CANÁ DA GALILEIA - TERRAS BÍBLICAS

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About This Presentation

Este é mais um livro da minha coleção TERRAS BÍBLICAS, fruto de uma viagem pelo Oriente Médio, especialmente visitando Israel. O primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho em Caná da Galileia. Estás águas estavam em 6 talhas de pedras. Em Cana da Galileia foi encontrada uma tal...


Slide Content

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 2 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados
tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores,
a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si
mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de
entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a
caminhada para o conhecimento é gradual e não
alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente
não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste
livro você encontrará algumas respostas para alguns dos
dilemas de nossa existência.
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO é licenciado em
Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de
Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela
UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das
Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia
Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA
sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista
profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do
Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o
Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e
ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou
participar de eventos, evitando convívio social.

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[ 3 ]
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com
áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
E-MAIL: [email protected]

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)




M543 O PEREGRINO CRISTÃO , Central de
Ensinos Bíblicos 1969 –

CANÁ DA GALILEIA

Kafr Kanna, Uiclap, Clubebedeautores, Draft2
2025, 11 p. ; 21 cm

ISBN: Edição 1°

1. Igreja das Bodas 2. Caná da Galileia
3. Geografia Bíblica 4. História

CDD 720

CDU 72

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 4 ]
Sumário
DEDICATÓRIA ..................................................................... 7
INTRODUÇÃO ...................................................................... 9
REFERÊNCIAS ESCRITAS A CANÁ ................................ 10
APÓSTOLO NATANAEL BARTOLO MEU ...................... 12
OUTRAS REFERÊNCIAS ................................................... 15
FLÁVIO JOSEFO ................................................................. 15
LOCALIZAÇÃO DE CANÁ ................................................. 15
QANA, LÍBANO .................................................................. 18
KARM ER-RAS ..................................................................... 18
LOCALIDADE DE KAR, ER -RAS ...................................... 19
História .................................................................................. 21
Período moderno ................................................................... 21
RIACHO KARF KANNA ..................................................... 24
KHIRBET KANA, ISRAEL ................................................. 25
'AIN KANAH, REINEH, ISRAEL ...................................... 28
KAFR KANNA ...................................................................... 29

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 5 ]
DESCRIÇÃO DE KAFR KANA ........................................... 30
História .................................................................................. 31
Período antigo ....................................................................... 31
Períodos romano e bizantino ................................................ 32
Idade Média .......................................................................... 33
Império Otomano .................................................................. 35
Mandato Britânico ................................................................ 38
Israel ...................................................................................... 40
Demografia ............................................................................ 43
IGREJA DAS BODAS DE CANÁ ........................................ 44
ESCAVAÇÕES EM KAFR KANA ........................................ 53
TÚMULO DE GAMALIEL ................................................. 56
TÚMULO VANDALIZADO ................................................ 60
IGREJA ORTODOXO ......................................................... 62
PROFETA JONAS ENTERRADO ..................................... 64
ESTRADA ROMANA ........................................................... 64
RUA DAS IGREJAS .............................................................. 65

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[ 6 ]
ESCOLA EM CANÁ DA GALILÉIA ................................... 70
VINHO DE CANÁ DA GALILEIA ..................................... 71
PLACAS DE CARRO EM ISRAEL ...................................... 71
CANÁ É PRÓXIMA DE NAZARÉ ..................................... 73
POTES DE PEDRAS [TALHAS] ........................................ 74
BOTÂNICA .......................................................................... 78
DESCOBERTAS ARQUEÓLOGICAS ................................ 78
REFERÊNCIAS BÍBLICAS ................................................. 82
ESTUDO DO MILAGRE DA ÁGUA EM VINHO .............. 86
APÊNDICE – VINICULTURA NA GALILEIA ................. 100

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[ 7 ]
DEDICATÓRIA






Dedico este livro a Talita Sara, dona da agência
Lauf Im Tali de Ponta Grossa, Paraná. O telefone da Lauf
Im Tali é (42) 99808-1002. Ela regularmente conduz
peregrinos para a Terra Santa e diversos lugares do
mundo. Com um trabalho estritamente profissional ela
leva os turistas para diversos lugares do mundo com todo
conforto, comodidade e segurança, tudo por um preço
justo e honesto. Em um mercado que sempre surgem
golpistas é muito importante procurar empresas sérias,
por isso recomendo que viajem com a Tali.

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[ 8 ]
CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma
doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de
um dólar [ou cinco reais BR],
assim continuaremos produzindo livros que edifiquem:
PIX
Valdemir Mota de Menezes,
Banco do Brasil
CPF 069 925 388 88
Este material literário do autor não tem fins lucrativos,
nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste
em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de
vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o
único Deus Todo-Poderoso.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 9 ]
INTRODUÇÃO
Este é mais um livro da minha coleção TERRAS
BÍBLICAS, fruto de uma viagem pelo Oriente Médio,
especialmente visitando Israel. O primeiro milagre de
Jesus foi transformar água em vinho em Caná da Galileia.
Estás águas estavam em 6 talhas de pedras. Em Cana da
Galileia foi encontrada uma talha em uma escavação.
Está da foto da capa. Em cima desta casa onde
encontraram a talha foi construída uma igreja, onde
pessoas do mundo inteiro vão renovar os votos
matrimoniais. Em maio/2023 estive ao lado desta talha
que hipoteticamente Jesus fez o primeiro milagre. Existe
ainda dúvidas se este é o local real onde Jesus fez o
milagre de transformar água em vinho. Outros sítios
arqueológicos disputam este privilégio. Mas este é o mais
popular. Caná da Galileia é o local do casamento em
Caná, no qual o milagre de transformar água em vinho
ocorreu conforme o Evangelho de João. Esta obra é um
raio X da história, geografia e eventos bíblicos desta
cidade.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 10 ]


A localização é disputada, com os quatro locais
principais sendo Kafr Kanna, Khirbet Qana e Reineh na
Baixa Galileia e Qana na Alta Galileia. Diz-se que o nome
árabe "Qana al-Jalil" se aplica a vários locais, mas sua
autenticidade é duvidosa. O nome possivelmente deriva
da palavra hebraica ou aramaica para canas.
REFERÊNCIAS ESCRITAS A CANÁ

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 11 ]


Cana é positivamente localizada no Atlas
Histórico de Shepherd, 1923: os estudiosos modernos
têm menos certeza.
Entre os cristãos e outros estudiosos do Novo
Testamento, Caná é mais conhecida como o lugar onde,
segundo o Quarto Evangelho, Jesus realizou "o primeiro
de seus sinais", seu primeiro milagre público, a
transformação de uma grande quantidade de água em
vinho em uma festa de casamento (João 2, João 2:1–11)
quando o vinho fornecido pelo noivo acabou. Embora
nenhum dos evangelhos sinóticos registre o evento, a

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 12 ]
tradição cristã dominante afirma que este é o primeiro
milagre público de Jesus.[1]

As outras referências bíblicas a Caná também
estão em João: João 4 (João 4:46), que menciona que
Jesus está visitando Caná quando é solicitado a curar o
filho de um oficial real em Cafarnaum; e João 21 (João
21:2), onde é mencionado que Natanael (às vezes
identificado com o Bartolomeu incluído nas listas de
apóstolos dos evangelhos sinóticos) vem de Caná.[1]

O Livro de Josué menciona uma cidade (19:28) e
um riacho (16:8; 17:9) chamado Kanah (Cana) – nenhum
dos dois é provável que seja a Caná da Galileia.[1]

APÓSTOLO NATANAEL BARTOLOMEU

A Igreja de São Bartolomeu Apóstolo [latim:
Ecclesia Sancti Bartholomei Apostoli] é o nome dado a
uma igreja católica administrada pela ordem franciscana
em Kafr Kanna, em Israel, construída em homenagem a

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 13 ]
Natanael, local onde as Escrituras dizem ter sido a cidade
natal do apóstolo Bartolomeu. A igreja foi fundada em
1885. Bartolomeu é um dos apóstolos que, segundo a
Bíblia, estavam presentes no milagre do peixe: "Mais
tarde, junto ao mar de Tiberíades, Jesus revelou-se outra
vez aos discípulos, dando-se a conhecer desta maneira:
Estavam juntos Simão Pedro, Tomé, chamado Dídimo,
Natanael, de Caná da Galileia, os filhos de Zebedeu e
outros dois discípulos" (João 21: 1–2)
A frente da igreja apresenta quatro pilares e uma
janela redonda acima da porta principal. No centro há
uma inscrição em latim: "DOM S NATHANAELIS
BARTHOLOMAEI APOSTOLI" (que sign ifica O apóstolo
Natanael Bartolomeu). O altar fica em uma plataforma
elevada e, na frente, dois pares de colunas de pequeno
porte têm capitéis coríntios e um baixo -relevo
representando o encontro de Natanael e Filipe, o
Apóstolo. Perto dali, há um pequeno cemitério.

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[ 14 ]

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 15 ]
OUTRAS REFERÊNCIAS

Na história secular, os anais do rei assírio Tiglath-
Pileser III, que conquistou a Galileia em uma campanha
de 733 aC, contém uma lista mal preservada de cidades
que se pensava mencionarem uma certa Kana. Relata
que seiscentos e cinquenta cativos foram levados para lá.
No entanto, uma transliteração revisada revelou que a
única sílaba bem preservada era Ku, não Ka.
FLÁVIO JOSEFO

Flávio Josefo menciona mais de um lugar
chamado Caná. No contexto da Galileia, há duas
menções em sua Vida: uma é um lugar na estrada de
Iulias, e a outra é um lugar onde ele residia, a cerca de
um dia de caminhada de Tiberíades.
LOCALIZAÇÃO DE CANÁ

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 16 ]
Tem havido muita especulação sobre onde
poderia estar Caná. Em seu Evangelho, o autor não
afirma ter estado no casamento. Muitos considerariam a
história do casamento em Caná como tendo um
significado teológico e não histórico ou topográfico [ o que
discordamos]; é o primeiro dos sete "sinais" milagrosos
pelos quais o status divino de Jesus é atestado e em
torno dos quais o evangelho é estruturado.

Mapa da Baixa Galileia com possíveis
localizações de Caná: Kafr Kanna, azul; Khirbet Qana,
vermelho.

