Considerações sobre a anatomofisiologia do sistema digestório dos equinos: aplicações no manejo nutricional

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Desde a domesticação da espécie, a criação de equinos desenvolve-se em ritmo
acelerado. Esta situação impõe na prática uma série de condições a que os animais não
estavam submetidos na vida selvagem. Uma das principais mudanças está ligada ao manejo
nutricional, o qual é negligenciad...


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1. INTRODUÇÃO
O conhecimento da anatomofisiologia
digestória do eqüino e da nutrição, é fun-
damental na manutenção da vida do ani-
mal e para a busca dos resultados nas di-
versas modalidades exercidas por este enor-
me monogástrico. As exigências nutricio-
nais, aliadas as peculiaridades anatomofi-
siológicas do trato digestório dos equíde-
os, afetam sua saúde, seu bem-estar e seu
desempenho. O comportamento alimentar
é reflexo da anatomia e da fisiologia do sis-
tema digestório, que nos equinos se apre-
senta como um intermediário entre os ru-
minantes e os não ruminantes, como o cão,
o suíno e o homem.
16
Os equinos são herbívoros não ruminan-
tes que possuem um trato gastrintestinal
adaptado para realizar a fermentação dos
carboidratos estruturais no intestino gros-
so. Diferindo dos ruminantes, eles possu-
em estômago simples com capacidade re-
duzida (nos adultos,cerca de 15 a 18 litros),
seguido por 18 a 22 m de intestino delga-
do, onde a digestão e a absorção dos ele-
mentos nobres da ração são realizadas. A
fermentação microbiana ocorre no ceco e
no cólon maior, os quais contêm 80 a 100
Considerações sobre a
Considerations about the anatomophysiology of the digestive system in horses: applications in nutritional management
Lilian de Rezende Jordão ([email protected])
MV, Mestre em Zootecnia e Produção Animal - Univ. Fed. de Minas Gerais
Adalgiza Souza Carneiro de Rezende ([email protected])
Profa. Associada do Depto. de Zootecnia - Escola de Veterinária
da Univ. Fed. de Minas Gerais
Hélio Martins de Aquino Neto ([email protected])
Prof. Assistente de Clínica Médica de Ruminantes do Curso de Med.
Vet. da Univ. Fed. de Alagoas
Pierre Barnabé Escodro ([email protected])
Prof. Assistente de Clínica Cirúrgica e Médica de Equídeos do Curso
de Med. Vet. da Univ. Fed. de Alagoas
RESUMO: Desde a domesticação da espécie, a criação de equinos desenvolve-se em ritmo
acelerado. Esta situação impõe na prática uma série de condições a que os animais não
estavam submetidos na vida selvagem. Uma das principais mudanças está ligada ao manejo
nutricional, o qual é negligenciado ou realizado de maneira inadequada, muitas vezes por
desconhecimento da anatomia e fisiologia do cavalo. A cólica equina ainda é considerada
uma das causas mais comuns de óbito nesses animais e um bom entendimento do funciona-
mento do sistema digestório é fundamental para a adoção de práticas corretas de manejo
alimentar. Existem inúmeras características anatômicas e fisiológicas do sistema digestório
que são particulares aos equinos. Conhecer e respeitar estas particularidades morfofisiológi-
cas são medidas fundamentais para a manutenção dos animais saudáveis e aptos ao desen-
volvimento das suas funções.
Unitermos: cavalo, manejo alimentar, morfofisiologia, sistema digestório.
ABSTRACT: Since the domestication of the horses, their creation develops rapidly. This situa-
tion requires in practice a number of conditions to which the animals were not submitted in the
wildlife. A key change is linked to nutritional management, which is neglected or performed
improperly, often through ignorance of horse’s anatomy and physiology. The equine colic is
still considered one of the most common causes of death in these animals, and a good under-
standing of the digestive system is essential to adopt correct practices for feed management.
There are numerous anatomical and physiological characteristics of the digestive system that
are particular to the horse. Know and respect these morphological and physiological features
are fundamental to keeping animals healthy and able to develop their functions.
Keywords: horse, feed management, morphophysiology, digestive system.
