Calculo Integral - Conceito de primitiva e técnicas de primitivação

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About This Presentation

Em qualquer curso superior do tipo científico, é inevitável o cálculo integral, em particular, a introdução do conceito de primitiva.

Este trabalho visa consolidar os conhecimentos sobre a questão da primitivação.

Further reading:
Calculus, Early Transcendentals, James Stewart
Analise...


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1


CÁLCULO INTEGRAL
MIGUEL FERNANDES


 MOTIVAÇÃO
Dada a expressão que define a velocidade de um corpo num instante �, como obter
a lei ??????(�) do movimento?

Para dar resposta à pergunta enunciada, importa introduzir um conceito
imprescindível no domínio do Cálculo Integral: o conceito de primitiva (ou
antiderivada).

 NOÇÃO DE PRIMITIVA
Dado �⊆ℝ, dizemos que �∶�⟶ ℝ é uma primitiva de uma função �∶�⟶ ℝ se
tivermos a igualdade:
�

(??????)=�(??????),∀??????∈�

No contexto das derivadas, sabemos que, dado ??????∈ℝ, [�(??????)+??????]

=�

(??????)=�(??????).
Deste modo, podemos falar numa família de primitivas de uma única função �.

Por outro lado, considerando duas primitivas de � em �, �
1 e �
2, tem-se:
(�
1−�
2
)

=�
1

−�
2

=�−�=0
E, portanto, �
1−�
2 é uma função constante em � (porquê?).

Ao conjunto de todas as primitivas de � chamamos integral indefinida de � em
relação a ??????. Denota-se
∫�(??????) �??????

Exemplos:
1. A função �∶ℝ⟶ ℝ definida por �(??????)=?????? é uma primitiva da função �∶ℝ⟶ ℝ
definida por �(??????)=1 (porquê?).

2. A função �∶[0,2]⟶ ℝ definida por
�(??????)={
1 se 0≤??????≤1
0 se 1<??????≤2

não é primitivável em [0,2].
Se fosse primitivável, então existiria uma função &#3627408468; cuja expressão da derivada
seria igual a &#3627408442;(??????). Mas então, &#3627408468;

(1
+
)=
1
&#3627408468;′
&#3627408465;=0 e &#3627408468;

(1

)=&#3627408468;′
&#3627408466;=1 derivadas
laterais com valores diferentes, o que contradiz &#3627408468;′(1) existir.

1
É um resultado do Cálculo Diferencial o facto de a derivada lateral num ponto existir se o limite da função
derivada no mesmo ponto existir.

3. Qual a primitiva da função ℎ∶ℝ⟶ ℝ definida por ℎ(??????)=??????
2
cujo gráfico contém
o ponto de coordenadas (1,3)?
Trata-se de um problema de valor inicial.
Todas as funções da forma &#3627408443;(??????)=
??????
3
3
+??????, com ??????∈ℝ, são primitivas da função ℎ
(porquê?).
Porquê?

2


&#3627408443;(1)=3, porque o ponto de coordenadas (1,3) pertence ao gráfico da primitiva
que procuramos. Ora,
&#3627408443;(1)=3⇔
1
3
3
+??????=3⇔??????=3−
1
3
=
8
3

Assim, &#3627408443;(??????)=
??????
3
3
+
8
3
.


Exercício:
Recorra ao seu conhecimento sobre derivadas para primitivar mentalmente as
seguintes funções (em intervalos a determinar):
1. 3??????
2

2. −sen ??????
3. cos ??????
4. 2cos (2??????)

 PROPRIEDADES DOS INTEGRAIS INDEFINIDOS: ADITIVIDADE E LINEARIDADE
 Multiplicação por uma constante: dado ??????∈ℝ independente da variável ??????, tem-se:
∫??????&#3627408467;(??????) &#3627408465;??????=??????∫&#3627408467;(??????) &#3627408465;??????
Caso particular: ??????=−1
∫−&#3627408467;(??????) &#3627408465;??????=−∫&#3627408467;(??????) &#3627408465;??????
 Soma e diferença:
∫[&#3627408467;(??????)±&#3627408468;(??????)] &#3627408465;??????=∫&#3627408467;(??????) &#3627408465;??????±∫&#3627408468;(??????) &#3627408465;??????

demonstração: a cargo do aluno

Exemplo:
1. ∫8??????
3
+2?????? &#3627408465;??????=∫2×4??????
3
&#3627408465;??????+∫2?????? &#3627408465;??????=2∫4??????
3
&#3627408465;??????+∫2?????? &#3627408465;??????
=2??????
4
+??????
1+??????
2
+??????
2, ??????
1,??????
2∈ℝ
No entanto, por uma questão de simplificação, podemos combinar ??????
1 e ??????
2 numa
única constante, fazendo ??????=??????
1+??????
2.
Assim, teremos ∫8??????
3
+2?????? &#3627408465;??????=2??????
4
+??????
2
+??????, ??????∈ℝ.