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[ 17 ]
O consenso da erudição moderna é que o Quarto
Evangelho foi dirigido a um grupo de cristãos judeus e
muito possivelmente a um grupo que vivia na província da
Judéia; então é improvável que o evangelista tenha
mencionado um lugar que não existia. Há uma opinião
minoritária de que o evangelho foi escrito para um público
gentio, e aqueles que adotam essa opinião afirmam que a
descrição na passagem sobre o casamento em Caná de
"seis talhas de pedra para os ritos de purificação
judaicos", o que não reflete um bom conhecimento dos
hábitos de lavagem ritual entre os judeus da época, é
especificamente para um público gentio, que não
conheceria a topografia da Terra Santa. Nesta hipótese, o
nome "Cana" pode ter algum significado puramente
simbólico.
Existem outros locais principais que estão sendo
considerados como a Caná do Novo Testamento:

Alta Galileia
Qana, Líbano
Baixa Galileia
Kafr Kanna, Israel (também escrito Kefar Kenna)

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 18 ]
Karm er-Ras, a parte ocidental de Kafr Kanna
Khirbet Qana, Israel
Ain Qana, Israel
QANA, LÍBANO

A vila de Qana, cerca de 18 milhas (29 km) de
Tiro, Líbano, é tradicionalmente considerada o local
correto por muitos cristãos, e é a escolha de Eusébio em
seu Onomasticon do século IV. É um local turístico
popular que comemora o milagre.
KARM ER-RAS

Karm er-Ras, a parte ocidental de Kafr Kanna, foi
recentemente escavada pelo arqueólogo israelense
Yardenna Alexandre. A escavação revelou evidências de
uma vila romana substancial com uma população judaica
que declinou consideravelmente no período romano tardio
e que foi finalmente abandonada no período bizantino,
explicando por que a rota de peregrinação foi alterada
para Kafr Kanna. Alexandre acredita que o local foi

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 19 ]
identificado com precisão por Josefo, mas outros
estudiosos discordam.[1]
LOCALIDADE DE KAR, ER-RAS
Karm er-Ras é um assentamento da Idade do
Ferro, helenístico e romano/bizantino a oeste de Kfar
Kanna. É um candidato para o local do primeiro milagre
de Jesus em Caná da Galileia, transformando água em
vinho em um casamento. O local está perto do sitio
tradicional em Kafr Kanna. Embora Kafr Kanna não tenha
vestígios arqueológicos dos tempos de Jesus, este local
já foi uma vila judaica durante o início do período romano
e tem uma probabilidade maior de ser o local do
casamento. Foi destruído durante a grande revolta contra
os romanos.
Serão estas realmente as ruínas da antiga vila de
Caná da Galileia, local do primeiro milagre de Jesus –
transformar água em vinho?
João 2:11: “Com este princípio deu Jesus início
aos seus sinais em Caná da Galileia e manifestou a sua
glória”.
Localização e mapa aéreo:

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 20 ]
A colina, onde o local está, é coberta por oliveiras,
dando seu nome árabe – “a cabeça do vinhedo”. Um
mapa aéreo abaixo mostra a colina, indicando os
principais pontos de interesse e sua topografia. O centro
de Karm er-Ras é indicado como um quadrado amarelo.
A área da antiga vila se estendia ao redor do
cume. Casas residenciais modernas foram construídas no
lado norte e leste. Os limites estimados da vila são
marcados como um círculo amarelo.

O sítio fica a 3 km a leste de Séforis – a capital da Galileia
durante o período romano. Fica a 7 km a nordeste de Nazaré.

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[ 21 ]

História:
De acordo com as áreas de escavação abertas no
lado leste e norte da colina, os períodos de assentamento
incluíram a Idade do Ferro, o período helenístico e o
período romano/bizantino.
Período moderno

Dezenas de mini-escavações, lideradas por Y.
Alexandre, foram conduzidas ao longo dos anos durante
as construções das casas residenciais modernas. Elas
desenterraram evidências da Grande Revolta contra os
Romanos, bem como dos períodos Helenístico e
Bizantino. [5]
Esta vista de drone é do oeste. O centro da antiga
vila estava localizado nesta colina e cobria uma grande
área ao redor dela. Ao fundo está a cidade moderna de
Kfar Kanna. Seu bairro ocidental cobre as seções norte e
leste das ruínas.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 22 ]


A próxima vista é do lado sul da colina, que é
coberta por oliveiras. As ruínas estão espalhadas sob o
nível do solo, com poucos elementos arquitetônicos
visíveis acima da superfície, exceto por algumas paredes.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 23 ]
Uma vista do lado leste da colina é a próxima. As
escavações arqueológicas foram limitadas a pequenas
seções durante a construção das casas residenciais. É
lamentável que essas casas tenham sido construídas
neste local importante, mas os proprietários tinham
licenças de construção antes que a importância do local
fosse reconhecida pelas autoridades.


No fundo distante está o parque empresarial e
industrial Zippori, uma das maiores zonas industriais de
Israel, cobrindo uma área de aproximadamente 3.000
acres. O parque abriga mais de 150 fábricas e empresas
em uma variedade de indústrias, incluindo produção de
alimentos e bebidas, metalurgia, plásticos e muito mais. O

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 24 ]
parque industrial foi estabelecido na década de 1960
como parte de um esforço do governo para promover o
desenvolvimento econômico e criar empregos na região.
Hoje, é uma das zonas industriais mais importantes de
Israel e desempenha um papel fundamental na economia
do país.


RIACHO KARF KANNA
No lado norte da colina há um riacho (que poderia
muito bem ser um escoamento de água de esgoto, pela
aparência). No entanto, este é o riacho Kafr Kanna, que
flui para o noroeste até o riacho Yiftachel. Nos tempos
antigos, era uma das fontes de abastecimento de água
para a vila. A fonte das águas é das colinas de 'Ain Mahil

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 25 ]
e Meshhed, onde uma dúzia de nascentes estão
localizadas. [5]


KHIRBET KANA, ISRAEL

Outro possível candidato é a aldeia arruinada de
Khirbet Qana, que significa "as ruínas de Caná". Com
vista para o vale de Beit Netofa a partir do norte, está
localizado a cerca de 9 quilômetros (5,6 milhas) ao norte
de Kafr Kanna e tem sido notado por peregrinos desde o
século 12 ou antes. No entanto, isso pode ser uma

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 26 ]
retenção antiga, como Edward Robinson sustentou, ou
pode ter sido anexado ao local em conversas com
peregrinos questionadores.[2]

Este local está localizado em um afloramento de
calcário que se eleva 100 m acima do solo do Vale Bet
Netofa, a 13 km de Nazaré e 8,0 km a nordeste de
Séforis, na Galileia inferior. Também tem sido identificada
como a verdadeira localização de Caná do Novo
Testamento. Escavações do arqueólogo Douglas
Edwards da Universidade de Puget Sound e do
arqueólogo Tom McCollough revelam vestíg ios
arquitetônicos e numismáticos demonstrando que o local
continha uma vila de tamanho modesto do período
helenístico em diante (200 aC - 650 dC), incluindo uma
estrutura que carrega semelhanças com as sinagogas do
período romano e várias piscinas mikveh para banhos
cerimoniais judaicos. Mais importante ainda, eles
descobriram um complexo de cavernas na encosta sul do
local que mostrava indicações de uso como centro de
culto, incluindo uma tampa de sarcófago ou altar e uma
prateleira que continha dois vasos de pedra in situ e

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 27 ]
espaço para outros quatro vasos. sugerindo que Khirbet
Kana foi considerado como Caná do Novo Testamento
desde muito cedo. Restos de uma aldeia árabe e uma
igreja ou mosteiro também fora m descobertos
imediatamente ao sul do complexo de cavernas.

Outras evidências históricas dos períodos
bizantino e medieval mostram que Khirbet Kana foi
considerado o verdadeiro local do Novo Testamento em
Caná desde um período muito antigo. Um guia escrito por
Teodósio entre 517 e 527 EC, intitulado O Layout da
Terra Santa, identifica Khirbet Kana e indica que duas das
embarcações ainda estavam no local. Um relato de
peregrino escrito por Saewulf em 1101 a 1103 dC
também identifica o local, assim como Belard de Ascoli
(1155 dC) e o frade dominicano Burchard do Monte Sion
(1283 dC), e um mapa do notável cartógrafo Petrus
Vesconte em 1321 dC. Burchard do Monte Sion descreve
um complexo de cavernas localizado ali que era usado
como local de veneração: "o local é mostrado até hoje
onde ficavam os seis potes de água e a sala de jantar
onde as mesas eram colocadas".

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 28 ]
'AIN KANAH, REINEH, ISRAEL



Reineh em 1870 PEF Survey of Palestine,
mostrando Ain Kana, identificado por C. R. Conder como
um bom candidato para a Caná bíblica.
A cerca de 2,4 quilômetros a nordeste de Nazaré
fica a cidade árabe de Reineh, e no caminho para o
Monte Tabor há uma pequena nascente chamada 'Ain
Kânah, que foi identificada por Claude Reignier Conder
em seu Trabalho de tenda na Palestina (1878) como o
melhor candidato para a localização de Caná, com base

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 29 ]
em fundamentos etimológicos. Alguns relatos de
peregrinos cristãos primitivos mencionam uma fonte em
associação com Caná da Galileia, mas nenhuma
escavação foi realizada lá ainda.
KAFR KANNA

A primeira vez que este local é associado com o
Novo Testamento Cana é em um relatório de meados do
século 17 ao Papa por Francesco Quaresimo, o emissário
papal na Palestina, onde ele observou que havia dois
possíveis candidatos: Khirbet Qana e Kafr Kanna. De
acordo com a Enciclopédia Católica, uma tradição que
remonta ao século VIII identifica Caná com a moderna
cidade árabe de Kafr Kanna, no sopé da cordilheira de
Nazaré, cerca de 7 quilômetros (4,3 milhas) a nordeste de
Nazaré.
Alguns estudiosos acreditam, de acordo com
evidências arqueológicas, que a identificação de Kafr
Kanna foi o resultado do declínio de Khirbet Qana no
início do período mameluco. Eles observam que era uma
prática comum estabelecer locais novos, mais ricos e de

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 30 ]
fácil acesso no lugar dos antigos para acomodar o
aumento do tráfego de peregrinos, particularmente no
final dos períodos medieval e otomano. [1]

DESCRIÇÃO DE KAFR KANA
Kafr Kanna é uma cidade árabe na Galileia, parte
do Distrito Norte de Israel. É associada pelos cristãos à
aldeia neotestamentária de Caná , onde Jesus
transformou água em vinho. Em 2022 sua população era
de 24.108. Tem uma população religiosamente mista de
muçulmanos e cristãos de diferentes denominações.
Uma vila judaica durante a antiguidade, Kafr
Kanna é mencionada em uma estela de mármore islâmica
existente do século IX. Sob o domínio dos cruzados, do
século XII a meados do século XIII, era uma casale
(propriedade rural). Kafr Kanna havia se tornado uma
grande vila em 1300, durante o domínio mameluco .
Floresceu como uma das maiores localidades da
Palestina e uma das duas cidades mercantis do Safed
Sanjak sob o domínio otomano no século XVI, quando
sua população era majoritariamente muçulmana com uma

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 31 ]
minoria judaica significativa. No século XIX, sua
população era aproximadamente igual em partes
muçulmanas e cristãs, um estado que persistiu durante o
Mandato britânico (1917-1948). Desde 1948, faz parte de
Israel.
História
Período antigo
Escavações arqueológicas da Autoridade de
Antiguidades de Israel descobriram restos que datam do
Neolítico ao período mameluco. Evidências de um grande
assentamento da Idade do Bronze Inicial foram
escavadas adjacentes à fonte perene de Kanna,
sobrepondo um sítio que data do Período Calcolítico
Inicial. Um muro de fortificação indica que o
assentamento era fortificado.

Kana foi mencionada nas cartas de Amarna.

Em 2001, foram encontrados restos de um forno
de cerâmica do século IV a.C. que produzia potes de

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 32 ]
armazenamento com bordas evertidas, adjacentes à fonte
Kanna.
Períodos romano e bizantino

Durante o primeiro século d.C, Kafr Kanna era
uma aldeia judaica. Foi mencionada pelo historiador
judeu-romano Josefo em sua Vida de Flávio Josefo.
Nos arredores da cidade moderna está o túmulo
do sábio judeu, rabino Simeon ben Gamliel, que se tornou
o Nasi (presidente) do Sinédrio em 50 d.C.. Seu túmulo
permaneceu como um local de peregrinação judaica ao
longo dos séculos.

