A Trajetoria da Internet no Brasil

msavio 15,634 views 100 slides Apr 19, 2009
Slide 1
Slide 1 of 100
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37
Slide 38
38
Slide 39
39
Slide 40
40
Slide 41
41
Slide 42
42
Slide 43
43
Slide 44
44
Slide 45
45
Slide 46
46
Slide 47
47
Slide 48
48
Slide 49
49
Slide 50
50
Slide 51
51
Slide 52
52
Slide 53
53
Slide 54
54
Slide 55
55
Slide 56
56
Slide 57
57
Slide 58
58
Slide 59
59
Slide 60
60
Slide 61
61
Slide 62
62
Slide 63
63
Slide 64
64
Slide 65
65
Slide 66
66
Slide 67
67
Slide 68
68
Slide 69
69
Slide 70
70
Slide 71
71
Slide 72
72
Slide 73
73
Slide 74
74
Slide 75
75
Slide 76
76
Slide 77
77
Slide 78
78
Slide 79
79
Slide 80
80
Slide 81
81
Slide 82
82
Slide 83
83
Slide 84
84
Slide 85
85
Slide 86
86
Slide 87
87
Slide 88
88
Slide 89
89
Slide 90
90
Slide 91
91
Slide 92
92
Slide 93
93
Slide 94
94
Slide 95
95
Slide 96
96
Slide 97
97
Slide 98
98
Slide 99
99
Slide 100
100

About This Presentation

Apresentação de slides referentes a uma dissertação sobre a história da Internet.


Slide Content

1
A Trajetória da Internet no Brasil
:
do surgimento das redes de computadores à
instituição dos mecanismos de governança
Marcelo Sávio
Setembro de 2006

2
Introdução
“Uma geração que ignora a história
não tem passado –e nenhum futuro.” Robert Heinlein (1907-1988), escritor de ficção
científica norte-americano.

3
Objetivo principal
Fornecer um texto que possa ser
usado como referência para uma
história da Internet no Brasil, tratando o
assunto através de uma abordagem
sociotécnica da ciência e da tecnologia.

4
Panorama atual 
•
As pesquisas referentes à história da
Internet no Brasil são raras e, em geral,
focam mais fortemente em apenas algum
aspecto mais específico, como o
comercial, acadêmico ou internacional;
•
A comunidade de História da Ciência é
ainda pequena no Brasil;
•
A Internet éum assunto recente;

5
Principais fontes 
• Entrevistas com alguns dos principais
protagonistas da Internet no Brasil; • Consulta aos arquivos pessoais de alguns
entrevistados, compostos de notícias de
jornais e revistas, atas de reunião,
relatórios, correspondências trocadas com
terceiros, etc;
• Referências bibliográficas citadas;

6
Motivação 
•
O conhecimento da história de uma
tecnologia é fator fundamental para o seu
pleno domínio
;
•
Ao evidenciar a riqueza da nossa
experiência histórica com a Internet,
pretende-se oferecer alguns subsídios para
os futuros esforços de criação de saberes
autóctones em ciência e tecnologia.

7
1945  1950  1955  1960  1965  1970  1975  1980  1985  1990  1995 2000  2005
Capítulo
1
Capítulo
2
Capítulo
3
Capítulo
4
Capítulo
5
Capítulo
6
Recortecronológico
SAGE          ARPANET      TCP/IP         CSNET USENET BITNET NSFNET 
X.25  OSI  CB-21  BRISA POSIG POSIT  
Embratel Telebrás Ciranda RENPAC Videotexto
RST LARC RedeRio ANSP RNP 
BBS  Alternex Rio-92 
WWW  CIX  ISPs  CGI   

8
1945  1950  1955  1960  1965  1970  1975  1980  1985  1990  1995 2000  2005
Capítulo
1
Capítulo
2
Capítulo
3
Capítulo
4
Capítulo
5
Capítulo
6
Recortecronológico
SAGE          ARPANET      TCP/IP         CSNET USENET BITNET NSFNET 
X.25  OSI  CB-21  BRISA POSIG POSIT  
Embratel Telebrás Ciranda RENPAC Videotexto
RST LARC RedeRio ANSP RNP 
BBS  Alternex Rio-92 
WWW  CIX  ISPs  CGI   
“Década das redes”

