levada até a Índia, depois para o Oriente Médio, até chegar ao
Ocidente, onde, na Grécia, o termo foi talvez traduzido
como khemeia (ou chyma), que significa “lançados juntos”, “soldar”
ou até mesmo “liga”.
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Contudo, a origem da palavra khemeia (ou khemia) tem mais
fontes. No Egito Antigo, os egípcios se referiam ao seu país
como km.t, que significa “a terra negra”, para mostrar o contraste
entre o solo negro e arável do Vale do Nilo e a vermelha e barrenta
areia do deserto. Em copta, um idioma falado na época do Egito
Antigo, o termo keme significa “Egito”. Dessa forma, pode-se
entender que khemeia deriva de keme, sendo traduzido como
“preparação do pó negro”. Tudo isso poderia apontar para
a origem egípcia da alquimia (mais precisamente na cidade de
Alexandria), a qual, por influência do rei da Macedônia, chegou às
terras gregas. O prefixo al foi influência direta do idioma árabe, que
significa o artigo definido “o”.
Há evidências de que a alquimia também tenha se iniciado na
Índia ou até mesmo na Pérsia. Aparentemente, os alquimistas
indianos tinham boas relações com a China, chegando a visitar a
corte imperial. A obra Yu-Yuang Tsa Tsu, de Tuan Cheng-Shih,
datada de 863 d.C., conta sobre um embaixador chinês da corte de
Patna (uma cidade indiana) que levou consigo, para a corte imperial
chinesa, um escolástico indiano que dizia possuir 200 anos,
alegando ao imperador que sua longevidade era consequência de
uma água de sua região, a qual sairia das montanhas, sob o disfarce
de sete cores, capaz de dissolver diversos materiais e ser quente e
fria ao mesmo tempo.
Assim, é muito difícil dizer qual a origem da alquimia em si, mas há
a ideia de que ela pode ter se iniciado, de forma independente,
em diversas regiões do planeta, afinal muitos eram os povos que
já faziam manipulação da matéria, como processos metalúrgicos,
conservação de alimentos, fabricação de utensílios, cerâmica, vidro,
porcelana, pomadas, venenos, óleos aromáticos etc.