Anestesia e sedativo parte essencial da clínica cirúrgica

DanieleSaionara1 0 views 80 slides Oct 15, 2025
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About This Presentation

Um pouco sobre os tipos de anestesia e sedativos


Slide Content

Anestesicos
e Sedativos
Daniele Saionara da Silva

Introdução
Na clínica cirúrgica essas duas medicações são
essenciais para a realização dos procedimentos
cirúrgicos dos mais diversos tipos já que as
mesmas retiram a dor e ansiedade do paciente
durante o procedimento, tornando o local propício
para a realização do procedimento sem
interferências.

Diferenças:
A anestesia é o estado de percepção da
ausência da dor durante um
procedimento cirúrgico, um exame,
diagnóstico ou curativo.
A sedação é o controle da consciência, que
torna o paciente menos consciente sobre o
ambiente e sobre si. Neste estado os
pacientes podem estar sonolentos mas não
inconscientes, também não sentirão dor e a
resposta aos estímulos externos é limitada.
Anestesia Sedação

A historia da anestesia
O Início da Anestesia Inalatória (1846):
●Em 1846, a medicina deu um grande passo com a introdução da anestesia
inalatória, utilizando o éter. Essa substância foi a primeira a permitir o controle
efetivo da dor durante cirurgias, atendendo a um desejo antigo da humanidade
de eliminar o sofrimento associado ao processo cirúrgico.
●Contudo, o éter apresentava limitações: além de ser altamente inflamável, ele
provocava reações adversas, como irritação respiratória. Em busca de uma
alternativa mais eficaz, foi introduzido o clorofórmio, um anestésico mais
potente. No entanto, este apresentava um risco maior de depressão cardíaca,
complicando sua utilização.

A historia da anestesia
John Snow: O Pioneiro na Análise Científica da Anestesia:
●John Snow, médico londrino, destacou-se não apenas pela sua atuação como
anestesista, mas principalmente por ser o primeiro a estudar e documentar
cientificamente os efeitos dos anestésicos, como o éter e o clorofórmio. Ele
compreendeu os riscos e começou a desenvolver metodologias para mitigar os
efeitos adversos da anestesia.
●Considerado o primeiro anestesista moderno, John Snow foi fundamental para a
consolidação da anestesia como uma especialidade médica científica, não mais
algo empírico ou exclusivamente emparelhado com os cirurgiões.

A historia da anestesia
A Legitimação Pública da Anestesia: O Parto da Rainha Vitória (1853)
●Apesar de a anestesia já ser utilizada em algumas situações, a sua legitimidade
pública foi colocada à prova. No campo obstétrico, havia resistência, especialmente
por parte de médicos que consideravam o parto um processo natural e, portanto, não
passível de intervenção médica.
●Em 7 de abril de 1853, John Snow foi convidado a administrar clorofórmio à Rainha
Vitória durante o parto de seu oitavo filho, após a Rainha expressar o desejo de aliviar
a dor. A experiência foi um sucesso, e a Rainha descreveu o efeito como sendo
“Relaxante, silencioso e delicioso além da medida”.
●A aprovação pública da Rainha Vitória teve um impacto imenso, não apenas no Reino
Unido, mas também em outras cortes europeias. Sua escolha tornou a anestesia mais
socialmente aceitável, e a prática foi gradualmente adotada em mais partos,
desafiando as concepções sobre a dor no parto e sua relação com a moralidade.

A historia da anestesia
Reflexão Ética e Moral: A Posição do Papa Pio XII (1956-1957):
●O uso da anestesia, especialmente no contexto do parto, gerou debates éticos e
teológicos, com a Igreja Católica questionando a intervenção humana sobre um
processo considerado natural.
●Pio XII, Papa da Igreja Católica, abordou essa questão em dois discursos em
1956 e 1957, destacando que a dor do parto é acidental, e não essencial ao
processo natural de gerar filhos. Ele também afirmou que aliviar a dor não entra
em contradição com a ordem natural ou com os valores cristãos, como se pensava
anteriormente. Essa reflexão do Papa foi crucial para a legitimação ética da
anestesia no contexto obstétrico.

A historia da anestesia
As Três Rupturas Históricas na Anestesia:
●A Legitimação da Anestesia no Parto (1853): O uso de clorofórmio na Rainha
Vitória representou a aceitação pública e social da anestesia, especialmente em
obstetrícia, dando início a um movimento mais amplo que desafiava a visão
tradicional sobre o parto.
●A Profissionalização da Anestesia (1933): Com a figura de Ralph Waters, foi
criado o conceito de treinamento formal e científico para anestesistas. Ele
instituiu o primeiro programa de formação acadêmica para anestesistas, o que
levou à especialização e profissionalização da área. Isso estabeleceu a base para
a ciência da anestesia, influenciando fortemente o desenvolvimento da
especialidade após a Segunda Guerra Mundial.
●O Controle da Ventilação na Epidemia de Poliomielite (1952): Durante a
epidemia de poliomielite, foi desenvolvida a ventilação mecânica extratorácica, o
que possibilitou a criação das primeiras unidades de cuidados intensivos (UCI).
Esse avanço não só impactou a anestesia, mas também a medicina como um todo,
inaugurando a era da medicina intensiva.

A historia da anestesia
Condição dos Anestesiologistas até o Século XX:
●Até meados do século XX, os anestesiologistas não possuíam formação científica
formal. A prática era baseada na experiência prática, habilidade manual e capacidade
de tranquilizar os pacientes. Não existia um modelo estruturado de ensino ou um
corpo científico consolidado.
●Foi apenas após a Segunda Guerra Mundial que a especialização e a formação
acadêmica estruturada começaram a se consolidar, dando origem à moderna
profissão de anestesista, com bases científicas e pedagógicas.