L de líquido e hospedam bilhões de bacté-
rias e protozoários, que degradam a fibra
das plantas liberando ácidos graxos volá-
teis, principalmente acetato, propionato e
butirato
17
.
Na natureza, a espécie equina passa até
60% de seu tempo realizando pastejo
19
e é
geneticamente projetada tanto física como
mentalmente para se alimentar ao longo do
dia com frequentes e pequenas refeições ri-
do sistema digestório dos equinos: aplicações no manejo nutricional
cas em fibras
9
. Esse tipo de estratégia ali-
mentar permite que os animais sobrevivam
a uma dieta com grande quantidade de for-
ragem rica em fibras. Por outro lado, os
equinos não estão adaptados para digeri-
rem grandes volumes de ração concentra-
da de uma só vez
15
.
Em condições naturais, o fato de pos-
suir um estômago pequeno representa uma
vantagem evolutiva para o equino selva-
FONTE: ARQUIVO PIERRE BARNABÉ ESCODRO

gem, pois contribui para que o animal al-
cance maiores velocidades ao fugir dos pre-
dadores
20
. Ao ser domesticado e trazido do
campo para as cidades, foi confinado a um
pequeno espaço, sendo muitas vezes man-
tido em baias o dia todo e recebendo sua
ração na forma de duas ou três refeições
diárias. Com isso, houve modificações no
seu comportamento, frente à necessidade
de adaptação a um ambiente restrito, e dessa
forma duas características do equino sel-
vagem estão ausentes ou restritas na do es-
tabulado: a vida em grupo e o tempo de
pastejo
29
.
Infelizmente, muitos dos produtores,
treinadores e tratadores não possuem co-
nhecimento suficiente do correto manejo
nutricional a ser utilizado na criação de
equinos. Principalmente por desconhece-
rem a anatomia e a fisiologia do equino
como um todo e as particularidades do sis-
tema digestório dessa espécie. Com isso,
são grandes as perdas econômicas e de bem-
estar físico e mental para o animal. A con-
sequência mais evidente, onerosa e preju-
dicial é a síndrome cólica, que muitas ve-
zes pode ser evitada por técnicas simples e
baratas de manejo nutricional
14,15
.
A síndrome cólica equina ainda é con-
siderada uma das causas mais comuns de
óbito nesses animais, mesmo com o advento
do uso de fármacos anti-helmínticos no con-
trole de parasitas intestinais
11
. Falhas no
manejo nutricional, provavelmente, têm
causado mais problemas do que uma dieta
mal formulada. Mesmo porque, o uso cres-
cente de rações comerciais e de sal mineral
na ração diminuiu grandemente a incidên-
cia de deficiências nutricionais simples
12
.
Além disso, dietas ricas em grãos e pobres
em fibras, alterações súbitas na dieta e/ou
baixo consumo de água têm sido associa-
dos à laminite
31
.
Para permitir que esses animais alcan-
cem seu pleno potencial, é importante o co-
nhecimento do funcionamento do sistema
digestório. O objetivo dessa revisão é apre-
sentar o manejo nutricional da espécie equi-
na, ditado pelas estruturas e funções desse
sistema.
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1. Boca
O processo digestivo do equino se ini-
cia com a apreensão do alimento. Os ali-
mentos são apreendidos e arrancados com
os dentes que recebem auxílio dos lábios,
os quais são extremamente móveis, dife-
rentemente dos ruminantes, que fazem pre-
ensão com a língua.Isso reflete em que os
eqüídeos devem pastejar em forrageiras
mais baixas que os ruminantes, com até 15
centímetros. A boca contém os dentes, a lín-
gua e as glândulas salivares. Nela, o ali-
mento é triturado mecanicamente pelos
dentes e sofre insalivação para torná-lo
mais brando e lubrificado, prevenindo que
fique alojado no esôfago
9,14
.
A saliva é produzida e liberada por três
grandes pares de glândulas salivares, pa-
rótida, submandibular e sublingual e ou-
tras pequenas glândulas salivares encon-
tradas na boca
10,32
. A espécie equina possui
pequena quantidade de alfa-amilase sali-
var com ação enzimática irrisória na di-
gestão dos carboidratos, no entanto possui
importante ação tamponante
28
. Um equino
adulto secreta em média 38 litros de saliva
por dia e diferentemente dos outros animais,
precisa mastigar ou realizar movimentos
mecânicos da mandíbula para que a sali-
vação ocorra
9,10
.
