Aula de geografia geral sobre a origem do capitalismo e sua evolução. Breve reflexão sobre as crises de 1929 e a crise imobiliária de 2008. Brave reflexão sobre as principais teorias relacionadas ao capitalismo.
Size: 5.09 MB
Language: pt
Added: Feb 14, 2018
Slides: 25 pages
Slide Content
A evolução do capitalismo e suas crises Professor: Herbert Galeno www.herbertgaleno.blogspot.com.br
Objetivo s da aula Entender a evolução e as etapas do processo capitalista no mundo; Entender e refletir sobre as características do capitalismo desde a sua origem; Analisar as crises oriundas do sistema capitalista; Analisar as medidas adotadas para sanar crises capitalistas em escala global;
Os modos de produção capitalista e socialista O modo de produção c apitalista propõe uma sociedade com princípios antagônicos ao modo de produção socialista. Modo Capitalista Lei da oferta e da procura Propriedade privada Modo Socialista Propriedade estatal O estado como gestor da produção em todos os níveis econômicos
Capitalismo – contexto histórico Capitalismo é o nome que se dá ao modo de produção desenvolvido a partir do mundo europeu, durante o renascimento comercial e urbano, nos séculos XIII e XIV, na B aixa I dade Média. Pequenos artesãos e comerciantes, que viviam em cidades conhecidas como “burgos”, buscavam sua sobrevivência na busca por lucro e acúmulo de riqueza. Então, pode-se concluir que: O contexto do capitalismo se firma na busca pelo lucro , na cumulação de riquezas, na apropriação dos meios de produção e toda negociação feita em dinheiro
Principais características do capitalismo Predomínio das propriedades privadas ou particulares dos meios de produção; Trabalho assalariado; Economia regida pelas leis de mercado, como a lei da oferta e da procura e a livre iniciativa (diferença entre preço e valor ); Lucro como principal meta da produção econômica; Sociedade bastante estratificada, dividida em classes sociais em função do poder aquisitivo e dos bens;
Economia de Mercado A economia de mercado parte do princípio que tudo o que é produzido (pelo menos a maior parte) tem por finalidade a negociação (compra e venda).
Crises do capitalismo A acumulação de capitais, prevista e desejada no capitalismo, é um processo que envolve dois momentos distintos: a produção e o comércio. Às vezes esses momentos apresentem-se com problemas ou não são cumpridos totalmente.
Origem das crises do capitalismo Essas origens podem ser por fatos externos ou internos. As causas externas não possuem relação direta com o sistema capitalista, têm relação com fornecimento de matéria prima, fontes de energia ou à falta de infraestrutura logística; Já as causas internas são provocadas pelas quantidades produzidas de uma mercadoria, à concorrência entre as empresas e à capacidade de consumo de um determinado mercado;
A crise de 1929 A elevada produção e os estoques provenientes do sistema fordista marcaram um período de grande pujança econômica nos Estados Unidos; Mesmo com as consequências da 1ª Guerra Mundial, as nações europeias manteram as importações de produtos industrializados; contudo, após a recuperação, no final da década de 1920, essas importações foram cessadas; Com a drástica diminuição das exportações para a Europa, aliados aos enormes estoques de produtos e ao excesso de investimentos no mercado financeiro (em detrimento do setor produtivo), criou-se um forte mercado especulativo;
“Quinta – feira negra ” No dia 24 de outubro de 1929, ocorreu a quebra da bolsa de valores de Nova York; Houve uma correria de investidores que queriam vender suas ações ao perceber a desvalorização dos seus investimentos, na tentativa de recuperar o dinheiro investido abaixando ainda mais o valor das ações; Esse foi o estopim geral da crise que assolou os Estados Unidos e se estendeu para o mundo;
Consequência da crise Pessoas ricas perderam seus patrimônios; Os Bancos reduziram as linha de crédito; Muitas empresas faliram; O desemprego aumentou vertiginosamente; Empréstimos não eram renovados e as dívidas eram executadas, como a maioria das pessoas não conseguiam pagar, muitos bancos quebraram; Os países que tinham dependência dos Estados Unidos (como o Brasil) foram afetados diretamente; A Grande Depressão
Consequências extremas A eclosão de movimentos sociais e político socialistas, além do aparecimento de governos totalitários em nações europeias ( ex : Facismo na Itália e Nazismo na Alemanha);
