definição de criação. Os coliseus
foram criados para que os romanos assistissem aos jogos/guerras entre
gladiadores. As termas foram criadas para a socialização entre vários romanos,
e os mesmos tomarem banho. O luxo tomou conta de vários romanos, tendo
assim invadido as culturas dos mesmos: Os penteados, vestuários, etc.
Conclusão
A arquitectura romana deriva da arquitectura grega, embora diferenciando-se
nas suas características próprias. Alguns autores agrupam ambos estilos
designando-os por arquitectura clássica. Os monumentos romanos
caracterizam-se muito pela solidez. Aprenderam com os etruscos o emprego
do arco, assim como a abóbada ou tecto curvo, que os gregos e egípcios não
conheceram. Construíram também catacumbas, fontes, obeliscos, pontes e
templos.
A procura acerca da ligação entre a arquitectura e o ócio, foi o mais
complicado, tanto na procura, como na maneira como falar do mesmo, no
entanto, o trabalho está finalizado, com todos os pontos referidos no guião do
trabalho.