Apostila - Oncologia Veterinária

Qualittas 11,605 views 51 slides Sep 08, 2016
Slide 1
Slide 1 of 51
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37
Slide 38
38
Slide 39
39
Slide 40
40
Slide 41
41
Slide 42
42
Slide 43
43
Slide 44
44
Slide 45
45
Slide 46
46
Slide 47
47
Slide 48
48
Slide 49
49
Slide 50
50
Slide 51
51

About This Presentation

Caderno de anotações - PapoVet - Oncologia Veterinária com Prof. Carlos Eduardo Rocha.


Slide Content

®
Caderno de Anotações
Oncologia Veterinária
Inovações nos tratamentos quimioterápicos
Prof. Dr. Carlos Eduardo Rocha
Material exclusivo Qualittas

PapoVet
1
Prof. Carlos Eduardo Rocha
INOVAÇÃO NOS TRATAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS

PapoVet
2
Quimioterapia
•Conceito:
PO termo quimioterapia se refere ao tratamento de
enfermidades atravésprodutos químicos que afetam a
função celular.
PEstes fármacos são utilizados no tratamento de tumores
quando a cirurgia não é possível ou se torna ineficaz na
eliminação total da enfermidade.
PDestinam a tentar deter o avanço da enfermidade, aumentar
a sobrevida ou apenas promover uma melhora paliativa.
CICLO CELULAR
PA maioria dos agentes quimioterápicos atuam a
fim de evitar a divisão e a proliferação celular.
PMuitos agentes quimioterápicos atuam sobre uma
ou mais fases do ciclo celular.

PapoVet
3
Objetivos de quimioterapia
ICurativa– utilizada em alguns tipos de neoplasias com o objetivo
da remissão completa do tumor.
IAdjuvante– empregada após o tratamento cirúrgico, tendo como
objetivo eliminar células residuais locais ou circulantes, diminuindo
a incidência ou o controle das metástases à distância.
INeoadjuvante: indicada a fim de promover uma redução tumoral
antes de um procedimento cirúrgico ou radioterápico. Entre tanto
essa terapia não é recomendada em todos os casos; é restrita
apenas em neoplasias que, comprovadamente, reduzirão o seu
tamanho com a quimioterapia de maneira significativa.
IPaliativa– sem fins curativos. Se utiliza com o propósito de
melhorar a qualidade de sobrevida do paciente, por meio da
diminuição dos sinais clínicos ocaionados pela evolução dotumor.
QUANDO UTILIZAR ?
AVALIAÇÃO
CLÍNICA DO
PACIENTE
APÓS CORRETO
ESTADIAMENTO
CLÍNICO E/OU
CIRÚRGICO
COMPROMETIMENTO
DO TUTOR
QUAL
PROTOCOLO?
TRARÁ BENEFÍCIO AO
PACIENTE?
MODALIDADES
ITerapia de indução: – Através de protocolos mais agressivos e
em intervalos menores de aplicação, procura-se reduzir o ma ior
número de células tumorais.
ITerapia de manutenção: – Caracteriza-se por utilizar protocolos
menos intensos, objetivando manter a remissão e evitar o rel apso
da neoplasia.
ITerapia de consolidação: - Modalidade utilizada de forma menos
intensa que as terapias de indução, com a finalidade de diminuir ao
máximo a população de células neoplásicas naqueles pacient es que
não entraram em remissão completa da doença desde o início do
tratamento.
ITerapia de resgate:– Utilizada em casos de recidiva tumoral após
uma terapia anterior, ou ainda após a falha no tratamento ini cial
estabelecido.

PapoVet
4
Toxicidade da Quimioterapia
PO quimioterápico não atua exclusivamente sobre as
células tumorais. Estruturas normais que se renovam
constantemente como a medula óssea, a pele e
mucosa do trato digestivo, também são afetadas pela
ação dos mesmos.
PPor este motivo as quimioterapias devem ser
administradas em ciclos e em fases pré estabelecidas
determinadas pela recuperação orgânica do paciente.
PAssim, a avaliação hematológica deverá ser sempre
realizada antes de qualquer tratamento
quimioterápico.
Doses e Duração da Quimioterapia
PPara produzir uma maior destruição das células tumorais, de vemos
usar doses máximas toleradas (DMT) administradas por um men or
tempo possível.
PEsta dose deve ser ajustada ao estado clínico
do paciente.
PAs doses utilizadas e a frequencia de administração depende rá da
toxicidade promovida aos tecidos normais. Para a maioria do s
medicamentos contra o câncer, leucopenia e trombocitopeni a são
achados evidentes em contagens hematológicas realizadas a o redor
do 7º e 14º dia após a administração da droga quimioterápica.
NADIR
Classificação dos quimioterápicos
antineoplásicos
PAgentes alquilantes
PAntimetabólicos
PFármacos Naturais
PAntibióticos Antitumorais
PHormônios e antagonistas hormonais
PEnzimas
PDiversos

PapoVet
5
Agentes alquilantes
PDerivados da mostarda nitrogenada:
PClorambucila
PCiclofosfamida
PIfosfamida
PMelfalano
PDerivados da etilamina
PTiotepa
PAlquil sulfonados
PBusulfano
PNitrosuréias
PLomustina, Carmustina, Semustina
PTriazenos
PDacarbazina, Procarbazina, Temozolamida
PSais metálicos
PCisplatina e Carboplatina
Agentes antimetabólicos
PAnálogos do ácido fólico
Pmetotrexato
PAnálogos da pirimidina
P5 – fluorouracil
Pcitosina arabinosídeo ou citarabina
Pgencitabina
PAnálogos das purinas
P6-mercaptopurina
P6-tioguanina
Agentes Antimicrotubulares
PAlacalóides vegetais
PSulfato de vincristina
PVimblastina
PVinorelbina
PDerivados do Podophyllum peltatum
PEtoposídio
PTenoposídio
PDerivados do Taxus brevifolia
PPaclitaxel
PDerivados do Taxus baccata
PDocetaxel

