Análises de Elementos Anormais e Sedimentos

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About This Presentation

Aula de Bioquímica Clínica - Análises de Elementos Anormais e Sedimentos


Slide Content

Bioquímica Clínica
Análise e interpretação
de EAS
(Elementos Anormais e
Sedimento)
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Disciplina: Bioquímica Clínica
Prof. Mario Gandra

Bioquímica Clínica
Relembrando...

1200mL de sangue passam pelos rins/min

180 L filtrados diariamente, formam-se 1-2L urina

Bioquímica Clínica
Relembrando...

Bioquímica Clínica
Importância

Estudo de doenças renais e do trato genito-urinário,
bem como para o acompanhamento de outras doenças
sistêmicas.
(ex: diabetes, bilirrubinemias, etc).

Exame simples, de baixo custo e não-invasivo.

Sinônimos: exame qualitativo de urina (EQU), exame
comum de urina (ECU), Exame de urina tipo 1, urina de
rotina, sumário de urina e pesquisa dos elementos
anormais e sedimento (PEAS).

Bioquímica Clínica
Coleta

Lavar bem as mãos

Lavar a região genital

Abrir o frasco sem tocar na parte interna

Desprezar o primeiro jato de urina

Coletar a urina (cerca de 50 mL)

Desprezar a parte final

Levar imediatamente ao laboratório ou manter em
geladeira por até 8hs

Para alguns exames é recomendável que seja coletada
a primeira urina da manhã, por ser mais concentrada
(observar necessidade de indicação)

Bioquímica Clínica
Coleta

Frascos em plástico incolor, tipo cristal

Fornecido pelo laboratório

Capacidade para 50-100 mL

Estéril: necessário apenas para urocultura

Bioquímica Clínica
Exames

Exame Físico – cor, odor, aspecto, depósito,
presença de espuma, densidade

Exame Químico

Análise do Sedimento

Bioquímica Clínica
1. Exame físico
1.1 Cor da urina

Pigmentos naturais: Urocromo (amarelo), uroeritrina
(vermelho), urobilina (laranja)

Bioquímica Clínica
1. Exame físico
1.1 Cor da urina

A coloração anormal pode ser causada por alimentos,
medicamentos, patologias e produtos metabólicos.

Bioquímica Clínica

Bioquímica Clínica
1. Exame físico
1.2 Odor

Normal: “sui generis”

Anormal: odor fétido (processo infeccioso), odor
amoniacal (transformação de uréia em amônia, por
bactérias), odor frutado (corpos cetônicos em
pacientes diabéticos).
1.3 Presença de espuma

Avaliação da formação de
espuma após agitação da amostra

Indica presença de bilirrubina e
albumina, que precisa ser
confirmada por análise química

Bioquímica Clínica1. Exame físico
1.4 Aspecto

Nível de turbidez da urina. Urina turva requer
investigação mais a fundo.
1.5 Depósito

Estreitamente relacionado com o aspecto da urina (em
alguns casos não é realizada).

Nível de depósito em tubo cônico após a centrifugação.

Bioquímica Clínica

Bioquímica Clínica2. Exame químico

Tiras reagentes contendo dez áreas: bilirrubina, corpos
cetônicos, densidade, glicose, Hb, leucócitos, nitrito,
pH, proteínas e urobilinogênio.

Avaliação semi-quantitativa

Urina à temperatura ambiente

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.1 Análise de pH

Os rins tem papel fundamental (junto com pulmões) de
manter constante a [H
+
], e o pH do sangue em ~7,4

Normalmente fica entre 5-6

Pode variar entre 4 e 8

Podem causar acidose: DM descompensado e
pneumonia, dieta cetogênica (rica em proteínas)

Podem causar alcalose: dieta vegetariana ou baseada
em leite, medicação à base de antiácidos, presença de
bactérias

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.3 Glicose (Glicosúria)

Normal: 1 a 15 mg/dL (não detectável)

Glicemias acima de 180mg/dL: glicosúria

Típico: pacientes DMI ou DMII não tratados; gestantes
e pacientes com doenças renais

A determinação se baseia na reação da glicose oxidase

Conservar amostra refrigerada: evitar bactérias

Alternativa: dosagem de açúcar redutor.