Sedação:

O que é:
É quando são administrados medicamentos para o ajudar a sentir-se mais
relaxado durante um procedimento. Normalmente, os medicamentos
(sedativos) são administrados na veia (intravenosos ou intravenosos), mas
podem por vezes ser administrados pela boca (oral) ou através de uma
máscara facial (inalatória).

O que é:
Existem três níveis diferentes de sedação intravenosa. São chamados de
`mínimo', `moderado' (por vezes também chamado de sedação consciente) e
sedação 'profunda'. Contudo, os níveis não são precisos e dependem do grau
de sensibilidade do paciente à medicação utilizada.

Sedação mínima (ansiólise)
O paciente:
●Receberá uma pequena dose de um fármaco sedativo
●Vai sentir-se relaxado e menos preocupado com o que está a acontecer à sua volta
●Estará desperto e será capaz de falar normalmente
●É provável que se lembre de ter tido o seu tratamento, mas não de todos os detalhes
●A sedação mínima não deve afetar a sua respiração

Sedação moderada (sedação consciente)
O paciente:
●Receberá um pouco mais de sedativo
●Estará sonolento mas poderá falar normalmente e seguir instruções simples se lhe for
pedido vai sentir-se muito relaxado e sonolento
●Talvez se lembre de algumas partes do seu tratamento
●A sedação moderada não deve afetar a sua respiração

Sedação profunda
O paciente:
●Receberá uma dose maior de um ou mais fármacos sedativos.
●Dormirá durante a maior parte do seu tratamento
●Dormirá e será pouco provável que fale durante a maior parte do seu tratamento
●É pouco provável que se lembre de muito do seu tratamento – o nível de sedação será
ajustado conforme necessário.
●A sua respiração pode abrandar. O seu sedacionista irá monitorar e ajudar, se
necessário.

Sedação oral
●A sedação oral é um procedimento que envolve a administração de medicamentos
sedativos por via oral, como o diazepam ou outros fármacos da classe dos
benzodiazepínicos. Esses medicamentos podem ser indicados para reduzir a ansiedade
pré-operatória em pacientes que demonstram desconforto significativo antes da
administração de anestesia geral. No entanto, a sedação oral isolada pode não ser
suficiente para garantir o relaxamento adequado durante o procedimento, uma vez que
a resposta ao fármaco pode variar consideravelmente entre os indivíduos.
●A farmacocinética da sedação oral implica em um tempo de início de ação relativamente
longo, e a dosagem deve ser ajustada conforme as características fisiológicas de cada
paciente, como peso, idade e comorbidades. A administração de sedativos orais deve
ser cuidadosamente monitorada, sendo necessário que o paciente não esteja sob a
supervisão médica direta até a chegada à unidade hospitalar, salvo se houver orientação
específica da equipe anestésica.

Sedação oral
●É fundamental que o paciente esteja mentalmente alerta durante a consulta
pré-operatória para discutir os riscos e benefícios associados ao procedimento, além de
entender claramente o que está sendo proposto. A assinatura do termo de
consentimento informado é imprescindível, garantindo que o paciente tenha pleno
entendimento sobre a intervenção e os riscos envolvidos.

Sedação intravenosa
●A sedação intravenosa consiste na administração de agentes sedativos diretamente na
corrente sanguínea através de uma cânula intravenosa (dispositivo plástico inserido em
uma veia periférica, geralmente no braço ou mão). Este método proporciona um início
mais rápido da sedação, uma vez que o fármaco é administrado diretamente no sistema
circulatório, garantindo uma resposta imediata e controlada.
●A equipe de sedação, composta por profissionais capacitados e especializados, realiza
o ajuste da dose conforme necessário, monitorando sinais vitais (como frequência
cardíaca, pressão arterial, saturação de oxigênio e padrão respiratório) durante o
procedimento. A monitorização contínua assegura que qualquer efeito adverso ou
complicação relacionada à sedação seja prontamente identificado e tratado.

Sedação intravenosa
Indicações para Sedação Intravenosa
A sedação intravenosa é indicada em uma ampla gama de procedimentos menores, onde a
redução da percepção de dor e o controle da ansiedade do paciente são necessários. Esses
procedimentos geralmente envolvem a combinação com anestesia local para controle da dor
em áreas específicas.

Sedação intravenosa
Alguns exemplos de intervenções que podem ser realizadas sob sedação intravenosa incluem:
●Biópsias cutâneas ou mamárias
●Reduções fechadas e fixações externas de fraturas ósseas
●Procedimentos cirúrgicos menores em tecidos moles, como cirurgias dermatológicas ou
reparações em mãos e pés
●Endoscopia digestiva alta (para avaliação do estômago) ou baixa (para avaliação do
cólon e reto), broncoscopia, cistoscopia
●Procedimentos odontológicos, como extração de dentes ou tratamentos de canais
radiculares
●Cirurgia ocular, como remoção de cataratas
●Procedimentos estéticos não invasivos ou minimamente invasivos
Além disso, procedimentos de maior complexidade podem ser realizados com a associação
de sedação intravenosa e anestesia local para garantir um controle adequado da dor e um
nível adequado de sedação.

Sedação em Cirurgias Odontológicas e
Estéticas
●Embora a sedação intravenosa seja frequentemente administrada em ambientes
hospitalares, a mesma prática também pode ser aplicada em consultórios odontológicos
ou clínicas estéticas, onde profissionais treinados podem realizar a sedação conforme os
padrões de segurança estabelecidos.
●No contexto odontológico, a sedação pode ser indicada para procedimentos invasivos,
como extrações dentárias ou tratamentos em dentes de difícil acesso. Da mesma forma,
a sedação em clínicas estéticas é utilizada em procedimentos cirúrgicos estéticos, como
a rinoplastia ou procedimentos de contorno corporal, garantindo que o paciente esteja
confortável e com o mínimo de ansiedade durante a intervenção.
●Em todos esses cenários, a monitorização contínua dos sinais vitais do paciente, a dose
apropriada de sedativo e a observância rigorosa das normas de segurança são
essenciais para evitar complicações. O sedacionista, cirurgião dentista ou cirurgião
estético deve discutir previamente com o paciente os benefícios, riscos e alternativas à
sedação, além de fornecer informações detalhadas sobre o procedimento e instruções
claras para o período pré e pós-operatório.