Escavações sob a igreja franciscana de Kafr
Kanna revelaram painéis de mosaico no piso com
inscrições de doadores aramaicos, usando a escrita
judaica quadrada. Uma inscrição em um dos painéis
comemora "Yose filho de Tanhum filho de Botah",
afirmando que ele, junto com seus filhos, fez uma doação
para a criação do painel inscrito. A outra inscrição pode
possivelmente mencionar o nome Yeshu'a. Escavações

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[ 33 ]
sob a mesma igreja também desenterraram uma lâmpada
redonda de "disco" datada do século II d.C., que inclui
uma assinatura do oleiro, chamado Iason.
Em 2023, uma caverna funerária com ossários de
pedra decorados que foram usados pelos judeus para
sepultamento secundário nos anos seguintes à revolta de
Bar Kohkba foi descoberta em Kafr Kanna.
Durante as escavações em Kerem er-Ras/Karm
er-Ras, localizado na periferia ocidental da vila de Kafr
Kanna, um fragmento de uma inscrição funerária em latim
foi descoberto em 2001. Esta inscrição, que remonta ao
século V d.C., menciona a Legio X Fretensis. Hoje está
em exposição no Museu Hecht em Haifa. Também foi
desenterrado em Kafr Kanna um amuleto mágico do
século V ao VII, incluindo um amuleto de metal com 41
linhas de aramaico usando a escrita judaica. Este amuleto
foi projetado para combater várias febres, referenciando
nomes sagrados como Abraxas e a letra tsade (צ),
simbolizando o nome Sabaoth, bem como uma expressão
idiomática hebraica.
Idade Média

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 34 ]
No início do século IX, sob o governo abássida,
Abu Salih Khayr al-Khadim, um eunuco do califa al-
Mu'tazz b'illah, deixou todas as suas propriedades em
Kafr Kanna e outra aldeia da Galileia, Kfar Tavor (então
chamada Kafr Tabaria), para um waqf (doação religiosa).
As doações deveriam ser eternas, mas presumivelmente
foram encerradas pela conquista dos cruzados em 1099.
O viajante persa Nasir-i-Khusraw visitou a vila em
1047 d.C. e descreveu o lugar em seu diário:
Ao sul [de Kafar Kannah] há uma colina, no topo
da qual eles construíram um belo mosteiro. Ele tem um
portão forte, e o túmulo do profeta Yunis (Jonas) [...] é
mostrado dentro. Perto do portão do mosteiro há um
poço, e a água dele é doce e boa. Acre fica a 4 léguas de
distância.
Durante o período dos cruzados, o viajante persa
Ali de Herat escreveu que se podia ver o Maqam de
Jonas, e também o túmulo de seu filho, em Kafr Kanna.
Isso foi repetido pelo geógrafo sírio Yaqut al-Hamawi,
embora ele apenas tenha escrito sobre o túmulo como
sendo o do pai de Jonas. O nome Casale Robert foi
usado pelos cruzados, além de variações do nome árabe.

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[ 35 ]
Em agosto de 1254, Juliano, o senhor de Sidon, vendeu-o
aos Cavaleiros Hospitalários.
Por volta de 1300, durante o governo mameluco,
Kafr Kanna foi descrito como uma grande vila, na qual
viviam os chefes de várias tribos. A tribo principal é
chamada Kais al-Hamra ("Kais, o Vermelho"). De acordo
com o cronista al-Dimashqi, o distrito de al-Batuf,
chamado de "o Prado Afogado", pertencia à vila. Al-
Dimashqi observou ainda que as águas das colinas
circundantes drenavam para a área, inundando-a; assim
que a terra secava, os grãos eram semeados.

Império Otomano

"Pôr do sol sobre a paisagem com Caná ao
longe" (1839) em David Roberts ' A Terra Santa, Síria,
Idumeia, Arábia, Egito e Núbia

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[ 36 ]

"Kefr Kenna" (1859) em A Terra e o Livro de
William McClure Thomson.

Duas versões da mesma imagem, com vinte anos
de diferença, com a primeira rotulando-a como "Cana"
sem reservas, e a última como "Kefr Kenna". Thomson
escreveu que ele considerava que as Pesquisas Bíblicas
na Palestina de Edward Robinson, de 1841 , "resolveram
a questão" da localização de Cana em favor de Kana el
Jalil.

Kfar Kanna, 1903

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 37 ]

Sob o domínio do Império Otomano , a vila
floresceu no século XVI, pois ficava na rota comercial
ocidental entre o Egito e a Síria. Altos impostos de
diferentes tipos eram cobrados no movimentado mercado.
Entre outras coisas, ele comercializava tecidos,
produzidos na Galileia para consumo internacional.
Banhos e fornos públicos também eram tributados. Em
1533, as autoridades otomanas registraram a população
como 147 famílias e, em 1548 ela cresceu para 475
contribuintes muçulmanos (426 famílias e 49 solteiros) e
96 contribuintes judeus (95 famílias e 1 solteiro),
tornando-se a sexta localidade mais populosa da
Palestina na época. Os moradores pagavam uma taxa
fixa de imposto de 25% sobre produtos agrícolas,
incluindo trigo, cevada, oliveiras, árvores frutíferas,
algodão, cabras e colmeias, além de receitas ocasionais e
um pedágio de mercado; um total de 56.303 akçe. Na
época, Kafr Kanna era uma das poucas vilas mercantis no
Safed Sanjak (distrito de Safed) e a segunda maior depois
da cidade de Safed. Era também a única localidade no
sanjak além de Safed a ter um balneário público.

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[ 38 ]

Um mapa da invasão de Napoleão em 1799 por
Pierre Jacotin mostrou o lugar, chamado de Cana, e
David Roberts 'A Terra Santa, Síria, Idumeia, Arábia,
Egito e Núbia ilustraram o mesmo em duas litografias
separadas.
As Pesquisas Bíblicas na Palestina de 1841 de
Edward Robinson escreveram que "Os monges dos dias
atuais, e todos os viajantes recentes, encontram a Cana
do Novo Testamento, onde Jesus converteu a água em
vinho, em Kefr Kenna", no entanto, ele argumentou que a
localização de Cana era de fato nas ruínas conhecidas
como Kana el Jalil (Cana da Galileia). No Survey of
Western Palestine (SWP) de 1881 do PEF, descreveu-a
como uma vila construída em pedra, contendo 200
cristãos e 200 muçulmanos. Uma lista populacional de
cerca de 1887 mostrou que Kefr Kenna tinha cerca de
830 habitantes; "a maior parte cristãos".

Mandato Britânico

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[ 39 ]

Cartão postal de Kafr Kanna de Karimeh Abbud,
de 1925.

No censo de 1922 da Palestina, realizado pelas
autoridades do Mandato Britânico, Kufr Kenna tinha uma
população total de 1.175; 672 muçulmanos e 503 cristãos,
dos cristãos, 264 eram ortodoxos gregos, 82 católicos
romanos, 137 melquitas (católicos gregos) e 20
anglicanos. A população aumentou no censo de 1931
para 1.378; 896 muçulmanos e 482 cristãos, em um total
de 266 casas.

Nas estatísticas de 1945, a população era de
1.930; 1.320 muçulmanos e 610 cristãos, enquanto a
área total de terra era de 19.455 dunams , de acordo com
um levantamento oficial de terras e população. Destes,

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[ 40 ]
1.552 foram alocados para plantações e terras irrigáveis,
11.642 para cereais, enquanto 56 dunams foram
classificados como áreas construídas.

Israel

Durante a Guerra Árabe-Israelense de 1948, Kafr
Kanna foi capturado por unidades da 7ª Brigada de Israel
na segunda metade da Operação Dekel (15 a 18 de julho
de 1948). Em 22 de julho de 1948, os dois padres,
Giuseppe Leombruni (católico) e Prochoros (ortodoxo
grego), e o prefeito cristão renderam Kafr Kanna
pacificamente às tropas da Haganah que avançavam,
garantindo que a população pudesse permanecer na vila.
Kafr Kanna permaneceu sob lei marcial até 1966.
Em 30 de Março de 1976, um residente de Kafr
Kanna, Muhammad Yusuf Taha, foi uma das seis pessoas
mortas pelo exército israelita durante as manifestações do
Dia da Terra.
Em novembro de 2014, houve confrontos por
alguns dias porque a polícia israelense matou um árabe

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[ 41 ]
israelense, que atacou uma van da polícia com uma faca.
A polícia disse que havia disparado tiros de advertência
antes de atirar nele.


Significado religioso

Igreja Católica de Casamento em Kafr Kanna.

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[ 42 ]

Igreja Ortodoxa de São Jorge em Kafr Kanna.

A cidade é identificada pelos cristãos como a
cidade de Caná, onde Jesus realizou um milagre no
Casamento em Caná (João 2:1–12). De acordo com a
Enciclopédia Católica de 1914, a identificação de Kafr
Kanna com Caná remonta pelo menos ao século VIII. No
entanto, a visão geral a partir do século XII colocou Caná
em Khirbet Kana, um local 8,5 quilômetros a noroeste de
Kafr Kanna. Mais tarde, a identificação tradicional com
Kafr Kanna ressurgiu fortemente em meados do século
XIV e até os dias atuais.
Caná também é mencionada como a cidade natal
do apóstolo Bartolomeu, como "Natanael de Caná" em
João 21:2.

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[ 43 ]
As principais igrejas em Kafr Kanna são a Igreja
Franciscana do Casamento, a Igreja Ortodoxa Grega de
São Jorge e a Igreja Batista. Perto das duas está a
Capela Católica Romana (geralmente fechada) do
Apóstolo Bartolomeu (Natanael).
Demografia
Kafr Kanna alcançou o status de conselho local
em 1968. Em 2006, havia 18.000 residentes. A população
cresceu para 20.832 no censo de 2014. Em 2014, os
cristãos constituíam cerca de 11% da população.

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[ 44 ]
Como é o caso de muitas outras cidades mistas
de muçulmanos e cristãos na região, os cristãos
geralmente tendem a viver na parte mais antiga da
cidade. Em Kafr Kanna — e em Kafr Yasif e 'Abud, entre
outros — há dois núcleos antigos na cidade: o mais antigo
onde vivem os cristãos e outro (também com centenas de
anos) onde vivem os muçulmanos. [4]

IGREJA DAS BODAS DE CANÁ

A Igreja das Bodas de Caná ou simplesmente
Igreja das Bodas, também Igreja Franciscana das Bodas,
é um edifício religioso da Igreja Católica localizado na
parte central da cidade de Kafr Kanna (Cana), na Baixa
Galileia, localizada no norte de Israel. É dedicado aos
casamentos do cristianismo. Seu nome comemor a o
evento das Bodas de Caná do Evangelho de João,
considerado por alguns cristãos como tendo ocorrido no
local, durante o qual Jesus realizou seu primeiro milagre,
transformando água em vinho a pedido de sua mãe
Maria.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 45 ]

No centro da cidade fica a rua das Igrejas. Ao
longo desta faixa há vários institutos cristãos. No fundo,
abaixo, fica a igreja Franciscana Cana das Bodas com
sua torre de sino duplo, construída em 1881.


