Aula 13 - Folkcomunicação

elizeusilva 6,022 views 33 slides Nov 05, 2014
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About This Presentation

A Folkcomunicação tem origem com Luiz Beltrão.
Para Beltrão, um dos grandes canais de comunicação coletiva é sem dúvida, o folclore. Das conversas de boca de noite, nas pequenas cidades interioranas, na farmácia ou na barbearia; da troca de informações trazidas pelo chofer de caminhão, p...


Slide Content

Teorias da
Comunicação
“O meio é a
mensagem”
-Marshall McLuhan
Prof. Ms. Elizeu N. Silva

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Mais ou menos na mesma época em
que, na sociologia da comunicação
americana se firmavacomo paradigma
dominante o funcionalismo centrado na
problemática dos “efeitos” das
mensagens midiáticas, emergia no
Canadá a chamada Escola de Toronto,
tendo em Harold Innis(Canadá, 1894–
1952) e Marshall McLuhan(Canadá,
1911–1980) dois dos seus principais
representantes.
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Harold Innis(Canadá, 1894–1952)

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
A Escola de Toronto desloca o centro
de interesse dos estudos de
comunicação das mensagens dos
media –dos seus “conteúdos” e
“efeitos” –para os media
propriamente ditos. Ocupa-se,
portanto, dos efeitos dos media em
função de suas características
tecnológicas e configurações
estruturais.
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Marshall McLuhan(Canadá,
1911–1980)

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Em “The Bias of Communication” [O Viésda Comunicação],de
1951, obramaisemblemáticade Harold A. Innis, o professor
afirma:
•Um meio de comunicação tem uma importante influência na
disseminação do conhecimento através do espaço e do
tempo e torna-se necessário estudar as suas características
em ordem a avaliar a sua influência no seu contexto cultural.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
•De acordo com as suas características, esse meio pode ser
mais adequado à disseminação do conhecimento através do
tempo do que através do espaço, particularmente se o meio
é pesado e durável e não adequado ao transporte; ou, ao
invés, à disseminação do conhecimento através do espaço
em vez do tempo, particularmente se o meio é leve e
facilmente transportável.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
O que está em causa para Innisé, por conseguinte, não o meio
de comunicação enquanto “meio” –mera conduta ou canal de
mensagens ou conteúdos indutores de determinados “efeitos”
–, mas enquanto milieu, formaou estrutura configuradora do
conjunto da cultura de uma determinada sociedade.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Admite-se, por consequência, a hipótese de que, para uma
determinada sociedade, “as vantagens de um novo meio” se
tornem tais que possam conduzir à “emergência de uma nova
civilização”.
O surgimento da imprensa é um exemplo clássico dessa
hipótese:
•Depois da introdução do papel e da imprensa, o monopólio
religioso foi seguido pelos monopólios dos vernáculos nos
estados modernos. Um monopólio do tempo foi seguido por
um monopólio do espaço.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Na verdade a imprensa inaugura um processo que,
aprofundado mais tarde com a fotografia, representa o
“monopólio” da visão na cultura ocidental e, com este, a ênfase
no individualismo e na instabilidade.
•Este monopólio enfatizou o individualismo e, por sua vez, a
instabilidade, criando ilusões em palavras fortes como
democracia, liberdade de imprensae liberdade de discurso.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
As teses de Harold Innisantecipam e preparam o essencial da
concepção acerca dos media e da cultura que virá a ser a de
McLuhan.
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Roupas,
uma
extensão
da pele

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
De partida, McLuhandivide os meios de comunicação de
massa em duas espécies, distinguíveis pela “temperatura”:
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a.Meios quentes: prolongam um
único (ou preferencialmente
algum) dos sentidos humanos, e
em “alta definição”. Alta definição
significa um estado de alta
saturação de dados. O rádio é
quente, a fotografia é quente, o
cinema é quente.

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
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b.Meios frios:acionam
simultaneamente vários
sentidos humanos, em baixa
saturação de informação.
Permite maior interação com o
meio, ou exigem que o indivíduo
complete as lacunas de
informação.

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
“Há um princípio básico pelo qual se pode distinguir um meio
quente, como o rádio, de um meio frio, como o telefone:
•O meio quente é aquele que prolonga um único dos nossos
sentidos e em alta definição (ou alta saturação de dados).
•O telefone é um meio frio, de baixa definição, porque muito
pouco é fornecido e muita coisa deve ser preenchida pelo
ouvinte.
Quentes ou frios, os meios têm efeitos muito diferentes
sobre seus usuários.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Meios híbridos:
caracterizam-se pela
alta definição
(saturação de dados) e
apelo a vários
sentidos, bem como
permite alta interação
do indivíduo com o
meio.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Segundo Paulo Serra, a concepção de McLuhanpode ser resumida
em três afirmações fundamentais:
a)A primeira –e primária –dessas afirmações, patente logo no
próprio título da obra mencionada
*
, é a de que os media são
“extensões do homem”. Como se sabe, McLuhandá a este
termo um sentido muito amplo, incluindo não só os media
propriamente ditos –os meios de comunicação –como os
meios tecnológicos em geral.
* Os meios de comunicação como extensões do homem. (Compreendendo a mídia). Marshall
McLuhan. Ed. Cultrix.)
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
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Significa que os media, longe de serem meros “meios” ou
“instrumentos” de que o homem se serve, nomeadamente para
“comunicar” uma “mensagem”, são uma espécie de
prolongamento do homem sobre o que o rodeia.
E, ao prolongar o corpo humano, os sentidos, os membros, o
próprio sistema nervoso de uma certa maneira, cada meio acaba
por configurar a “realidade” também de uma certa maneira.

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Assim, por si só e independentemente do seu “conteúdo” –que,
aliás,
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e como
observa
McLhuan, é
sempre um
outro “meio” –,
configura uma
certa forma de
conhecimento
da realidade.