Efeitos Secundários, Complicações e Riscos da
Sedação
●Nos dias atuais, com os avanços na prática de sedação, complicações graves são pouco
frequentes. Embora o risco nunca possa ser totalmente eliminado, as melhorias nos
medicamentos, equipamentos e na formação dos profissionais de saúde resultaram em
uma sedação significativamente mais segura nos últimos anos. A monitorização
constante e o treinamento especializado desempenham papéis cruciais na minimização
de eventos adversos.
●Os sedacionistas (profissionais especializados na administração de sedação) seguem
protocolos rigorosos para evitar e gerenciar os riscos conhecidos. Durante a avaliação
pré-operatória, o paciente deve ser adequadamente informado sobre esses riscos e
sobre as estratégias de prevenção adotadas.

Efeitos Secundários, Complicações e Riscos da
Sedação
●A tabela a seguir ilustra as probabilidades de ocorrência dos riscos, com base em
frequências relativas:
Frequência Descrição
Muito frequente 1 em 10 pacientes
Frequente 1 em 100 pacientes
Pouco frequente 1 em 1.000 pacientes
Raro 1 em 10.000 pacientes
Muito raro 1 em 100.000 pacientes

Essas estimativas ajudam a contextualizar a probabilidade de ocorrência dos efeitos
adversos e complicações relacionadas à sedação.

Riscos Durante a Sedação
Embora a sedação seja geralmente bem tolerada, os seguintes riscos podem ocorrer, com
variação dependendo da profundidade e da técnica utilizada:
●Bradpneia: A frequência respiratória pode diminuir durante a sedação, especialmente
em sedação profunda. Isso é uma ocorrência comum, mas pode ser monitorado e
tratado de forma eficaz pelo sedacionista, que possui habilidades adequadas para
suporte ventilatório caso necessário.
●Hipotensão transitória: A queda da pressão arterial é uma complicação comum e
esperada, embora geralmente seja de caráter transitório e autolimitado. O sedacionista
está treinado para corrigir a hipotensão por meio da administração de fluidos
intravenosos ou, se necessário, medicamentos vasopressores.
●Hematoma no local da punção venosa: A formação de hematomas no ponto de
inserção da cânula intravenosa é uma ocorrência relativamente comum e geralmente não
representa um risco significativo, mas pode ser monitorada para garantir que não evolua
para complicações maiores, como trombose ou flebite.

Riscos Durante a Sedação
Embora a sedação seja geralmente bem tolerada, os seguintes riscos podem ocorrer, com
variação dependendo da profundidade e da técnica utilizada:
●Náuseas e vômitos: Embora esses sintomas sejam raros após a sedação, podem
ocorrer, especialmente com certos fármacos sedativos. Em casos raros, podem exigir o
uso de antieméticos para controle.
●Aspiração pulmonar: A aspiração do conteúdo gástrico para os pulmões é uma
complicação rara, mas grave, associada à sedação. Para minimizar esse risco, é
essencial que o paciente siga rigorosamente as orientações sobre jejum e as instruções
de pré-operatório quanto à ingestão de alimentos e líquidos.
●Reações alérgicas aos fármacos sedativos: Embora as reações alérgicas aos
medicamentos sedativos sejam muito raras, elas podem ocorrer. Estas reações podem
variar de leves a graves, incluindo anafilaxia. A equipe de saúde deve estar preparada
para intervir rapidamente em caso de reação alérgica grave.

Riscos Pós-Sedação
Após a sedação, os pacientes podem apresentar diversos efeitos residuais. A monitorização
contínua nas primeiras horas após o procedimento é essencial para garantir a recuperação
segura do paciente:
●Sonolência e instabilidade postural: É muito comum que o paciente apresente
sonolência residual após a sedação, o que pode comprometer sua capacidade de
equilíbrio e coordenação motora. Pacientes, especialmente os idosos, têm maior risco
de queda. Portanto, a orientação pós-procedimento deve enfatizar a importância de
descanso adequado e precauções contra acidentes.
●Alterações no julgamento e na memória: A sedação pode afetar temporariamente as
funções cognitivas, como o julgamento e a memória de curto prazo, por até 24 horas
após o procedimento. Esse efeito é esperado e geralmente reversível, mas os pacientes
devem ser informados de que não devem operar veículos ou realizar atividades que
exijam concentração durante esse período.

Cuidados

Cuidados Pré-Sedação
●Anamnese: Verificar as condições clínicas do paciente, incluindo histórico médico,
alergias, uso de medicamentos e presença de comorbidades (como doenças
cardiovasculares, respiratórias ou hepáticas). Esta avaliação é essencial para garantir
que o paciente seja apto para a sedação e que possíveis contra indicações sejam
identificadas.
●Avaliação dos sinais vitais: Medir e documentar os sinais vitais (frequência cardíaca,
pressão arterial, temperatura e saturação de oxigênio) antes do procedimento. Os
valores de referência devem ser anotados para futuras comparações.
●Explicação sobre o Procedimento: Explicar ao paciente o que é a sedação, os
objetivos, os riscos envolvidos e os cuidados pós-sedação. A explicação clara e
simples ajuda a reduzir a ansiedade e prepara o paciente para a experiência.