PapoVet
6
Antibióticos antitumorais
PDoxorrubicina
PDoxorrubicina lipossomal
PDoxorrubicina contida em microemulsão
PEpirrubicina
PActinomicina –D (dactinomicina)
PBleomicina
PIdarrubicina
PMitoxantrona
Hormônios
PPrednisona
PHormônios sexuais
PTamoxifeno (agente antiestrogênico)
Enzimas
PL-asparaginase
Diversos
PPiroxican
PHidroxiureia

PapoVet
7
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
VVia oral
VVantagens
•· Praticidade, pode ser feita pelo TUTOR (orientado)
VDesvantagens
•· Uso em felinos
VCuidados de enfermagem na via oral
• Manusear os quimioterápicos com luvas de procedime ntos .
• Orientar e assistir o cliente com relação aos efeitos colaterais.
• Administrar antiemético prescrito, se presença de vômitos
persistentes.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
VVia Endovenosa
•Vantagens
•· Acesso rápido e consequente efeito quimioterápico
imediato.
•Desvantagens
•· Requer correta técnica para colocação do cateter
•Potencias complicações
•· Flebite, necrose tecidual por extravasamento da droga
e choque anafilático agudo.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
VVia Intramuscular
•Vantagens
•· Animais muito agressivos de difícil manuseio e felinos.
•Desvantagens
•· Existem poucas drogas disponíveis para esta modalidade de
administração.
•Potenciais complicações
•· Lipodistrofias e abcessos.
•Cuidados de enfermagem na via intramuscular
• Diluir os fármacos em pequena quantidade de diluen tes.
• Fazer anti-sepsia rigorosa no local de aplicação.
•Administrar o quimioterápico em até 5 ml para cada aplicação em animais
de grande porte e 3ml para
•De pequeno porte e felinos.
• Utilizar uma agulha de menor calibre.
• Fazer rodízios dos locais de aplicação

PapoVet
8
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS
QUIMIOTERÁPICOS
ANTINEOPLÁSICOS
PVia Intravesical
•Vantagens
•· Exposição direta da superfície da vesícula urinária à droga
•Desvantagens
•· Requer contenção química do animal
•Potenciais complicações
•· Infecções do trato urinário, cistite, contratura da bexiga, urgência
urinária, reações alérgicas à droga
•Cuidados de enfermagem na aplicação por via intrave sical
• Orientar o paciente a fazer restrição hídrica por 8 a 12 horas antes
da sondagem.
• Fazer o cateterismo vesical com sonda uretral do calibre correto
• Aplicar o quimioterápico antineoplásico.
• Fazer mudança de decúbito de 15 em 15 minutos.
• Orientar que a quimioterapia deverá ficar retida por maior tempo
possível.
• Drenar o quimioterápico e retirar a sonda.
QUIMIOTERAPIA INTRATUMORAL
O que há de atual em tratamentos
quimioterápicos

PapoVet
9
ONCEPT –
VTrata-se de uma vacina que estimula o sistema
imunológico a reconhecer as células neoplásicas e
consequente destruição.
ONCEPT IL 2
Fibrossarcoma felino
VO produto desenvolvido para tratar do fibrossarcoma
felino. Deve ser administrado após 30 dias da
excisão tumoral, evitando com isso a recidiva.
DOXORRUBICINA
LIPOSSOMAL

PapoVet
10
DOXORRUBICINA
LIPOSSOMAL
PConceito:
a droga está presente dentro de pequenas
partículas - os lipossomos - que, por sua vez,
liberam a medicação bem mais próximo ao tumor,
conferindo maior segurança ao paciente uma vez
que a molécula não circula no organismo,
diminuindo os efeitos colaterais e alterações da
medula óssea.
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
•Introdução:
–As tirosinaquinases são um importante grupo proteico
que podem estar localizadas na superfície celular, no
citoplasma ou dentro do núcleo.
–As encontradas na superfície da membrana celular é
chamada de receptores de tirosinaquinase (RTQ). Agem
regulando a divisão e a diferenciação celular.
–Se essa sinalização se tornar descontrolada, o
crescimento celular desregula-se, podendo levar ao
desenvolvimento tumoral.
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
TKIs

PapoVet
11
Compreendendo os TKIs
•Introdução:
–Células normais recebem sinais externos que são
transmitidos para o interior do citoplasma até o núcleo,
regulando a divisão, diferenciação, sobrevida e morte
celular.
–Esses sinais são induzidos porfatores de crescimento,
citocinas, quimiocinas, hormônios entre outros.
–Esses sinais gerados, induzem uma rede coordenada de
interações proteicas com a formação de complexos que
regulam intimamente os processos celulares.
–Muitos componentes críticos dessas vias de transdução
estão desregulados em células tumorais.
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
•Medicina Veterinária
MASITINIB MESILATO
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
•Medicina Veterinária – inibidores de VEGFR1/2, PDGFRα/B e
Kit (antitumoral e antiangiogênica)
TOCERANIB

PapoVet
12
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
VFator de Crescimento Endotelial Vascular -VEGFR1/2
Desempenha importante papel regulador no desenvolvimento
vascular fisiológico, sendo que tanto a diminuição nos seus
níveis ou sua ausência quanto o aumento provocam danos na
formação vascular
.
VReceptores do fator de crescimento derivado de plaquetas
PDGFR α / β
Regulam a proliferação ,diferenciação, crescimento e
desenvolvimento celular das neoplasias.
TOCERANIB
Aplicações em Estudos dos TKIs
•Toceranib e piroxican :
dose: 3,25 mg/kg toceranib
dose: 0,3mg/kg/dia piroxican
•Toceranib e vimblastina
toceranib: 3,25mg/kg dias alternados
vimblastina: 1,6mg/m2 a cada 2 semanas
•Toceranib e lomustina
toceranib: 2,75mg/kg ( seg/qua/sex) em ciclos de 21 dias
lomustina: 50 mg/m2
INIBIDORES DE TIROSINAQUINASE
•Medicina Veterinária (LMC)
MESILATO DE IMATINIBE

PapoVet
13
TERAPIA ALVO ANTITUORAL
•MABS
MABS- anticorpos monoclonais
PSão medicamentos imunobiológicos,
modificados em laboratório que atuam sobre
determinadas proteínas, eliminando ou
prevenindo o crescimento de células .
PDiferente dos tratamentos quimioterápicos, esta
é uma terapia dirigida, uma vez que estimula
as células do sistema imune a atacar somente
células malignas, o que aumenta a eficácia
reduzindo os efeitos deletérios secundarios.