A Igreja é propriedade da Custódia da Terra
Santa, parte da ordem franciscana da Igreja Católica. A
igreja atual foi construída por volta de 1881 e ampliada de
1897 a 1905, seguindo os esforços dos franciscanos para
adquirir o local entre 1641 e 1879, quando a aquisição foi
concluída. Escavações arqueológicas do século XX
indicaram que, antes da atual construção da igreja, o local

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[ 46 ]
abrigou uma sinagoga judaica nos séculos IV e V, e
túmulos sob o domínio do Império Bizantino nos séculos
V e VI.
Em 1901 foi construída a fachada atual, e em 30
de setembro de 1906, o bispo Angelo Roncalli consagrou
o altar. Na segunda metade da década de 1990, a Terra
Santa iniciou uma extensa reforma da igreja, concluída
em 1999. [2]

Acima e abaixo, vemos diversas fotos que tirei na
entrada da igreja das Bodas. Nosso grupo como muitos
outros grupos de peregrinos fazem RENOVAÇÃO DOS
VOTOS DE CASAMENTO em Caná da Galileia, é uma

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[ 47 ]
forma de reviver o grande evento bíblico que aconteceu
aqui, quando Jesus, em uma festa de casamento, vendo
que faltou vinho, transformou água em vinho para que a
festa fosse completa.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 48 ]
Igrejas de Israel: A Igreja do Casamento em Caná

Nossa caravana era composta por católicos e
evangélicos. Assim, acima o padre Jefferson fez a
renovação das alianças com casais católicos e abaixo o
pastor Marcio de Santos fez uma cerimônia de renovação
de alianças com um casal evangélico.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 49 ]
Como berço do cristianismo, Israel tem muitas
igrejas lindas e históricas. Algumas são feitos magníficos
de arquitetura conhecidos no mundo todo, testemunhos
permanentes da glória de Deus e da nossa devoção.
Outras são capelas humildes pelas quais você pode
passar direto sem perceber, mas que contêm profundo
valor histórico e espiritual para esta terra antiga.

Fotos que tirei em Caná das paisagens da pequena
cidade.
Hoje, vamos dar uma olhada em uma igreja que
não é nem a maior nem a menor. Uma linda igreja com
uma história e significado próprios - a Wedding Church of
Cana.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 50 ]

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 51 ]
Também conhecida como a Igreja do Primeiro
Milagre, a Igreja do Casamento foi construída em 1879
pela Igreja Católica. O local foi escolhido especificamente,
pois acredita-se que seja o local exato onde Jesus fez o
milagre de transformar água em vinho. A história é
contada em João 2:1-11.
"No terceiro dia houve um casamento em Caná da
Galileia, e a mãe de Jesus estava lá. Jesus também foi
convidado para o casamento com seus discípulos.
Quando o vinho acabou, a mãe de Jesus disse a ele:
"Eles não têm vinho." E Jesus disse a ela: "Mulher, o que
isso tem a ver comigo? Minha hora ainda não chegou."
Sua mãe disse aos servos: "Façam o que ele lhes disser."
Ora, havia ali seis talhas de pedra para os ritos
judaicos de purificação, cada uma com capacidade para
vinte ou trinta galões. Jesus disse aos servos: "Encham
as talhas com água". E eles as encheram até a borda. E
ele lhes disse: "Agora tirem um pouco e levem ao mestre-
sala". Então, eles a pegaram. Quando o mestre-sala
provou a água agora transformada em vinho e não sabia
de onde vinha (embora os servos que tinham tirado a
água soubessem), o mestre-sala chamou o noivo e disse-
lhe: "Todo mundo serve primeiro o vinho bom e, quando
as pessoas já beberam generosamente, então o vinho
ruim. Mas você guardou o vinho bom até agora". Este, o
primeiro dos seus sinais, Jesus fez em Caná da Galileia,
e manifestou a sua glória. E os seus discípulos creram
nele".

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 52 ]
E, de fato, a Igreja celebra esse milagre não
apenas por ser um local privilegiado para casais
israelenses se casarem, mas por manter um pequeno
santuário/museu na igreja inferior. Isso inclui artefatos da
época da vida de Jesus, incluindo um lagar, vários vasos
e recipientes, e a relíquia mais importante da igreja, um
jarro que é reivindicado como um dos seis jarros
referenciados no milagre. Este jarro representa uma
conexão direta com a vida e as ações do próprio Jesus
Cristo, um pedaço da história física. O valor espiritual e
cultural desse tipo de relíquia não pode ser exagerado.
Este é o tipo de história que torna Israel um país tão
especial.
Embora a importância da Igreja do Casamento
seja obviamente sua conexão histórica e espiritual com a
vida de Jesus, ela tem muitos outros encantos também! O
exterior da igreja é simplesmente lindo. Com uma face
branca pura em estilo gótico e coberta com esculturas de
anjos e detalhes finos, a igreja é deslumbrante de se
olhar. No interior, a igreja tem dois níveis, a igreja inferior
com o santuário e o museu, e a igreja superior. A igreja
superior contém uma série de decorações maravilhosas,
a principal delas uma parte de um mosaico bizantino que
remonta ao século V ou VI. O mosaico inclui até mesmo
uma dedicatória em aramaico antigo ao generoso patrono
que encomendou o mosaico!
Mas como uma obra de arte bizantina do século V
ou VI acaba em uma igreja construída no final dos anos
1800? Isso porque esta dificilmente foi a primeira igreja
neste local! A documentação histórica pode verificar que a

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 53 ]
Imperatriz Helena encomendou a construção de uma
igreja no mesmo local no século IV. Escavações abaixo
da igreja e na área ao redor revelaram as ruínas de casas
do século I e um átrio do século V. Há também evidências
de um edifício funerário cristão do século V, à medida que
a área foi desenvolvida e reconstruída ao longo dos anos.
De fato, os franciscanos obtiveram a área nos anos 1600
e construíram uma igreja no mesmo local.
A Igreja está sobre camadas de história. Cada
artefato e ruína descobertos contam sua própria história
que remonta aos dias de Cristo. A Igreja do Casamento
pode não ser a igreja mais famosa de Israel, mas é uma
conexão importante e linda com Cristo que não deve ser
esquecida! [12]

ESCAVAÇÕES EM KAFR KANA

No dia 13 de março de 2006, Etgar Lefkovits
escreveu um artigo para o conceituado jornal
JERUSALEM POST falando de uma importante
descoberta arqueológica em Karf Caná, revelando que
esta cidade já foi habitada há 3 mil anos.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 54 ]
Escavações conduzidas pela Autoridade de
Antiguidades em Kfar Kana em 13.3.06. descobriram 11
potes de armazenamento completos característicos da
segunda metade do século I d.C.
Escavações conduzidas pela Autoridade de
Antiguidades em Kfar Kana – ao norte de Nazaré – uma
cidade foi descoberta que data da época do Reino de
Israel. Além disso, outros vestígios foram expostos do
assentamento judaico do período romano identificado
com “Kana da Galileia”, que é conhecido do Novo
Testamento. Entre as outras antiguidades descobertas
que datam desse período estão os 'refúgios escondidos',
fossos subterrâneos ligados por túneis curtos que foram
aparentemente construídos e escavados antes da Grande
Revolta dos judeus contra os romanos em 66 d.C.
Em escavações de salvamento conduzidas pela
Autoridade de Antiguidades em Kfar Kana, restos de um
assentamento estão sendo descobertos que existiam na
época do Reino Unido do Rei Salomão e do Reino de
Israel (após a divisão entre Israel e Judá, dos séculos 10-
9 a.C.). Durante o curso das escavações, uma seção da
muralha da cidade e restos de edifícios foram expostos. A

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 55 ]
diretora da escavação em nome da Autoridade de
Antiguidades, Yardenna Alexandre, relatou que
evidências foram encontradas lá indicando que o local foi
conquistado durante o século 9 a.C., provavelmente por
um inimigo. Além disso, vasos de cerâmica, grandes
quantidades de ossos de animais, um escaravelho
representando um homem cercado por dois crocodilos e
um selo de cerâmica com a imagem de um leão foram
descobertos no local.
Após a destruição, a área de escavação foi
abandonada até que suas ruínas fossem reabitadas por
colonos no período romano primitivo (século I d.C.). A
identidade desses moradores como judeus galileus já é
conhecida por escavações anteriores que foram
realizadas no local e por informações históricas que
identificam o assentamento como “Kana da Galileia” –
conhecido do Novo Testamento. Algumas das paredes
que foram destruídas foram reutilizadas na nova
construção e novos pisos foram colocados. Os colonos
judeus construíram fossos em forma de iglu nas ruínas do
assentamento anterior, onde a rocha serviu como piso do
fosso e as paredes foram c onstruídas. Um fosso

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 56 ]
escavado na rocha foi descoberto em um dos túneis e
nele havia 11 jarros de armazenamento completos
característicos da segunda metade do século I d.C.
Alexandre observou que “os fossos são conectados uns
aos outros por túneis curtos e parece que eles foram
usados como refúgios escondidos – uma espécie de casa
subterrânea escondida – que foram construídos antes da
Grande Revolta contra os romanos no ano 66 d.C.”. [3]

TÚMULO DE GAMALIEL
No lado sudoeste de Karm er Ras fica a vila de
Meshhed, onde uma tradição do século XIV afirma que o
profeta Jonas está enterrado. Suas casas são vistas aqui
no topo da colina. Em seu centro está Tel Gath-Hefer – a
casa do profeta de acordo com a tradição.
Mais perto de Karm er-Ras está o túmulo de
Simeon Ben-Gamliel (ele viveu nos anos 10 a.C. – 70
d.C.). Simeon era um sábio Tanna, e como presidente do
Sinédrio, ele foi um líder religioso do povo judeu durante a
grande revolta.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 57 ]
Simeão foi um dos 10 mártires, segundo a liturgia
judaica, decapitado junto com o sumo sacerdote, Rabi
Ismael ben-Elishat.


Cana da Galiléia localiza-se na BAIXA GALILÉIA
e é o nome dado na tradição cristã à aldeia árabe Kafr
Kanna, que fica na Baixa Galileia. A região da Galileia se
estendia até o Monte Hermon ao nordeste, o Monte
Carmelo a sudoeste, Citópolis a sudeste, Tiro ao norte e o
rio Jordão e o Mar da Galileia a leste. No fundo das fotos
vemos as montanhas da Galileia Alta.

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[ 58 ]
Simeon ben Gamliel (também escrito Shimon ben
Gamliel) foi um estudioso judeu que viveu nos séculos I e
II d.C. Ele era um membro proeminente do Sinédrio, o
tribunal judaico e uma das instituições mais importantes
na vida judaica na época. Simeon ben Gamliel foi o
terceiro em uma linha de rabinos proeminentes com o
mesmo nome, e serviu como presidente do Sinédrio de
50-70 d.C.