Cuidados Pré-Sedação
●Instruções de Jejum: Deve ser assegurado que o paciente siga corretamente as
orientações sobre jejum pré-sedação, geralmente recomendado por 8 horas para
alimentos sólidos e 4 horas para líquidos claros, a fim de reduzir o risco de aspiração
durante o procedimento.
●Preparação da Linha Intravenosa: Garantir que o paciente tenha um acesso venoso
adequado para a administração dos medicamentos sedativos. A cânula intravenosa
deve ser inserida corretamente, em um local de fácil acesso, como a veia do braço ou
mão, para permitir a administração rápida e segura do sedativo.
●Acompanhamento psicológico: Estar atento ao estado emocional do paciente,
oferecendo suporte psicológico para reduzir a ansiedade e garantir que o paciente
se sinta confortável e seguro.

Cuidados durante a Sedação
●Sinais vitais: O paciente deve ser monitorado de forma contínua para avaliar a frequência
respiratória, a pressão arterial e a saturação de oxigênio. A monitorização contínua permite
identificar alterações significativas nos parâmetros clínicos e intervir prontamente se necessário.
●Respiração e oxigenação: A frequência respiratória deve ser cuidadosamente observada, pois a
sedação profunda pode levar a uma redução da frequência respiratória. O técnico deve garantir
que o paciente mantenha uma oxigenação adequada e, se necessário, fornecer suporte
ventilatório.
●Posicionamento: O paciente deve ser posicionado de maneira confortável e segura, geralmente
em decúbito dorsal, com a cabeça ligeiramente inclinada para prevenir a aspiração. A posição
deve garantir que as vias aéreas do paciente permaneçam desobstruídas.
●Acompanhamento da resposta ao sedativo: O técnico de enfermagem deve observar a
profundidade da sedação e garantir que o paciente não apresente efeitos adversos como
hipotensão ou bradicardia.

Cuidados Pós-Sedação
●Sinais vitais: Continuar monitorando os sinais vitais do paciente, incluindo frequência
respiratória, pressão arterial e saturação de oxigênio, para garantir que o paciente esteja se
recuperando adequadamente da sedação.
●Avaliação da consciência: Avaliar o nível de consciência do paciente, observando a capacidade
de resposta verbal e a orientação temporal e espacial. A sedação pode causar sonolência
residual, que deve ser monitorada até que o paciente recupere completamente a consciência.
●Risco de queda: Devido ao efeito da sedação, o paciente pode estar mais sonolento e com a
coordenação motora comprometida. O técnico de enfermagem deve garantir que o paciente
esteja supervisionado em todos os momentos e orientá-lo a evitar movimentos bruscos até que
esteja completamente alerta.

Cuidados Pós-Sedação
●Aspiração: O Verificar se o paciente está com as vias aéreas desobstruídas e monitorar possíveis
sinais de aspiração pulmonar (tosse, dificuldade para respirar, etc.). A auscultação pulmonar
pode ser realizada para verificar a presença de estertores ou roncos.
●Instruções ao paciente: O paciente deve receber instruções claras sobre os cuidados a serem
tomados após a sedação, como evitar a condução de veículos ou operar máquinas por 24 horas
e manter-se em repouso adequado. O técnico de enfermagem deve também informar sobre os
sinais de complicações (como dor intensa, dificuldade respiratória ou reações adversas aos
medicamentos) e instruir o paciente sobre quando procurar ajuda médica.
●Monitorar o paciente até que ele recupere completamente da sedação e seja liberado para alta,
seja para o retorno domiciliar ou para uma internação, caso o procedimento tenha sido realizado
em um contexto hospitalar.

Contraindicaçõe
s de uma
sedação

Contraindicações Absolutas
As contraindicações absolutas são aquelas em que a sedação deve ser completamente evitada,
independentemente das circunstâncias. A administração de sedativos nestes casos pode resultar em
complicações graves e potencial risco à vida do paciente.
●Insuficiência Respiratória Aguda ou Crônica Não Controlada: Pacientes com insuficiência respiratória
grave (ex: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) em estágio avançado, apneia obstrutiva do
sono não tratada) não devem ser submetidos à sedação, pois a depressão respiratória associada à
sedação pode agravar ainda mais o quadro clínico e levar a hipoxemia ou até à parada respiratória. A
monitorização contínua da saturação de oxigênio e da frequência respiratória é crucial nestes casos,
sendo a sedação contraindicada em situações graves.
●Reação Alérgica Grave a Medicamentos Sedativos: Pacientes com histórico de hipersensibilidade ou
alergia conhecida a qualquer agente sedativo, como benzodiazepínicos ou barbitúricos, estão em risco
de reações alérgicas graves, como anafilaxia. O uso de sedação nesses casos deve ser evitado, e
alternativas não alergênicas devem ser consideradas.

Contraindicações Absolutas
●Hipotensão Arterial Grave Não Controlada: Em pacientes com hipotensão arterial grave, a
administração de sedativos pode resultar em um colapso circulatório ou na diminuição ainda mais da
pressão arterial, o que pode comprometer a perfusão de órgãos vitais. A sedação pode ser
contraindicada, especialmente em situações de choque, hipovolemia ou desidratação aguda não
tratada.
●Insuficiência Hepática ou Renal Grave: Pacientes com insuficiência hepática ou renal grave podem
apresentar dificuldades na metabolização e excreção dos sedativos, o que aumenta o risco de acúmulo
tóxico dos medicamentos e suas complicações. Pacientes com cirrose hepática avançada ou
insuficiência renal terminal (especialmente aqueles em diálise) devem ser cuidadosamente avaliados
quanto à escolha e dosagem do sedativo.