Dentes saudáveis possuem um impor-
tante papel na digestão. Mesmo a melhor
dieta não vai ser suficientemente aprovei-
tada se o equino não puder mastigar ade-
quadamente
9
. Problemas dentários podem
ser identificados pela ingestão lenta dos ali-
mentos, relutância em beber água fria, re-
dução do consumo
20
, obstrução simples e
distensão do intestino grosso
1
e emagreci-
mento progressivo. O dente transforma o
alimento em partículas menores, produzin-
do maior área de superfície para a ação das
enzimas digestivas. Isso permite que a in-
gesta (ou quimo) seja digerida com melhor
efetividade durante a passagem pelo siste-
ma digestório
15
.
Os equinos possuem mais problemas
dentários que qualquer outra espécie do-
méstica, sendo as pontas dentárias os mais
comuns, pois apresentam anisognatia ( ar-
cada maxilar cerca de 30 % mais larga que
a mandibular), são hipsodontes ( tem co-
roa de reserva) e elodontes ( os dentes cres-
cem de 2 a 3 mm por anos, porém no caso
de não ter oclusão podem crescer centíme-
tros), assim requerem acompanhamento ve-
terinário periódico. Os animais mantidos
em pastagem mais tenra, ou que se alimen-
tam de ração concentrada, tendem a reque-
rer, com mais frequência, o nivelamento da
mesa dentária
9
. O equino idoso que sofreu
um desgaste normal de sua arcada dentá-
ria e o animal jovem com uma afecção den-
tária podem se beneficiar do uso de ração
concentrada peletizada desde que o tama-
nho da partícula tenha sido mecanicamen-
te reduzido pelo processo de peletização.
O exame semestral dos dentes do equino
deve ser uma parte integral do programa
de manejo nutricional de uma proprieda-
de
13,14
.
Dacre (2006) afirmou que os equinos
que se alimentam exclusivamente de volu-
moso passam mais tempo mastigando do
que aqueles que se alimentam com dieta
rica em concentrado (Tabela 1), portanto
um animal que tenha baixa relação de
volumoso:concentrado em sua dieta produ-
zirá quantidades insuficientes de saliva, em
virtude da menor mastigação do alimento
o que provocará menor capacidade tampo-
nante da ingesta.
2.2. Esôfago
O esôfago é um tubo musculomembra-
noso com comprimento médio de 1,50 m,
que se estende desde a faringe e tem a fun-
ção de transportar rapidamente a ingesta
da boca ao estômago (Sisson, 1986). A aber-
tura do esôfago para o estômago é regula-
da pelo cárdia, um esfíncter muito eficien-
te, que nos equinos previne o retorno da
ingesta. Por essa razão, o vômito é um even-
to raro, que ocorre somente em distúrbios
digestivos graves, como rupturas
9,16
.
2.3. Estômago
Atualmente, é muito comum em várias
propriedades, alimentar os equinos como
se fossem animais ruminantes (Tabela 2),
muitas vezes pelo desconhecimento das di-
ferenças anatômicas e fisiológicas entre es-
ses animais
28
.
No estômago do equino ocorrem a hi-
drólise ácida e o início do processo da di-
gestão enzimática
14,34
, sendo contínua a
produção de ácido clorídrico
21
. Sua capaci-
dade relativamente pequena (Tabela 3), de
oito a quinze litros em um animal adulto,
está relacionada com a alta frequência ali-
FONTE: DACRE (2006)
Tabela 1: Tempo requerido para um equino de 500 Kg mastigar uma ração
Dieta Tempo de Mastigação
12,5 Kg de forragem 16 horas
8 Kg de forragem e 4 Kg de concentrado 11,5 horas
3 Kg de forragem e 7 Kg de concentrado 6,1 horas

mentar, um hábito que foi desenvolvido ao
longo da evolução da espécie
6
. Ao conside-
rar sua capacidade (Figura 1), deve ser lem-
brado que a saliva junto à ingesta aumenta
muito seu volume. Devido ao fato de que o
equino digere somente pequenas quantida-
des de ingesta de cada vez, existem vanta-
gens já bem definidas em dividir a ração
diária em várias frações
8,10
.