PapoVet
14
RITUXIMAB
Mabthera 100mg e 500 mg injetável
PÉ um anticorpo monoclonal dirigido contra o
antígeno CD20, indicado para o tratamento de
pacientes:
alinfoma de células B e CD 20 positivo,
aleucemia linfocítica,
alinfoma primário cutâneo tipo B.
TRASTUZUMABE –Herceptin 440mg inj
PÉ um anticorpo monoclonal derivado de DNA
recombinante que se une com alta afinidade
ao fator de crescimento epidérmico humano
(HER-2).
PEstá indicado para tratamento de pacientes
com câncer de mama metastásico cujos
tumores sobreexpresan a proteína HER2.
O que a industria farmacêutica
veterinária recentemente lançou?

PapoVet
15
O que a industria farmacêutica está
produzindo para um futuro próximo?
AT – 014
Indicação: Imunoterapia para os osteossarcomas
primários.
Doxophos®: é uma formulação de nanopartículas único da
doxorrubicina substância (adriamicina
®
).
PTANOVEA(rabacfosadine)–
SAINDO DO CONVENCIONAL
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA

PapoVet
16
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
•Quimioterapia Convencional (DMT)
•Quimioterapia Metronômica
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
PCONCEITO:
A terapia metronômica oferece um novo conceito no tratament o do
câncer, além de um protocolo citotóxico diferente do convencional.
Protocolos de quimioterapia metronômica baseiam-se na uti lização de
fármacos antineoplásicos tradicionalmente empregados em
quimioterapia convencional, administrados VO, em baixas d oses,
intervalos curtos e regulares.
A administração metronômica proporciona baixos e contínuo s níveis
circulantes dos fármacos antineoplásicos, garantindo efe itos
citotóxicos, antiangiogênicos e imunomoduladores, além d e
proporcionar baixos índices de efeitos adversos e de resistência aos
quimioterápicos (Hanahan et al., 2000)
.
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
PMECANISMO DE AÇÃO:
PEfeitos citotóxicos
Indução da senescências
PEfeitos antiangiogênicos
Afeta as células endoteliais de uma maneira muito mais
direta e seletiva quando comparada com outros tipos de
células e tecidos
Modula os níveis de fatores de crescimento angiogênico
Ação direta (apoptose) sobre as células endoteliais
progenitoras
Ação direta sobre as células endoteliais tumorais
PEfeitos imunomoduladores

PapoVet
17
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
PIndicações:
Pcontrole paliativo da neoplasia,
PNeoplasias recorrentes,
PNeoplasias inoperáveis ou metastáticas,
Ptratamento pacientes muito debilitados ou cujos
propietários recusam as terapias convencionais
devido o risco de efeitos adversos.
QUIMIOTERAPIA METRONÔMICA
PFármacos:
PO fármaco citostático mais utilizado em vários estudos da
quimioterapia metronômica é a Ciclofosfamida (Penel y
cols., 2012), sendo que outros fármacos estudados como o
clorambucil, lomustina e metotrexato são também
empregados.
PDois inibidores da tirosina quinase, o masitinib (Masivet)e
o toceranib (Palladia), encontram-se licenciados para
utilização na medicina veterinária para o tratamento de
mastocitomas caninos e podem também ser utilizados como
terapia metronômica.
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
PCLORAMBUCILA
Indicações:
pNeoplasias linfoproliferativas
pLeucemia linfocítica crônica
pSubstitui a Ciclofosfamida em caso de
cistite hemorrágica

PapoVet
18
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
PCICLOFOSFAMIDA
Indicações:
pLinfomas
pLeucemias
pDiversos sarcomas
pCarcinomas
QUIMIOTERAPIA
METRONÔMICA
CICLOFOSFAMIDA : 12,5 mg/m2 VO SID
PIROXICAN : 0,3 mg/kg VO SID
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
PLOMUSTINA
Indicações:
plinfoma multicêntrico
plinfoma epiteliotrópico
pmastocitoma
psarcoma histiocítico
pneo SNC (astrocitoma/glioma)

PapoVet
19
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
PPROCARBAZINA
Indicações:
pLinfomas
pNeoplasia de SNC
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
PMETOTREXATO
Indicações:
pTumores que apresentam rápida proliferação
pLinfoma
pSarcomas de tecidos moles
pOSA
pTVT
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
PMELFALANO
Indicações:
pMelanoma
pLinfoma
pAdenocarcinoma de saco anal

PapoVet
20
TERAPIA QUIMIOTERÁPICA ORAL
VDOCETAXEL
Indicações:
nTumores epiteliais
Efeitos da quimioterapia
“Apesar de ser frequentemente utilizada por clínicos
veterinários , a quimioterapia na rotina da clínica de pequenos
animais traz diversos riscos relacionados à exposição aos
medicamentos antineoplásicos. Estes riscos referem-se tanto a
profissionais diretamente envolvidos com os procedimentos
clínicos, sejam médicos veterinários ou enfermeiros, quanto aos
tutores dos pacientes. No entanto, apesar de todo o
conhecimento a respeito deste fato, estes riscos tem sido
rotineiramente negligenciados. Seja em nossas escolas e
faculdades de medicina veterinária, seja no exercício
especialista de profissionais habilitados”.
Prof. Dr. Cláudio Mafra
Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular
Universidade Federal de Viçosa - MG