Contraindicações Relativas
As contraindicações relativas são aquelas em que a sedação pode ser realizada, mas com
precauções especiais e após uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios. Nesses casos, o
médico deve considerar a gravidade do quadro clínico e o tipo de sedação a ser administrado.
●Doenças Cardíacas Graves: Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva, arritmias
ventriculares graves, cardiomiopatia dilatada, ou com histórico de infarto do miocárdio
recente (menos de 6 meses) podem apresentar instabilidade hemodinâmica durante a
sedação, principalmente em sedação profunda. A sedação deve ser realizada com
monitoramento rigoroso e, se possível, em ambientes onde possam ser oferecidos
recursos de suporte avançado à vida.
●Gravidez (Principalmente no Primeiro Trimestre):Embora alguns agentes sedativos, como
os benzodiazepínicos, possam ser utilizados com cautela durante a gestação, a sedação
deve ser evitada no primeiro trimestre devido ao risco potencial de teratogenicidade e
efeitos adversos no desenvolvimento fetal. A sedação em gestantes deve ser sempre
ponderada e baseada na avaliação dos benefícios e riscos. A anestesia regional pode ser
preferível, dependendo do procedimento.

Contraindicações Relativas
●Distúrbios Neurológicos Preexistentes: Pacientes com doenças neurológicas, como acidente vascular cerebral
(AVC) recente, doença neuromuscular (como esclerose lateral amiotrófica ou miastenia gravis), ou transtornos
convulsivos mal controlados, podem ter maior risco de complicações respiratórias ou neurológicas durante a
sedação. Nestes casos, deve-se considerar o tipo de sedativo e a possibilidade de monitoramento neurológico
rigoroso.
●Obesidade Grave (Índice de Massa Corporal - IMC > 40): Pacientes com obesidade mórbida apresentam risco
elevado de dificuldades respiratórias e hipoventilação durante a sedação, especialmente no pós-operatório. A
hipoventilação associada à obesidade (OHS - Obesity Hypoventilation Syndrome) é uma condição que pode ser
exacerbada pela sedação. O procedimento deve ser realizado com monitoramento intensivo, preferencialmente
em unidades equipadas com suporte ventilatório.
●Uso de Medicamentos que Afetam a Coagulação: Pacientes que fazem uso de anticoagulantes (como varfarina ou
novos anticoagulantes orais) ou antiplaquetários devem ser cuidadosamente monitorados para evitar complicações
hemorrágicas. A sedação não é contraindicada nesses casos, mas o técnico de enfermagem e a equipe médica
devem estar atentos ao risco de sangramentos excessivos, especialmente em procedimentos invasivos, como
biópsias ou intervenções cirúrgicas.

Avaliação Pré-Sedação: Fatores Adicionais a Considerar
Além das contraindicações clínicas, alguns fatores adicionais podem influenciar a decisão sobre
a sedação. Esses incluem:
●Idade Extremamente Avançada ou Muito Jovem: Pacientes muito jovens (como neonatos e
lactentes) e idosos têm uma resposta farmacocinética e farmacodinâmica diferente aos
sedativos. O risco de depressão respiratória ou de excitação paradoxal pode ser maior.
Nestes casos, a escolha de sedativos deve ser feita com base em protocolos pediátricos
ou geriátricos e com monitoramento rigoroso.
●Comorbidades Endócrinas ou Imunológicas: Pacientes com diabetes mellitus
descompensada, hipotireoidismo grave, ou doenças autoimunes podem ter um risco maior
de complicações metabólicas ou imunológicas durante a sedação. O uso de sedativos
deve ser cuidadosamente avaliado com base nas condições clínicas subjacentes.

Anestesia

O que é?
Anestesia é o estado de total ausência de dor e outras sensações durante uma operação,
exame diagnóstico ou curativo. Ela pode ser geral, isto é, para o corpo todo; ou parcial,
também chamada regional, quando apenas uma região do corpo é anestesiada. Sob o efeito
de uma anestesia geral, você dorme. Com anestesia regional você pode ficar dormindo ou
acordado, conforme a conveniência, embora parte de seu corpo fique anestesiada.

Farmacocinetica de anestesicos
1.Absorção:
●Definição: A absorção é o processo pelo qual um fármaco entra na corrente sanguínea a partir
do local de administração.
●AVs: Como os anestésicos venosos (AVs) são administrados diretamente na corrente sanguínea,
a absorção não é um fator relevante.
●Concentração plasmática: Quando a droga é administrada em dose única, a concentração
plasmática será determinada apenas pela dose e pela velocidade de injeção.
●Importância clínica: A velocidade de injeção tem impacto no perfil farmacocinético do fármaco,
afetando o tempo de início da ação.

Farmacocinetica de anestesicos
2. Ligação às Proteínas Plasmáticas
●Processo: A maioria dos anestésicos venosos se liga de maneira reversível a proteínas
plasmáticas, especialmente à albumina.
●Exceções:
Cetamina: Ligação protéica baixa, o que pode afetar sua distribuição.
Midazolam e Propofol: Apresentam alta ligação proteica, acima de 90%.

Farmacocinetica de anestesicos
2. Ligação às Proteínas Plasmáticas
●Processo: A maioria dos anestésicos venosos se liga de maneira reversível a proteínas
plasmáticas, especialmente à albumina.
●Exceções:
Cetamina: Ligação protéica baixa, o que pode afetar sua distribuição.
Midazolam e Propofol: Apresentam alta ligação proteica, acima de 90%.

Farmacocinetica de anestesicos
2. Ligação às Proteínas Plasmáticas
●Fração livre: Apenas a fração não ligada da droga pode difundir-se através das membranas
biológicas, o que é essencial para alcançar os receptores e exercer efeito farmacológico.
●Efeitos da ligação: A ligação proteica pode afetar a distribuição e eliminação do fármaco,
influenciando diretamente seu efeito terapêutico e a resposta clínica.