 PRIMITIVAS IMEDIATAS
São primitivas que se deduzem a partir da inversão das fórmulas de derivação:
∫&#3627408482;′&#3627408482;
??????
&#3627408465;??????=
&#3627408482;
??????+1
??????+1
+?????? ??????∈ℝ\{−1}

∫&#3627408482;

sen &#3627408482; &#3627408465;??????=−cos&#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

cos &#3627408482; &#3627408465;??????=sen&#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

sec
2
&#3627408482; &#3627408465;??????=tg &#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

cosec
2
&#3627408482; &#3627408465;??????=−cotg &#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

sec&#3627408482;tg &#3627408482; &#3627408465;??????=sec &#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

cosec &#3627408482; cotg &#3627408482; &#3627408465;??????=−cosec &#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

&#3627408466;
??????
&#3627408465;??????=&#3627408466;
??????
+??????


&#3627408482;′
1+&#3627408482;
2
&#3627408465;??????=arctg &#3627408482;+??????=−arccotg &#3627408482;+??????


&#3627408482;′
&#3627408482;√&#3627408482;
2
−1
&#3627408465;??????=arcsec &#3627408482;+??????=−arccosec &#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

&#3627408462;
??????
&#3627408465;??????=
1
ln&#3627408462;
&#3627408462;
??????
+?????? &#3627408462;∈ℝ
+


∫&#3627408482;

senh &#3627408482; &#3627408465;??????=cosh&#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

cosh &#3627408482; &#3627408465;??????=senh&#3627408482;+??????

∫&#3627408482;

cosech
2
&#3627408482; &#3627408465;??????=−cotgh&#3627408482;+??????

3



&#3627408482;′
&#3627408482;
&#3627408465;??????=ln |&#3627408482;|+??????


&#3627408482;′
√1−&#3627408482;
2
&#3627408465;??????=arcsen &#3627408482;+??????=−arccos&#3627408482;+??????


Tabela 1: algumas primitivas
imediatas


 TÉCNICAS DE PRIMITIVAÇÃO
 Primitivação por partes
Sejam &#3627408467;,&#3627408468;∶&#3627408444;⟶ℝ funções deriváveis.
Tem-se:
∫&#3627408467;

(??????)&#3627408468;(??????) &#3627408465;??????=&#3627408467;(??????)&#3627408468;(??????)−∫&#3627408467;(??????)&#3627408468;′(??????) &#3627408465;??????

Demonstração:

Basta atender à fórmula de derivação do produto:
(&#3627408467;(??????)&#3627408468;(??????))

=&#3627408467;

(??????)&#3627408468;(??????)+&#3627408467;(??????)&#3627408468;

(??????)⇔&#3627408467;′(??????)&#3627408468;(??????)=(&#3627408467;(??????)&#3627408468;(??????))

−&#3627408467;(??????)&#3627408468;′(??????)
E, primitivando ambos os lados da igualdade, fica:
∫&#3627408467;

(??????)&#3627408468;(??????) &#3627408465;??????=∫(&#3627408467;(??????)&#3627408468;(??????))

&#3627408465;??????−∫&#3627408467;(??????)&#3627408468;

(??????) &#3627408465;??????⇔
⇔∫&#3627408467;

(??????)&#3627408468;(??????) &#3627408465;??????=&#3627408467;(??????)&#3627408468;(??????)−∫&#3627408467;(??????)&#3627408468;

(??????) &#3627408465;??????
(dadas as propriedades dos integrais indefinidos).