Simeon ben Gamliel era conhecido por sua
liderança, erudição e piedade, e desempenhou um papel
importante na formação da lei e tradição judaicas durante
um período tumultuado na história judaica. Ele foi
contemporâneo de algumas das figuras mais importantes
da história judaica, incluindo o rabino Akiva, Yochanan

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 59 ]
ben Zakkai e o famoso general e historiador Josephus.
Alguns dos ensinamentos e ditos mais famosos de
Simeon ben Gamliel estão registrados no Talmud, o texto
central da lei e tradição judaicas. Ele é especialmente
conhecido por seus ensinamentos sobre a importância da
educação e do estudo da Torá, que ele via como o
fundamento da vida judaica e a chave para a
sobrevivência do povo judeu.
Simeão era filho do rabino Gamaliel, o Velho, e
bisneto de Hillel, o Velho. Gamaliel, o Velho, era, como
seu filho, o presidente do Grande Sinédrio em Jerusalém,
e um importante estudioso fariseu. Os fariseus são
notados por sua erudição e justiça, e seguem a regra de
ouro bíblica (Levítico 19:18): “amarás o teu próximo como
a ti mesmo”. O rabino Gamaliel era de fato uma pessoa
moderada e favorecia os primeiros cristãos. Os Atos dos
Apóstolos nos dizem que Gamaliel, o Velho, também foi o
professor do apóstolo Paulo (Saulo de Tarso, 5 a.C. – 67
d.C.) – um dos primeiros missionários cristãos mais
influentes. (Atos 22:3): “Eu sou, na verdade, um homem
judeu, nascido em Tarso, uma cidade da Cilícia, mas
criado nesta cidade aos pés de Gamaliel…”

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 60 ]
O túmulo é visitado diariamente por muitos
visitantes judeus que vêm de todas as partes do país para
rezar no túmulo do ilustre líder espiritual. [5]

TÚMULO VANDALIZADO
O Jornal Jerusalem Post publicou em 21 de abril
de 2006 uma matéria do articulista Michael Freund sobre
o constante vandalismo no túmulo de Gamaliel,
provavelmente um ato de um árabe muçulmano
mostrando seu característico ódio aos judeus.

Vândalos não identificados profanaram o túmulo
do sábio talmúdico Rabban Shimon ben Gamliel em Kafr
Kanna, quebrando barras de ferro na entrada da estrutura

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 61 ]
e incendiando-a. Um funcionário do Ministério do Turismo,
responsável pela manutenção dos locais sagrados, disse
que o vandalismo provavelmente ocorreu em algum
momento nas últimas duas semanas, durante Pessah. A
entrada do local e a placa sobre ela estavam parcialmente
enegrecidas pela fumaça do incêndio, e montes de lixo
estavam espalhados nas proximidades. O interior do
túmulo também foi danificado, incluindo a escada que
levava à sala subterrânea que contém o túmulo do sábio.
Vários degraus de pedra e a parede adjacente foram
destruídos. O túmulo em si não foi danificado. O local,
localizado perto de Nazaré, é o local de descanso final de
um dos rabinos mais proeminentes da era talmúdica.
Consiste em um pequeno edifício de pedra situado sobre
uma caverna subterrânea. Os reparos começarão no
domingo, disse o oficial ao The Jerusalem Post,
acrescentando que ele tem sido frequentemente atacado
por moradores da área, até duas vezes por mês. Em
outubro de 2000, o local sofreu grandes danos quando
árabes locais atearam fogo ao túmulo. Rabban Shimon
ben Gamliel serviu como Nasi, ou líder, do povo judeu
pouco antes da destruição do Segundo Templo em

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 62 ]
Jerusalém. Ele foi assassinado pelos romanos, e seu
túmulo tem sido um local popular para peregrinos judeus
ao longo dos séculos. Em um de seus ensinamentos mais
conhecidos, encontrados na Ética dos Pais, ele disse:
"Toda a minha vida fui criado entre os sábios, e não
encontrei nada melhor para uma pessoa do que o
silêncio. O estudo não é a coisa principal, mas a ação." [9]

IGREJA ORTODOXO

A Igreja Ortodoxa Grega de Casamento de Cana
foi construída no final do século XIX. É oficialmente
chamada de Igreja de São Jorge e fica perto da Igreja
Franciscana de Casamento. A entrada é feita por um lindo
pátio externo com uma fonte e tamareiras.
Escadas levam do pátio externo para um pátio
interno onde há uma loja que vende itens religiosos e
vinho. Há também um pequeno museu exibindo alguns
itens arqueológicos em caixas de vidro.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 63 ]
A entrada é acessada por um caminho coberto de
videiras. Há um mosaico do Casamento em Caná acima
das portas.
A nave é decorada com ícones do chão ao teto.
Há uma linda iconóstase de madeira e um púlpito.
Jarros de pedra
Os itens mais importantes na igreja são dois
antigos jarros de pedra que supostamente foram usados
por Jesus para transformar água em vinho. Peregrinos
que visitam a igreja deixaram dinheiro, notas e tamata
(votivas) nos jarros.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 64 ]
PROFETA JONAS ENTERRADO
No lado sudoeste de Karm er Ras fica a vila de
Meshhed, onde uma tradição do século XIV afirma que o
profeta Jonas está enterrado. Suas casas são vistas aqui
no topo da colina. Em seu centro está Tel Gath-Hefer – a
casa do profeta de acordo com a tradição. [5]
Creio que o verdadeiro túmulo do profeta Jonas
se encontra no Iraque.
ESTRADA ROMANA

Uma estrada romana pavimenta da foi
recentemente descoberta em uma floresta a leste de Kafr
Kanna. A seção escavada se estende por 200 m. Ela tem
um plano único de 2 pistas, com uma linha de pedras
dividindo ambas as pistas. Cada pista tem 2,4 m (8 pés)
de largura.
A estrada é direcionada para o leste em direção a
Tiberíades. Ela permitiu um caminho direto de Séforis
(Diocesaréia Romana) ao longo da encosta da colina,
contornando assim o vale lamacento de Yiftachel durante

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 65 ]
o inverno. Em Horvat Mishkana (junção de Golani), a
estrada se juntou a estradas romanas direcionadas para o
Norte e o Sul.
As escavações do IAA são conduzidas em
preparação para uma expansão planejada para o leste de
Kafr Kanna, e esperamos que esta estrada única seja
mais explorada e preservada. [5]


RUA DAS IGREJAS

Quando chegamos em Caná, descemos do nosso
ônibus e tovemos que fazer um trecho a pé até a Igreja
das Bodas, porque a rua onde esta a igreja é estreita e os

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 66 ]
ônibus de turismo não entram. Na foto abaixo mostro
meus companheiros da excursão e a placa escrita em
hebraico, árabe e inglês, indicando que é a rua das
Igrejas.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 67 ]
Letreiro de algum comércio em Caná, escrito em
hebraico nas imediações da Igreja das Bodas. Na
segunda foto acima, vemos o letreiro de uma cafeteria
escrito em árabe e inglês. Viver em Israel se torna mais
fácil se a pessoa domina estes três idiomas.

O que vemos nas imediações da Rua das
Igrejas? Ruas limpas, bem pavimentadas e construções
bem acabadas.

NO mapa abaixo de Caná vemos a rua das
Igrejas e no mapa aparece a Igreja Batista, Igreja Católica

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 68 ]
das Bodas, Igreja Ortodoxa e capela aberta para todas as
denominações cristãs.

A estreita rua das Igrejas, praticamente sem
calçadas.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 69 ]

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 70 ]
ESCOLA EM CANÁ DA GALILÉIA
Para chegar na Igreja das Bodas que é o ponto
turístico e de peregrinação mais procurado de Caná,
passamos em frente a escola Franciscana. Vemos dentro
do pátio crianças praticando esporte na quadra.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 71 ]
VINHO DE CANÁ DA GALILEIA
O produto mais requisitado por turistas que vão a
Caná da Galileia não poderia ser outro, senão o vinho.
Pois aqui Jesus fez o seu primeiro milagre que foi
transformar água em vinho.

PLACAS DE CARRO EM ISRAEL

Israel optou por adotar o formato europeu, cuja
vantagem é que, de acordo com a Convenção de Viena

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 72 ]
sobre Trânsito Rodoviário, o proprietário do veículo não
precisa afixar um adesivo separado exibindo o código de
registro internacional do veículo ao dirigir em outro país.
(embora não na UE)
A seção azul deve exibir a bandeira nacional de
Israel, o código internacional de registro de veículos do
país, 'IL', e o nome do país em suas duas línguas oficiais,
ל ֵא ָר ְׂשִי; Yiśrāʼēl em hebraico e árabe ليِئاَرْسِإ 'Iisrayiyl em
suas respectivas escritas. [6]

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 73 ]
Exemplo:

CANÁ É PRÓXIMA DE NAZARÉ


A 10 km de Nazaré está a vila de Caná da
Galileia, o lugar onde Jesus realizou o seu primeiro
milagre, em uma festa de casamento. Nesta foto

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 74 ]
que tirei próximo a Igreja das Bodas, vemos no
fim da rua uma colina com alguns prédios, ali já é Nazaré.

POTES DE PEDRAS [TALHAS]

Potes de pedra
Muitos ao longo da história procuraram recuperar
os jarros perdidos. Em 21 de dezembro de 2004,
arqueólogos relataram ter encontrado em Kafr Kanna
"pedaços de grandes jarros de pedra do tipo que o
Evangelho diz que Jesus usou quando transformou água
em vinho". Mas cientistas americanos que escavavam o
sítio rival de Khirbet Qana ao norte dele, também
alegaram ter encontrado pedaços de jarros de pedra da
época de Jesus. O colega arqueólogo Shimon Gibson
lançou dúvidas sobre o valor de tais descobertas para
identificar a cidade mencionada por João, uma vez que
tais vasos não são raros e seria impossível vincular um
conjunto específico de vasos ao milagre. "Apenas a
existência de vasos de pedra não é suficiente para provar
que este é um sítio bíblico." Vários jarros de pedra do tipo

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 75 ]
descrito pelo Evangelho de João foram encontrados, por
exemplo, em Jerusalém : "Pelo menos seis deles estavam
na cozinha do porão da 'Casa Queimada' [do século I
d.C.]. Eles foram moldados e finalizados em um torno
muito grande, com um pedestal e decoração simples.
Esses jarros de pedra continham grandes quantidades de
água para lavagem e necessidades da cozinha. Discos
planos de pedra serviam como tampas. Os jarros de Caná
podem ter sido semelhantes a estes", escreveu Alan
Millard. [11]

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 76 ]
Na Igreja das Bodas, existe um abertura no solo
que dá para ver o subsolo, onde existe um sítio
arqueológico com um imenso pote de pedra, semelhante
ao que Jesus mandou encher de água para transformar
em vinho. Na série de fotos que tirei, eu e meus
companheiros de peregrinação estamos contemplando
este pote de pedra.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 77 ]

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 78 ]
BOTÂNICA

Entre as flores selvagens observadas durante a
caminhada estava o espinho chamado Caper comum
(Capparis Sicula; hebraico – Zalaph Sicily). Seu nome
aparece em Neemias 3:30 (“Hanun, o sexto filho de
Zalaph”), e no Talmud (Sabbath 30 2), onde Rabban
Gamliel usa a Caper como um exemplo para renovação.
[5]
.
DESCOBERTAS ARQUEÓLOGICAS

Em uma descoberta rara, restos de uma antiga
cidade israelita que remonta a três mil anos foram

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 79 ]
descobertos durante escavações na vila árabe israelense
de Kfar Kana, na Baixa Galileia, anunciou a Autoridade de
Antiguidades de Israel na segunda-feira. A área,
localizada ao norte de Nazaré, é reverenciada pelos
cristãos como o local onde Jesus teria realizado seu
primeiro milagre. O assentamento que está sendo
desenterrado existia na época do Reino Unido do Rei
Salomão e do Reino de Israel após a divisão entre Israel
e Judá, nos séculos 10-9 a.C. Uma seção da antiga
muralha da cidade e restos de edifícios foram expostos
durante escavações recentes no local, que começaram há
três meses, disse a diretora da escavação no local,
Yardenna Alexander. Ela acrescentou que evidências
foram encontradas lá indicando que o local foi destruído
durante o século 9 a.C., provavelmente por forças
inimigas. Além do muro, uma variedade de vasos de
cerâmica, grandes quantidades de ossos de animais, um
escaravelho representando um homem cercado por dois
crocodilos e um selo de cerâmica com a imagem de um
leão também foram descobertos no local. Após a
destruição da antiga cidade israelita, o local foi
abandonado até que suas ruínas foram reabitadas por

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 80 ]
colonos judeus no período romano primitivo no século I
d.C., disse o principal órgão arqueológico de Israel.