PapoVet
21
Manejo e Descarte dos
Quimioterápicos:
Cuidados que são negligenciados
Biosegurança
É um conjunto de procedimentos, ações ,
técnicas, metodologias, equipamentos e
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar
riscos inerentes as atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, que podem comprometer
a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente ou qualquer dos trabalhos
desenvolvidos.
Grupos de Riscos
nFísico
nQuímico
nErgonômico
nBiológicos
nAcidentes

PapoVet
22
Riscos Químicos
nSubstâncias, compostos ou produtos que
podem penetrar no organismo por via
respiratória, absorvidos pela pele ou por
ingestão, na forma de gases, vapores,
neblinas, poeiras ou fumos.
nAvaliação quantitativa e qualitativa
Riscos Químicos na Manipulação de
Antineoplásicos
nAs atividades de risco são as capazes de
proporcionar DANO,DOENÇA ou MORTE
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Conceitos:
nÉ importante que, fique clara a diferença entre
riscoe
perigo.
nExiste perigona manipulação de determinados produtos
químicos ou biológicos,
nPorém o riscodessa atividade pode ser considerado
baixo se forem observados todos os cuidados necessários
e utilizados os equipamentos de proteção adequados

PapoVet
23
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Riscospresentes na produção e preparode medicamentos
Medicamento
ManipuladorMeio ambiente
O que diz a Lei:
nResolução 288/96 (21/03/96)
nCFF – Compete ao farmacêutico assegurar
condições adequadas de formulação, preparo,
armazenagem, conservação, transporte e
segurança quanto ao uso de drogas
antineoplásicas, ratificando como “atribuição
privativa do farmacêutico a competência para o
exercício da atividade da manipulação de drogas
antineoplásicas e similares nos estabelecimentos
de saúde”.
RDC 220 e a Manipulação de
Quimioterápicos
•RESOLUÇÃO - RDC Nº 220, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2004.

PapoVet
24
REGULAMENTO TÉCNICO DE
FUNCIONAMENTO PARA OS SERVIÇOS
DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
pEste Regulamento Técnico fixa os requisitos
mínimos exigidos para o funcionamento dos
Serviços de Terapia Antineoplásica (STA)
CondiçõesGerais
A Terapia Antineoplásica (TA) deve abranger,
obrigatoriamente, as seguintes etapas:
pObservação clínica e prescrição médica.
pPreparação: avaliação da prescrição, manipulação,
controle de qualidade e conservação.
pTransporte.
pAdministração.
pDescarte.
pDocumentação e registros que garantam
rastreabilidade em todas as etapas do processo.
Farmácia
pDeve atender às Boas Práticas de Preparação da TA
(Anexo III);
pMedicamentos e materiais devem atender a
especificação técnica detalhada pela EMTA (Equipe
Multiprofissional de Terapia Antineoplásica);
pFornecedores de medicamentos e materiais devem
ser qualificados;

PapoVet
25
Armazenamento
pTodos os medicamentos destinados a TA devem ser separados dos
demais, armazenados sob condições apropriadas, de modo a
preservar a identidade e integridade dos mesmos.
pNo caso de medicamentos que exijam condições especiais de
temperatura, deve existir registro e controle de temperatura que
comprovem o atendimento as exigências.
Análise da Prescrição Médica
pConhecer as propriedades físico-químicas das
drogas antineoplásicas;
pConhecer os protocolos de QT e a
farmacologia das drogas antineoplásicas;
pChecar todos os itens da prescrição
identificando todas as drogas ligadas à
quimioterapia (antineoplásicos, pré e pós QT e
outras)
Análise da Prescrição Médica
pCalcular todas as doses em ml de acordo com as
tabelas de quimioterapia que são preparadas e
revisadas periodicamente pelo farmacêutico;
pVerificar compatibilidade entre droga/soro;
pVerificar estabilidade pela relação de
concentração droga(mg) / soro(ml);
Ex: Carboplatina estabilidade 0,5 a 10mg/ml
pPreparar rótulos de identificação e advertência.

PapoVet
26
Características Físico-Químicas
nEtoposídeo ( Concentração Estabilidade)
nGenuxal (Difícil reconstituição)
nTaxol (Apresenta sorção por PVC)
nCisplatina (Estabilidade dependente dos íons Cl-,
necessita hidratar bastante o paciente devido
elevada nefrotoxicidade, incompatível com SG
5%)
nCarboplatina (Estabilidade com SF 0,9%)
nCarmustina (Reconstituição hidroalcóolica)
nAntibióticos Antitumorais (cardiotoxicidade)
PRESCRIÇÃO E ESTABILIDADE DE ANTINEOPLÁSICOS
Fármaco Administração Estabilidade Diluente
Estabilidade
Equipo Vesicante Irritante Observações
após manipulação
Asparaginase
Infusão 20 a 5000 UI/mL SG5% / SF
8h SR
Descartar soluções turvas. Não agitar
vigorosamente.
Bolus (IM) 5000 UI/mL SF
Bleomicina
Infusão
0,015 a 15 UI/mL SF 7 dias SR
A estabilidade após diluição em TA é de 24 horas.
Proteger da luz.
Bolus (IM, IV, SC)
Carboplatina Infusão 0,5 a 10mg/mL SG5% 24h SR
Degrada em contato com alumínio.
Tem melhor estabilidade em SG5%.
Carmustina Infusão 0,1 a 3,3 mg/mL SG5% / SF 48h SR/AL Âmbar sim
Reage com PVC e EVA.
Ciclofosfamida
Infusão
0,1 a 20 mg/mL SG5% / SF
6 dias SR
Exige agitação intensa para dissolução. Atenção
ao risco de contaminção biológica.
Bolus 48h TA
Cisplatina Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SF / SGF 24h TA/AL
Âmbar sim
Não deve ser refrigerada. Interage com alumínio.
Proteger da luz.
Manitol / SF +
Manitol
48h TA/AL
Doxorrubicina
Infusão 0,1 a 2 mg/mL
SG5% / SF
6 dias SR/AL
Âmbar sim
Pode ser inativada por Cloreto de Sódio 5% .
Ocorre a formação de precipitado em contato
com diluentes bacteriostáricos e alumínio.
Bolus 2 mg/mL 6 dias TA/AL
Epirrubicina
Infusão 0,5 a 2 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim sim x
Bolus 2 mg/mL
Vimblastina
Infusão
0,003 a 1 mg/mL SG5% / SF / RL
28 dias SR
sim sim
A administração IT é fatal. Proteger da luz.
Bolus 24h TA
Vincristina
Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim
A administração intratecal pode ser fatal. Pode
causar sérios danos teciduais em caso de
extravasamento.
Bolus 0,025 a 1 mg/mL
Ambiente de Manipulação
nSala Limpa
nCentral de Ar Classificado
nFluxo Laminar Vertical
Classe II B2: Para estes equipamentos 100% do ar
insuflado na área de trabalho são retirados do ambiente
(sala), e este volume de ar somado aos 30% que formam
a cortina de ar sob a janela, são totalmente exauridos
para o meio ambiente (fora da sala), não havendo
recirculação de ar. Equipamento adequado para a
manipulação de produtos químicos nocivos,
radioisótopos e voláteis tóxicos em baixos níveis.

