Apresentação feita para a disciplina de Memória e Arquivamento do Curso de Comunicação Digital Comdig - Unisinos
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Language: pt
Added: Nov 08, 2011
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Patrimônio Histórico pode ser definido como um
bem material, natural ou imóvel que possui
significado e importância artística, cultural,
religiosa, documental ou estética para a
sociedade. Estes patrimônios foram construídos
ou produzidos pelas sociedades passadas, por
isso representam uma importante fonte de
pesquisa e preservação cultural.
Patrimônio cultural é o conjunto de todos os bens,
materiais ou imateriais, que, pelo seu valor próprio, devem
ser considerados de interesse relevante para a
permanência e a identidade da cultura de um povo.
[1][2]
O patrimônio é a nossa herança do passado, com que
vivemos hoje, e viverão as próximas geraçõs.
[3]
Do património cultural fazem parte bens imóveis tais
como castelos, igrejas, casas, praças, conjuntos urbanos, e
ainda locais dotados de expressivo valor para a história,
a arqueologia, a paleontologia e a ciência em geral. Nos
bens móveis incluem-se, por
exemplo, pinturas, esculturas e artesanato. Nos bens
imateriais considera-se a literatura, a música, o folclore,
a linguagem e os costumes.
[4]
A idéia de Patrimônio Histórico e Cultural, também
sofreu uma série de influências a partir do século XX.
De construções seculares e milenares, ampliam sua
área de atuação para o Patrimônio Imaterial, como
o Drama de Elche, na Espanha (1980) ou Samba de
Roda do Recôncavo Baiano (Bahia) e o Samba Carioca
do Rio de Janeiro, em 2008
Do grego, significa depósito ou coleção de livros
biblioteca é todo espaço (concreto, digital ou híbrido)
destinado a uma coleção de informações de quaisquer
tipos, sejam escritas em folhas de papel ou ainda
digitalizadas e armazenadas em outros tipos de
materiais, tais como CD, fitas, VHS,DVD e bancos de
dados.
Tanto a história da biblioteca como dos arquivos está
diretamente relacionada à escrita e seus suportes: argila,
suportes animais e vegetais (pedras, ossos, folhas), rolos de
papiros e pergaminhos,
Por volta de 1050 a.C., o povo da Fenícia utilizava um
alfabeto de 22 letras. Todos os atuais sistemas de escrita
ocidentais derivam do alfabeto grego.
O Papel foi inventado pelos chineses 123 a.C.
Os Maias e os Astecas guardavam seus livros de
matemática, astronomia e medicina em cascas de árvores,
chamadas de "tonalamatl".
Guardar o conhecimento, a cultura, a produção
cientifica das Civilizações
Nesse sentido os mosteiros tiveram um papel
fundamental: muito da cultura grega, romana, celta,
nórdica e cristã da Antiguidade e Medieval foi
preservada pelo trabalho árduo e silencioso
dos monges copistas. Não por acaso, no século VIII
d.C., já surgiam anexas aos mosteiros: grandes centros
culturais, as Escloas Monacais
a biblioteca mais antiga é a do rei Assurbanípal (século VII
a.C.), cujo acervo era formado de placas de argila escritas
em caracteres cuneiformes, em Ninive, Iraque.
A escrita cuneiforme foi desenvolvida pelos sumérios,
sendo a designação geral dada a certos tipos
de escritafeitas com auxílio de objetos em formato
de cunha. É juntamente com os hieróglifos egípcios, o
mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado
pelos sumérios por volta de 3500 a.C. Inicialmente a
escrita representava formas do mundo (pictogramas), mas
por praticidade as formas foram se tornando mais simples
e abstratas.
a biblioteca de Alexandria, no Egito, século III a. C.
Ela teria de 40 a 60 mil manuscritos em rolos de
papiro, chegando a possuir 700 mil volumes. A sua
fama é atribuída, além à grande quantidade de
documentos, também aos três grandes incêndios de
que foi vítima.
Uma nova Biblioteca Alejandrina, rememorando ,
promovida pela Unesco, foi inaugurada em 2002
1
na
mesma cidade.
A partir do século XVI é que as bibliotecas realmente
se transforma, tendo como característica a localização
acessível, passa a ter caráter intelectual e civil, a
democratização da informação e especializada em
diferentes área do conhecimento.
No Brasil, a biblioteca oficial foi a atual Biblioteca
Nacional e Pública, do Rio de Janeiro, que se tornou
do Estado em 1825. Essa biblioteca era constituída dos
livros do rei de Portugal Dom José I e foi trazida para
o Brasil por Dom João VI, em 1807. Junto à Biblioteca
Nacional, outra de grande importância no Brasil é
a Biblioteca Municipal de São Paulo.
Hoje visto apenas como um hobby, o
colecionismo sempre foi a primeira
expressão de uma hierarquia política,
econômica e social.