Exemplo:
1. ∫?????? sen ?????? &#3627408465;??????
Faça-se:
&#3627408467;

(??????)=sen ??????⇒&#3627408467;(??????)=−cos??????
&#3627408468;(??????)=??????⇒&#3627408468;

(??????)=1
Resulta que:
∫?????? sen ?????? &#3627408465;??????=−??????cos??????+∫cos??????&#3627408465;??????=−??????cos??????+sen ??????+??????, ??????∈ℝ.

Exercício:
Calcular:
1. ∫&#3627408466;
??????
sen ?????? &#3627408465;??????
2. ∫ln?????? &#3627408465;??????
3. Mostrar que, para ??????∈ℕ∩[2,+∞[, ∫cos
??????
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481; é calculado, recursivamente,
através da fórmula:
∫cos
??????
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=
1
??????
sen &#3627408481; cos
??????−1
&#3627408481;+
??????−1
??????
∫cos
??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481; em &#3627408444;=ℝ
4. Nas mesmas condições do exercício anterior, mostrar que ∫sen
??????
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481; é calculado
como se segue:
∫sen
??????
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=−
1
??????
cos &#3627408481; sen
??????−1
&#3627408481;+
??????−1
??????
∫sen
??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481; em &#3627408444;=ℝ

4


 Primitivação por substituição
Sejam &#3627408444; e &#3627408445; dois intervalos reais, &#3627408467;∶&#3627408444;⟶ℝ primitivável em &#3627408444; e &#3627408468;∶&#3627408445;⟶&#3627408444; uma função
bijetiva diferenciável.
Então, se ?????? designar uma primitiva de (&#3627408467;∘&#3627408468;)&#3627408468;′ em &#3627408445;, tem-se (??????∘&#3627408468;
−1
)

=&#3627408467; em &#3627408444; e,
portanto, ??????∘&#3627408468;
−1
é uma primitiva de &#3627408467;.

Demonstração:

Seja &#3627408441; uma primitiva de &#3627408467; em &#3627408444;.
Então,
(&#3627408441;∘&#3627408468;)

=(&#3627408441;

∘&#3627408468;)&#3627408468;

=(&#3627408467;∘&#3627408468;)&#3627408468;

=??????′
em &#3627408445; e, portanto, (&#3627408441;∘&#3627408468;−??????)

=0 em &#3627408445; e, consequentemente, &#3627408441;∘&#3627408468;−?????? é uma função
constante nesse intervalo.
Mas
(&#3627408441;∘&#3627408468;−??????)∘&#3627408468;
−1
=&#3627408441;−??????∘&#3627408468;
−1
é também constante em &#3627408444; (porquê?)
Ou seja, ??????∘&#3627408468;
−1
difere de uma primitiva de &#3627408467; por uma constante, donde se conclui
que ??????∘&#3627408468;
−1
é também uma primitiva de &#3627408467;.

 Casos particulares
Vejamos como utilizar esta técnica de primitivação em alguns casos particulares:
CASO 1
∫√??????
&#3627409360;
−??????
&#3627409360;
????????????, |??????|≤??????
Utiliza-se a substituição ??????=&#3627408462;sen &#3627408481; ou ??????=acos&#3627408481;
CASO 2
∫√??????
&#3627409360;
+??????
&#3627409360;
????????????
Utiliza-se a substituição ??????=&#3627408462;tg &#3627408481;, ??????=&#3627408462;cotg &#3627408481; ou ??????=&#3627408462;senh &#3627408481;
CASO 3
∫√??????
&#3627409360;
−??????
&#3627409360;
????????????,|??????|≥??????
Utiliza-se a substituição ??????=&#3627408462;sec &#3627408481;, ??????=&#3627408462;cosec &#3627408481; ou ??????=&#3627408462;cosh&#3627408481;

Exemplo:
1. ∫√4−??????
2
&#3627408465;??????, ??????∈[−4,4] (Caso 1)
Seja &#3627408468;∶[−
??????
2
,
??????
2
]⟶[−2,2] definida por &#3627408468;(&#3627408481;)=2 sen &#3627408481;

(a ideia é fazer uma substituição que seja vantajosa!)
∫√4−??????
2
&#3627408465;??????=∫√4−(2sen &#3627408481;)
2
.2cos&#3627408481;&#3627408465;&#3627408481;=∫√4−4 sen
2
&#3627408481;.2cos&#3627408481;&#3627408465;&#3627408481;=
=∫2√1−sen
2
&#3627408481;.2cos&#3627408481;&#3627408465;&#3627408481;=∫4√cos
2
&#3627408481;cos&#3627408481;&#3627408465;&#3627408481;=

4∫cos
2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=
=4∫
1 + cos (2&#3627408481;)
2
&#3627408465;&#3627408481;=4∫
1
2
+
cos (2&#3627408481;)
2
&#3627408465;&#3627408481;=4(
1
2
&#3627408481;+
1
4
sen(2&#3627408481;))=
=2arcsen(
??????
2
)+sen(2arcsen (
??????
2
))=

2 arcsen(
??????
2
)+
??????√4−??????
2
2
+??????, ??????∈ℝ.