Recuperação da economia Em 1930, com a eleição do presidente Franklin Roosevelt (democrata) que sucedeu Herbert Hoover (republicano) deu-se início a um audacioso plano econômico conhecido como New Deal (Novo Acordo);
Crise de 2008 Foi a maior crise da História desde a “Grande Depressão”; Como causas podemos citar as duas Guerras protagonizada pelos EUA (Afeganistão – 2001 e Iraque – 2003), que forçou o governo a gastar muito dinheiro, e o estouro de uma “Bolha Imobiliária”;
Entendendo a Crise A crise foi antecedida por um período de crescimento econômico estável e inflação baixa; Nesse período, de pujança econômica, os bancos recebiam grandes investimentos do exterior, principalmente da China e da Inglaterra; Com esses investimentos o Banco Central Americano(TED), se viu obrigado a baixar as taxas de juros para estimular o consumo; A concessão de créditos, principalmente para clientes considerados de risco ( subprime ), se torna uma constante para os bancos; Com a grande oferta de crédito a juros baixos a população passa a comprar muito, principalmente imóveis;
Estouro da da Crise Com o elevado consumo, o preço dos imóveis começam a subir vertiginosamente, criando uma “ B olha Imobiliária”, ou, supervalorização dos imóveis; Os contratos de imóveis foram transformados pelos bancos em títulos (ações); mesmo sendo de alto risco foram muito adquiridos pelos investidores; Com a oscilação da economia os juros voltam a aumentar reduzindo a procura por imóveis e provocando uma acentuada queda nos preços; Com a supervalorização dos imóveis, e o aumento dos juros, a população ( subprime ), deixa de pagar as hipotecas aos bancos;
Consequências da crise Por pressão política o presidente George W. Bush (Partido Republicano) deixa de conceder garantias ao Banco Barclay na compra do banco britânico Leman Bhothers (fundado em 1850); No dia 15 de setembro de 2008 o banco Leman Bhothers quebrou; O fechamento do quarto maior banco dos EUA gerou pânico na economia e travou o crédito, além de afundar a bolsa de valores do mundo todo; Com a crise, seca o crédito empresarial e individual; as empresas não conseguem empréstimos para pagar funcionários e fornecedores; empresas cancelam investimentos e reduzem o quadro de funcionários; O desemprego atinge drasticamente a classe trabalhadora; o efeito dominó foi inevitável;
Recuperação pós - crise Os Estados Unidos é a maior potência econômica; a crise imobiliária atinge o setor industrial e as commodities, alastrando a crise para o restante do mundo; A intervenção estatal (a exemplo do Neal Deal ) é adotado pelo presidente Barak H. Obama (Democrata – eleito em 2008, reeleito em 2012) para conter a crise; uma política de estímulos públicos foi aplicada á economia;
Teorias sobre a relação do Estado e a Economia Agora vamos entender um pouco sobre as principais teorias relacionadas ao capitalismo.
Liberalismo É uma teoria que surgiu em oposição ao mercantilismo e ao absolutismo. O principal teórico é o economista e filósofo escocês Adam Smith (1723-1790); Se baseia em quatro princípios: a liberdade econômica ou livre mercado; participação mínima do estado na economia; defesa da propriedade privada; e, igualdade perante a lei (Estado de direito). É a doutrina da “Mão Invisível”, onde a economia é regulada pelo mercado e suas leis.
Keynesianismo Proposto pelo economista inglês John Maynard Keynes (1883-1946), propunha uma política econômica de maior participação do estado; Nessa teoria o estado age como promotor do “bem estar-social” ( Welfare state ), criando oportunidades reais de trabalho por meio de obras públicas em infraestrutura; conceder linhas de crédito para investimentos no setor privado; e, criar políticas protecionistas.
Neoliberalismo Teoria político-econômica que prega o E stado mínimo e o Mercado máximo, com total liberalização da economia. Estabelece a livre circulação de capitais; dá ênfase à globalização; dá abertura à entrada de transnacionais; estimula à privatização; defende que o estado deve limitar seus gastos à arrecadação, eliminando o déficit público. Nessa política, cabe ao estado o controle da inflação, garantir o bem comum e o equilíbrio social. Além de combater os excessos da livre concorrência. Principais representantes dessas ideias (final da década de 1980: Ronald Reagan (EUA), Margareth Thatcher (Reino Unido) e Helmut Kohl (Alemanha)