Capacitação oferecida aos profissionais de laboratório (Biomédicos, Bioquímicos, Técnicos e Auxiliares de laboratório, principalmente aos 2 primeiros). Contendo fisiopatologia de líquidos corporais (LCR, Líquido Pleural, Líquido Ascítico/Peritoneal e Líquido Sinovial. Focado no diagnós...
Capacitação oferecida aos profissionais de laboratório (Biomédicos, Bioquímicos, Técnicos e Auxiliares de laboratório, principalmente aos 2 primeiros). Contendo fisiopatologia de líquidos corporais (LCR, Líquido Pleural, Líquido Ascítico/Peritoneal e Líquido Sinovial. Focado no diagnóstico laboratorial.
Size: 3.42 MB
Language: pt
Added: Nov 08, 2017
Slides: 38 pages
Slide Content
MSc . Fábio André Campos Baía Biomédico (CRBM 4 – 570/PA) e Médico Veterinário (CRMV-PA – 2426) Mestre em Análises Clínicas – UFPA Especialista em Gestão em Saúde Pública - UFPA Especialista em Hematologia – ESAMAZ (91) 981716863 / [email protected] ANÁLISE DE LÍQUIDOS CORPORAIS PREFEITURA MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE LABORATÓRIO MUNICIPAL DE PARAUAPEBAS
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 2 LCR – LÍQUIDO CÉFALORRAQUIDIANO Fluido aquoso Espaço intracraniano, sistema ventricular, canal medular e espaço subaracnóideo Craniano e medular Funções: nutrição, excreção, proteção (celular e mecânica)
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 3 CIRCULAÇÃO:
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 4 COMPOSIÇÃO DO LCR Ultrafiltrado de plasma 99%: água [Mg+] e [Cl-] > plasma Glicose, Proteínas, A. Ác ., Ác . Úric ., Cálcio, Fosfatos < plasma Alterações: infecções, traumas, isquemias e hidrocefalia => distúrbios cognitivos e de função motora
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 5 LÍQUIDO SINOVIAL Filtrado do plasma Produzido pela membrana sinovial Interior da cavidade articular
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 6 COMPOSIÇÃO DO LÍQUIDO SINOVIAL Glicose Proteínas Ácido úrico Ácido hialurônico Cristais Função: lubrificar as faces articulares móveis e transportar nutrientes para cartilagem articular
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 7 LÍQUIDO PLEURAL Pleura: duas membras que formam a cavidade pleural Ultrafiltrado do plasma, 1- 20 mL
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 8 COMPOSIÇÃO DO LÍQUIDO PLEURAL Albumina Globulina Fibrinogênio Células de defesa Células mesoteliais Alterações: inflamação, destruição mecânica (lesões), insuficiência cardíaca congestiva, neoplasias, pneumonia, tuberculose
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 9 LÍQUIDO ASCÍTICO OU PERITONEAL Na cavidade peritoneal Ultrafiltrado do plasma, 50 mL Função: proteção da cavidade abdominal, lubrificar e reduzir atrito entre órgãos
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 10 COMPPOSIÇÃO DO LÍQUIDO ASCÍTICO Células e substâncias relacionadas a processos inflamatórios Fibrina Proteínas Albumina Alterações: hepatites, cirrose, hipertensão portal, neoplasia de ovário ou mama, insuficiência cardíaca, nefropatia, tuberculose, pancreatites, infecções
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 11 COLETA DO LCR e OUTROS LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 12 AMOSTRAS DE LÍQUIDOS CORPORAIS
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 13 BIOSSEGURANÇA TODOS os líquidos corporais necessitam de E.P.I. E.P.C. também são ideais: câmara de fluxo laminar O LCR é altamente contaminante MENINGITES
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 14 TRANSPORTE e ARMAZANAMENTO Amostra deve ser analisada IMEDIATAMENTE Se não for possível: desde que resfriada LCR: 5 – 12 °C, até 2 horas Líq. Pleural: 2 – 8 °C, até 24h Líq. Ascítico : 2 – 8 °C, até 48h Sem armazenamento ideal: degradação/alteração morfológica nas células, < glic , > prot , > bac . Temperaturas muito baixas podem lisar células e bactérias Temperaturas altas favorecem mecanismos de degrdação
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 15 EXAME FÍSICO Avaliado PRÉ e PÓS centrifugação COR e ASPECTO (límpido ou turvo) LCR: incolor = normal; citrino, branco leitoso, xantocrômico (tons de rosa ao alaranjado) Líq. Pleural: incolor = normal; citrino, xantocrômico, hemorrágico Líq. Ascítico : amarelo claro = normal; citrino, xantocrômico, hemorrágico Celularidade Citometria => pré centrifugação, devidamente/cuidadosamente homogeneizada Citologia => pós centrifugação, em baixa rotação para não ocorrer lise
INTRODUÇÃO FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 17 EXAME FÍSICO
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 18 CITOMETRIA
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 19 CITOMETRIA Contagem de leucócitos totais Contagem de eritrócitos totais Contagem de células mesoteliais : líq. Pleural e Ascítico somente.
