A poesia - Definições e Característicass

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GÊNERO - POEMA


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A poesia

A poesia Ao texto organizado em versos dá-se o nome de POEMA . Poema – é um gênero textual dividido em versos e estrofes que tem como finalidade manifestar sentimento e emoção. O texto poético tem uma forte relação com a música, a arte e a beleza. PARTES DO POEMA: VERSO – É cada uma das linhas de um poema. ESTROFE – É o conjunto de versos com sentido completo.

Classificação das estrofes quanto ao número de versos M onóstico – estrofe com um verso P arelha ou Dístico – estrofe com dois versos T erceto – estrofe com três versos Q uadra – estrofe com quatro versos Quintilha – estrofe com cinco versos S extilha – estrofe com seis versos S étima – estrofe com sete versos O itava – estrofe com oito versos N ona – estrofe com nove versos D écima – estrofe com dez versos Irregular – mais de 10 versos

CARACTERÍSTICAS DA POESIA RIMA – é a repetição de uma sequência de sons a partir da vogal da última sílaba tônica do verso. MÉTRICA – é a medida do verso ou a contagem de sons dos versos. RITMO – é a medida que resulta das pausas determinadas pelas sílabas fortes. OBS.: Se um poema não possui RIMA dizemos que os versos são BRANCOS . Se o poema também não possui MÉTRICA dizemos que os versos são LIVRES .

O Bicho Vi ontem um bicho  Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. Manuel Bandeira

Meus Oito Anos – Casimiro de Abreu Oh ! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais ! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais ! Como são belos os dias Do despontar da existência ! – Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é – lago sereno, O céu – um manto azulado, O mundo – um sonho dourado, A vida – um hino d’amor ! Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar ! O céu bordado d’estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar ! Oh ! dias de minha infância ! Oh ! meu céu de primavera ! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã ! Em vez de mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minha irmã ! Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, De camisa aberta ao peito, – Pés descalços, braços nus – Correndo pelas campinas À roda das cachoeiras, Atrás das asas ligeiras Das borboletas azuis ! Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar; Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo, Adormecia sorrindo, E despertava a cantar ! Oh ! que saudades que eu tenho Da aurora da minha vida Da minha infância querida Que os anos não trazem mais ! – Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais !

A CAMINHO DE CASA – Ana Tortosa A caminho de casa havia um banco onde os velhos se sentavam ao sol nas tardes mornas de primavera. A caminho de casa havia uma caixa de correio que abrigava as cartas de amor. A caminho de casa havia um parque repleto de crianças, brincadeiras e liberdade caminho de casa havia uma escola toda branca que cheirava a livros e lápis de cor. A caminho de casa havia uma árvore e, nela, um ninho de pássaros. A caminho de casa havia uma fonte que matava nossa sede nos dias de verão. Agora minha casa está em ruínas. Destruíram o caminho que levava até ela. Não há mais bancos nem tardes de primavera. Não há mais caixas de correio nem cartas de amor. O parque desapareceu, mas a inocência, não. Nunca mais verei aquela escola toda branca, os lápis de cor, os livros. Nunca mais aquela árvore nem seu ninho de pássaros. Nunca mais verei aquela escola toda branca, os lápis de cor, os livros. Nunca mais aquela árvore nem seu ninho de pássaros. Não poderemos matar nossa sede na mesma fonte. Eu pensava que a realidade era apenas um pesadelo, mas as lágrimas tiraram toda a poeira de meus olhos. O caminho de casa agora é um lugar de escombros, de dor, de vazio, de silêncio. Algum dia há de haver, novamente um caminho que leve a alguma casa. Nele haverá um banco, uma caixa de correio, um parque, uma escola, uma árvore, uma fonte… E voltaremos a nos sentir livres, ainda que sem entender tudo o que aconteceu.

Marvin – Titãs Meu pai não tinha educação Ainda me lembro era um grande coração Ganhava a vida com muito suor E mesmo assim não podia ser pior Pouco dinheiro pra poder pagar Todas as contas e despesas do lar Mas Deus quis vê-lo no chão Com as mãos levantadas pro céu implorando perdão Chorei, meu pai disse : " Boa sorte", Com a mão no meu ombro Em seu leito de morte E disse: ( Refrão) " Marvin agora é só você E não vai adiantar Chorar vai me fazer sofrer" Três dias depois de morrer Meu pai , eu queria saber Mas não botava nem o pé na escola M amãe lembrava disso toda hora Todo o dia antes do sol sair Eu trabalhava sem me distrair As vezes acho que não vai dar pé Eu queria fugir , mas onde eu estiver Eu sei muito bem o que ele quis dizer Meu pai eu me lembro , não me deixa esquecer Ele disse: (Refrão) " Marvin , a vida é pra valer Eu fiz o meu melhor E o seu destino eu sei de cor” Então um dia uma forte chuva veio E acabou com o trabalho de um ano inteiro E aos treze anos de idade eu sentia Todo o peso do mundo em minhas costas Eu queria jogar, mas perdi a aposta, Trabalhava feito um burro nos campos Só via carne se roubasse um frango Meu pai cuidava de toda a família Sem perceber segui a mesma trilha Toda noite minha mãe orava: " Deus , era em nome da fome que eu roubava" Dez anos passaram , cresceram meus irmãos Vi os anjos levarem minha mãe pelas mãos Chorei, meu pai disse : " Boa sorte" Com a mão no meu ombro Em seu leito de morte (Refrão) "Marvin, agora é só você E não vai adiantar Chorar vai me fazer sofrer". " Marvin , a vida é pra valer Eu fiz o meu melhor E o seu destino eu sei de cor".

QUANTO A QUALIDADE DAS RIMAS: RIMAS POBRES - Consideram-se "pobres" as rimas de palavras da mesma classe gramatical (substantivo / substantivo, verbo / verbo, etc.) ,  ou quando as palavras finalizam em sons corriqueiros, triviais . Ex.: bel eza / natur eza / trist eza coraç ão / irm ão felizm ente / alegrem ente RIMAS RICAS - Quando rimam  palavras raras  que surpreendem  pela novidade , ou pertencentes a  classes gramaticais diversas . Ex.: br ilha / marav ilha f ibra / v ibra RIMAS RARAS - Diz-se que uma rima é rara quando obtidas com palavras para os quais só haja poucas rimas possíveis . Ex.: c isne / t isne RIMAS PRECIOSAS - São as rimas artificiais, feitas, forjadas com palavras combinadas. Ex.: estr elas / v ê-las m úmia / res ume-a

A MÉTRICA As palavras dividem-se em sílabas gramaticais, mas quando se trata de poesia, é preciso esclarecer que os versos dos poemas são divididos em sílabas poéticas. A sílaba poética é a unidade de medida do verso, pois todos eles apresentam um tamanho. Para contar as sílabas poéticas de um verso, você empregará a base da divisão de sílabas gramaticais, mas deve estar atento ao comportamento sonoro das palavras. Lembre-se de que, nos versos em língua portuguesa, deve-se parar a contagem na última sílaba tônica da última palavra.

Meu canto de morte, Guerreiros, ouvi: Sou filho das selvas, Nas selvas cresci; Guerreiros, descendo Da tribo Tupi. Meu / can / to / de / mor / te 1 2 3 4 5 Guer / rei / ros / ou / vi Sou / fi / lho / das / sel / vas , Nas/ sel / vas / cres / ci Guer / rei/ ros / des / cen / do Da / tri/ bu / Tu / pi