9
Capítulo 1
O advento das redes de
computadores
“Uma guerra sempre avança a tecnologia,
mesmo sendo guerra santa, quente,
morna ou fria”
Renato Russo (1960-1996), poeta e músico

10
Objetivo
•
Apresentar o cenário internacional vinculado
àtrajetória da Internet no Brasil.
•
Deixar disponível uma história da Internet,
escrita em português, a partir da síntese do
trabalho de alguns autores estrangeiros
(ABBATE, EDWARDS, HAUFEN, SALUS,
O’NEILL, QUARTERMAN, etc.);

No início houve uma grande explosão... Teste no deserto em Alamogordo, Novo México, EUA (julho de 1945)

Seguida de outras duas...
Bomba em Hiroshima,
Japão (agosto de 1945)
Bomba em Nagasaki,
Japão (agosto de 1945)
.. que terminaram uma Guerra

E desencadearam outra...
A Guerra Fria

Teste de Bomba 
Atômica
no Atol de Bikini,
Ilhas Marshall, EUA 
(1948)
Teste de Bomba 
Atômica
em Semipalatinsk
Cazaquistão, URSS 
(1949)
Teste da Bomba-H, 
no Atol de Eniwetok,
Ilhas Marshall, EUA
(1952)
Teste da Bomba-H 
em Semipalatinsk
Cazaquistão, URSS 
(1953)
As bombas eram lançadas por aviões especiais...
Bombas nucleares

Como se proteger de ataques nucleares?...
B-29
B-36
B-52
TU-20
TU-4
TU-16
Aviões
Bombardeiros

Semi-Automated Ground Environment (SAGE)
Estados Unidos
Ameaça
Defesa
Defesa
Defesa

Semi-Automated Ground Environment (SAGE)
Estados Unidos

•
SAGE
•
24 Centros operando 24h/dia
•
Cada um com 100 operadores

Os mísseis balísticos intercontinentais tornaramo SAGE obsoleto
no momento em que ficou totalmente pronto (1962);
o SAGE trouxe uma série de inovações que abasteceram a 
nascente indústria da informática norte-americana: • Multiprocessamento
• Sistema de tempo compartilhado (timesharing)
• Processamento distribuído
• Memória de núcleos magnéticos
• Modem (conversão Analogico/Digital)
• Gerenciamento de banco de dados em tempo real 
• Terminais gráficos interativos e Light pen
• Redes
• Correção automática de erros
• I/O “bufferizado”
• Engenharia de Software (500 mil linhas de código)
• Alta disponibilidade 
Avanços tecnológicos

A largada da corrida espacial
A União Soviética lançou em
1957 os satélites Sputnik 1 e 2

A
Foi criada a ARPA e, dentro desta, a divisãoIPTO (Information 
Processing Techniques Office).
A
Incentivo a pesquisa em tecnologias de computadores – redes, 
sistemas multiusuário (timesharing), interfaces homem-máquina, 
etc., estendendo a experiência feita no SAGE;
A
Dez instituições inicialmente agraciadas.
As pesquisas em computação

23
• O IPTO iniciou em 1966 o projeto ARPANET, para otimizar os 
recursos computacionais, caros e escassos.
• Na conferência da ACM em 1967 o IPTO conheceu o 
trabalho sobre redes de pacotes que vinha sendo 
desenvolvido pelo NPL, na Inglaterra.
• Através do NPL, o IPTO tomou conhecimento das 
pesquisas em andamento na RAND (EUA), que 
desde 1962 trabalhava em um projeto de 
comunicações que suportassem um ataque 
nuclear. 
A comutação de pacotes

24
Atribuições de 
mérito

25
Arregimentando aliados 
• Para montar a ARPANET, Taylor e Roberts (do IPTO) precisaram de 
aliados, pois a maioria das universidades era arredia à idéia de 
compartilhar seus caros recursos computacionais, assim 
escolheram instituições “amistosas”:
Kleinrock Kleinrock
Sutherland Sutherland
Engelbart Engelbart
GlenGlen
Culler Culler

