A Guerra Fria: Um conflito Indireto.pptx

WirlanPaje2 39 views 57 slides Mar 20, 2024
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Slides de História sobre a Guerra Fria, momento histórico de conflitos indiretos entre as duas super potências mundiais (Estados Unidos da América [EUA] e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas [URSS]). Categorizando conflitos diretos como a Guerra no Vietnã, a Guerra das Coreias, confl...


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A Guerra Fria Professor: Wirlan Pajeú

Após o fim da Segunda Guerra Mundial iniciou-se um conflito que colocava de um lado os países aliados aos Estados Unidos e a sua política econômica: e, de outro, os países socialistas, liderados pela União Soviética. Foi neste contexto conturbado que surgiu a CIA, agência de inteligência norte-americana, que tinha como objetivo informar ao governo dos EUA o que acontecia nos países do bloco socialista. E como resposta, os soviéticos criaram a KGB, uma reformulação da NKVD, órgão do serviço secreto russo existente nos anos 1930, na época de Stalin.

“A Segunda Guerra Mundial mal terminara quando a humanidade mergulhou no que se pode encarar, razoavelmente, como uma Terceira Guerra Mundial, embora uma guerra muito peculiar. Gerações inteiras se criaram à sombra de batalhas nucleares globais que, acreditava-se firmemente, podiam estourar a qualquer momento e devastar a humanidade”. HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos : o breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 224.

O Mundo Dividido Quando ouvimos a palavra “guerra”, geralmente imaginamos, bombas, tiros, gente morta, desespero – imagens “quentes”. Mas o que terá sido essa tal de “Guerra Fria”? A Guerra Fria foi um conflito entre os Estados Unidos e a União Soviética, que não usavam o confronto direto temendo o uso das armas nucleares, levando a destruição mundial. Mas, para defenderem seus interesses, ajudar seus aliados e expandir suas áreas de interesses, os dois lados usaram a propaganda, a espionagem e a violência.

Segundo Hobsbawn : “A peculiaridade da Guerra Fria era a de que [...] os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças [...]. A URSS controlava uma parte do globo, ou sobre ela exercia predominante influência [...] e não tentava ampliá-la com o uso de força militar. Os EUA exerciam controle e predominância sobre o resto do mundo capitalista, além do hemisfério norte e oceanos [...]. E troca, não intervinha na zona aceita de hegemonia soviética”. HOBSBAWN, Eric. Era dos Extremos : o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.224.

Encontro entre os Vencedores Antes do final da Segunda Guerra, em fevereiro de 1945, os três grandes lideres dos países vencedores – Churchill (Inglaterra), Roosevelt (Estados Unidos) e Stalin (União Soviética) – reuniram-se na Conferência de Yalta , na União Soviética, para discutir os rumos do mundo. Nesta conferência ficou decidido que parte da Polônia ficaria com a União Soviética e foi permitido o aumento da influência soviética nos países do Leste Europeu, como Tchecoslováquia, Hungria, Romênia e Bulgária, libertados do domínio nazista com a ajuda das tropas soviéticas. E isso foi feito sem que esses países fossem ouvidos.

Meses depois com a Alemanha já vencida, os Aliados reuniram-se novamente dessa vez em Berlim, na Conferência de Potsdam. Nessa Conferência, os Aliados tomaram uma série de medidas: A destruição de todos os símbolos, livros e monumentos nazistas ( desnazificação da Alemanha); A criação do Tribunal de Nuremberg, para julgar os criminosos de guerra; A divisão da Alemanha e sua capital, Berlim, em quatro setores de ocupação: norte-americano, soviético, inglês e francês.

Organização das Nações Unidas Com o final da Segunda Guerra Mundial houve uma preocupação com a paz mundial. Em 1945, representantes de cinquenta nações, reunidos na Conferência de São Francisco, criaram a Organização das Nações Unidas (ONU), cujos objetivos eram de preservar a preservar a paz e a segurança no mundo, promover a cooperação internacional e incentivar o respeito aos direitos individuais e coletivos dos seres humanos. Com sede em Nova York, a ONU é ainda hoje o principal organismo internacional.

Os seis principais órgãos da ONU são o Conselho de Segurança, a Assembleia Geral, o Secretariado, o Concelho Econômico e Social, o Conselho de Tutela e a Corte internacional de Justiça. O Conselho de Segurança é responsável pela manutenção da paz e da segurança internacional e tem o direito de intervir em qualquer disputa ou confronto entre dois ou mais países. O Conselho é formado por quinze membros: dez eleitos para um período de dois anos e cinco, permanentes (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França). Ao Conselho de Segurança cabe também prestar ajuda humanitária em caso de catástrofes naturais.