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.4 Cetonas (Cetonúria)

Corpos cetônicos: ácido acetoacético, ác.
hidroxibutírico e acetona

Se originam do acúmulo de acetil-CoA, metabólito
intermediário da oxidação de ácidos graxos

Característico de pacientes diabéticos, mas tb em:
bulimia, gastroenterite, dieta pobre em carboidratos ou
jejum prolongado

Confere à urina aroma frutado

Bioquímica Clínica

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.5 Bilirrubinas (Billirrubinúria)

Não-conjugada: insolúvel, transportada ligada à
albumina por isso não é encontrada na urina

Conjugada: solúvel, sofre filtração glomerular e é
encontrada na urina quando se encontra em excesso
no sangue

Doenças hepáticas como: obstrução biliar, hepatite,
hepatocarcinoma e cirrose hepática

Sempre indica patologia

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.6 Urobilinogênio

Frequentemente associado com doenças hepáticas

Inicialmente era detectada pelo método de Erlich, mas
esse possui muitos interferentes

Ajuda a diferenciar o tipo de icterícia:
- Bilirrubina aumentada, urobilinogênio normal ou baixo:
icterícia obstrutiva
- Urobilinogênio aumentado, bilirrubina normal:
hemólise intravascular (anemia hemolítica,
megaloblástica)
Ideal urina recém-coletada, urobilinogênio é lábil, forma urobilina que não é reativa

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.7 Hemoglobina (hemoglobinúria)

Na forma livre pode acontecer por anemia hemolítica,
talassemias, anemia falciforme, ou outra causa de
hemólise intravascular acentuada

Pode indicar uma série de infecções do trato urinário,
uso de fármacos anticoagulantes, traumatismos

Hemoglobinúria ≠ hematúria

Não usar o sobrenadante, dosar na amostra inteira!!!

Importante tb para identificar hematúria, pq as
hemácias podem sofrer hemólise na urina

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.8 Nitrito

Consequência da ação indireta de bactérias
conversoras de nitrato em nitrito.

Para que o exame dê o positivo:
- Deve haver bactérias redutoras (Escherichia coli,
Klebsiella, Enterobacter, Proteus, Staphylococcus,
Pseudomonas)
- Nitrato da amostra (proveniente das carnes na dieta)
- Paciente sem uso de antibióticos ou quimioterápicos

Bioquímica Clínica2. Exame químico
2.9 Esterase

Permite detectar a presença de leucócitos

Alta sensibilidade e especificidade no diagnóstico

Detectam quantidades inferiores a 25.000 leucócito/mL

Funciona para enzimas dentro ou fora da célula

A densidade aumentada da urina pode diminuir
sensibilidade do teste

Resultados falso-negativos em urinas hipotônicas ou
com uso de antibióticos

Bioquímica Clínica
2.10 Ácido ascórbico

Não existem tiras comerciais disponíveis.

Importante pq ele interfere em diversos outros testes
(ex: glicose, esterase, bilirrubina, nitrito, hemoglobina)
2. Exame químico

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos

Sedimento = qualquer partícula em suspensão na
urina, que precipita após a centrifugação

Microscopia de campo claro: mais comum

Microscopia de contraste de fase: propicia aumento de
contraste entre os sedimentos mais translúcidos

Métodos de coloração: não recomendados pela
NBR15268, mas facilitam a identificação dos
sedimentos

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.1 Células Epiteliais

Pavimentosas: origem na porção distal do epitélio
uretral. Alta relação citoplasma/núcleo (núcleo
pequeno e condensado)

Normal: raras

Muitas células: erro de coleta

de transição: Encontram-se desde a pelve renal até a
parte proximal da uretra

Raras: normal. Número aumentado: infecção urinária
15 a 30 µm
20 a 30 µm

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
epiteliais tubulares renais:

Identificação e diferenciação é bastante difícil sem
coloração.

Sua presença maciça pode significar necrose tubular
aguda, infecções bacterianas, virais, inflamações e
neoplasias.

Pacientes com rejeição do rim transplantado

Bioquímica Clínica

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.2 Leucócitos (Leucocitúria)

Citoplasma granulado e núcleo
lobulado

Menos de 5/campo = normal

Sua identificação constitui uma
indicação de patologia
inflamatória do trato urinário ou
genital

Pielonefrites: leucocitúria
moderada, proteinúria,
bacteriúria, e cilindrúria

Cistite: leucocitúria variável e
bacteriúria

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.3 Hemácias

Menos de 2 hemácias por campo é normal.
Hb+ e sem hemácias: considerar hemólise!
Repetir o exame em urina fresca!