26
1969
IBM S/360 IBM S/360
--
7575
Santa Barbara (UCSB) Santa Barbara (UCSB)
SDS SDS 
Sygma Sygma
77
Los Angeles (UCLA) Los Angeles (UCLA)
SDS 940 SDS 940 Stanford (SRI) Stanford (SRI)
DEC PDP 10 DEC PDP 10
Utah (UU) Utah (UU)
I M P
I M P
I M P
3 anos alguns US$ milhões depois...
1º Set
1º Out
1º Nov
1º Dez
I M P

27
A expansãodaARPANET
 Emsetembro de 1971 havia 18 pontos da rede
ARPANET, que era uma rede de mainframes. 

28
CrescimentoAcelerado
EmOutubro de 1980 já haviamdezenas de computadores na ARPANET, 
emdiversas localidades nos EUA (+Inglaterra e Noruega)

29
Anos Oitenta: 
“A década das redes”

30
“As redes para o resto de nós”
CSNET CSNET
NSFNET NSFNET
HEPNET HEPNET
USENET USENET
BITNET BITNET
etc.etc.

31
O “Sputnik japonês” e a NFSNET
Rede TCP/IP de supercomputadores, mantida pelo 
governo, mantida pelo governo dos EUA

32
A Internet propriamentedita
t
National Science Foundation Network (NSFNET )
t
Energy Sciences Network (ESNET)
t
NASA Science Internet(NSI)
t
Defense Data Network(DDN)
Todas usavam TCP/IP, estavam interligadas e formaram o núcleo central da Internet
Início da expansão internacional da Internet

33
Capítulo 2
As batalhas de padronização
“O problema éque, com o tempo, o
futuro não émais o que era”
Paul Valéry (1871-1945), filósofo,
escritor e poeta francês.

34
Objetivo
•
Mostrar a evolução da padronização na
área das redes de computadores sob um
olhar sociotécnico;
•
Apresentar os padrões como mecanismos
de inclusão e exclusão de políticas
industriais.

35
X.25 
vs.
TCP/IP
Comutação 
de Circuitos Rede telefônica
Comutação 
de Pacotes
Rede de 
Computadores
Circuitos 
Virtuais
X.25
Datagramas
TCP/IP
Comutação 
de Mensagens Rede de Telex
Redes comutadas
(“chaveadas”)

36
A tentativa de padronização
Em 1983 combinaram esforços na 
publicação do modelo de referência OSI
CCITT
(Comité Consultatif International Télégraphique et Téléphonique)
ISO (International Organization for Standardization)

37
Vs. o padrão de fato...
• Sua adoção cresceu bastante quando passou 
a ser o protocolo de comunicação oficial
da ARPANET. 
• O TCP/IP passou a fazer parte do UNIX, 
aumentando ainda mais sua disseminação.
•TCP/IP, conjunto de protocolos que veio 
sendo desenvolvido, testado e amadurecido 
nas Universidades nos EUA desde 1973.
I survived the
TCP/IP
transition!
1
st
Jan 1983

38
As camadas

39
O modelo OSI no Brasil
• No Brasil, a SEI era uma defensora do OSI e não 
considerava o TCP/IP como uma alternativa;
• O OSI virou norma da ABNT;
• A SEI lançou a  BRISA(Sociedade Brasileira para 
Interconexão de Sistemas Abertos), cujo objetivo 
era disseminar o OSI no País.

40
O modelo OSI no Brasil
• Exemplo de visão OSI vs. TCP/IP:
• Resumo de uma palestra 
apresentada pela SEI/BRISA 
no Congresso de Informática 
SUCESU 1991;
• Feito por um funcionário da 
CELEPAR e publicado no 
Jornal BateByte (Out 1991);

41
A “vitória”do TCP/IP 
• A rede sociotécnica do TCP/IP foi mais
extensa e profunda.
• Estabeleceu-se antes, e de forma muito
mais distribuída do que o OSI;
• Conseguiu criar e manter uma maior base
instalada e uma maior expertise técnica
disponível.