A taxa de passagem da ingesta no estô-
mago é muito rápida, pois ela permanece
nesse órgão por um período médio de ape-
nas 15 minutos
16
. A digestão enzimática é
mais eficiente quando o estômago não está
completamente cheio. Se grandes quanti-
dades de alimento forem ingeridas numa
só refeição, a ingesta vai rapidamente pre-
encher o estômago. Esta vai então se diri-
gir para o intestino delgado antes do ácido
clorídrico e das enzimas pepsina e lipase
gástrica secretadas pelo estômago agirem
plenamente sobre o quimo
9
.
O tamanho reduzido do estômago, que
promove um comportamento alimentar al-
tamente seletivo, aliado à maior capacida-
de digestiva com maior tempo de retenção
da digesta no intestino grosso são estraté-
gias que facilitam uma digestão adequada
e um melhor aproveitamento dos nutrien-
tes presentes no alimento
33
.
O piloro é um esfíncter muito sensível
à água gelada e aos materiais fibrosos como
palha de arroz, sendo formado por um anel
irrisória (Tabela 2). Contudo, quando o
tempo de retenção do material alimentar
aumenta, como ocorre no espasmo pilóri-
co, a fermentação nesse órgão pode se tor-
nar significativa, com possível ruptura do
estômago e a evolução para o óbito
13
.
Após ou durante o intervalo de uma ati-
vidade física, quando alguns dos parâme-
tros físicos elevam-se, o animal pode rece-
ber água, mas a taxa de consumo deve ser
cuidadosamente controlada, somente per-
mitindo-se pequenos goles de água tépida,
a intervalos regulares. Se um equino com
temperatura corporal elevada, taquicardia
e taquipnéia ingerir grandes quantidades
de água (principalmente gelada e juntamen-
te com ar) pode haver espasmo do piloro e
ocorrer o desenvolvimento de cólica e la-
minite
10,18
.
Um equino deve restabelecer seus pa-
râmetros físicos basais (andar com o ani-
mal ao passo até que ele apresente fre-
quências cardíaca e respiratória normais,
além de não haver mais sudorese) antes que
obtenha livre acesso à água
9
. Contudo, se
submetido a um exercício submáximo por
longo prazo, como no enduro, deve-se ofe-
recer água sempre que possível, evitando-
se ingestão de grandes volumes de uma só
vez, caso o equino não continue imediata-
mente a trabalhar
26
. Quando em repouso, o
equino deve ter acesso a água “ad libitum”,
em temperatura ambiente. Deve beber água
até 30 minutos antes de esforço sub-máxi-
mo, sem comprometimento da performan-
ce por “estômago” repleto, como acreditam
muitos treinadores. Além disso, os equinos,
em temperaturas acima de 25ºC podem de-
sidratar muito rápido, sendo que até a in-
dicação do jejum hídrico pré-cirúrgico é de
apenas de duas horas, evitando complica-
ções anestésicas por hipotensão.
2.4. Intestino Delgado
O intestino delgado é formado pelo
duodeno, jejuno e íleo (Sisson, 1986). Pos-
sui em média 21 metros de comprimento e
a capacidade para 56 litros de ingesta (Ja-
ckson, 1998). É a principal região de ab-
sorção de nutrientes, como carboidratos
solúveis, aminoácidos, ácidos graxos, vi-
taminas lipossolúveis e alguns minerais,
sendo caracterizado principalmente por seu
comprimento e pelos seus complexos enzi-
máticos, tais como a alfa-amilase, alfa-gli-
cosidases e beta-galactosidases, que hidro-
lisam os carboidratos solúveis
6,13
. A passa-
gem da ingesta no intestino delgado dura
em média 30 a 90 minutos
16
.