Amigos da caravana da Tali da qual eu participei. Aqui
estávamos próximo a Igreja das Bodas, o local que marca
o alvo da peregrinação em Caná.

A identidade desses moradores como judeus
galileus já é conhecida por escavações anteriores que
foram realizadas no local e por informações históricas que
identificam o assentamento como "Kana da Galileia", que
é conhecido no Novo Testamento como o local onde

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 81 ]
Jesus realizou seu primeiro milagre ao transformar água
em vinho em um casamento judaico. Nas escavações
anteriores no local, alguns anos atrás, que identificaram o
antigo assentamento da Galileia como Kana da Galileia,
os arqueólogos descobriram restos de edifícios, pedras
de moer, fornos de cozinha, vasos de pedra e vários
banhos de purificação ritual judaicos ou mikvahs, um com
quase 7 pés de altura e um teto arqueado. Algumas das
paredes antigas que foram destruídas no século IX a.C.
foram reutilizadas na construção mais nova quase mil
anos depois, no século I d.C., e novos pisos foram
colocados. Os colonos judeus construíram fossos em
forma de iglu nas ruínas do assentamento anterior, com a
rocha servindo como piso do fosso. Um fosso escavado
na rocha foi descoberto em um dos túneis e nele havia 11
jarros de armazenamento completos característicos da
segunda metade do século I d.C. Entre as outras
antiguidades descobertas no local, incluem-se fossos
subterrâneos ligados por túneis curtos que foram
aparentemente construídos e escavados antes da Grande
Revolta dos judeus contra os romanos em 66 d.C. Os
fossos são conectados uns aos outros por túneis curtos

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 82 ]
que aparentemente foram usados como esconderijos
subterrâneos antes da revolta, observou Alexander. [8]
REFERÊNCIAS BÍBLICAS
Caná da Galileia é mencionada apenas no quarto
Evangelho – João. De acordo com Hunter [1968], o
Evangelho de João é geralmente preciso com locais
específicos.

(a) João, Capítulo 2: 1-11:
O primeiro milagre em Caná da Galileia:
“E no terceiro dia, houve um casamento em Caná
da Galileia : e a mãe de Jesus estava lá. E Jesus também
foi convidado, e seus discípulos, para o casamento. E,
tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: Eles
não têm vinho.
E Jesus disse-lhe: Mulher, que tenho eu contigo?
A minha hora ainda não chegou. Sua mãe disse aos
serventes: Fazei tudo o que ele vos disser. Ora, estavam
ali colocadas seis talhas de pedra, segundo o costume
das purificações dos judeus, contendo duas ou três

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 83 ]
medidas cada uma. Jesus disse-lhes: Enchei as talhas de
água com água. E encheram-nas até a borda. E Jesus
disse-lhes: Tirai agora e levai ao chefe dos encarregados
da festa. E eles levaram. E quando o chefe dos copeiros
provou a água feita vinho e não sabia de onde era, mas
os servos sabiam quem tinha tirado a água: o chefe dos
copeiros chamou o noivo, E disse-lhe: Todo homem serve
primeiro o vinho bom, e quando os homens já beberam
bem, então o que é inferior. Mas tu guardaste o vinho
bom até agora. Este princípio de milagres fez Jesus em
Caná da Galileia e manifestou a sua glória. E os seus
discípulos creram nele”.

Jesus no casamento em Caná – Desenho de
Gustav Dore (artista francês, 1832-1883)

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 84 ]
(b) João, Capítulo 4: 46-54:
Este é o 2º milagre em Caná:

“Então Jesus voltou para Caná da Galileia , onde
transformou a água em vinho. E havia um certo nobre,
cujo filho estava doente em Cafarnaum. Quando ouviu
que Jesus tinha vindo da Judeia para a Galileia, foi até ele
e rogou-lhe que descesse e curasse seu filho, pois ele
estava à beira da morte. Então Jesus lhe disse: Se não
virdes sinais e prodígios, não crereis. O nobre lhe disse:
Senhor, desce antes que meu filho morra. Jesus lhe
disse: Vai, teu filho vive. E o homem creu na palavra que
Jesus lhe dissera, e foi embora. E, quando ele já estava
descendo, seus servos o encontraram e lhe disseram:
Teu filho vive.
Então ele perguntou a que hora ele começou a
melhorar. E eles lhe disseram: Ontem à sétima hora a
febre o deixou. Então o pai soube que era a mesma hora
em que Jesus lhe disse: Teu filho vive: e ele creu, e toda
a sua casa. Este é novamente o segundo milagre que
Jesus fez, quando ele saiu da Judeia para a Galileia”.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 85 ]
(c) João, Capítulo 21: 1-2:
Caná também é mencionada como a cidade natal
de Natanael, um dos seus discípulos ressuscitados:

“Depois destas coisas, Jesus se manifestou
novamente aos discípulos no mar de Tiberíades; e desta
maneira ele se manifestou. Estavam juntos Simão Pedro,
e Tomé, chamado Dídimo, e Natanael, de Caná da
Galileia , e os filhos de Zebedeu, e outros dois dos seus
discípulos”.

(d) 1 Crônicas 24:12,19:
Após a destruição de Jerusalém (70 d.C.), a
família Cohen de Eliashib veio para Canna, de acordo
com antigos textos judaicos. A família Eliashib é uma das
24 famílias que serviram no Templo antes de ele ser
destruído:

“A décima primeira para Eliasibe… Estas foram
as ordens deles em seu serviço para entrarem na casa do
Javé, segundo o seu costume, sob Arão, seu pai, como o
Javé Deus de Israel lhe havia ordenado”.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 86 ]

ESTUDO DO MILAGRE DA ÁGUA EM VINHO


Whitney Hopler publicou em 29 de setembro de
2021 um estudo sobre este milagre de Jesus em
transformar água em vinho a qual transcrevo aqui:

Próximo a Igreja das Bodas, os guias turísticos
costumam levar os peregrinos até esta adega na qual
podemos experimentar vinho de Caná e comprar algumas
garrafas ou mini garrafas com o vinho local.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 87 ]
3 detalhes negligenciados, mas significativos, de
Jesus transformando água em vinho.
O primeiro milagre do ministério público de Jesus
Cristo – quando Jesus transforma água em vinho –
estabelece a base para todos os seus outros milagres. Na
superfície, esse evento milagroso parece simples e não
especialmente significativo. Mas quando você conhece os
detalhes da história e o que eles simbolizam, você verá
por que ela é importante. A história de quando Jesus
transforma água em vinho está registrada no Evangelho
de João, capítulo 2, versículos 1 a 11.

Qual é o contexto quando Jesus transforma água
em vinho?
Jesus transforma água em vinho e nquanto
participa de um casamento em Caná, uma vila na Galileia,
com sua mãe Maria e seus discípulos. O suprimento de
vinho do anfitrião do casamento acaba. Co mo a
hospitalidade é uma parte vital da cultura, deixar de
fornecer vinho suficiente para os convidados é um
problema sério. O anfitrião ficaria envergonhado,

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 88 ]
constrangido e até mesmo potencialmente responsável
legalmente pela escassez de vinho.

Dentro da adega, nosso guia judeu Doron segue
nos dando aulas sobre a cultura judaica antiga e
moderna, enquanto os peregrinos se amontoam em volta
do balcão.
Preocupada com isso, Maria vai até Jesus e pede
que ele intervenha. A princípio, Jesus expressa relutância,
perguntando a Maria, “… por que você me envolve?” e
dizendo a ela que, “Minha hora ainda não chegou.” ( João
2:4 ). Jesus aparentemente não pretendia começar a

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 89 ]
realizar milagres públicos ainda. No entanto, movido pela
compaixão, ele decide ir em frente e fazê -lo –
silenciosamente. Jesus se concentra no amor primeiro, e
por causa de seu amor por todos no casamento, ele
escolhe exercer seu poder para resolver o problema.

Jesus começa seu ministério de 3 anos e meio na
Terra com este evento, usando um sinal maravilhoso para
inspirar admiração que fortaleceria a fé de seus
discípulos. O Salmo 136:4 proclama que Deus “faz
grandes maravilhas, porque o seu amor dura para
sempre”. Os milagres que Jesus realiza são sinais que
mostram a maravilha de quem ele é como Filho de Deus.
Meu livro Wake Up to Wonder explora como os milagres
parecem extraordinários para nós, mas para Deus, eles
são simplesmente negócios como de costume. Quanto
mais próximos nossos relacionamentos com Deus se
tornam, mais podemos perceber milagres acontecendo.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 90 ]

Na primeira foto aparece Doron e a nossa
companheira de excursão Sylvia Kuhlmann Souza que
veio de Curitiba, Paraná. Na segunda foto vemos o judeu
Doron com o padre Jefferson que veio da cidade de
Colombo/PR.

A fé que expressamos em resposta à obra de
Deus em nossas vidas pode levar a milagres. Deus
recompensa a fé que demonstramos se aproximando de
nós, e o resultado natural de Deus se aproximar de nós é
que às vezes vivenciamos milagres. Milagres são

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 91 ]
simplesmente mensagens de Deus que nos ajudam a
aprender algo novo sobre sua glória.

Neste momento estávamos fazendo uma
celebração e Doron recitou palavras em hebraico
agradecendo a Deus por este momento. O vinho servido
foi por conta da casa.
Transformar água em vinho foi o primeiro sinal
que Jesus usou para revelar sua glória às pessoas ao seu
redor, diz a Bíblia. “O que Jesus fez aqui em Caná da
Galileia foi o primeiro dos sinais pelos quais ele revelou
sua glória; e seus discípulos creram nele”, revela João
2:11.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 92 ]

No interior da Igreja das Bodas, encontramos um
sítio arqueológico com uma enorme talha [pote de pedra]
que é o alvo das peregrinações dos cristãos a Caná da
Galileia. No local a talha é uma idêntica a usada por
Jesus para transformar água em vinho.

Jesus iria realizar muitos outros milagres durante
seu ministério na Terra que culminaram em sua
Crucificação, Ressurreição e Ascensão ao céu. Os
detalhes a seguir de quando Jesus transforma água em
vinho mostram como seu primeiro milagre se conecta aos

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 93 ]
outros e à missão geral de Jesus como o Salvador do
mundo.

festa de casamento servida na mesa com vinho
Detalhe 1: Confiança na capacidade de Jesus de
ajudar
No versículo 5, Maria expressa plena confiança
de que Jesus irá, e é capaz de, ajudar: “Sua mãe disse
aos servos: 'Façam tudo o que ele lhes disser.'”