42
Capítulo 3
A formação da Sociedade da
Informação no Brasil
“Eu vejo o futuro repetir o passado
Eu vejo um museu de grandes novidades”
Cazuza (1958-1990), poeta e músico
.

43
Comunicação de dados: 
Assunto de Estado

44
Redesde Computadores:
Informáticaoutelecomunicações? 
SEI
Secretaria Especial 
de Informática

45
Monopólioe Controle
• A Embratel: detinha o monopólio dos serviços de 
comunicação de dados no País.
• As empresas do sistema Telebrás: Ofereciam 
alguns poucos serviços de valor agregado.
• A SEI (Secretaria Especial de Informática)
possuía uma Comissão Especial de Teleinfomática
e estabelecia diretrizes relacionadas com o “Fluxo 
de Dados Transfronteiras”.

46
Fluxosde Dados Transfronteiras

47
As fontesdaSociedadeda
Informaçãono Brasil

48
As primeiras redes nacionais
• O primeiro serviço de comunicação de dados da América Latina, 
foi o TRANSDATA da Embratel.

49
As primeiras comunidades 
teleinformatizadas
A Embratel criou o CIRANDA. Usado 
por m
ais de 2000 funcionários 
distribuídos por mais de 100 cidades
CP 500
CP 500
CP 500
CP 500
CP 500
CP 500

50
A RENPAC
(Rede Nacional de Pacotes)
e Cirandão
• A Embratel lançou a RENPAC, uma rede 
pública  de  transmissão  de  dados  que 
usava o protocolo X.25 (modelo OSI). 
• Para  aumentar  o  uso  da  RENPAC,  a 
Embratel criou em 1987 o CIRANDÃO, 
um  serviço  de  oferta  de  informações 
voltado ao público em geral. 

51
Algumas  empresas  do  Sistema 
Telebrás  (principalmente  a  Telesp) 
implementaram o Videotexto.
O Videotexto

52
Capítulo 4
O enredamento da academia
brasileira
“Não háredes conhecidas no Brasil”
Pág 588 do Livro “The Matrix: Computer Networks and
Conferencing Systems Worldwide”, 1989 (700 páginas).

53

54
(Laboratório Nacional de Redes de Computadores)
• Criado para integrar os esforços de diversas 
universidades nas pesquisas na área de redes de 
computadores, gerar know-how, promover o 
intercâmbio. •Fundadores:INPE, PUC/RJ, SESU/MEC, UFMG, UFPB,
UFPE, UFRGS, UFRJ, UNICAMP, USP e, posteriormente,
LNCC, IME, UFSC, CEFET/PR, UFC, UFF, UFSCar, CEFET-
CE, UFRN, UFES, UFBA, UNIFACS e UECE.
1979

55
A realidade acadêmica internacional DFN (Alemanha); ARN, ACSNET, CSIRONET, SPEARNET e Pegasus (Austrália);
ACONET (Áustria); BRNET (Bélgica); CDNET, NETNORTH, The Web (Canadá); DSN
e KR (Coréia do Sul); DUNET (Dinamarca); NORDUNET (Escandinávia); IRIS
(Espanha); ARPANET, BITNET, USENET, CSNET, MFNET, ESNET, NSFNET,
FIDONET, FREENET (EUA); EARN, EUNET, EAN (Europa); FUNET (Finlândia);
Smartix e COSAC (França); HARNET (Hong Kong); JANET e GREENET (Inglaterra);
IRL (Irlanda); ISANET (Islândia); IARN (Israel); OS IRede e IRDNET (Itália); JUNET
(Japão); UNANNET e ITESMNET (México); NICARAO (Nicarágua); UNINETT
(Noruega); DSIRNET (Nova Zelândia); SURFNET, ENRNET, PICA, HEPNET, HBONET
(Países Baixos); RIUP (Portugal); NUS (Singapura); SUNET e FREDSNET (Suécia);
SWITCH, CERN e CHUNET (Suíça)
Já havia mais de 50 redes acadêmicas em mais de 30 países. No 
Brasil, a comunidade acadêmica ainda estava totalmente desintegrada 
pois as idéias das redes regionais ou nacionais ainda estavam no 
papel... 