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 20 CITOMETRIA
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 21 CITOMETRIA
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 22 CITOMETRIA
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 23 CITOMETRIA
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 24 CITOMETRIA CELULARIDADE PROCEDIMENTO DE CONTAGEM BAIXA Contar 16 quadrados maiores e dividir por 3,2 INTERMEDIÁRIA Contar 4 maiores x4 :3,2 ALTA Contar 1 maior x16 :3,2 ALTÍSSIMA contar 1 menor x256 :3,2 ALTÍSSIMA COM SOBREPOSIÇÃO DE CÉLULAS Diluir, fazer contagem conforme anteriores e multiplicar pelo fator de diluição
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 25 CITOLOGIA Contagem DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS Segmentados Linfócitos Monócitos/Macrófagos Eosinófilos
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 31 BIOQUÍMICA Líquido Ascítico (ou Peritoneal) PARÂMETRO TRANSUDATOS EXSUDATOS Glicose = soro = ou < soro Proteínas totais <50% soro >50% soro DHL <60% soro >60% soro
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 32 BACTERIOSCOPIA GRAM Bactérias Fungos Protezoários
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 33 ONCOLOGIA Identificação de células neoplásicas Profissional habilitado Apenas terceirizado, caso seja autorizado
PREDOMÍNIO CELULAR SIGNIFICADO CLÍNICO Linfócitos Meningite viral, tuberculosa e fúngica. Ocasionalmente, em meningite bacteriana. Esclerose múltipla. Neutrófilos Meningite bacteriana, fase inicial de meningite viral, tuberculosa e fúngica. Hemorragia subaracnóidea, injeções intratecais , tumores meningeais . Reação celular mista (linfócitos, neutrófilos e monócitos) Meningite bacteriana parcialmente tratada, meningite bacteriana crônica, abscesso cerebral, meningite tuberculosa, meningite fúngica e meningite amebiana Eosinófilos Infecções parasitárias, reações alérgicas, derivação ventricular ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 34 SIGNIFICADO CLÍNICO
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 35 SIGNIFICADO CLÍNICO PREDOMÍNIO CELULAR SIGNIFICADO CLÍNICO Macrófagos Meningite crônica, meningite bacteriana tratada, injeções intratecais e hemorragia subaracnóidea Macrófago eritrófago (contendo hemácias) Hemorragia subaracnóidea (12 horas a 1 semana) Macrófago siderófago (contendo hemossiderina) Hemorragia subaracnóidea (2 dias a 2 meses Macrófago hematoidinófago (contendo cristais de hematoidina ) Hemorragia subaracnóidea (2 a 4 semanas) Macrófago lipófago (contendo gordura) Necrose cerebral, infarto, anoxia e traumatismo craniano
ANÁLISE LABORATORIAL FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 36 SIGNIFICADO CLÍNICO PREDOMÍNIO CELULAR SIGNIFICADO CLÍNICO Plasmócitos Células linfóides malignas Células linfoides malignas Linfoma, leucemia Blastos Linfoma, leucemia Outras células malignas Tumor cerebral primário, tumor metastático Células ependimais e do plexo coroide Trauma, cirurgia, derivação ventricular, recém-nascidos e injeções intratecais Condrócitos Punção traumática Células da medula óssea Punção traumática Agrupamentos de células imaturas, semelhantes a blastos Hemorragia subaracnóidea em prematuros e recém-nascidos, possivelmente originadas da matriz germinal
REFERÊNCIAS FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 37 COMAR, SR et al: Análise citológica do líquido pleural, 2011. COMAR, SR et al: Análise citológica do líquido cefalorraquidiano, 2009. COMAR, SR et al: Análise citológica do líquido peritoneal, 2008.
OBRIGADO PELA ATENÇÃO “Muito a aprender você ainda tem.” Por Mestre Yoda FÁBIO A. C. BAÍA (Biomédico e Médico Veterinário) 38