PapoVet
27
Estrutura Física - Farmácia
Exigências RDC Anvisa 67/07:
nSala de paramentação com câmaras fechadas,
preferencialmente com dois ambientes (barreira sujo/
limpo) para troca de roupa;
nSala para limpeza e higienização de medicamentos classe
ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico de ar) contínua à sala
de manipulação;
nSala destinada à manipulação, independente e exclusiva,
em área ISO Classe 7 (10.000 partículas) e cabine de
segurança biológica ISO Classe 5(100 partículas).
tPressão negativa em relação às salas adjacentes.
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI´S)
nRoupa estéril (avental Tyvek)
nÓculos Proteção
nLuva sem talco estéril
nMascara PFF2
nDegermante para assepsia de mãos
(Clorexidine 2%)
nColetor rígido - PVC
Preparo da Quimioterapia
Antes da Manipulação
nLavagem de Mãos
nParamentação do Manipulador
nHigienização e Montagem do Fluxo

PapoVet
28
Lavagem de Mãos
Paramentação
Montagem do Fluxo

PapoVet
29
Durante a Manipulação
nTécnica segura de manipulação
nAtentar para aferição das seringas
nAtentar para as características físico-químicas de cada
droga
nAtentar para tipo e volume adequado dos reconstituintes
de cada droga (ABD e NaCl 0,9%)
nAtentar para tipo e volume adequado dos soros diluentes
de cada droga (SF 0,9%, SG 5%, SGF 1:1)
nAtentar para tipo de equipo de acordo com a droga, forma
e tempo de infusão (infusão gravitacional ou BIC, bolus,
push, IM, IV)
Técnica Segura para Manipulação de
Quimioterapia
nPrevenir formação de aerossóis usando gaze estéril;
nEquilibrar pressão existente no interior dos frascos de
drogas;
nEvitar movimentos bruscos e não retirar as mãos do
interior do fluxo;
nTroca do segundo par de luvas a cada 2 horas de
manipulação ininterrupta;
nUso seguro do fluxo laminar;
nManutenção periódica do fluxo laminar
Medicamentos e drogas de risco também
podem contaminar o ambiente e o manipulador
Substância(droga)
Produto (medicamentos, saneantes, desinfectantes)

PapoVet
30
RISCO OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO AOS
MEDICAMENTOS DE RISCO (ASHP)
n
Medicamentos e drogas de risco manuseadas como inócuos
(vitaminas, antineoplásicos (
VINCRISTINA, CICLOFOSFAMIDA e
outros)), levam à contaminaçãodo manipulador e do meio
ambiente
nDa contaminação resulta a absorçãopelos profissionais de saúde. A
absorção é pequena, exceto em situações de grande exposição
nO dano é cumulativo.Profissionais que preparam ou administram
esses medicamentos por longos períodos de tempo (veterinários;
enfermeiros-oncologistas e de transplantes, farmacêuticos dos
centros de soluções intravenosas) são os mais expostos
CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE PODEM DETERMINAR O
RISCO OCUPACIONAL (AMERICAN SOCIETY OF HEALTH PHARMACIST –
ASHP)
nGENOTOXICIDADE(mutagenicidade e clastogenicidade)
nCARCINOGENICIDADE(indução tumoral em modelo
animal, pacientes humanos ou ambos)
nTERATOGENICIDADE(alterações sobre a reprodução,
alterações da fertilidade, má-formações congênitas no
feto)
nTOXICIDADE SÉRIA E SELETIVA SOBRE ÓRGÃOS E
SISTEMAS (em baixa dose em modelo animal e em
pacientes tratados)
Reação a Exposição de
Antineoplásicos
Manipulador exposto a Bleomicina

PapoVet
31
Transporte
pRecipiente isotérmico exclusivo;
pGarantia de conservação;
pTreinamento do colaborador para
gerenciamento de riscos e acidentes.
Segurança Ambiental
pKit de derramamento identificado e disponível em
todas as áreas onde são realizadas atividades de
manipulação, armazenamento, administração e
transporte;
pComposição do Kit: luvas de procedimento, avental,
compressas absorventes, proteção respiratória,
proteção ocular, sabão, descrição do procedimento e
formulário de notificação, recipiente para recolhimento
dos resíduos;
pClassificação de acidentes: pessoal, na cabine,
ambiental.
Plano de Gerenciamento de
Resíduos em Serviços de Saúde
pDe acordo com a Resolução RDC Nº 306/04 da ANVISA,
o gerenciamento de RSS constitui uma ação de gestão,
envolvendo recursos materiais, físicos e humanos,
devendo ser planejada e implementada
fundamentando-se em bases científicas e técnicas,
normativas e legais. Os objetivos desta ação são
minimizar a geração dos resíduos e fornecer uma
destinação segura a eles, proporcionando a prevenção
de agravos à saúde e ao meio ambiente além de
proteção dos trabalhadores.