Fica claro nesta passagem que Maria tem a
confiança de que Jesus atenderá seu pedido para ajudar
o anfitrião e os convidados, e com certeza, Jesus o faz.
Maria sabia desde antes do nascimento de Jesus que ele
seria o Filho de Deus. Quando o arcanjo Gabriel visitou
Maria antes de Jesus ser concebido, Gabriel havia dito
claramente a ela que, “O Espírito Santo virá sobre você, e
o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Por
isso o santo que há de nascer será chamado Filho de
Deus.” (Lucas 1:35). No casamento, Maria exerce sua
profunda fé no poder de Deus. É por essa fé que Maria
não apenas pede a Jesus para realizar um milagre, mas

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 94 ]
também espera que Jesus o faça. Maria sabe que
milagres que parecem sobrenaturais para os humanos
são naturais para Deus. Embora este milagre de
transformar água em vinho seja aparentemente não
planejado, Maria pede a Jesus com total confiança em
sua capacidade de ajudar.

Nosso grupo fazendo caminhada pelas ruas de Caná e
retornando ao ônibus da excrusão.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 95 ]
Também podemos ter confiança em nos
aproximar de Jesus para obter ajuda. A fonte da nossa
confiança são nossos relacionamentos com Jesus, que
intercede por nós com Deus ( Hebreus 7:25 ) e serve
como nosso justo advogado ( 1 João 2:1 ). Graças ao que
Jesus faz por nós como nosso Salvador, podemos
“aproximar-nos do trono da graça com confiança, para
que possamos receber misericórdia e encontrar graça
para nos ajudar em nosso tempo de necessidade” (
Hebreus 4:16 ).

Detalhe 2: Água para Lavar
Os versículos 6 a 8 descrevem o que aconteceu
em seguida: “Perto estavam seis talhas de pedra, do tipo
usado pelos judeus para a purificação cerimonial, cada
uma contendo de 20 a 30 galões. Jesus disse aos servos:
'Encham as talhas com água'; então eles as encheram até
a borda. Então ele lhes disse: 'Agora tirem um pouco e
levem ao mestre-sala.' Eles fizeram isso...” Sem o
conhecimento dos servos, um milagre tinha acabado de
acontecer, silenciosamente, dentro das talhas.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 96 ]
Por que, de todos os tipos de milagres que Jesus
poderia ter escolhido fazer, ele escolheu este? Pode ter
sido por causa do poderoso simbolismo envolvido: a água
que Jesus usou veio de jarros que o povo judeu usava
antes das refeições para a lavagem cerimonial, que
simbolizava a purificação de si mesmos. Ao transformar
essa água em vinho — que mais tarde seria usado no
sacramento da comunhão para representar o sangue de
Jesus lavando os pecados das pessoas — Jesus estava
prenunciando sua morte sacrificial na cruz para pagar
pelos pecados das pessoas e conectá-las a um Deus
puro e santo.

Em João 4:10 , Jesus declara seu papel como
Salvador do mundo usando o termo “água viva”. Então,
em João 4:14 , Jesus usa a imagem da água para
descrever o presente da salvação: “mas quem beber da
água que eu lhe der nunca mais terá sede. Na verdade, a
água que eu lhe der se tornará nele uma fonte de água
jorrando para a vida eterna.”

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 97 ]
A água espirra a misericórdia de Deus em nosso
foco. Assim como a água limpa nossos corpos da sujeira,
Deus limpa nossas almas do pecado. O sacramento do
batismo mostra esse princípio em ação. Pessoas sendo
batizadas na água aceitam o perdão de Deus, deixam
seus pecados serem lavados e celebram a salvação
tornada possível pela ressurreição de Jesus .

A Ceia do Senhor
Detalhe 3: Vinho como Sangue
A história continua nos versículos 9 a 10: “...e o
mestre-sala provou a água que havia sido transformada
em vinho. Ele não percebeu de onde tinha vindo, embora
os servos que tinham tirado a água soubessem. Então ele
chamou o noivo à parte e disse: 'Todo mundo traz
primeiro o vinho melhor e depois o vinho mais barato,
depois que os convidados já beberam bastante; mas você
guardou o melhor até agora.'”

É fácil imaginar o quão delicioso seria o vinho
feito pelo próprio Jesus, já que a Bíblia e a Torá dizem no

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 98 ]
Salmo 34:8 : “Provem e vejam que o Senhor é bom; bem-
aventurado é aquele que nele se refugia.”

Em Israel a nossa caravana da Lauf Im Tali contratou a
empresa GOLANI TOURS para nos transportar por todos
os lugares turísticos em Israel que estava incluso no
pacote. A empresa foi fundada por um ex -militar
israelense: Uri Golani.

O mestre do banquete ficou impressionado, mas
como não sabia que o vinho de ótimo sabor era resultado
de um milagre, ele presumiu que o noivo o havia
comprado para servir aos convidados. Essa

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 99 ]
transformação milagrosa de água em vinho acontece sem
muita atenção de algumas pessoas no casamento.

No entanto, esse milagre contém um simbolismo
importante. Ele prenuncia o sacramento posterior da
comunhão, no qual o vinho simboliza o sangue de Jesus
que salva a humanidade dos nossos pecados, graças à
morte sacrificial de Jesus na cruz. Nos tempos do Antigo
Testamento, quando Deus ensinava a lei às pessoas, o
sangue dos animais era um sacrifício pelos pecados.
Quando Jesus morreu na cruz, ele se tornou o sacrifício
perfeito que tornou a graça possível. O vinho neste
primeiro milagre de Jesus representa o próprio sangue de
Jesus que ele fornecerá às pessoas em uma aliança
amorosa. Assim como Jesus transforma água em vinho
em um casamento (onde as pessoas entram em uma
aliança de amor na terra), Jesus também atua como o
agente de transformação para ativar uma aliança celestial
de amor - tornando possível a salvação humana .

Esses detalhes de Jesus transformando água em
vinho lançam luz sobre o profundo simbolismo desse

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 100 ]
milagre que parece banal na superfície. Quando Jesus
transforma água em vinho, ele fornece um sinal
maravilhoso que prenuncia seus milagres públicos
posteriores e revela sua glória como o Salvador do
mundo.

APÊNDICE – VINICULTURA NA GALILEIA

Este estudo sobre as viniculturas em Karf Kaná e
na região da Galileia foi escrito por Adam Montefiore, um
especialista em vinhos e publicado por JERUSALEM
POST em 11 de janeiro de 2025.
Enoturismo: Visite as vinícolas históricas da
Galileia no Norte de Israel
Enquanto você aproveita a Galileia e experimenta
suas riquezas, nunca se esqueça de que a Galileia de
Israel hoje é apenas um momento em uma longa história
antiga.
O norte de Israel está privado do turismo do vinho
há mais de um ano. Os turistas pararam de vir, os centros
de visitantes das vinícolas foram fechados e os

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 101 ]
moradores foram evacuados. Agora é a hora de ir para o
norte novamente e apoiar nossas vinícolas,
particularmente na Galileia.

Fazendo fronteira com o Líbano, a Galileia é sem
dúvida a região vinícola mais famosa de Israel. Hoje, mais
vinhos são exportados da “região vinícola da Galileia” do
que de qualquer outra região. Além disso, por questões
políticas, os vinhos cultivados nas Colinas de Golã
também levam a denominação Galileia.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 102 ]
Foto que tirei no sitio arqueológico mostrando
peças que se encontram próximas a talha de pedra
principal da Igreja das Bodas

No entanto, a região é importante para muito mais
do que apenas vinho. A Galileia é o berço do cristianismo,
um centro de espiritualidade judaica, e muitos árabes
israelenses a chamam de lar. É, portanto, talvez o melhor
exemplo do caldeirão cultural que constitui o Israel
moderno.

A Galileia: Famosa pelo vinho e pela
espiritualidade
Associar a Galileia ao vinho não é novidade.
Quem tiver dúvidas, basta ler a Bíblia. Volte no tempo
2.000 anos, até 4.000 anos atrás, e o vinho estava sendo
feito na mesma Galileia! Houve um tempo em que os
cananeus faziam os melhores vinhos do mundo. Seus
vinhos eram consumidos em grandes quantidades e
exportados para todo o Oriente Próximo. Eles eram
particularmente favorecidos pelos faraós do Egito.

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 103 ]
Uma das desc obertas arqueológicas mais
emocionantes dos últimos anos foi um palácio cananeu
em Tel Kabri, que abrigava a maior adega cananeia já
descoberta. Estimativas dizem que este sítio remonta a
3.800 anos atrás.
A cultura do vinho cananeu foi passada adiante
ou absorvida pelos israelitas e, como resultado, esta terra
e seu vinho se tornaram parte da narrativa tanto do povo
judeu quanto da Terra de Israel. Tel Kabri está situada na
Galileia, o que reforça a marcha da história. Então, como
agora, o vinho galileu fazia parte do elenco de apoio.

Alguns milhares de anos depois, o primeiro
milagre de um jovem de Nazaré foi transformar água em
vinho em um casamento em Kfar Cana. Especialistas
acreditam que era vinho branco, porque, de acordo com a
narrativa, parecia água. O Kafr Kanna de hoje também
fica na Galileia. Imagine as rodas da história enquanto
você aprecia um Sauvignon Blanc ou Chardonnay dos
vinhedos da Galileia, enquanto contempla o primeiro
milagre de Jesus!

CANÁ DA GALILÉIA – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 104 ]
A REGIÃO é composta pela alta Galileia Superior
e pela Baixa Galileia. Para ser mais específico, é a
Galileia Superior Oriental que é o coração do vinho
galileu. Os vinhedos da região cobrem a terra como uma
colcha de retalhos, mas o aspecto de cada um é
diferente. Alguns estão em encostas, outros em vales,
mas todos estão em arredores resplandecentes com
belas vistas. O amante dedicado do vinho aproveitará as
oportunidades que esta área oferece.

A Alta Galileia Ocidental, não muito longe de
Karmiel, abriga menos vinícolas pioneiras. Nesta área,
são os olivais, não os vinhedos, que cobrem a região, e é
o lugar para comprar seu azeite de oliva local. A Baixa
Galileia não é tão prolífica com vinícolas ou vinhedos,
embora alguns perto de Kfar Tavor estejam bem
estabelecidos e estejam lá há algum tempo. O Vale de
Jezreel, adjacente à Baixa Galileia, tem suas próprias
vinícolas e vinhedos.

Portanto, o amante do vinho tem a opção de três
rotas distintas de vinho dentro da região mais ampla: a

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[ 105 ]
Alta Galileia Oriental, a Alta Galileia Ocidental e a Baixa
Galileia combinada com o Vale de Jezreel.
O vinho israelense foi transferido para a Galileia
por causa do terroir superior e da altitude mais alta. Em
um país quente, a altitude é importante. Alguns vinhedos
na Alta Galileia Oriental estão a mais de 800 metros
(aproximadamente 2.600 pés) acima do nível do mar. Os
vinhedos na Alta Galileia Ocidental estão a 650 metros
(cerca de 2.100 pés) de altura. Costuma haver um
mosaico de solos, às vezes até no mesmo vinhedo. Terra
Rossa, calcário com solo vulcânico e cascalho, são
características comuns.
A Galileia é sem dúvida a região vinícola mais
impressionantemente bela de Israel. É uma área de picos
de montanhas, cumes rochosos, vales profundos e
desfiladeiros, riachos e florestas densas. As vistas podem
ser de tirar o fôlego. Isso a torna um bom lugar para uma
caminhada, uma trilha ou um piquenique. A beleza do
enoturismo é que você nem sempre precisa visitar uma
vinícola – às vezes, um piquenique com a garrafa certa e
boa companhia será suficiente!

