A fénix,
o mais belo de todos os animais fabulosos,
simbolizava a esperança e a continuidade
da vida após a morte.
Revestida de penas vermelhas e douradas,
as cores do Sol nascente,
possuía uma voz melodiosa que se
tornava triste quando a morte se
aproximava.
A impressão que a sua beleza e
tristeza causavam em outros animais,
chegava a provocar a morte deles.
Segundo a lenda, apenas uma fénix
podia viver de cada vez.
Hesíodo, poeta grego do século VIII
a.C.
afirmou que esta ave vivia nove
vezes o tempo de existência do
corvo,
que tem uma longa vida.
Quando a ave sentia a morte
aproximar-se,
construía uma pira de ramos de
canela,
sálvia e mirra em cujas chamas
morria queimada.
Mas das cinzas erguia-se então uma
nova fénix,
que colocava piedosamente os restos
da sua progenitora
num ovo de mirra e voava com eles à
cidade egípicia de Heliópolis ,
onde os colocava no Altar do Sol.
Dizia-se que estas cinzas tinham o
poder de ressuscitar um morto.
O devasso imperador romano
Heliogábalo (204-222 d.C.) decidiu
comer carne de fénix,
a fim de conseguir a imortalidade.
Comeu uma ave-do-paraíso,
que lhe foi enviada em vez de uma fénix,
mas foi assassinado pouco tempo depois.