PapoVet
32
A Resolução nº 283 do CONAMA
define o PGRSS
pDocumento integrante do processo de licenciamento
ambiental, baseado nos princípios da não geração de
resíduos e na minimização da geração de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no
âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta
Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como a
proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo
gerador dos resíduos e de acordo com os critérios
estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio
ambiente federais, estaduais e municipais.
PGRSS
Deve contemplar todas as etapas adequadas ao manejo dos resíduos
de serviços de saúde de acordo com as especificações contidas na
legislação. As etapas de acordo com a RDC nº 306/04 são:
psegregação,
pacondicionamento,
pidentificação,
ptransporte interno,
parmazenamento temporário,
ptratamento,
parmazenamento externo,
pcoleta,
ptransporte externo e destinação final
Identificação e Classificação dos
Resíduos
Os resíduos sólidos gerados podem ser
classificados em 05 grupos abaixo definidos:

PapoVet
33
Grupo B – Resíduos Químicos
pResíduos contendo substancias químicas que
apresentam risco à saúde pública ou ao meio
ambiente.
pÉ identificado por meio de símbolo de risco
associado.
Grupo D – Resíduos Comuns
pResíduos gerados nos serviços de saúde que não
necessitam de processos diferenciados:
- paramentação;
- Filtros;
- sobras ambulatoriais não contaminadas;
- papeis;
- descartáveis;
- embalagens em geral;

PapoVet
34
Grupo E – Perfurocortantes
pAgulhas
pAmpolas vazias
pSeringas
Resíduos gerados na área
pGrupo B: medicamentos quimioterápicos com
data de validade expirada, bolsas e equipos
contendo tais medicamentos.
pGrupo D contaminado com grupo B: Frascos
vazios de medicamentos quimioterápicos,
paramentação, bolsas e equipos vazios
contaminados.
pGrupo E contaminados com Grupo B: agulhas,
seringas e ampolas (vazias) contaminadas.
Obrigada!
Eliana Testa CRF/SP 20298
[email protected]
www.farmasintese.com.br

PapoVet
35

PapoVet
36
MUITO OBRIGADO!!
Prof. Carlos Eduardo Rocha
[email protected]

PapoVet
1
Manejo e Descarte dos
Quimioterápicos:
Cuidados que são negligenciados
Biosegurança
É um conjunto de procedimentos, ações ,
técnicas, metodologias, equipamentos e
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar
riscos inerentes as atividades de pesquisa,
produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e
prestação de serviços, que podem comprometer
a saúde do homem, dos animais, do meio
ambiente ou qualquer dos trabalhos
desenvolvidos.
Grupos de Riscos
PFísico
PQuímico
PErgonômico
PBiológicos
PAcidentes

PapoVet
2
Riscos Químicos
PSubstâncias, compostos ou produtos que
podem penetrar no organismo por via
respiratória, absorvidos pela pele ou por
ingestão, na forma de gases, vapores,
neblinas, poeiras ou fumos.
PAvaliação quantitativa e qualitativa
Riscos Químicos na Manipulação de
Antineoplásicos
PAs atividades de risco são as capazes de
proporcionar DANO,DOENÇA ou MORTE
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Conceitos:
PÉ importante que, fique clara a diferença entre
riscoe
perigo.
PExiste perigona manipulação de determinados produtos
químicos ou biológicos,
PPorém o riscodessa atividade pode ser considerado
baixo se forem observados todos os cuidados necessários
e utilizados os equipamentos de proteção adequados

PapoVet
3
Riscos Químicos na Manipulação
de Antineoplásicos
Riscospresentes na produção e preparode medicamentos
Medicamento
ManipuladorMeio ambiente
O que diz a Lei:
pResolução 288/96 (21/03/96)
pCFF – Compete ao farmacêutico assegurar
condições adequadas de formulação, preparo,
armazenagem, conservação, transporte e
segurança quanto ao uso de drogas
antineoplásicas, ratificando como “atribuição
privativa do farmacêutico a competência para o
exercício da atividade da manipulação de drogas
antineoplásicas e similares nos estabelecimentos
de saúde”.
RDC 220 e a Manipulação de
Quimioterápicos
•RESOLUÇÃO - RDC Nº 220, DE 21 DE
SETEMBRO DE 2004.

PapoVet
4
REGULAMENTO TÉCNICO DE
FUNCIONAMENTO PARA OS SERVIÇOS
DE TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
PEste Regulamento Técnico fixa os requisitos
mínimos exigidos para o funcionamento dos
Serviços de Terapia Antineoplásica (STA)
CondiçõesGerais
A Terapia Antineoplásica (TA) deve abranger,
obrigatoriamente, as seguintes etapas:
PObservação clínica e prescrição médica.
PPreparação: avaliação da prescrição, manipulação,
controle de qualidade e conservação.
PTransporte.
PAdministração.
PDescarte.
PDocumentação e registros que garantam
rastreabilidade em todas as etapas do processo.
Farmácia
PDeve atender às Boas Práticas de Preparação da TA
(Anexo III);
PMedicamentos e materiais devem atender a
especificação técnica detalhada pela EMTA (Equipe
Multiprofissional de Terapia Antineoplásica);
PFornecedores de medicamentos e materiais devem
ser qualificados;