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A proeminência do vinho da Galileia nos tempos
modernos é relativamente nova, embora tenha havido
alguns sinais iniciais. Kerem Ben Zimra, Ramat Naftali e
Kfar Tabor foram lugares onde vinhedos anteriores foram
plantados. Dois vinhos marcantes vieram de vinhedos da
Galileia.
O CARMEL Special Reserve 1979, um dos
primeiros vinhos de estilo internacional produzidos em
Israel, e o Yarden Cabernet Sauvignon 1984, o primeiro
grande vencedor do prêmio, vieram principalmente de
vinhedos na Galileia. Isso deu um vislumbre inicial do
potencial da região. A Dalton Winery foi fundada pela
família Haruni em 1995. Eles foram os pioneiros da
Galileia.
Em meados do final dos anos 90, o plantio de
novos vinhedos decolou, particularmente em altitudes
mais elevadas. A tendência decolou quando algumas das
maiores vinícolas situadas no centro do país, como
Carmel e Barkan, plantaram seus vinhedos de melhor
qualidade na Galileia. Eles produziam vinhos de todos os
lugares, mas seus vinhos de vinhedo único e de prestígio
eram da Galileia. Eles tiveram o cuidado de colocar esse

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[ 107 ]
fato em destaque nos rótulos, por causa do valor
agregado que ele dava.
Além disso, a Margalit Winery, a primeira vinícola
boutique de qualidade, cultivava seus primeiros vinhos,
que fizeram seu nome, em Kadita, na Alta Galileia. A
Tabor Winery foi fundada por produtores locais em 1999 e
a Galil Mountain Winery foi estabelecida em 2000 pela
Golan Heights Winery. Assim, a imagem da região
melhorou rapidamente aos olhos dos amantes do vinho,
conhecedores e, mais importante, dos profissionais do
vinho.
O número de vinícolas galileanas cresceu
consideravelmente após a virada do milênio. Quem
poderia esquecer os vinhos do vinhedo Kayoumi de
Carmel, que pelos primeiros 10 a 15 anos do novo
milênio, foi sem dúvida o vinhedo mais famoso de Israel?
O premiado Cabernet Sauvignon, Shiraz e um Riesling
único vieram deste vinhedo especial. Isso foi antes do
temido vírus atacar.
As vinícolas tendem a ficar em grupos. O turista
astuto planejará com antecedência verificando onde as
vinícolas estão localizadas. Por exemplo, as áreas de

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[ 108 ]
Ramat Dalton, Mount Meron e Kedesh Valley estão
inundadas delas. No Ramat Dalton Industrial Estate, há
vinícolas como Adir, Dalton, Feldstein, Kamisa
(anteriormente Delta), Lueria, Recanati e Rimon – e mais
se comprometeram a se mudar para lá nos próximos
anos. Ela se tornará o centro da vinificação e do turismo
do vinho da Galileia.
Perto dali, no sopé do Monte Meron, estão as
vinícolas Ben Zimra, Jascala, Or Haganuz e Shvo. O Vale
Kedesh abriga as vinícolas Amram, Naaman, Ramat
Naftaly e 3 Vines, que não ficam muito longe da
montanha Galil em Yiron. Na Alta Galiléia Ocidental estão
as vinícolas Ashkar, Kishor e Stern. Na Baixa Galiléia e
no Vale de Jezreel estão as vinícolas Carmel em Alon
Tabor, Vale de Jezreel, Kitron, Lotem, Netofa e Tulip.
QUATRO das dez maiores vinícolas do país estão
situadas na Galileia: Dalton, Galil Mountain, Recanati e
Tabor.
Dalton, que está se aproximando do seu trigésimo
aniversário, é uma vinícola com grande variedade e
espírito de invenção que tem um histórico recente de
pensar fora da caixa.

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Galil Mountain é a única das grandes vinícolas
focada apenas em frutas da Alta Galileia e é líder em
“sustentabilidade” em Israel, tanto em vinhedos quanto
em vinícolas.
A Recanati chegou recentemente ao Norte e
agora é a maior vinícola da Alta Galileia, especializada
em variedades de uvas mediterrâneas.
Tabor é a maior vinícola da Galileia. Seu foco
está no que eles chamam de “vinhas ecológicas”,
trazendo vida e diversidade de volta ao cultivo de vinho.
Todas as quatro vinícolas têm produção crescente e cada
uma ganhou reconhecime nto internacional
impressionante.
Claro, quando falamos de tamanho, a maior
vinícola de todas no Norte será a Carmel Winery em Alon
Tavor no Vale de Jezreel. Os planos são para que ela se
torne a principal vinícola de Carmel no futuro.
Se estamos falando de variedade, as vinícolas da
Galileia cobrem todo o espectro. Kishor e Tulip apoiam e
fazem parte de comunidades de adultos com
necessidades especiais. Ou Haganuz e Kamisa são
iniciativas bem-sucedidas de comunidades e indivíduos

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[ 110 ]
ultraortodoxos. Ashkar e Jascala são vinícolas realmente
finas, de propriedade de famílias árabes israelenses.
A Jezreel Valley Winery é especializada na
variedade israelense Argaman, assim como na variedade
adotada de Israel, Carignan. A Lueria é uma vinícola
criada com base em um vinhedo estabelecido há muito
tempo. A Rimon faz vinho de romãs. A Ramot Naftaly é
especializada em variedades mais raras como Barbera e
Petit Verdot, e recentemente produziu um vinho
espumante de método tradicional.
O dono da Naaman Winery é um rote irista e
diretor de cinema. Seu amor pela arte e pela música
transparece em seus rótulos, nomes de vinhos e vinhos.
Muitos centros de visitantes têm características
especiais. Recanati e Lotem têm vistas maravilhosas,
Netofa tem uma sala de degustação muito luxuosa, Kitron
é uma vinícola de gravidade extravagante e Adir abriga
uma vinícola e laticínios no mesmo local. O brunch da
fazenda à mesa no Galil Mountain é recomendado, Kishor
oferece produtos feitos e cultivados no local e Stern é
uma vinícola que frequentemente hospeda eventos de
vinho e comida.

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Dois dos nossos melhores e mais individualistas
produtores de vinho, Gaby Sadan da Shvo Vineyards e
Avi Feldstein da Feldstein Winery, estão situados na
Galileia; a Lahat Winery também cultiva suas frutas na
Galileia. Aqui, eu apenas arranhei a superfície. Na
verdade, as ofertas de cada vinícola individual são muito
maiores, e há muitas outras vinícolas boas que eu nem
mencionei.
PARA AQUELES que querem intercalar visitas a
vinícolas com destinos gourmet, há microcervejarias,
destilarias artesanais, padarias artesanais, queijarias
boutique, produtores locais de mel e prensas de azeite.
Um tour gourmet pela Galileia é tão fácil de organizar
quanto abrir os olhos com o guia certo na sua frente.
Caso contrário, há o melhor guia de todos: a internet!
Claro, a Galileia está cheia de restaurantes,
alguns pequenos e caseiros, outros restaurantes de chefs
genuínos. Muitos farão questão de usar apenas frutas,
vegetais, ervas e temperos da região. A Galileia é um
paraíso para restaurantes étnicos. Culinárias árabe, drusa
e circassiana estão lá para serem encontradas, cada uma
oferecendo qualidade e autenticidade.

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Lugares como Acre e Nazaré são famosos pela
comida (e um tour culinário em qualquer um deles é
recomendado), mas muitos dos melhores restaurantes
são achados em lugares incomuns. Eles podem parecer
pouco sofisticados à primeira vista, mas você encontrará
calor, autenticidade, originalidade e qualidade nesses
restaurantes. Eles são a essência da Galileia, então
reserve um tempo para olhar ao redor e observar. Sinta o
vento, confira as opções e você ficará surpreso com a
facilidade de ser agradavelmente surpreendido.
Enquanto você aproveita a Galileia e experimenta
suas riquezas, nunca se esqueça de que a Galileia de
Israel hoje é um mero momento em uma longa história
antiga. Aqui você está realmente caminhando pela terra
de seus antepassados e bebendo de seus frutos. As
colinas estão vivas – e este é o momento para uma visita
especial para oferecer seu apoio. [10]

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[ 113 ]
REFERÊNCIAS

1 - en.wikipedia.org/wiki/Cana
2 -
en.wikipedia.org/wiki/Wedding_Church_at_Cana
3 -
ntiquities.org.il/article_eng.aspx?sec_id=25&subj_id=240&
id=1033
4 - en.wikipedia.org/wiki/Kafr_Kanna
5 -biblewalks.com/karmerras/
6 - quora.com/Why-do-the-Israeli-license-plates-
have-a-blue-section-similar-to-those-of-the-EU
7 - crosswalk.com/faith/bible-study/significant-
details-from-jesus-turning-water-into-wine.html
8 - jpost.com/israel/ancient-city-found-at-kana-of-
the-galilee
9 - jpost.com/israel/tomb-of-shimon-ben-gamliel-
vandalized
10 - jpost.com/food-recipes/article-836804
11 - en.wikipedia.org/wiki/Wedding_at_Cana
12 - thepropheticconnection.com/blogs/churches-
of-israel-the-wedding-church-at-cana

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[ 114 ]
13 -
en.wikipedia.org/wiki/St._Bartholomew_the_Apostle_Chur
ch,_Kafr_Kanna





COLEÇÃO DE LIVRO S TERRAS BÍBLICAS
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO
Caná da Galileia
Via Dolorosa
Grande Esfinge do Egito
As pirâmides do Egito
O Mar Vermelho
O Mar da Galileia
Monte das Oliveiras
Belém, onde nasceu Jesus
Basílica da Natividade em Belém
Jerônimo de Belém da Judéia
Sinai, o monte de Deus
O exótico Mar Morto

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[ 115 ]
Jericó, a cidade mais antiga do mundo
Monte Carmelo e o profeta Elias
Mênfis, no Egito
Barreira israelense na Cisjordânia
Rio Nilo no Egito
Museu Egípcio do Cairo
Aeroporto de Tel-Aviv, maravilha da humanidade
Os beduínos na Bíblia e hoje
Dubai, maravilha da humanidade
História da cidade de Jerusalém
Jerusalém na Bíblia
O Jardim do Éden na Bíblia
O Estado Judeu de Israel
Introdução à Arqueologia
Egiptologia Bíblica
Aeroporto Guarulhos, maravilha da humanidade
Airbus A380, maravilha da humanidade
David Ben-Gurion – Herói de Israel

COLEÇÃO DE LIVROS CONT RA O ANTISSEMITISMO

Lutero era antissemita

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[ 116 ]
O Talmud Desmascarado [analisado]
A vitória do judaísmo sobre o germanismo com
comentários.
Cronologia de perseguições aos judeus – Volume
1 [do início ao século XIX]
Cronologia de perseguições aos judeus – Volume
2 [séc XX e XXI]
Guerras e crimes contra Israel
Minha Luta de Adolf Hitler com comentários
Antissemitismo na Alemanha pré-nazista
Estatuto do Hamas com comentários
O Estado Judeu de Israel

40 livros