e a Independência A Regência de Dom Pedro (1821-1822)
A Regência de Dom Pedro I, que durou de abril de 1821
a setembro de 1822, foi breve, mas intenso, período em
que Dom Pedro, antes de ser imperador, governou o
Brasil como Príncipe Regente por nomeação de seu pai,
o Rei Dom João VI. Este período foi o prelúdio imediato
da Independência do Brasil.
Revolução Liberal do Porto (1820): Esse movimento em
Portugal exigiu o retorno do Rei Dom João VI a Lisboa e a
adoção de uma Constituição.
Retorno de Dom João VI: Atendendo às exigências das Cortes
de Lisboa (o parlamento português), Dom João VI voltou a
Portugal em abril de 1821, deixando seu filho, Dom Pedro de
Alcântara, como Príncipe Regente no Brasil.
Pressão das Cortes: As Cortes portuguesas, de caráter liberal,
pretendiam recolonizar o Brasil, revogando privilégios
concedidos desde 1808 e exigindo o retorno de Dom Pedro a
Portugal.
Contexto e Início:
Dia do Fico (9 de janeiro de 1822): Foi o momento em que
Dom Pedro, pressionado pelas elites brasileiras, declarou
publicamente que permaneceria no Brasil, desobedecendo às
ordens de Portugal. A frase célebre foi: "Como é para o bem
de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao
povo que fico."
Ministério Brasileiro: Após o Dia do Fico, Dom Pedro I
demitiu os ministros portugueses e formou um novo gabinete
composto majoritariamente por brasileiros, sendo o nome
mais proeminente José Bonifácio de Andrada e Silva, figura
central do "Partido Brasileiro" e conselheiro fundamental de
Pedro.
Principais Acontecimentos e Medidas:
O "Cumpra-se": Foi um decreto de Dom Pedro que
determinava que nenhuma lei ou ordem vinda de
Portugal seria aplicada no Brasil sem o seu prévio
consentimento (o "Cumpra-se"). Essa medida reforçou
a autonomia brasileira e enfraqueceu a autoridade das
Cortes de Lisboa.
Convocação da Assembleia Constituinte: Em junho
de 1822, Dom Pedro convocou uma Assembleia Geral
Constituinte para elaborar a primeira Constituição
para o Brasil, sinalizando um caminho definitivo para
a soberania nacional.
Apoio Político: Dom Pedro obteve apoio da
aristocracia rural (grandes proprietários de
terra) e de setores da elite urbana, que viam
na manutenção da Monarquia e de um
herdeiro português a melhor forma de garantir
a unidade territorial e evitar a fragmentação
do país, além de manter a estrutura social,
incluindo a escravidão.
Caminho para a Independência
Declaração de Independência: As ordens radicais e
ameaças de envio de tropas por parte das Cortes
portuguesas aceleraram o processo. Em 7 de setembro de
1822, às margens do riacho Ipiranga (em São Paulo), Dom
Pedro recebeu novas correspondências, inclusive de José
Bonifácio e de sua esposa, a Princesa Leopoldina (que
havia assinado o decreto de Independência em sua
ausência), e proclamou a Independência do Brasil.
Caminho para a Independência
1.Qual foi o motivo principal que levou Dom João VI a retornar para Portugal em
1821, deixando seu filho, Dom Pedro, como Príncipe Regente no Brasil?
2.Explique, de forma simples, qual foi o impacto político da famosa frase de Dom
Pedro no Dia do Fico (9 de janeiro de 1822): "Como é para o bem de todos e
felicidade geral da Nação, estou pronto: diga ao povo que fico."
3.O que o decreto conhecido como "Cumpra-se" estabelecia, e por que essa
medida enfraqueceu a autoridade das Cortes de Lisboa sobre o Brasil?
4.Qual o papel de José Bonifácio de Andrada e Silva no governo de Dom Pedro
durante a Regência, e por que ele é chamado de "Patriarca da Independência"?
5.Descreva a importância da Princesa Leopoldina no momento da Independência.
Qual ato político ela assinou, que deu o passo final para a separação de Portugal?
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