PapoVet
5
Armazenamento
PTodos os medicamentos destinados a TA devem ser separados dos
demais, armazenados sob condições apropriadas, de modo a
preservar a identidade e integridade dos mesmos.
PNo caso de medicamentos que exijam condições especiais de
temperatura, deve existir registro e controle de temperatura que
comprovem o atendimento as exigências.
Análise da Prescrição Médica
PConhecer as propriedades físico-químicas das
drogas antineoplásicas;
PConhecer os protocolos de QT e a
farmacologia das drogas antineoplásicas;
PChecar todos os itens da prescrição
identificando todas as drogas ligadas à
quimioterapia (antineoplásicos, pré e pós QT e
outras)
Análise da Prescrição Médica
PCalcular todas as doses em ml de acordo com as
tabelas de quimioterapia que são preparadas e
revisadas periodicamente pelo farmacêutico;
PVerificar compatibilidade entre droga/soro;
PVerificar estabilidade pela relação de
concentração droga(mg) / soro(ml);
Ex: Carboplatina estabilidade 0,5 a 10mg/ml
PPreparar rótulos de identificação e advertência.

PapoVet
6
Características Físico-Químicas
PEtoposídeo ( Concentração Estabilidade)
PGenuxal (Difícil reconstituição)
PTaxol (Apresenta sorção por PVC)
PCisplatina (Estabilidade dependente dos íons Cl-,
necessita hidratar bastante o paciente devido
elevada nefrotoxicidade, incompatível com SG
5%)
PCarboplatina (Estabilidade com SF 0,9%)
PCarmustina (Reconstituição hidroalcóolica)
PAntibióticos Antitumorais (cardiotoxicidade)
PRESCRIÇÃO E ESTABILIDADE DE ANTINEOPLÁSICOS
Fármaco Administração Estabilidade Diluente
Estabilidade
Equipo Vesicante Irritante Observações
após manipulação
Asparaginase
Infusão 20 a 5000 UI/mL SG5% / SF
8h SR
Descartar soluções turvas. Não agitar
vigorosamente.
Bolus (IM) 5000 UI/mL SF
Bleomicina
Infusão
0,015 a 15 UI/mL SF 7 dias SR
A estabilidade após diluição em TA é de 24 horas.
Proteger da luz.
Bolus (IM, IV, SC)
Carboplatina Infusão 0,5 a 10mg/mL SG5% 24h SR
Degrada em contato com alumínio.
Tem melhor estabilidade em SG5%.
Carmustina Infusão 0,1 a 3,3 mg/mL SG5% / SF 48h SR/AL Âmbar sim
Reage com PVC e EVA.
Ciclofosfamida
Infusão
0,1 a 20 mg/mL SG5% / SF
6 dias SR
Exige agitação intensa para dissolução. Atenção
ao risco de contaminção biológica.
Bolus 48h TA
Cisplatina Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SF / SGF 24h TA/AL
Âmbar sim
Não deve ser refrigerada. Interage com alumínio.
Proteger da luz.
Manitol / SF +
Manitol
48h TA/AL
Doxorrubicina
Infusão 0,1 a 2 mg/mL
SG5% / SF
6 dias SR/AL
Âmbar sim
Pode ser inativada por Cloreto de Sódio 5% .
Ocorre a formação de precipitado em contato
com diluentes bacteriostáricos e alumínio.
Bolus 2 mg/mL 6 dias TA/AL
Epirrubicina
Infusão 0,5 a 2 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim sim x
Bolus 2 mg/mL
Vimblastina
Infusão
0,003 a 1 mg/mL SG5% / SF / RL
28 dias SR
sim sim
A administração IT é fatal. Proteger da luz.
Bolus 24h TA
Vincristina
Infusão 0,01 a 1 mg/mL
SG5% / SF 7 dias SR/AL Âmbar sim
A administração intratecal pode ser fatal. Pode
causar sérios danos teciduais em caso de
extravasamento.
Bolus 0,025 a 1 mg/mL
Ambiente de Manipulação
PSala Limpa
PCentral de Ar Classificado
PFluxo Laminar Vertical
Classe II B2: Para estes equipamentos 100% do ar
insuflado na área de trabalho são retirados do ambiente
(sala), e este volume de ar somado aos 30% que formam
a cortina de ar sob a janela, são totalmente exauridos
para o meio ambiente (fora da sala), não havendo
recirculação de ar. Equipamento adequado para a
manipulação de produtos químicos nocivos,
radioisótopos e voláteis tóxicos em baixos níveis.

PapoVet
7
Estrutura Física - Farmácia
Exigências RDC Anvisa 67/07:
PSala de paramentação com câmaras fechadas,
preferencialmente com dois ambientes (barreira sujo/
limpo) para troca de roupa;
PSala para limpeza e higienização de medicamentos classe
ISO 8 (100.000 partículas/ pé cúbico de ar) contínua à sala
de manipulação;
PSala destinada à manipulação, independente e exclusiva,
em área ISO Classe 7 (10.000 partículas) e cabine de
segurança biológica ISO Classe 5(100 partículas).
aPressão negativa em relação às salas adjacentes.
Equipamentos de Proteção
Individual (EPI´S)
PRoupa estéril (avental Tyvek)
PÓculos Proteção
PLuva sem talco estéril
PMascara PFF2
PDegermante para assepsia de mãos
(Clorexidine 2%)
PColetor rígido - PVC
Preparo da Quimioterapia
Antes da Manipulação
PLavagem de Mãos
PParamentação do Manipulador
PHigienização e Montagem do Fluxo