Um Mundo Bipolarizado Com a imposição o socialismo no Leste Europeu e a popularidade dos partidos comunistas da França e da Itália, as rivalidades entre comunistas e liberais aumentavam. Nesse contexto, em 1946, o líder britânico Winston Churchill fez um discurso que é considerado o marco inicial da Guerra Fria. Eis o que ele disse: “Ninguém sabe o que a Rússia Soviética e sua organização internacional comunista pretende fazer no futuro imediato, ou quais são os limites, se é que os há, para as suas tendências expansionistas [...]. De Stettin , no [Mar] Báltico, a Trieste, no [Mar] Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. [...]”. BARROS, Edgar Luiz de. A Guerra Fria – a aliança entre russos e americanos . As origens da guerra fria. A destruição atômica é irreversível? São Paulo: Atual, 1985. p. 19.

Depois, Churchill afirmou que era preciso impedir, a qualquer custo, o avanço do comunismo para além daquela “cortina” de ferro que dividia e opunha a Europa. Logo a seguir, convocou o ocidente para uma grande cruzada contra o comunismo. No ano seguinte, o presidente estadunidense Harry Truman também se posicionou contra a União Soviética, dizendo que os Estados Unidos dariam apoio total (leia-se militar e financeiro) à luta dos povos contra o comunismo em todo o mundo. Era a chamada Doutrina Truman. O mundo se dividia, assim, em dois blocos rivais e inconciliáveis ( capitalista, liderado pelos Estados Unidos, e o comunista, comandado pela União Soviética). Por isso que se diz, a partir de então, que se estabeleceu uma ordem internacional bipolarizada .

O Plano Marshall Depois da Segunda Guerra vários países viam no comunismo a solução para seus problemas socioeconômicos. Isto explica a popularidade dos partidos comunistas na Itália, Alemanha Ocidental, Inglaterra e França. Para diminuir o crescimento do comunismo e aumentar a influência do capitalismo na Europa, o general George Marshall, secretário de Estado dos EUA, criou um plano que recebe seu nome (Plano Marshall). Este plano feito em 1947, tinha como base um vasto programa de ajuda econômica aos países capitalistas da Europa atingidos pela Segunda Guerra Mundial. A ajuda se dava por meio de empréstimos a longo prazo, com juros baixos, concessão de tecnologia e investimentos volumosos. Em pouco tempo, os países financiados pelos EUA, como Inglaterra, França, Alemanha Ocidental, foram se recuperando economicamente.

Fortaleceu as exportações norte-americanas para a Europa, fortaleceu a liderança mundial dos EUA e diminuiu a força do comunismo no continente europeu. A União Soviética não iria ficar só olhando: ainda em 1947 Stalin criou o Cominform – Agência Comunista de Informação, com o objetivo de coordenar o movimento comunista no mundo. Os partidos comunistas do leste e do oeste da Europa (e também do resto mundo) ficaram obrigados a obedecer totalmente às determinações desse órgão.

Neste clima de tensão os EUA e a União Soviética decidiram dividir o território Alemão em dois países: a República Federal da Alemanha (Alemanha Ocidental), de regime capitalista, e a República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), de regime socialista. A cidade de Berlim também foi dividida, em Berlim Oriental (comunista) e Berlim Ocidental (capitalista). Com a ajuda econômica dos EUA, a Alemanha Ocidental prosperou economicamente (“milagre alemão”). Muitos alemães que viviam em Berlim Oriental, atraídos pelo desenvolvimento econômico da Berlim Ocidental e sofrendo com opressões, muitos habitantes começaram a fugir da Berlim Oriental para o outro lado, buscando uma vida melhor. Para impedir a fuga dos habitantes, em 1961 o governo da Alemanha construiu o Muro de Berlim, separando fisicamente as duas cidades, e fechou as fronteiras entre os dois países.

Otan x Pacto de Varsóvia Os EUA em 1949, firmou um acordo de aliança entre vários países da Europa Ocidental e o Canadá, conhecido como Otan (Organização do Tratado do Atlântico do Norte). O acordo determina uma ajuda mutua, em caso de agressão por uma força externa. Atacar qualquer país que fazia parte da Otan, era atacar todos os países. Em resposta, em 1955 a União Soviética cria o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar entre os países socialistas destinada à segurança do bloco comunista.