Farmacocinetica de anestesicos
3. Distribuição:
●Definição: A distribuição é o processo pelo qual o fármaco se espalha pela corrente sanguínea
e chega aos tecidos alvo.
●Volume de distribuição é um parâmetro que descreve o grau de distribuição do fármaco nos
tecidos do corpo em relação ao plasma.
●V1 (volume central): O volume de distribuição central (V1) para todos os anestésicos venosos é
maior que o volume intravascular. Isso implica que o fármaco tem uma distribuição rápida para
os tecidos. O cérebro está incluído rapidamente em V1, o que explica o início rápido da ação
dos anestésicos venosos.
●Distribuição extensiva: A distribuição dos AVs é extensa, facilitada pela lipossolubilidade e pela
forma não ionizada das drogas.

Farmacocinetica de anestesicos
3. Distribuição:
O corpo é considerado dividido em compartimentos que representam diferentes áreas de
distribuição:
●V1: Compartimento central (principalmente o sangue e órgãos bem irrigados, como o cérebro e
os pulmões).
●V2: Compartimento periférico (áreas com menor fluxo sanguíneo, como os músculos e tecidos
gordurosos).

Farmacocinetica de anestesicos
3. Distribuição:
●Para a maioria dos AVs, o Vd é de 2 a 3 vezes superior ao volume total dos líquidos orgânicos.
●Exceção: Benzodiazepínicos possuem um Vd menor em comparação com outros AVs.
●Cetamina tem um Vd consideravelmente maior, o que reflete sua distribuição extensa pelo
organismo.

Farmacocinetica de anestesicos
4. Biotransformação
●Fígado: O fígado é o principal órgão responsável pela biotransformação dos AVs, embora a
hidrólise do etomidato também ocorra no plasma.
Reações de biotransformação:
●Oxidação: uma forma de degradação química que pode ocorrer por fatores ambientais, como
luz e calor, e também durante o metabolismo do medicamento no corpo humano, impulsionada
pelas enzimas citocromo P450, alterando sua estrutura, diminuindo sua eficácia ou gerando
compostos tóxicos
●Hidrólise: quebra moléculas de fármacos, podendo inativá-los, ativá-los (no caso de
pró-fármacos) ou torná-los mais solúveis em água, facilitando a sua eliminação do corpo.
●Conjugação: inativar um metabólito ou aumentar a sua solubilidade, de forma a aumentar a sua
excreção na urina ou na bile.

Farmacocinetica de anestesicos
●Fluxo-dependente: Quando a taxa de extração hepática é alta. A biotransformação depende da
quantidade de sangue que chega ao fígado.
●Capacidade-dependente: Quando a taxa de extração hepática é baixa, a biotransformação
depende da atividade das enzimas hepáticas.

Farmacocinetica de anestesicos
5. Eliminação:
●Eliminação: Processo de remoção do fármaco do organismo, o que inclui a depuração total
(soma da depuração renal e extra-renal).
●Metabolismo: O principal processo de eliminação de muitos AVs ocorre no fígado, onde são
metabolizados em metabólitos inativos (exceto cetamina).
●Fatores que Influenciam a Eliminação:
A taxa de biotransformação pode ser comprometida em casos de queda do fluxo sanguíneo hepático
(ex: em casos de insuficiência hepática ou diminuição do débito cardíaco).
Metabólitos: Na maioria dos casos, os metabolitos resultantes da biotransformação são inativos,
exceto para a cetamina, que gera um metabólito ativo (norcetamina).

Farmacocinetica de anestesicos
Farmacocinética da Excreção Renal
●A excreção renal é o principal mecanismo de eliminação de fármacos, e sua eficiência depende
da natureza hidrofílica dos mesmos. O processo envolve quatro principais etapas:
●Filtração Glomerular: O fármaco é filtrado no glomérulo renal com base em seu peso molecular
e carga, sendo removido do plasma para o filtrado glomerular.
●Secreção Tubular Proximal: Após a filtração, o fármaco pode ser secreto ativamente para o
túbulo proximal renal por transportadores específicos, como os transportadores de cátions e
ânions, que facilitam a eliminação de substâncias hidrofóbicas.

Farmacocinetica de anestesicos
Farmacocinética da Excreção Renal
●Reabsorção Tubular: Parte do fármaco filtrado e secretado pode ser reabsorvida no lúmen
tubular para a corrente sanguínea, especialmente se o fármaco for lipofílico e não
suficientemente hidrossolúvel para ser excretado em sua forma original.
●Excreção Final para Urina: A substância que não é reabsorvida é finalmente excretada na urina.
A quantidade excretada depende da taxa de filtração glomerular, da secreção ativa e da
reabsorção tubular.
●A taxa de excreção renal é, portanto, o resultado do equilíbrio entre essas dinâmicas,
determinando a eliminação final do fármaco através da urina.

Farmacocinetica de anestesicos
Farmacocinética da Excreção Biliar
●A excreção biliar envolve a eliminação de substâncias para a via biliar, onde os fármacos podem
ser excretados diretamente ou após biotransformação hepática. Esse processo geralmente
envolve transportadores da superfamília de ATP-binding cassette (ABC), como os
transportadores de ânions (ex: BCRP, MRP2) que ajudam no transporte ativo dos fármacos para
os canalículos biliares.
●Após serem excretados para a bile, os fármacos podem seguir para o intestino delgado e serem
eventualmente eliminados nas fezes. No entanto, alguns fármacos podem ser reabsorvidos no
intestino delgado, passando pela circulação entero-hepática. Nesse processo:

Farmacocinetica de anestesicos
Farmacocinética da Excreção Biliar
●O fármaco é reabsorvido no intestino delgado.
●Ele retorna à circulação porta, que o transporta de volta ao fígado, onde pode ser novamente
conjugado ou metabolizado, e eventualmente reiniciado o ciclo de eliminação ou
biotransformação.
●Esse ciclo pode resultar em uma recirculação do fármaco no organismo, o que pode prolongar
seu tempo de meia-vida e influenciar o seu perfil de eliminação.