Nem todas as categorias animais irão
precisar de ração concentrada. Entretanto,
FONTE: FRAPE & BOXAL (1974) CITADOS POR REZENDE (2006); JACKSON (1998)
Tabela 2: Comparação do estômago dos equinos com o de bovinos
EQUINOS BOVINOS
Natureza Não ruminante / monogástrico Ruminante / poligástrico
Capacidade Média 15 litros 200 litros
Trânsito da digesta Intenso Lento
Retorno do alimento Em condições fisiológicas Ocorre
à boca não ocorre
Ação Microbiana Pequena. Ocorre significante Intensa
produção de ácido láctico
proveniente da fermentação
microbiana de carboidratos
solúveis na região fúndica
Digestão da celulose – Intensa
Aproveitamento do – Ocorre
nitrogênio não protéico
Síntese de Vitaminas – Ocorre
FONTE: REECE (2006)
Tabela 3: Relação do estômago equino com seus outros órgãos do sistema digestório
Órgão Capacidade Relativa (%) Capacidade Absoluta Média (L)
Estômago 8,5 17,96
Intestino Delgado 30,2 63,82
Ceco 15,9 33,54
Cólon e Reto 45,4 96,02
Figura 1: Sistema digestório do equino
e o tamanho relativo de seus segmentos.
A: Estômago, B: Intestino delgado,
C: Ceco, D: Cólon
FONTE: JACKSON & PAGAN (2002)
de tecido muscular. Ele comunica o estô-
mago com o intestino delgado
29,33
. O breve
tempo de retenção do alimento no estôma-
go e o gradiente de pH dorso-ventral (5,46
na região fúndica a 2,7 na região pilórica)
fazem com que a fermentação gástrica seja
A
B
C
D

éguas a partir do terço médio da gestação
24
,
animais jovens em crescimento e animais
de esporte ou trabalho demandam um mai-
or aporte energético, que normalmente não
é suprido apenas pelo volumoso. O concen-
trado deve ser ofertado cerca de duas horas
após o volumoso, a fim de maximizar seu
aproveitamento no intestino delgado, redu-
zindo sua taxa de passagem
28
.
Os equinos não possuem vesícula bili-
ar
32
, sendo sua bile constantemente lança-
da no lúmen do intestino delgado. Por essa
razão, apesar de na natureza a dieta do equi-
no ser pobre em lipídios (cerca de 4%)
quando comparado a outros nutrientes,
como os carboidratos, seu sistema digestó-
rio possui alta tolerância à adição de óleos
e gorduras em sua ração
3,18
, contanto que
haja um período de adaptação de três a qua-
tro semanas
34
.
Uma forma alternativa de aumentar o
teor de energia da dieta sem aumentar o
conteúdo de matéria seca é adicionar óleos
ou gorduras na ração
15
. Junior et al. (2004)
recomendaram a adição diária de até 750
ml de óleo de milho na ração concentrada
dos equinos (8,3% da dieta total), sendo
que seu uso durante 23 dias não alterou a
digestibilidade da matéria seca, proteína
bruta, fibra em detergente neutro e fibra em
detergente ácido e aumentou a digestibili-
dade da energia bruta e do extrato etéreo.
Os lipídios mais utilizados são os óleos ve-
getais. O óleo de milho é o mais palatável,
mas de alto custo, sendo muitas vezes subs-
tituído pelo óleo de soja, que por sua baixa
aceitação pelos equinos é muitas vezes ad-
ministrado oralmente na seringa
29
.
Para evitar que os animais engordem
ou emagreçam demais com o fornecimen-
to de concentrado e óleo na ração, após
agrupar os animais por categoria e peso, é
Figuras 2: O capim elefante velho (A), devido ao alto teor de lignina e ligno-celulose, pode causar cólicas por compactação no intestino grosso
(A), evoluindo para cirurgia de enterotomia (C)
..............................................................................................................................................................................................................................................................
importante estabelecer a condição corpo-
ral de cada indivíduo, avaliando periodi-
camente seu escore de condição corporal
(ECC), a fim de verificar se existe necessi-
dade de realizar modificações no manejo
nutricional e na formulação da ração
28
.
Carrol & Huntington (1988) preconizaram
uma prática metodologia de avaliação de
ECC com intervalo de 1 a 5.