A Corrida armamentista Essa competição por influência entre EUA e URRS gerou uma corrida armamentista. Já em 1949, as duas superpotências possuíam a bomba atômica. E investiram cada vez mais em armas nucleares. Já no final de 1952 o EUA descobriu o modo de fazer a Bomba H. A primeira bomba H foi testada no Pacífico, sua potência era 4 mil vezes maior que a bomba atômica. Em 1953 a União Soviética já possui a tecnologia da Bomba H. Isso exigia um alto investimento, provocando aumento de impostos e vários prejuízos para o meio ambiente.

A Guerra da Coreia Um dos momentos mais “quentes” da Guerra Fria foi o envolvimento dos EUA e da União Soviética na Guerra da Coreia. Depois de ser libertada do domínio japonês, a Coreia foi ocupada pelos EUA e URRS. Três anos depois foi dividida em dois países: a Coreia do Norte, sob influência soviética, e Coreia do Sul, sub influência dos EUA. A fronteira entre o Norte e o Sul, era muito tensa, pois as duas Coreias queriam se reunificarem. Em 1950, a Coreia do Norte atacou a Coreia do Sul de surpresa.

Os EUA com o apoio da ONU, reagiram enviando tropas em apoio aos sul-coreanos. Os chineses que tinham adotado o socialismo no ano anterior, entraram em defesa da Coreia do Norte. O conflitou foi até 1953, quando foi assinado um armistício de Panmunjon , que confirmou a divisão dos dois países: Coreia do Norte, comunista, Coreia do Sul, capitalista. O grande número de mortos na Guerra da Coreia (2,5 milhões), somado a corrida armamentista, provocaram uma enorme indignação. A Guerra da Coreia teve seu “fim” recentemente em 27/04/2018, foi assinado um acordo de paz entre as duas coreias, um dia histórico. Mas antes, houve várias momentos de tensões, onde o pai do atual ditador da Coreia do Norte Kim Jong-um , o Kim Jong-il, fez várias ameaças aos EUA, iniciando a possibilidade de uma guerra nuclear.

Kim Jong-un e Moon Jae-in Acordo de Paz entre as Coreias.

Perseguições e crimes contra a humanidade Tanto os Estados Unidos, como a União Soviética, as pessoas suspeitas a simpatizarem com a doutrina do país adversário era perseguida e duramente reprimida. Nos Estados Unidos dos anos 1950, o inimigo do comunismo era o Joseph McCarthy, conhecido como o “Caçador de Comunistas”. O macarthismo perseguiu e levou a prisão cientistas, escritores, artistas, professores e funcionários do governo. Charles Chaplin foi denunciado e perseguido, sendo obrigado a se exilar na Suíça. Essa campanha durou de 1950 à 1954, período que o McCarthy dirigiu o Comitê de Atividades Antiamericanas do Senado.

Na União Soviética, o ódio aos EUA era alimentado por perseguições, queima de livros e prisões arbitrárias. Só que no caso da URSS, o chefe da perseguição era o próprio ditador Stalin. O stalinismo perseguia brutalmente os cidadãos de seu próprio país e do leste europeu por simples suspeita, por discordarem de suas ideias, ou representando uma ameaça ao imenso poder de Stalin. Stalin organizou julgamentos forjados, internou seus inimigos em manicômios, promoveu fuzilamento em massa, condenou à prisão, enviando para campos de trabalho forçado ( gulags ) e para o exílio na Sibéria.

Gulags

Corrida Espacial Durante o governo de Krushchev (1953-1964), teve início a coexistência pacífica, a fase da Guerra Fria em que os EUA e URSS colocaram suas disputas no campo da ciência e tecnologia. Consciente de que uma guerra nuclear não resolver em nada, pois o mundo inteiro seria destruído, eles investiram na exploração do espaço para demonstrar ao mundo qual era o sistema socioeconômico mais avançado. Na corrida espacial URSS saiu na frente; em 1957 lançou dois satélites artificiais: o Sputnik 1 e o Sputnik 2 (que tinha abordo uma cadela da raça Laika ). Quatro anos depois a URSS lança a primeira nave pilotada por um homem, o russo Yuri Gagarin.

A população soviética saiu as ruas para comemorar o feito, e Yuri Gagarin foi transformado em herói nacional. Os EUA redobraram seus investimentos em pesquisa espacial. Em 20 de junho de 1969, viajando a bordo da nave Apolo 11, o astronauta norte-americano Neil Armstrong foi o primeiro a colocar o pé em solo lunar, onde fincou também a bandeira dos Estados Unidos.

Neil Armstrong, Michael Collins e Buzz Aldrin