56
Era uma vez em Salvador...
• Durante o VII Congresso da SBC em Julho, foi  convocada 
uma reunião por Michael Stanton para se discutir a 
importância das redes acadêmicas e trocar informações das 
experiências que começavam a acontecer pelo País.
• Estiveram presentes representantes da Universidades e  CNPq. 
Comentou-se acerca do vários projetos em andamento:
• O representante do CNPq reconheceu o grande interesse no 
assunto e sugeriu que fosse realizada uma nova reuniãopara 
um estudo mais aprofundado no assunto.
1987

57
A reunião na USP
1987
• Em Outubro foi realizada uma reunião na EPUSP.
• Estiveram presentes os membros do LARC, 
representantes de outras instituições acadêmicas, 
CNPq, SEI eEmbratel. 
• Esta reunião plantou a semente da rede acadêmica 
nacional.  
• O LARC elaborou uma proposta para o MCT de 
criação da RNP (Rede Nacional de Pesquisa).

58
Os pontos de atrito com o sistema de 
telecomunicações • A  proposta  da  RNP  chocava-se  com  as  normas  de 
telecomunicações vigentes:
TEra  proibido  o  transporte  de  tráfego  de  terceiros  nos   
circuitos dos clientes da Embratel (locais ou para o exterior), 
impossibilitando a criação de gateways.
TO modelo  de  cobrança deveria  ser  por  volume  de  dados 
trafegados.

59
O LNCC abreo caminho…com a BITNET • O  LNCC  (Laboratório  Nacional  de  Computação  Científica) 
solicitou acesso à BITNET. 
• A  Embratel  relutou  em  atender  ao  pedido.  O  episódio  só foi 
resolvido,  após  uma  reunião  em  Brasília,  entre  a  SEI,  a 
Embratel, o LARC e o LNCC. 
• O  acesso  à BITNET,  com  a  possibilidade  de  atuação  como 
gateway, foi uma vitória para a toda comunidade acadêmica. 
LNCC

60
As conexões internacionais seguintes
A FAPESP conectou-se via Fermilab às redes HEPNET e 
BITNET.
Em  seguida  a  FAPESP  criou  a  rede  ANSP  (Academic
Network at São Paulo)
O NCE-UFRJ conseguiu conectou-se à BITNET via UCLA
UFRJ

61
Como o Brasil terminou a década das redes?
• O Brasil terminou os anos oitenta com três ilhas distintas 
de acesso à BITNET (LNCC, FAPESP e NCE).
• Posteriormente aconteceram as conexões locais, via UFMG.

62
A criação da Rede Nacional 
• O  Governo  Federal  anunciou  oficialmente  na 
SUCESU 89o projeto da nova infra-estrutura de 
comunicações de dados.
• Foi criado um grupo de trabalho, sob coordenação 
do CNPq, que montou uma estratégia para que a 
RNP tivesse  uma  arquitetura  semelhante  à
NSFNET
• O backbone nacional seria um projeto do governo 
federal,  enquanto  as  redes  regionais  seriam  de 
responsabilidade dos governos dos estados
CNPq

63

64
A demanda pelo TCP/IP (Internet)
Os serviços de correio eletrônico da 
BITNET se mostraram insuficientes 
para alguns pesquisadores, face às 
novas  funcionalidades  que  já
estavam disponíveis na Internet.

65
Autorização 
para acesso 
da UFRJ à
INTERNET
(1987)

66
O abandono do OSI
• Início  do  governo  Collor  (1990)  - Desmonte  da  Política 
Nacional de Informática vigente;
• Diminuição dos poderes do MCT e da SEI - Fim da oposição 
frontal ao uso acadêmico do TCP/IP;
• Pressões da comunidade acadêmica: Primeiro apoio oficial ao 
uso de tecnologia TCP/IP no Brasil, a Rede Rio fase 2. 