O termo museu, originário do grego mouseion,
Templo das Musas, filhas de Zeus com Mnemosine, a
memória. Local onde abrigava os mais variados
ramos das artes e ciências.
gabinetes de curiosidades (séculos XV – XVI)
"guardião" da cultura material (século XX) Essa
cultura material, diretamente associada ao Patrimônio
Histórico, nos relata não apenas objetos produzidos
pela inteligência humana, mas partes importantes do
seu cotidiano.
Durante o Renascimento Carolíngio, século VIII,
Carlos Magno (747 – 814) estabeleceu leis, onde tudo
que lembrasse a cultura romana fosse guardado.
Preservar, recolher, recuperar, essa era a ordem do
dia.
Notamos a influência do passado, legitimando o
presente e o futuro.
No Império Romano do Oriente, Império Bizantino,
também eram comuns exposições das coleções reais
durante festas religiosas, militares e políticas.
Francesco Petrarca (1304 – 1374), célebre humanista e
poeta italiano, considerado um dos precursores da
coleção monetária na península itálica. Seu principal
objetivo era conhecer a História de cada civilização
através da moeda. Dono de um importante acervo,
Com a Revolução Francesa, a partir de 1792, o “Comitê
de Salvação Pública”, institui os primeiros decretos e
aparatos jurídicos para proteção do Patrimônio
HistóricoFrancês. Os bens da Igreja, realeza e
nobreza passam a pertencer ao Estado. Os
revolucionários tentam acabar com uma ideologia
imposta pela elite, proprietária desses objetos. Em
1793, Louvre é transformado em museu, com o
objetivo de instruir a Nação, difundir o civismo e a
história. Os cidadãos teriam conhecimento do
passado e, ao mesmo tempo, ocorria uma legitimação
ideológica dos Estados Nacionais.
Durante o século XIX, para muitos intelectuais
o século das ciências, os primeiros conceitos de
patrimônio e restauração são lançados. O arquiteto,
arqueólogo e escritor francês Eugéne Viollet –le- Duc
(1814 – 1879), pertencente à escola revivalista,
precursor da moderna arquitetura, definiu as
primeiras teorias da restauração e preservação
patrimonial.
A construção das nações desde o século XIX, até o
início do XX, baseava-se num processo de expansão e
unificação nacional. Essa construção político-social,
geográfica e econômica articulava-se à reestruturação
ritual e simbólica da nação para a qual intelectuais,
artistas e produtores culturais foram cooptados Essa
simbologia passava, por exemplo, através da criação
de bandeiras, hinos, selos e outros. Através da
arquitetura, pintura, escultura, música, medalhística e
literatura, a nação vai sendo construída
simbolicamente.
Exatamente nesse momento, iniciavam-se os
preparativos para a comemoração dos 100 anos de
independência, e o Brasil necessitava de um museu
que indicava a trajetória da nação, no tempo,
destacando os traços da História Nacional, aliada à
defesa do nosso Patrimônio.
Durante as comemorações do centenário da
Independência, em 1922, é criado no então Distrito
Federal, Rio de Janeiro, o Museu Histórico Nacional
(MHN). Essa instituição, rompe com a visão iluminista
de museu enciclopédia, servindo de modelo para os
museus brasileiros do século XX. Foi na reserva técnica do
MHN que funcionou o primeiro curso de museologia no
país.
deve atuar em três campos básicos: na investigação, na
preservação e na comunicação Apesar da comunicação,
através de publicações, exposições, site e congressos,
justificar a preservação, deve haver um equilíbrio entre
elas. No Brasil, a pesquisa e investigação ficam
estacionadas em um segundo plano. As exposições sem
investigação tornam-se uma mera transmissão.
Diálogo entre passado e futuro no presente
Historicamente, o museu é responsável pela produção
do conhecimento e a convergência dos saberes
científicos. Não basta guardar o objeto. Sem uma
pesquisa permanente, a instituição fica subestimada a
um centro de lazer e turismo. Cabe aos pesquisadores
inserir os objetos, reclusos em suas reservas técnicas,
como fontes históricas.
A pesquisa em si é uma visão crítica, a relação
homem / objeto / espaço forma a memória e o
patrimônio cultural. Essa documentação museológica
é um conjunto de informações sobre cada um dos
seus itens e, conseqüentemente, a representação
destes por meio de palavras ou imagens . Trata-se de
um sistema de recuperação de informações, do
passado, fundamental para a reconstrução cultural de
uma sociedade.
Os museus, o patrimônio, como instituições públicas,
não podem ficar com as portas fechadas para a
população. Devem guardar seus acervos, não escondê-
lo. Os objetos arqueológicos encarcerados nas
reservas técnicas devem ser analisados, estudados e
apresentados ao público.
Os seres humanos, durante a sua passagem pelo
mundo, desenvolveu diversas formas simbólicas,
tanto artísticas quanto lingüísticas, expressas pela sua
consciência. Essas formas, representadas pelos
objetos, mesmo em um museu, continuam a ter vida.
s.