Farmacodinamia de anestesicos
Definição:
●Farmacodinâmica: Estudo da interação entre o fármaco e os receptores celulares, que
desencadeia efeitos no corpo, como sedação, analgesia, ou hipnose.
●Efeitos dos Anestésicos Venosos (AV)
●Principal efeito: Depressão reversível e dose-dependente do Sistema Nervoso Central (SNC),
que pode variar de sedação até coma.
●Exceções:
●Cetamina: Possui efeito analgésico, ao contrário de outros AV, como o etomidato, midazolam e
tiopental.

Farmacodinamia de anestesicos
●Mecanismo de Ação no SNC:
●Transmissão nervosa: Impulsos nervosos são conduzidos pelas fibras nervosas e sinapses, que
permitem a comunicação entre os neurônios.
●Pontos de ação dos AV:
●Axônio: Interferência na condução do impulso nervoso.
●Sinapse: Alteração na transmissão do impulso entre neurônios.
●Atuação nas Sinapses
●Sinapses excitatórias:
●Neurotransmissores: Glutamato (despolariza as células).
●Receptores importantes: NMDA (bloqueados pela cetamina e outros AV).
●Sinapses inibitórias:
●Neurotransmissor principal: GABA (hiperpolariza as células).
●AV agem nos receptores GABAa (sendo mais relevantes para a ação sedativa).

Farmacodinamia de anestesicos
●Modulação dos Receptores GABAa
●Barbitúricos e Benzodiazepínicos: Aumentam a atividade do GABA, intensificando a
hiperpolarização neuronal (efeito calmante).
●Propofol: Ativa os receptores GABAa, mas seu mecanismo exato ainda não está completamente
claro.
●Propriedades Anticonvulsivantes dos AV
●Barbitúricos: Propriedade anticonvulsivante dose-dependente, com fenobarbital sendo
especialmente eficaz.
●Propofol: Pode ter efeito anticonvulsivante, mas estudos precisam ser aprofundados.
●Benzodiazepínicos: Atuam no complexo GABA-ionóforo e possuem propriedades
anticonvulsivantes.

Farmacodinamia de anestesicos
●Mecanismo de Ação da Cetamina
●Anestesia dissociativa: A cetamina bloqueia receptores NMDA, e também pode interferir nos
níveis de monoaminas (dopamina, noradrenalina e serotonina), o que resulta em efeitos
distintos de outros AV.
●Ação principal dos AV: Interferência nas sinapses do SNC, especialmente nas sinapses
inibitórias, com destaque para o receptor GABAa.
●Cetamina: Excepcional por sua ação dissociativa, sendo a única droga que possui efeito
analgésico e um mecanismo de ação diferente dos demais AV.

Tipos de anestesia:
●Anestesia geral
●Anestesias regionais
●Anestesia raquidiana
●Anestesia peridural
●Bloqueios de nervos periféricos
●Anestesia local

Anestesia Geral
A anestesia geral é um estado induzido de inconscientização total, em que o paciente perde a
consciência, não sente dor e não tem memória do procedimento. É utilizada em procedimentos
cirúrgicos de maior porte.
Mecanismo de ação:
●A anestesia geral age sobre o Sistema Nervoso Central (SNC), suprimindo a percepção
sensorial e as funções autonômicas do corpo.
●Os anestésicos gerais podem ser administrados por via venosa (ex. propofol, etomidato,
tiopental) ou inalatória (ex. isoflurano, sevoflurano).
●Indicações: Procedimentos cirúrgicos de grande porte, que exigem imobilidade do paciente
e total controle das funções fisiológicas.

Anestesia Geral
Vantagens:
●Controle completo da dor e da consciência.
●Pode ser usada para qualquer tipo de cirurgia, independentemente da área afetada.
Desvantagens:
●Risco de efeitos colaterais no SNC, sistema respiratório e cardiovascular.
●Necessita de monitoramento constante das funções vitais durante o procedimento.

Anestesia Regional
●A anestesia regional envolve a bloqueio de uma área maior do corpo, sem afetar a
consciência do paciente. Ela pode ser dividida em anestesia peridural, raquidiana (espinhal)
e bloqueios de nervos periféricos.
●Mecanismo de ação:
Anestesia peridural e raquidiana: A administração de anestésico local no espaço epidural ou
subaracnóideo bloqueia a condução nervosa nas raízes nervosas, impedindo a transmissão da dor.
Bloqueios de nervos periféricos: Anestésicos são injetados ao redor de nervos específicos,
bloqueando a condução do impulso nervoso em uma área localizada.

Anestesia Regional
Indicações:
●Cirurgias abdominais inferiores, ortopédicas ou ginecológicas.
●Procedimentos que não exigem perda total de consciência.
●Parto cesáreo (bloqueio peridural ou raquidiano).

Anestesia Regional
●Vantagens:
Menor risco de complicações respiratórias e cardiovasculares em comparação com a anestesia
geral.
Recuperação pós-operatória geralmente mais rápida.
O paciente permanece consciente e pode ter uma recuperação mais confortável.
●Desvantagens:
●Pode ocorrer falha na anestesia ou dor residual.
●Risco de efeitos colaterais como hipotensão, cefaleia (no caso da raquidiana) ou dano a
nervos.