67
O acesso àInternet na rede acadêmica • A  FAPESP,  começou  a  transportar  tráfego 
TCP/IP  e  ter  acesso  à rede  ESNET  (Energy
Sciences Network) que estava ligada à NSFNET 
que, por sua vez, fazia parte da Internet. 
• Esta  conectividade  TCP/IP  foi  logo  estendida 
para um pequeno número de instituições

68
E A RNP?
• Tadao Takahashi assumiu a coordenação do Projeto da RNP (que 
havia começado com a proposta do LARC após a reunião na USP);
• Quase um ano inteiro havia se passado sem que praticamente nada 
tivesse acontecido na prática;
• Novas articulações foram necessárias para fazer com que o projeto 
da RNP saísse do papel (Governo federal, governos estaduais, PNUD, 
empresas).

69
O 1ºBackbone da RNP (1992) 

70
RST
LARC
CEPINNE
Rede-Rio
BRAINS  
REDE-CC
RANC
RNP 
RECITE   
REDE-CC
REDEPEQ
ANSP
As iniciativas de redes 
acadêmicas nos anos oitenta 

71
Capítulo 5
O Empurrão do Terceiro Setor
“A tecnologia não éboa, nem
ruim e também não éneutra”
Melvin Kranzberg (1917-1995), historiador
norte-americano

72
Os BBS 
(BulletinBoardSystems)
• Existiram no Brasil mais de 300 BBS até 1995, atendendo mais de 45 
mil usuários. 
• Alguns BBS tinham acesso (discado) à rede 
internacional de BBS (FIDONET)

73
Anistiae o IBASE

74
Alternex
Em 1985 foi criado o Alternex, o BBS do IBASE.

75
O Alternex e a APC
Em  julho  de  1989,  o Alternex  interligou-se  ao  IGC  na 
Califórnia (EUA), que dava acesso à Internet à rede APC
da qual o Alternex passou a fazer parte.
Em  1990  a ONUdelegou  à APC  a  coordenação  e 
implantação da infra-estrutura de comunicações de suas 
futuras conferências. 
Coube  ao  IBASE,  representante  da  APC  no  Brasil,  a 
coordenação, planejamento, implantação e operação da 
rede  de  disseminação  de  informações  da  conferência 
UNCED92ou RIO92.
UNCED 92

76
A ConferênciadaONU
• A importância internacional desta conferência resultou em um 
amplo  apoio  governamental  em  todos  os  níveis,  somado  ao 
suporte da UFRJ,  da Rede Rio e da RNP.
• Rapidamente instalaram conexões (internacionais e locais) com 
altíssima  capacidade  para  a  época  (64  kbps).  O  canal 
internacional da Embratel saiu pela UFRJ com destino à rede 
CERFNET.

77
A RedeRio e o upgrade no acessoà
Internet no Brasil
A  infra-estrutura  da  Rio-92  agilizou  a  implantação  do 
projeto da Rede Rio
Teve  repercussões  nacionais,  impulsionando  a  ANSP  a 
ampliar seu acesso para 64 kbps e interligar-se à Rede 
Rio, deslanchando o backbone da RNP
LNCC
UFRJ

78
O primeiroprovedor de acesso
Após  a  Rio-92,  o  IBASE  ampliou  os  serviços  do  Alternex, 
passando  a  atuar  como  o  primeiro  provedor  de  acesso  à
Internet no Brasil;
Passou a fornecer acesso à rede de mensagens USENET para 
milhares de usuários de mais de uma centena de BBS no País. 

79
A rupturaentre a RedeRio e a RNP por causa
do IBASE e o papel das redes acadêmicas
• Enredamento  (precário,  incerto  e  tenso)  de  entidades 
heterogêneas através de relações igualmente heterogêneas. 
• A imprevisibilidade nas relações fez com que a entrada em 
cena  de  uma  ONG,  aliada  à oportunidade  de  um  evento 
ecológico internacional, pudesse dar um novo tom de definição 
à questão.
• Um contra-exemplo para os que buscam narrativas lineares 
de causa e efeito, como se todos os “grandes efeitos” (como a 
implantação da Internet no Brasil) tivessem necessariamente 
de  ter  uma  “grande  causa” e  assim  compor  uma  “grande 
narrativa”. 