PapoVet
8
Lavagem de Mãos
Paramentação
Montagem do Fluxo

PapoVet
9
Durante a Manipulação
PTécnica segura de manipulação
PAtentar para aferição das seringas
PAtentar para as características físico-químicas de cada
droga
PAtentar para tipo e volume adequado dos reconstituintes
de cada droga (ABD e NaCl 0,9%)
PAtentar para tipo e volume adequado dos soros diluentes
de cada droga (SF 0,9%, SG 5%, SGF 1:1)
PAtentar para tipo de equipo de acordo com a droga, forma
e tempo de infusão (infusão gravitacional ou BIC, bolus,
push, IM, IV)
Técnica Segura para Manipulação de
Quimioterapia
PPrevenir formação de aerossóis usando gaze estéril;
PEquilibrar pressão existente no interior dos frascos de
drogas;
PEvitar movimentos bruscos e não retirar as mãos do
interior do fluxo;
PTroca do segundo par de luvas a cada 2 horas de
manipulação ininterrupta;
PUso seguro do fluxo laminar;
PManutenção periódica do fluxo laminar
Medicamentos e drogas de risco também
podem contaminar o ambiente e o manipulador
Substância(droga)
Produto (medicamentos, saneantes, desinfectantes)

PapoVet
10
RISCO OCUPACIONAL DE EXPOSIÇÃO AOS
MEDICAMENTOS DE RISCO (ASHP)
P
Medicamentos e drogas de risco manuseadas como inócuos
(vitaminas, antineoplásicos (
VINCRISTINA, CICLOFOSFAMIDA e
outros)), levam à contaminaçãodo manipulador e do meio
ambiente
PDa contaminação resulta a absorçãopelos profissionais de saúde. A
absorção é pequena, exceto em situações de grande exposição
PO dano é cumulativo.Profissionais que preparam ou administram
esses medicamentos por longos períodos de tempo (veterinários;
enfermeiros-oncologistas e de transplantes, farmacêuticos dos
centros de soluções intravenosas) são os mais expostos
CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE PODEM DETERMINAR O
RISCO OCUPACIONAL (AMERICAN SOCIETY OF HEALTH PHARMACIST –
ASHP)
PGENOTOXICIDADE(mutagenicidade e clastogenicidade)
PCARCINOGENICIDADE(indução tumoral em modelo
animal, pacientes humanos ou ambos)
PTERATOGENICIDADE(alterações sobre a reprodução,
alterações da fertilidade, má-formações congênitas no
feto)
PTOXICIDADE SÉRIA E SELETIVA SOBRE ÓRGÃOS E
SISTEMAS (em baixa dose em modelo animal e em
pacientes tratados)
Reação a Exposição de
Antineoplásicos
Manipulador exposto a Bleomicina

PapoVet
11
Transporte
PRecipiente isotérmico exclusivo;
PGarantia de conservação;
PTreinamento do colaborador para
gerenciamento de riscos e acidentes.
Segurança Ambiental
PKit de derramamento identificado e disponível em
todas as áreas onde são realizadas atividades de
manipulação, armazenamento, administração e
transporte;
PComposição do Kit: luvas de procedimento, avental,
compressas absorventes, proteção respiratória,
proteção ocular, sabão, descrição do procedimento e
formulário de notificação, recipiente para recolhimento
dos resíduos;
PClassificação de acidentes: pessoal, na cabine,
ambiental.
Plano de Gerenciamento de
Resíduos em Serviços de Saúde
PDe acordo com a Resolução RDC Nº 306/04 da ANVISA,
o gerenciamento de RSS constitui uma ação de gestão,
envolvendo recursos materiais, físicos e humanos,
devendo ser planejada e implementada
fundamentando-se em bases científicas e técnicas,
normativas e legais. Os objetivos desta ação são
minimizar a geração dos resíduos e fornecer uma
destinação segura a eles, proporcionando a prevenção
de agravos à saúde e ao meio ambiente além de
proteção dos trabalhadores.

PapoVet
12
A Resolução nº 283 do CONAMA
define o PGRSS
PDocumento integrante do processo de licenciamento
ambiental, baseado nos princípios da não geração de
resíduos e na minimização da geração de resíduos, que
aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, no
âmbito dos estabelecimentos mencionados no art. 2º desta
Resolução, contemplando os aspectos referentes à geração,
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, tratamento e disposição final, bem como a
proteção à saúde pública. O PGRSS deve ser elaborado pelo
gerador dos resíduos e de acordo com os critérios
estabelecidos pelos órgãos de vigilância sanitária e meio
ambiente federais, estaduais e municipais.
PGRSS
Deve contemplar todas as etapas adequadas ao manejo dos resíduos
de serviços de saúde de acordo com as especificações contidas na
legislação. As etapas de acordo com a RDC nº 306/04 são:
Psegregação,
Pacondicionamento,
Pidentificação,
Ptransporte interno,
Parmazenamento temporário,
Ptratamento,
Parmazenamento externo,
Pcoleta,
Ptransporte externo e destinação final
Identificação e Classificação dos
Resíduos
Os resíduos sólidos gerados podem ser
classificados em 05 grupos abaixo definidos:

PapoVet
13
Grupo B – Resíduos Químicos
PResíduos contendo substancias químicas que
apresentam risco à saúde pública ou ao meio
ambiente.
PÉ identificado por meio de símbolo de risco
associado.
Grupo D – Resíduos Comuns
PResíduos gerados nos serviços de saúde que não
necessitam de processos diferenciados:
- paramentação;
- Filtros;
- sobras ambulatoriais não contaminadas;
- papeis;
- descartáveis;
- embalagens em geral;

PapoVet
14
Grupo E – Perfurocortantes
PAgulhas
PAmpolas vazias
PSeringas
Resíduos gerados na área
PGrupo B: medicamentos quimioterápicos com
data de validade expirada, bolsas e equipos
contendo tais medicamentos.
PGrupo D contaminado com grupo B: Frascos
vazios de medicamentos quimioterápicos,
paramentação, bolsas e equipos vazios
contaminados.
PGrupo E contaminados com Grupo B: agulhas,
seringas e ampolas (vazias) contaminadas.
Obrigada!
Eliana Testa CRF/SP 20298
[email protected]
www.farmasintese.com.br