Questão 01 - ENEM 2010
I-Paraconsolidar-secomogoverno,aRepúblicaprecisavaeliminarasarestas,conciliar-secom
opassadomonarquista,incorporardistintasvertentesdorepublicanismo.Tiradentesnão
deveriaservistocomoheróirepublicanoradical,massimcomoheróicívico-religioso,como
mártir, integrador, portador da imagem do povo inteiro.
CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil.
São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
II — Ei-lo, o gigante da praça, / O Cristo da multidão!
É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão.
ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO, J. M. C. A formação das almas. O imaginário da
República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
A1ªRepúblicabrasileira,nosseusprimórdios,precisavaconstituirumafiguraheroicacapazde
congregardiferençasesustentarsimbolicamenteonovoregime.Optandopelafigurade
Tiradentes,deixoudeladofigurascomoFreiCanecaouBentoGonçalves.Atransformaçãodo
inconfidenteemheróinacionalevidenciaqueoesforçodeconstruçãodeumsimbolismopor
parte da República estava relacionado
a)aocaráternacionalistaerepublicanodaInconfidência,evidenciadonasideiasena
atuação de Tiradentes.
b)àidentificaçãodaConjuraçãoMineiracomoomovimentoprecursordopositivismo
brasileiro.
c)aofatodeaproclamaçãodaRepúblicatersidoummovimentodepoucasraízes
populares, que precisava de legitimação.
d)àsemelhançafísicaentreTiradenteseJesus,queproporcionaria,aumpovocatólico
como o brasileiro, uma fácil identificação.
e)aofatodeFreiCanecaeBentoGonçalvesteremlideradomovimentosseparatistasno
Nordeste e no Sul do país.
Questão 02 - ENEM 2011
NoclimadasideiasqueseseguiramàrevoltadeSãoDomingos,odescobrimentodeplanos
paraumlevantearmadodosartíficesmulatosnaBahia,noanode1798,teveimpactomuito
especial;essesplanosdemonstravamaquiloqueosbrancosconscientestinhamjácomeçadoa
compreender:asideiasdeigualdadesocialestavamapropagar-senumasociedadeemquesó
umterçodapopulaçãoeradebrancoseiriaminevitavelmenteserinterpretadosemtermos
raciais.
MAXWELL, K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M. N. (coord.) O Império luso-brasileiro,
1750-1822. Lisboa: Estampa, 1966.