80
Capítulo 6
A Web, a Internet comercial e a
regulamentação da rede no Brasil
“Criar meu web site
Fazer minha home-page
Com quantos gigabytes
Se faz uma jangada
Um barco que veleje
Que veleje nesse infomar”
Gilberto Gil, “Pela Internet”, 1996.

81
A Web e a Internet Comercial
Com  a  disseminação  da World  Wide Webe  a 
expansão  dos  serviços  comerciais,  a  Internet 
ganhou uma enorme popularidade no mundo inteiro.
Esses  dois  momentos  recentes  da  sua  trajetória, 
possuem uma história altamente contingencial, com 
precariedades,  tensões  e  bifurcações,  comuns  a 
qualquer outro fato ou artefato tecnológico. 

82
Atéosanosnoventaa Internet ainda
era algodifícilde se usar...
Haviauma“ameaça”dos sistemas
on-line comerciais

83
A World WideWeb
Projeto Projeto
criado criado
emem
1989 no CERN  1989 no CERN 
((
Conseil Conseil
Europeen Europeen
pourpour
lala
Recherche Recherche
Nucleaire Nucleaire
))
sob sob 
lideran lideran
çç
aa
de Tim Berners de Tim Berners
--
Lee e  Lee e 
Robert  Robert 
Cailliau Cailliau

84
tt
Tornar Tornar
o o 
acesso acesso
àà
ss
informa informa
çç
õesões
maismais
ff
áá
cilcil
;;
tt
Integra Integra
çç
ãoão
dada
Internet com  Internet com 
hipertextos hipertextos
;;
tt
Ferramenta Ferramenta
universal  universal 
parapara
acesso acesso
:  Web Browser; :  Web Browser;
tt
Linguagem simples de se escrever e entender: HTML  Linguagem simples de se escrever e entender: HTML  deliberadamente baseada na  deliberadamente baseada na 
Standard  Standard 
Generalized Generalized
Markup  Markup 
Language Language
, SGML (1960). , SGML (1960).Objetivo

85
A proposta 
engavetada

86
A entrada em cena de um 
cientista-empresário
“Enquanto  eu  ficava  sentado  escrevendo 
códigos, o Robert, colocava suas energias para 
fazer  o  projeto  da  WWW  acontecer  no  CERN. 
Ele reescreveu a proposta nos termos em que 
achava  que  teriam  mais  efeito.  Veterano  do 
Laboratório desde 1973, ele fazia lobbyatravés 
de sua extensa rede de amigos espalhada por 
toda  a  organização.  Ele  conseguia  estudantes 
ajudantes,  dinheiro,  máquinas  e  salas”
Berners-Lee
Robert Cailliau

87
“Sir”Timothy Berners-Lee

88
A demonstração da Web
Assim  como  aconteceu  com  a 
ARPANET, a RNPe a Rede Rio, 
demonstrações  fizeram  parte  do 
processo de estabilização da Web.
“Quando a rede
funcionar, todos se
convencerão”
Face da
tecnologia pronta
“a rede vai funcionar
quando as pessoas
interessadas estiverem
convencidas“
Face da tecnologia em
construção

89
A Internet 
Comercial

90
A privatizaçãodaInternet nosEUA
• Em 1995 o backbone da NSFNET 
nos  Estados  Unidos  foi  vendido 
para a America On-Line
• 1991/1992  Surgimento  dos 
provedores de acesso comerciais

91
A “Internetbrás”
• A Embratel iniciou seu serviço de acesso à Internet 
via linha discada em caráter experimental no final 
de 1994.
• A exclusividade da Embratel desagradou a iniciativa 
privada e outros setores da sociedade. 

