Além desses subcomitês, o TC 207 tinha em 2006 dois grupos de trabalho (WGs) que lidavam com comunicações ambientais
e gestão de gases estufa. Em 2002 foi desfeito um grupo de trabalho que tinha completado sua função: a elaboração do
Relatório Técnico ISO TR 14062 sobre a Integração de Aspectos Ambientais no Projeto e Desenvolvimento de Produtos
(Ecodesign). O Grupo de Trabalho que tinha sido criado para desenvolver normas sobre Mudanças climáticas foi recentemente
transformado em Subcomitê de Mudanças Climáticas (SC07). O SC 06 que cuida de Termos e Definições trabalha agora como
grupo de trabalho, do qual participam representantes de todos os subcomitês e de seus grupos de trabalho, para evitar que os
diversos SCs e WGs usem termos com interpretações diferentes (pois os técnicos que participam em cada grupo são
diferentes).
O TC 207 conta com órgãos consultivos e grupos de trabalho que são criados e dissolvidos pelo TC ou pelos SCs, conforme
necessário, para facilitar seus trabalhos.
Desde a sua formação em 1993, o TC 207 tem organizado plenárias anuais, realizadas em diferentes localidades em todo o
mundo, para equilibrar os custos de viagem e os custos de sediar esses eventos.
Reuniões plenárias do TC 207 foram realizadas em várias cidades do mundo, como: Rio de Janeiro (1996), São Francisco
(EUA), Seul (Coréia), Estocolmo (Suécia), Kuala Lumpur (Malásia), Johannesburgo (África do Sul), Bali (Indonésia), Buenos
Aires (Argentina) e Madri (Espanha), Pequim (China) e Bogotá (Colômbia, 2008), Cairo (Egito, 2009), Leon (México, 2010),
Oslo (Noruega 2011), Bangkok (Tailândia, 2012) e Gaborone (Botswana, 2013). Grande parte dos grupos subsidiários
(subcomitês, grupos de trabalho, grupos tarefa etc.) do TC 207 reúne-se simultaneamente com a plenária anual. Os
Subcomitês e grupos de trabalho podem organizar reuniões adicionais durante o ano para adiantar o trabalho.
Existem três idiomas oficiais na ISO: Inglês, Francês e Russo. Na prática, o Russo não é utilizado em reuniões, e é usado
apenas nos glossários de termos da ISO. Reuniões Plenárias do TC 207 são geralmente conduzidas exclusivamente em
inglês, com serviço de tradução simultânea para o francês. Todas as reuniões de grupos de trabalho do TC 207 são
conduzidas em inglês. A pedido dos países de idioma espanhol, o TC 207 montou uma Força Tarefa de Tradução para o
Espanhol, que faz uma tradução ‘semi-oficial’ das Normas da série ISO 14000.
3. O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental ABNT/CB 38
Em virtude da impossibilidade da ABNT criar, em 1994, um Comitê Brasileiro para acompanhar e influenciar o desenvolvimento
das normas da Série ISO 14000, foi criado com o apoio da ABNT o Grupo de Apoio à Normalização Ambiental (GANA), com
sede no Rio de Janeiro, e com a participação de empresas, associações e entidades representativas de importantes
segmentos econômicos e técnicos do país. O Grupo tinha como objetivo acompanhar e analisar os trabalhos desenvolvidos
pelo ISO/TC 207 e avaliar o impacto das normas ambientais internacionais nas organizações brasileiras.
O GANA, através de uma participação efetiva nos trabalhos do ISO/TC 207, influiu decisivamente para que os interesses da
indústria brasileira e dos países em desenvolvimento fossem levados em conta no desenvolvimento da Série ISO
14000. Como resultado, temos hoje mais de 3.500 certificados ISO 14001 (algumas empresas, como a PETROBRAS, tem
vários) contribuindo, portanto, para promover uma maior competitividade dos produtos nacionais no mercado internacional. As
Normas ISO 14000 são de adoção voluntária pelas empresas, mas na prática, torna-se quase obrigatória para as empresas
que vendem seus produtos no exterior. Neste período, várias normas da Série ISO 14000 foram traduzidas para o português e
publicadas como Normas Brasileiras NBR ISO (como a NBR ISO 14001 e a NBR ISO 14010).
No final de 1998, o GANA encerrou suas atividades, e em abril de 1999 a ABNT criou o Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental
– ABNT/CB-38, que substituiu o GANA na discussão e desenvolvimento das normas ISO 14000 a nível internacional e na
tradução e publicação das normas brasileiras correspondentes. O ABNT/CB-38 foi criado com estrutura semelhante ao
ISO/TC 207 e seus Subcomitês.
Para apresentar efetivamente uma posição que represente os interesses do país no desenvolvimento das normas de gestão
ambiental, é fundamental a participação do mais amplo espectro da sociedade brasileira no CB-38. Por este motivo o comitê é
aberto à contribuição de todos os interessados na formulação destas normas. A participação de uma empresa ou instituição
pode ser feita como cotista do CB 38, quando podem participar ativamente na discussão e votação das posições brasileiras
adotadas nas reuniões internacionais de desenvolvimento das normas. Universidades, organizações não governamentais e
instituições não cotistas são convidadas e estimuladas a participar nas reuniões das comissões de estudos, durante a fase de
discussão das posições brasileiras e redação dos documentos.
O CB-38 tem como colaboradores grandes empresas e entidades de classe como a CEMPRE (Compromisso Empresarial
para a Reciclagem), CNI, CVRD, DETEN, ELETROBRÁS, FIESP, FIEMG, FIRJAN, FURNAS, Ministério do Meio Ambiente,
PETROBRÁS e SIEMENS.
A estrutura operacional do comitê é semelhante à estrutura do ISO/TC 207, visando facilitar os contatos de mesmo nível e
atribuições de responsabilidades. As principais atribuições e responsabilidades dos órgãos que constituem o comitê seguem o
Regimento Interno da ABNT:
Conselho Consultivo: 70% das vagas do Conselho são reservadas a todos os cotistas do Comitê. As vagas restantes são
distribuídas igualmente entre entidades convidadas pelos cotistas (como o IBAMA e o INMETRO), e por sócios da ABNT
escolhidos entre aqueles inscritos no CB 38. Suas principais atribuições serão o ordenamento estratégico das atividades do
Comitê e o acompanhamento e controle dos resultados.