Anestesia local
A anestesia local envolve o uso de anestésicos para bloquear a condução nervosa em uma área
específica do corpo, sem afetar a consciência do paciente.
Mecanismo de ação:
A anestesia local impede a condução dos impulsos nervosos nas fibras sensoriais da área onde o
anestésico é aplicado, bloqueando a percepção de dor.
Indicações:
Procedimentos cirúrgicos menores, como biópsias, suturas, ou remoção de pequenas lesões.
Pode ser usada também para analgesia durante alguns exames médicos (como a remoção de dentes
ou procedimentos dermatológicos).

Anestesia local
Vantagens:
●Procedimentos rápidos e com baixo risco de complicações.
●O paciente pode ficar acordado e colaborar, o que é útil em alguns procedimentos.
Desvantagens:
●Limitação no tipo de procedimento que pode ser realizado (somente para áreas pequenas e
superficiais).
●Risco de falha no bloqueio ou dor residual.

Bloqueio de nervos
●Os bloqueios de nervos são injeções anestésicas administradas para adormecer os nervos que irrigam
uma determinada parte do corpo, por exemplo, um braço, uma mão, uma perna ou um pé. A injeção de
anestesia local bloqueia os sinais de dor e torna a parte do corpo adormecida e imóvel, embora possa
continuar a sentir movimentos e puxões durante o procedimento.
●Em algumas circunstâncias, os bloqueios nervosos podem ser utilizados em vez de uma anestesia geral.
Isto pode ser particularmente útil para os pacientes que têm condições médicas que os colocam em
maior risco de uma anestesia geral. Outra vantagem de ser operado com um bloqueio de nervos é o
fato de ter um risco menor de algumas das complicações associadas a uma anestesia geral.

Cuidados

Cuidados pré anestesico:
Preparação do paciente:
●Remoção de próteses dentárias → evita deslocamento para traqueia ou
esôfago.
●Jejum absoluto → previne vômitos, aspiração pulmonar e risco de asfixia.
●Higiene oral → diminui risco de infecção respiratória.
●Esvaziamento do intestino (lavagem) e da bexiga (espontâneo ou sondagem)
→ evita eliminação de excretas durante anestesia.

Cuidados pré anestesico:
●Sondas já presentes: devem permanecer abertas, com drenagem em recipientes
adequados.
Transferência para mesa cirúrgica:
●Realizada por no mínimo 2 profissionais.
●Um segura a maca contra a mesa; outro recebe o paciente.
●Cuidado especial com pacientes sob medicação pré-anestésica (obnubilados) e com dor
intensa.

Cuidados pré anestesico:
●Ambiente da sala cirúrgica:
Clima calmo e silencioso → reduz ansiedade e estresse.
Controle de temperatura, ventilação e umidade → conforto físico e
emocional.

Cuidado durante a anestesia:
Funções da equipe de enfermagem:
●Auxiliar anestesista na indução.
●Conectar aparelhos de anestesia e aspiração
●Apoiar paciente para conforto e segurança.

Cuidado durante a anestesia:


Cuidados no posicionamento:
●Paciente só é posicionado após anestesia geral.
●Movimentos lentos e suaves → previnem hipotensão e instabilidade circulatória.
●Cabeça: sempre sob responsabilidade do anestesista, evitando deslocamento da
sonda endotraqueal.
●Apoiar cabeça em coxim em posição lateral.
●Evitar compressão do tórax, vasos sanguíneos superficiais e articulações.
●Membros apoiados em talas/suportes → garante circulação adequada e
oxigenação.
●Proteger áreas de contato com mesa metálica → prevenir isquemia e escaras.

Cuidado durante a anestesia:


Monitorização contínua:
●Pressão arterial, pulso, respiração e cor da pele.
●Atenção a sinais de choque ou perda sanguínea.
●Garantir fluxo de anestésicos e soluções sem interrupção.
Proteções adicionais:
●Olhos fechados com gaze umedecida ou vaselinada → previne ulceração da
córnea.
●Sondas (gástricas e vesicais) observadas constantemente para não se deslocarem.
Evitar conversas alheias, brincadeiras e exposição desnecessária do paciente.

Cuidado pós anestesia:


Na sala de operação:
●Paciente em posição dorsal, aquecido com cobertores ou manta térmica.
●Monitorização rigorosa de sinais vitais → palidez, cianose, hipotensão, taquicardia,
hemorragia.
●Observação atenta nas primeiras horas → risco frequente de choque

Manutenção das vias aéreas:
●Cabeça lateralizada e em posição mais baixa que tronco → previne aspiração.
●Aspiração de secreções frequente → elimina secreção e restos de vômito.
●Uso de cânula orofaríngea quando há risco de obstrução.

Cuidado pós anestesia:


Transferência para maca/cama:
●Realizada por 4 pessoas, com movimentos firmes, lentos e sincronizados.
●Atenção a sondas, infusões e agulhas → evitar deslocamento ou obstrução.
●Grades da maca sempre levantadas para evitar quedas.
No Setor de Recuperação Pós-Anestésica (SRPA):
●Local calmo, equipado e supervisionado por enfermeira e anestesista.
●Observação contínua dos sinais vitais (a cada 15 min até estabilização).
●Administração de oxigênio quando necessário (cianose, hipotensão, taquicardia).
●Verificação de curativos, drenagens, soluções e sangue em infusão.
●Detecção precoce de sinais de choque, parada respiratória ou cardíaca.
●Equipe deve estar treinada para manobras de emergência imediatas (massagem
cardíaca, ventilação boca a boca, oxigênio).

Cuidado pós anestesia:


Alta do SRPA:
●Paciente consciente, sinais vitais estáveis.
●Relatórios completos com dados da anestesia, medicamentos e intercorrências devem
acompanhar o paciente até a enfermaria.
●Observação continuada pela equipe de enfermagem da unidade.