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Mas se os meios são, como dizíamos, uma espécie de
prolongamento do homem sobre o que o rodeia, eles também são,
inevitavelmente –embora este aspecto não costume ser tão
enfatizado –um prolongamento do que rodeia o homem sobre si
próprio. Com efeito, contemplar, usar ou perceber qualquer
extensão tecnológica de nós próprios é “abraçá-la”.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Ouvir o rádio ou ler o jornal é aceitar estas extensões de nós
próprios no nosso sistema pessoal, e suportar os efeitos que em
nós provocam automaticamente; é relacionarmo-nos com elas
como seus servomecanismos:
“Um índio é o servomecanismo da sua canoa, tal como o cowboyo
é do seu cavalo ou o executivo do seu relógio”, e o indivíduo
contemporâneo de seu smartphone.
*
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* Marshall McLuhan, Understanding Media. The Extensions of Man, Londres, Nova Iorque, Ark
Paperbacks, 1987

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Apesar de todos os meios ou tecnologias
serem “extensões do homem”, só com a
tecnologia elétrica, que permite a extensão do
seu sistema nervoso central,transferindo as
funções de conhecimento consciente e ordem
para o mundo físico, o homem se dá
plenamente conta de que os media são
extensões de si próprio, do seu corpo físico.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
A segunda afirmação de McLuhanem destaque:
b)“O meio é a mensagem” (themediumisthemessage).
Segundo o autor, (em UnderstandingMedia) “as
consequências pessoais e sociais de qualquer media (.
. .) resultam da nova escala que é introduzida na
nossa circunstância
*
por cada extensão de nós
próprios, ou seja, por qualquer nova tecnologia”.
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* Conjunto de fatores materiais ou não que acompanham ou circundam alguém ou alguma coisa;
contexto. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
McLuhandá o exemplo da automação, da
eletricidade, da ferrovia, do avião: todos eles são
meios ou tecnologias que, independentemente da
sua utilização –do seu “conteúdo” ou “mensagem”
–, alteraram profundamente a sociedade e o
indivíduo humano, de formas muitas vezes
imprevisíveis para os seus criadores.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
A eletricidade é particularmente importante para McLuhan, na
medida em que ela é “informação pura”, “meio sem mensagem” e,
apesar disso, revolucionou toda a nossa existência, levando,
nomeadamente, à eliminação das barreiras do tempo e do espaço.
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A sua importância é tal
que McLuhanrepetidas
vezes ao longo da sua
obra se refere ao nosso
tempo como “idade da
eletricidade” (electricage).

“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Para McLuhan, aqueles que se preocupam com o “conteúdo” do
meio e com os seus “efeitos”, e não com o próprio meio, fazem
lembrar o médico que se preocupa com a “doença”, esquecendo o
doente.
McLuhannota que o conteúdo de um meio é sempre outro meio:
•o conteúdo do cinema é a fotografia,
•o da novela é a escrita, etc.
O essencial não é, portanto, o conteúdo do meio, mas o meio em si
próprio.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Para McLuhan, os efeitos dos media não ocorrem ao nível
intelectual, das opiniões e dos conceitos, mas ao nível mais
primário dos sentidos, dos modos de sentir e perceber.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Por fim, McLuhanafirma que:
c)Os media são uma espécie de “motor da história”. Segundo o
autor, toda a história pode ser vista como uma evolução dos
meios de comunicação –uma tese em virtude da qual ele é
visto, habitualmente, como um “determinista tecnológico”.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Segundo esta concepção, a história da humanidade
desenvolveu-se em três fases fundamentais, a saber:
1.“Sociedade tribal”, dominada pela voz e em que a
comunicação envolve todos os sentidos.
2.“Galáxia Gutenberg”, dominada pela escrita e, sobretudo pela
imprensa, e em que a comunicação privilegia o olhar.
3.“Galáxia Marconi”, dominada pelos media eletrônicos, e em
que a comunicação volta a envolver todos os sentidos,
configurando uma verdadeira “aldeia global” ou “tribo
planetária”.
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“O meio é a mensagem”
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
McLuhanestabelece um contraste entre o nosso tempo –a
“idade da eletricidade” –e a época que o precedeu, em termos
de “explosão” versus ”implosão”:
•Depois de três milênios de explosão, provocada pelos meios
mecânicos e fragmentários, o Mundo Ocidental está, há mais
de um século, a implodir por efeito da tecnologia elétrica.
•A eletricidade permite a extensão do nosso sistema nervoso
central, abolindo espaço e tempo, aproximando-nos da fase
final da extensão do homem: a simulação tecnológica da
consciência.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Ao contrair-se eletricamente, “o globo não é mais do que uma
aldeia”; a velocidade é a da luz.
No contexto das tecnologias elétricas, os computadores
representarão, segundo McLuhan, um passo decisivo:
•“Tendo estendido ou traduzido o nosso sistema nervoso
central na tecnologia eletromagnética, a transferência da
nossa consciência para o computador não é senão um
estádio a mais”, um passo rumo a uma nova era.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
Então, ao ter a possibilidade de “programar a consciência”, nós
poderemos escapar ao “entorpecimento” dos outros media.
Ao traduzirmos todas as nossas vidas “na forma espiritual da
informação”, o globo tornar-se-á como que uma imensa
consciência única.
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“O meio é a mensagem”
Marshall McLuhan
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Consciência única.

Bibliografia
MCLUHAN, Marshall. Os meios de comunicação como
extensão do homem. Trad.: Décio Pignatari. Editora Cultrix,
São Paulo, 1979
SERRA, Paulo J. Manual de teoria da comunicação.Ed.
Universidade da Beira Interior, Covilha, 2007.
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