Exercício:
1. Calcular:
∫?????? √1+?????? &#3627408465;??????

&#3627408465;??????
&#3627408466;
??????
+1
∫√??????
2
+4 &#3627408465;??????


*Porquê?

Voltando à variável inicial

5


 Primitivação de funções racionais

 Frações simples
Chama-se fração simples a toda fração racional da forma:
&#3627408436;
(??????−&#3627409148;)
&#3627408479;
ou
&#3627408437;??????+&#3627408438;
[(??????−&#3627408462;)
2
+ &#3627408463;
2]
&#3627408480;

&#3627408479;,&#3627408480;∈ℕ e &#3627409148;,&#3627408462;,&#3627408463;,&#3627408436;,&#3627408437;,&#3627408438;∈ℝ
CASO 1
O cálculo de uma primitiva de
&#3627408436;
(??????−&#3627409148;)
&#3627408479;
faz-se em dependência do número &#3627408479;:
&#3627408531;=&#3627409359;
Tem-se ∫
&#3627408436;
??????−&#3627409148;
&#3627408465;??????=&#3627408436;∫
1
??????−&#3627409148;
&#3627408465;??????=&#3627408436;ln|??????−&#3627409148;|+??????,??????∈ℝ
em qualquer intervalo &#3627408444; real tal que &#3627409148;∉&#3627408444;.

&#3627408531;≠&#3627409359;

&#3627408436;
(??????−&#3627409148;)
&#3627408479; &#3627408465;??????=&#3627408436;∫(??????−&#3627409148;)
−&#3627408479;
&#3627408465;??????=&#3627408436;
(??????−&#3627409148;)
−&#3627408479;+1
−&#3627408479;+1
+??????,??????∈ℝ
em qualquer intervalo nas condições anteriores.

CASO 2
O cálculo de uma primitiva de
&#3627408437;??????+&#3627408438;
[(??????−&#3627408462;)
2
+&#3627408463;
2]
&#3627408480;
, &#3627408463;∈ℝ
+
, utilizamos a primitivação por
substituição: &#3627408468;∶]−
??????
2
,
??????
2
[⟶ℝ definida por &#3627408468;(&#3627408481;)=&#3627408462;+&#3627408463;tg &#3627408481;, donde:

&#3627408437;(&#3627408462;+&#3627408463;tg &#3627408481;)+&#3627408438;
[(&#3627408462;+&#3627408463;tg &#3627408481;−&#3627408462;)
2
+ &#3627408463;
2
]
&#3627408480;&#3627408463;sec
2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;+&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
(&#3627408463;
2
tg
2
&#3627408481; + &#3627408463;
2
)
&#3627408480;&#3627408463;sec
2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;+&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
(&#3627408463;
2
sec
2
&#3627408481;)
&#3627408480;&#3627408463;sec
2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;

Segue que:
&#3627408532;=&#3627409359;
Tem-se ∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;+&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
&#3627408463;
2
sec
2
&#3627408481;
&#3627408463;sec
2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;+&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
&#3627408463;
&#3627408465;&#3627408481;=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
+
&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
&#3627408463;
&#3627408465;&#3627408481;=
=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
&#3627408465;&#3627408481;+∫&#3627408437;tg &#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
&#3627408465;&#3627408481;+&#3627408437;∫
sen &#3627408481;
cos&#3627408481;
&#3627408465;&#3627408481;=
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
&#3627408481;−&#3627408437;ln |cos&#3627408481;|=
=
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
arctg (
??????−&#3627408462;
&#3627408463;
)−&#3627408437;ln
1
√1+??????
2
+??????,??????∈ℝ
(porquê?)
&#3627408532;≠&#3627409359;

