Em 1492 D. João II começou a preparar a primeira viagem marítima
até à
Índia,
ordenando a construção dos navios necessários, apesar
de só no reinado de D. Manuel I a viagem ter acontecido.
Este monarca, designou
Vasco da Gama
para chefiar a expedição,
acabando a pequena armada por partir a 8 de junho de 1497,
constituída por três navios, as naus
S. Rafael,
S. Gabriel
e
Bérrio,
capitaneadas por Paulo da Gama,
Vasco da Gama
e Nicolau Coelho,
respetivamente, a armada levava cerca de centena e meia de
marinheiros e soldados, dos quais metade terá falecido durante a
viagem.
Vasco da Gama
partiu de
Lisboa
e
seguiu a linha da costa de
Cabo Verde
até à
Serra Leoa,
atingindo a Baía de Santa Helena a
7 de novembro de 1497, a Baía de
S. Brás a 25 de novembro,
Moçambique
(onde tomou um
piloto mouro) a 2 de março de
1498,
Mombaça
a 7 de abril e
Melinde
a 14 de abril (onde
contratou o excelente piloto
árabe), chegando finalmente a
norte de
Calecute
a 20 de maio
desse ano.
Com o regresso das naus a
Lisboa,
estabeleceu-se uma ligação marítima que,
durante muitas décadas, foi explorada
pela Coroa e serviu para o
estabelecimento da
Índia Portuguesa.
De facto, a descoberta do caminho
marítimo para a
Índia
permitiu que se
estabelecesse uma nova rota a ligar
diretamente as regiões produtoras das
especiarias aos mercados europeus.
Dominada pelos portugueses até meados
do século XVII, a
Rota do Cabo
possibilitou
um grande desenvolvimento económico
da metrópole.