A crônica

araujofamilia 6,467 views 25 slides May 23, 2009
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jornalismo impresso
Professor mestre Artur Araujo
([email protected])
A crônica
Acesse o site: http://docentes.puc-campinas.edu.br/clc/arturaraujo/
Acesse o FTP: ftp://ftp-acd.puc-campinas.edu.br/pub/professores/clc/artur.araujo/
Olavo Bilac
Mário de
Andrade
Carlos Drumond
de Andrade
Rubem
Braga

Seminários sobre reportagens
•Serão nos dias 11 e 15 de maio. Estamos a
cinco dias do início dos seminários.
•A nota para a tarefa é até 3.

A prova
•A prova será 22 de maio (sexta-feira).
Estamos a 16 dias da prova.
•Será uma prova com consulta.
•Cada um terá duas perguntas para dissertar.
•A nota máxima será 4.

Os temas da prova serão:
1.A reportagem narrativa
2.A reportagem
descritiva
3.A resenha e a crítica
4.A coluna jornalística
5.O jornal como modelo
de negócio
1.O dilema web X papel.
2.Edição e viés
ideológico
3.A crônica
4.Quality papers e jornais
populares
5.Categorias do
jornalismo

Palestra – 20 de maio

Uma primeira definição
•Texto jornalístico desenvolvido de forma livre e
pessoal, a partir de fatos e acontecimentos da
atualidade, com teor literário, político, esportivo,
artístico etc.
•Segundo Muniz Sodré e Maria Helena Ferrari, a
crônica é um meio-termo entre o jornalismo e a
literatura; "do primeiro, aproveita o interesse pela
atualidade informativa, da segunda imita o projeto de
ultrapassar os simples fatos".

O fato tende a ser a base do texto
•O ponto comum entre a crônica e a notícia ou
a reportagem é que o cronista, assim como o
repórter, não prescinde do acontecimento.
Mas, ao contrário deste, ele "paira" sobre os
fatos, "fazendo com que se destaque no texto o
enfoque pessoal (onde entram juízos implícitos
e explícitos) do autor".

O juízo de valor destaca-se no texto
•Na crônica, porém, o juízo de valor confunde-
se com os próprios fatos expostos, sem o
dogmatismo do editorial, no qual a opinião do
autor (representando a opinião da empresa
jornalística) constitui o eixo do texto.

Algumas colaborações para o
debate
•A crônica é um texto
jornalístico com características
literárias.
•Pertence à categoria do
jornalismo opinativo.
•Fundamenta-se nos fatos, nas circunstâncias
do cotidiano.
•Uma crônica produzida como pura ficção
representa uma violação do seu gênero.
Luiz Roberto Saviani Rey

Um pouco de etimologia
•A palavra “crônica” advém de
Cronos: aquilo que ocorre.
•É o relato dos fatos dispostos
em ordem cronológica.
•A crônica emerge como gênero literário
histórico na Europa Medieval.
•No Brasil, surgiu no século XIX, influenciada
pelo romantismo francês, mas com o tempo vai
assumindo feições próprias.
Luiz Roberto Saviani Rey

Um texto para entreter
•A crônica existe para entreter
o leitor.
•É um texto descompromissado
com o lado “grave” dos jornais,
enfocando assuntos
circunstanciais aos fatos com humor,
sarcasmo, ou com lirismo ou análise crítica.
Luiz Roberto Saviani Rey

Crônica jornalística x crônica
literária
•Crônica jornalística: publicada
em jornal, delimitada pelo
factual, caracterizada pela
atualidade, oportunidade e
difusão coletiva.
•Crônica literária: publicado em livros,
enfocando elementos e experiências da vida
pessoal e do cotidiano de quem escreve.
Muitas vezes é pura ficção.
Luiz Roberto Saviani Rey

Características da crônica
jornalística
•Fidelidade ao cotidiano
•Faz a captação dos dados
emergentes da psicologia
social
•É uma crítica social
•A força narrativa se dá por meio de
elementos circunstanciais
•Explora o inusitado
•Está na fronteira entre a narração da realidade e a
criação literária
•Adota a linguagem coloquial
Luiz Roberto Saviani Rey

Taxonomia das crônicas
jornalísticas
•Crônica analítica
•Crônica sentimental
•Crônica satírico-humanista
Luiz Roberto Saviani Rey

Crônica analítica
•Texto em que os fatos são
expostos com brevidade e logo
dissecados objetivamente.
•Nesse caso, o cronista procura
despertar consciências, apelando
mais à inteligência que ao sentimento.
Luiz Roberto Saviani Rey

Crônica sentimental
•Apela à sensibilidade e ao
coração do leitor.
•O fato, os acontecimentos, são
relatados tomando-se seus
aspectos pitorescos, líricos, épicos.
•A ação dos personagens comove e atinge o
inconsciente, aguçando o lado sensível.
Luiz Roberto Saviani Rey

Crônica satírico-humanista
•Tem similitude com o artigo,
pois emprega, como elemento
básico, a crítica, o juízo de
valor, ridicularizando ou
produzindo ironia sobre os fatos.
Luiz Roberto Saviani Rey

Dicas para produzir uma boa
crônica
•Muita leitura (que proporciona
desenvoltura para produzir o
texto)
•Capacidade de aguçada de
percepção dos fatos.
•Talento (minha visão dos fatos)(minha visão dos fatos)
Luiz Roberto Saviani Rey

Alguns posicionamentos
de Antonio Candido
•A crônica não é um
"gênero maior". Não se
imagina uma literatura feita
de grandes cronistas, que
lhe dessem o brilho
universal dos grandes
romancistas, dramaturgos
e poetas.
Antonio Candido

Coisas soltas
•Por meio dos assuntos, da
composição aparentemente
solta, do ar de coisa sem
necessidade que costuma
assumir, ela se ajusta à
sensibilidade de todo o dia.
Antonio Candido

Uma ‘filha’ do jornal
•A crônica fica tão perto do
dia-a-dia age como quebra
do monumental e da ênfase.
•Isto acontece porque não
tem pretensões a durar,
uma vez que é filha do
jornal e da era da máquina,
onde tudo acaba tão depressa.
Antonio Candido

De folhetim a crônica
•Antes de ser crônica
propriamente dita foi
"folhetim", ou seja, um
artigo de rodapé sobre as
questões do dia - políticas,
sociais, artísticas, literárias.
Assim eram os da secção
"Ao correr da pena", título
significativo a cuja sombra José de Alencar
escrevia semanalmente para o Correio
Mercantil, de 1854 a 1855.
Antonio Candido

Uma linguagem leve
•A linguagem se tornou mais
leve, mais
descompromissada e (fato
decisivo) se afastou da
lógica argumentativa ou da
crítica política, para
penetrar poesia adentro. Antonio Candido

A verdade por meio
da diversão
•É importante insistir no papel da
simplicidade, brevidade e graça
próprias da crônica. Os
professores tendem muitas vezes
a incutir nos alunos uma idéia
falsa de seriedade; uma noção
duvidosa de que as coisas sérias
são graves, pesadas, e que
conseqüentemente a leveza é
superficial. Na verdade,
aprende-se muito quando se diverte,
e aqueles traços constitutivos da crônica são um veículo
privilegiado para mostrar de modo persuasivo muita coisa que,
divertindo, atrai, inspira e faz amadurecer a nossa visão das
coisas.
Antonio Candido
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