&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;+&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
(&#3627408463;
2
sec
2
&#3627408481;)
&#3627408480;&#3627408463;sec
2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=∫
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;+&#3627408437;&#3627408463;tg &#3627408481;
&#3627408463;
2&#3627408480;−1
cos
2??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=
=
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
2&#3627408480;−1∫cos
2??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;+
&#3627408437;
&#3627408463;
2&#3627408480;−2∫
sen &#3627408481;
cos&#3627408481;
cos
2??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=
=
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
2&#3627408480;−1∫cos
2??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;+
&#3627408437;
&#3627408463;
2&#3627408480;−2∫sen &#3627408481;.cos
2??????−3
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=
=
&#3627408437;&#3627408462;+&#3627408438;
&#3627408463;
2&#3627408480;−1∫cos
2??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;−
&#3627408437;
&#3627408463;
2&#3627408480;−2
cos
2&#3627408480;−2
2&#3627408480;−2

6


O cálculo de ∫cos
2&#3627408480;−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481; pode ser feito dado o resultado já visto:

∫cos
??????
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481;=
1
??????
sen &#3627408481; cos
??????−1
&#3627408481;+
??????−1
??????
∫cos
??????−2
&#3627408481; &#3627408465;&#3627408481; em &#3627408444;=ℝ

Finalmente, procede-se à substituição de &#3627408481; por arctg (
??????−&#3627408462;
&#3627408463;
).

 Decomposição de uma fração racional

Toda a fração racional pode ser decomposta na soma de frações simples.

PRÉ-REQUISITOS
Antes de avançarmos neste tópico, é fundamental a recuperação de algumas
ideias sobre polinómios…

Divisão de polinómios
Para efetuar a divisão de polinómios, pode usar-se o algoritmo da divisão, a regra
de Ruffini ou o método dos coeficientes indeterminados.

Exemplo
1. Efetuar a divisão de ??????
2
+3??????−4 por ??????−1.
Pela regra de Ruffini, tem-se:





E, assim, o polinómio ??????
2
+3??????−4 é divisível por ??????−1 e o quociente da
divisão é ??????+4.


1
1 3

1
–4

4
1 4 0

Exercício
1. Efetuar a divisão de ??????
4
+2??????
2
+2??????+1 por ??????
2
+1 pelo:
1.1.
1.2.
Algoritmo da divisão;
Método dos coeficientes indeterminados.

Fatorização/zeros de um polinómio
Dado um polinómio &#3627408451;:
1. de grau ??????, o mesmo tem ?????? zeros (reais e/ou complexos).
Os zeros complexos aparecem sempre aos pares de conjugados (se &#3627408462;+&#3627408463;??????
é zero, então &#3627408462;−&#3627408463;?????? também será).
2. cada um dos seus zeros pode ser simples ou múltiplo.
A multiplicidade de um zero – ?????? – de &#3627408451; relaciona-se com o facto de o mesmo
zero anular &#3627408451; e todas as derivadas até à ordem ??????−1 e não anular a derivada
de ordem ??????. Nesse caso, na fatorização de &#3627408451;, o fator (??????−&#3627408462;) ocorre ?????? vezes
(&#3627408462; é o zero). Analogamente, se &#3627408451; possuir um par de zeros complexos, &#3627408462;+&#3627408463;??????
e &#3627408462;−&#3627408463;??????, com multiplicidade ??????≥1, então, na factorização do mesmo, o fator
(??????−&#3627408462;)
2
+&#3627408463;
2
ocorre exatamente ?????? vezes.

7


Exercício
1. Fatorizar o polinómio ??????
2
+2??????+1 e indicar a multiplicidade das raízes.

Comecemos por considerar dois polinómios, &#3627408451; e &#3627408452;, e a fração racional
&#3627408451;(??????)
&#3627408452;(??????)
.
1.ª Étapa
Caso o grau do polinómio &#3627408503; seja superior ao do polinómio &#3627408504;.
Neste caso, devemos efetuar a divisão de &#3627408451; por &#3627408452;. Resulta:
&#3627408451;(??????)
&#3627408452;(??????)
=&#3627408454;(??????)+
&#3627408453;(??????)
&#3627408452;(??????)

onde &#3627408454; é o quociente da divisão e &#3627408453; é o resto, ambos polinómios, e o grau de &#3627408453; é
menor do que o grau de &#3627408452;.