92
Pegandocaronanaprivatizaçãodas 
telecomunicações
• Em janeiro de 1995 FHC assumiu o governo federal com uma 
agenda de privatizações que começava pelas telecomunicações;
• Em abril de 1995, o Minicomanunciou que a Internet era um 
serviço de valor adicionado, sobre o qual não haveria nenhum 
monopólio;
• Anunciou, em seguida, que a Embratel teria de encerrar suas 
atividades como provedora de acesso;
• Abriu-se  o  caminho  para  a  RNP  atuar  como  provedora  de 
acesso através dos seus Pontos de Presença estaduais (PoPs).

93
O desenvolvimentodaInternet 
Comercialno Brasil
Após passar pelos problemas de infra-estrutura de 
telecomunicações, surgiram novos participantes:
•Provedores de acesso(Mandic, Nutec, Zip.net, 
Unikey, CentroIn, Inside, etc.);
•Provedores  de  backbone(IBM,  UNISYS, 
Banco Rural e Global One);
•Provedores de serviços(Booknet, UOL, BOL, 
Cadê?, ZAZ, ZipMail, etc.).

94
A InstituiçãodaGovernançada
Internet no brasil Em Maio de 1995, uma portaria interministerial 
(MCT  e  Minicom)  criou  o Comitê  Gestor  da 
Internet, formado por representantes indicados 
do  Governo,  operadoras  de  backbones, 
provedores de acesso, comunidade acadêmica e 
comunidade usuária.
MCTMCT
Minicom Minicom

95
As relações entre o CGI e a FAPESP
1989 - A FAPESP passou aadministrar os domínios .BR
1994  – A  IANA  delegou  à FAPESP  o  bloco  dos 
endereços IP para o Brasil.
1995 – O CGI passou a se responsabilizar pela gestão 
da  raiz  dos  domínios .bre  pela  distribuição  dos 
endereços IP no Brasil (na teoria)
Na prática, essas funções seguiram sendo executadas 
pela equipe da rede ANSP dentro da FAPESP.

96
• Críticas crescentes ao modelo CGI - FAPESP;
• A legitimidade/representatividade do CGI em questão.
• Cenário  só começou  a  mudar  após  2003  (eleiç
ões, 
personalidade jurídica, operações, etc.);
• A questão da governança global da Internet 
(ANEXO 1).
A necessidade de mudança no CGI

97
Conclusão
“Aqueles que esquecem o passado
estão condenados a repeti-lo”
Jorge Augustín Nicolás Ruiz de Santayana
(1863-1952), filósofo espanhol.

98
A Internet não é uma rede simplesmente 
técnica, feita de hardware e software. Ela 
é uma  rede  sociotécnica,  um 
enredamento  indissociável  de  ciência, 
tecnologia e sociedade. 
Seu  processo  de  construção  se  deu 
através  do  recrutamento  de  inúmeros 
aliados humanos e não-humanos e seus 
envolvimentos  em  diferentes  cenários 
que terminaram por lhes dar, ao mesmo 
tempo, forma e robustez. 

99
A análise da trajetória da Internet mostrou 
que,  se  as  mudanças  correspondem  a 
escolhas dicas técnicas, estas, por sua vez, 
estão inelutavelmente vinculadas às opções 
políticas  e  aos  valores  socialmente 
constituídos, em que a tecnologia suporta e 
é suportada  por  discursos  construídos  em 
meio a interações complexas entre cientistas 
e engenheiros, agências de financiamento, 
políticas  de  governo,  leis  de  mercado, 
instituições da sociedade civil, ideologias e 
enquadramentos culturais.

100
Sputnik
DARPA
IPTO
Arpanet
Redes de 
Pacotes
RAND
NPL
UNIX
BITNET
RNP
Universidades
APC
Minicom
Embratel
Brasil
NSFNET
TCP/IP
Internet
BBS
WWW
Memex
Xanadu
CERN
CSNET
Alternex
ISP
UCLA
BBN UCSB
Utah
LARC
Ibase
URSS
EUA
Inglaterra
Mosaic
Apache
NSF
Netscape
MCT
MEC
ISO
CCITT
ONU
RM-OSI
CNPq
IGC
SEI
Fapesp
ESNET
Faperj
CERNET
Rede Rio
ANSP
CGI
Telebrás 
SRI
MILNET