APOROFOBIA - UM CONCEITO ATUAL INVISÍVEL AS DISCUSSÕES

juventudetotal 80 views 22 slides Feb 18, 2024
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Aporofobia - O preconceito ao pobre


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A POROFOBIA Prof. Rodolfo Gracioli

a aversão aos pobres e seus efeitos na sociedade

Aporofobia é um termo que tem aparecido cada vez mais no debate público, impactando, inclusive, a legislação. Mas você sabe o que ele significa e como afeta a sociedade?  A palavra aporofobia significa aversão, medo, desprezo ou rejeição aos pobres. De origem grega, é um neologismo e deriva da junção das palavras á-poros (pobres) e fobos (medo) –  é a mesma lógica de outros preconceitos.

Em entrevista à BBC Mundo em 2020, Cortina explicou que a aporofobia sempre existiu e está nas “entranhas do ser humano”. Isso porque, para ela, o problema é biocultural . A origem biológica se explica pela tendência humana, comprovada pela antropologia evolutiva, de priorizar as relações e pessoas que nos ofereçam algo em troca. Quem não tem nada a oferecer em termos práticos – como seria o caso da população em situação de rua, por exemplo – é instintivamente deixado de lado.   É claro que essa tendência não é imutável: ela pode, de acordo com a filósofa, ser reforçada ou deixada de lado pela cultura. O problema é que vivemos em uma sociedade cujos valores promovem, mais do que nunca, a rejeição aos pobres.

Aporofobia na legislação e as soluções para o problema Em dezembro de 2022, foi promulgada a lei que proíbe construções que visem afastar pessoas em situação de rua de espaços públicos. Em outras palavras, a chamada Lei Padre Júlio Lancellotti define que está proibido “o emprego de materiais, estruturas equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população.”

Além disso, a lei 14.489, de 2022, altera o Estatuto da Cidade (Lei 10.257, de 2001) e estabelece o “conforto, abrigo, descanso, bem-estar e acessibilidade na fruição de espaços livres de uso público, seu mobiliário e interfaces com espaços de uso privado.”

APOROFOBIA NO ENEM?

Quais são os alvos da aporofobia? Para James Moura Jr., doutor em psicologia social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul é preciso entender a pobreza de uma perspectiva multidimensional para analisar alguns impactos sutis desse preconceito.

De onde vem a aporofobia?

Arquitetura hostil é um conceito que define elementos urbanos criados para evitar o uso público de determinados espaços e segregar indivíduos, especialmente pessoas em situação de rua. Bancos com divisórias, pedras colocadas sob viadutos e estacas de ferro na fachada de estabelecimentos são alguns exemplos. O termo se popularizou em meados de 2014 após uma publicação no jornal britânico The Guardian. Mas a arquitetura hostil, ou como também é conhecida, arquitetura anti-mendigo , começou a ganhar força nas grandes cidades a partir da década de 90.

Arquitetura hostil: exemplos A arquitetura hostil se manifesta de várias formas nas cidades, seja no  mobiliário urbano , na fachada de estabelecimentos, em prédios, embaixo de viadutos, entre outros locais. Veja alguns exemplos: cercas elétricas arames farpados grades no perímetro de praças e gramados bancos públicos com larguras inferiores ao recomendado pelas normas de  ergonomia bancos curvados bancos com formas geométricas irregulares lanças em muretas guarda-corpos traves metálicas em portas de comércios pedras em áreas livres gotejamento de águas em intervalos estabelecidos sob marquises

Qual o problema da arquitetura hostil? A arquitetura hostil faz com que pessoas em situação de rua precisem se deslocar cada vez mais para encontrar lugares para dormir. Claramente, impedir a presença deles não acaba com o problema, e sim traz um “embelezamento” para determinadas regiões. Outra consequência da arquitetura hostil é que os moradores da cidade acabam privilegiando o lazer em locais fechados como shoppings. Atividades ao ar livre com andar de bicicleta, skate ou simplesmente o ato de sentar na rua para conversar com alguém são prejudicadas pela arquitetura hostil. Além disso, a arquitetura hostil torna o espaço urbano feio e agressivo, descaracterizando as grandes cidades.

O BRIGADO
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