Se o problema do grau do numerador em relação ao do denominador não se
impor, podemos avançar diretamente para a etapa que se segue:

2.ª Étapa
Se o grau do denominador for superior ao grau do numerador, a
decomposição na soma de frações simples faz-se da seguinte maneira:
1. Cada raiz real &#3627408462; de &#3627408452;(??????) de multiplicidade ?????? origina uma soma de ?????? frações
simples como se segue:
&#3627409148;1
??????−&#3627408462;
+
&#3627409148;2
(??????−&#3627408462;)
2
+⋯+
&#3627409148;
??????
(??????−&#3627408462;)
??????

2. Cada par de raízes complexas &#3627408462;±&#3627408463;??????, &#3627408463;>0, de multiplicidade ?????? origina uma
soma de ?????? frações simples como se segue:
&#3627409149;1??????+??????1
(??????−&#3627408462;)
2
+&#3627408463;
2
+
&#3627409149;2??????+??????2
[(??????−&#3627408462;)
2
+&#3627408463;
2]
2
+⋯+
&#3627409149;
????????????+??????
??????
[(??????−&#3627408462;)
2
+&#3627408463;
2]
??????


Finalmente, as constantes &#3627409148;
1,&#3627409148;
2,…,&#3627409148;
??????, &#3627409149;
1,&#3627409149;
2,…,&#3627409149;
?????? e ??????
1,??????,…,??????
?????? podem ser
determinadas pelo método dos coeficientes indeterminados.

Exemplo
1. Calcular:

??????
5
??????
2
−1
&#3627408465;??????
Dado que o grau do numerador é superior ao grau do denominador, devemos
efetuar a divisão dos polinómios. Utilize-se o método dos coeficientes
indeterminados (aplicado à divisão de polinómios):
??????
5
=(??????
2
−1)(&#3627408462;??????
3
+&#3627408463;??????
2
+&#3627408464;??????+&#3627408465;)+(&#3627408466;??????+&#3627408467;)⇔
⇔??????
5
=&#3627408462;??????
5
+&#3627408463;??????
4
+&#3627408464;??????
3
+&#3627408465;??????
2
−&#3627408462;??????
3
−&#3627408463;??????
2
−&#3627408464;??????−&#3627408465;+&#3627408466;??????+&#3627408467;⇔
⇔??????
5
=&#3627408462;??????
5
+&#3627408463;??????
4
+(&#3627408464;−&#3627408462;)??????
3
+(&#3627408465;−&#3627408463;)??????
2
+(&#3627408466;−&#3627408464;)??????+(&#3627408467;−&#3627408465;)
Resulta
{




&#3627408462;=1
&#3627408463;=0
&#3627408464;−&#3627408462;=0
&#3627408465;−&#3627408463;=0
&#3627408466;−&#3627408464;=0
&#3627408467;−&#3627408465;=0

{




&#3627408462;=1
&#3627408463;=0
&#3627408464;=1
&#3627408465;=0
&#3627408466;=1
&#3627408467;=0

8


Portanto,
??????
5
??????
2
−1
=(??????
3
+??????)+
??????
??????
2
−1
(1) e:

??????
??????
2
−1
=
&#3627409148;1
??????−1
+
&#3627409148;2
??????+1

??????
??????
2
−1
=
&#3627409148;1??????+&#3627409148;1+&#3627409148;2??????−&#3627409148;2
??????
2
−1

??????
??????
2
−1
=
(&#3627409148;1+&#3627409148;2)??????+(&#3627409148;1−&#3627409148;2)
??????
2
−1


Resulta:
{
&#3627409148;
1+&#3627409148;
2=1
&#3627409148;
1−&#3627409148;
2=0
⇔{
&#3627409148;
1=
1
2

&#3627409148;
2=
1
2

(2)
E, finalmente, por (1) e (2):

??????
5
??????
2
−1
&#3627408465;??????=∫??????
3
&#3627408465;??????+∫??????&#3627408465;??????+
1
2

1
??????−1
&#3627408465;??????+
1
2

1
??????+1
&#3627408465;??????=
=
??????
4
4
+
??????
2
2
+
ln|??????−1|
2
+
ln|??????+1|
2
+??????,??????∈ℝ

Exercício
1. Calcular:


2??????−3
(??????
2
+1)
2
&#3627408465;??????









FIM