Bioquímica Clínica
3.3 Hemácias

Hemácia fantasma: membrana rompe em urina
hipotônica

Hemácias dismórficas: protusões celulares ou
fragmentadas. Indicam sangramento glomerular

Alterações de pH do glomérulo ou traumatismo
mecânico
3. Análise de sedimentos

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.4 Cilindros

São os únicos componentes do sedimento que tem
origem exclusivamente renal.

Está associada com a ocorrência de proteinúria, mas tb
pode conter células e outras estruturas

Variam em aparência, tamanho, forma e estabilidade:
difícil identificação

Sua denominação depende da presença ou não de
inclusões: hialinos, epiteliais, granulosos, eritrocitários,
céreos, leucocitários, bacterianos, adiposos e de
cristais

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.4.1 Cilindros Hialinos

Formados pela proteína Uromodulina

Difícil visualização

Normal em pequenas quantidades, quando aumentada
pode indicar febre, desidratação, exposição ao frio e
exercícios.
3.4.2 Cilindros leucocitários

Indicam infecção do trato urinário alto ou pielonefrite.

Não são encontrados em urina de pacientes saudáveis.

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.4.3 Cilindros Eritrocitários

Importante indicador de doenças glomerulares,
sangramento dentro do néfron, mas também podem
ser encontrados em indivíduos sadios após exercícios
de alto impacto

É muito instável, por isso sua observação é muito
difícil.

É sempre acompanhada da presença de hemácias
livres.

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.4.3 Cilindros Epiteliais

Contém células de origem tubular renal
(distinção com cilindros leucocitários é mto difícil)
3.4.4 Cilindros Granulosos

Os grânulos são restos de células

Pode acontecer após períodos de stress ou exercício
vigoroso

Pode indicar necrose tubular renal que pode ocorrer
em consequência a pielonefrite, infecções virais,
envenenamento, rejeição ao transplante renal

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.4.6 Cilindros Gordurosos

Células tubulares renais que apresentam gordura
como inclusões citoplasmáticas.

Indicam distúrbios renais avançados com lipidúria
(síndrome nefrótica) ou também diabetes
3.4.7 Cilindros bacterianos

Pielonefrite, confirmar presença por Gram
3.4.8 Cilindros de pigmentos (Hb ou Mb)

Muito raro

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.5 Cristais

Sais urinários precipitam qdo fatores alteram sua
solubilidade (pH, temperatura, concentração)

Medir o pH da urina é fundamental para saber qual sal
pode ter precipitado

Sedimento amorfo

Tem menor significado clínico que os demais
elementos: nem sempre indica patologia

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.5.1 Cristais amorfos (uratos de sódio, potássio,
magnésio e cálcio)

Precipitam após muito tempo em pH ácido

Dissolvem com calor (60
o
C) e formam cristais de
ácido úrico com a adição de ácido acético
3.5.2 Uratos cristalinos (sódio, potássio, amônio)

Esferas levemente marrons

pH levemente ácido

Tb formam cristais de ác úrico
Cristais de urina normal ácida

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.5.3 Cristais de ácido úrico

Ocorrem em pH baixo (5-5,5). Formas diversas. Gota
ou pacientes em quimioterapia
3.5.4 Cristais de oxalato de Cálcio

Refletem doença renal severa ou intoxicação por
etilenoglicol
Cristais de urina normal ácida

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.5.5 Fosfatos amorfos (cálcio e magnésio)

Aparência granular
3.5.6 Fosfatos Cristalinos

São os cristais mais facilmente identificáveis,
apesar de variarem de tamanho
3.5.7 Carbonato de Calcio
3.5.8 Biurato de Amônio
Cristais de urina normal alcalina

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.5.9 Cristais de cistina

Cristais mais importantes

Ocorrem em pctes com cistinúria

Indicam cálculo de cistina
3.5.10 e 11 Cristais de Leucina e Tirosina

Muito raros, podem ser encontrados em pacientes
com doenças hepáticas graves ou doenças inatas do
metabolismo
Cristais de urina anormal

Bioquímica Clínica3. Análise de sedimentos
3.6 Bactérias e Leveduras

Normalmente não são encontrados na urina

Indica infecção urinária
Bactéria
Levedura

Bioquímica ClínicaRegulamentação

NCCLS
National Committee for Clinical Laboratory Standards

NBR 15268
Laboratório Clínico: requisito e recomendações para
exames de urina
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