2.5. Intestino Grosso
O material não digerido no intestino
delgado alcança o intestino grosso através
do orifício ileocecal
32
. O grande desenvol-
vimento de seu ceco e cólon e seu funcio-
namento como local de intensa fermenta-
ção microbiana representam uma importan-
te adaptação evolucionária aos mecanismos
de defesa das plantas, que incluem uma
baixa disponibilidade de nutrientes
33
. O
ceco e o cólon nos equinos possuem capa-
cidades semelhantes ao rúmen e retículo
nos ruminantes, com uma grande diferen-
ça: nos primeiros a maior parte da fermen-
tação, realizada por uma população micro-
biana ativa, ocorre após o intestino delga-
do. Devido a isso, os equinos são denomi-
nados como animais não ruminantes de
ceco e cólon funcionais
28
.
O ceco, principalmente, e o cólon são
fisiológica e anatomicamente estruturados
para terem um maior tempo de retenção da
digesta, permitindo maior período para a
microbiota intestinal agir sobre os carboi-
dratos estruturais presentes no volumoso.
A sua taxa de passagem através do ceco e
do cólon dura de 36 a 72 horas. Em oposi-
ção, o estômago e o intestino delgado pos-
suem alta taxa de passagem. Entretanto, um
maior tempo de retenção não representa
uma vantagem significativa sobre a diges-
tão de proteínas e carboidratos solúveis
7,34
.
Os equinos, assim como todos os ani-
mais superiores, não possuem enzimas que
possam digerir os carboidratos estruturais
das fibras, e por isso mantêm uma relação
simbiótica com os microorganismos que
possuem enzimas como celulases, hemice-
lulases e pectinases
33
. Essa microbiota in-
testinal é composta de bactérias, principal-
mente Gram-negativas não esporuladas,
protozoários e fungos anaeróbios
12,33
. For-
rageiras como o capim elefante, Napier ou
Cameron (Pennisetum schum), quando
mais velho, possuem alto teor de lignina e
ligno-celulose, fibras indigeríveis pelos
eqüinos, que predispões cólicas por com-
pactação no ceco e cólon, podendo evoluir
para a enterotomia (Figura 2)
30,34
.
Os principais produtos da fermentação
microbiana são os ácidos graxos voláteis,
principalmente acetato, propionato e buti-
rato, além de CO
2, metano, possivelmente
hidrogênio, vitaminas do complexo B e al-
guns lipídios
33
. Existe uma intensa síntese
de proteína microbiana no intestino grosso
dos equinos. No entanto, se essa proteína
contribui para preencher as suas necessi-
dades nutricionais de aminoácidos, é ain-
da bastante controverso
14
. De acordo com
Van Soest (1996), o aproveitamento dessa
proteína requer digestão gástrica, portanto
os equinos não aproveitam essa fonte de
aminoácidos, a qual seria excretada nas
fezes.
A água e os eletrólitos são absorvidos
principalmente no ceco e cólon. Num equi-
no adulto, a água constitui de 65 a 75% de
seu peso corporal e num animal jovem pode
chegar a 80%, sendo um componente fun-
damental nas reações bioquímicas vitais e
nos processos digestivos. Em sua dieta,
água fresca e potável à vontade deve estar
sempre disponível
30
.
FONTE: ARQUIVO PIERRE BARNABÉ ESCODRO
A B C

Figuras 3: Aliar o conhecimento da anatomofisiologia do equídeo e a necessidade nutricional de cada categoria animal é de importância relevan-
te na qualidade de vida dos animais, sempre levando-os às condições mais próximas das selvagens
.............................................................................................................................................................................................................................................................
Existem diversos fatores que afetam a
ingestão de água pelos equinos, como a
composição da dieta, exercício, tempera-
tura e palatabilidade da água
4
. O equino
possui preferência pela água na tempera-
tura entre 7,22ºC e 18,33ºC
23
. Quando con-
finado, o principal momento de consumo
da água ocorre dentro de poucos minutos
após a ingestão de grãos ou cerca de uma
hora após o consumo de feno. A ausência
ou restrição de água nesses momentos crí-
ticos pode explicar o porquê da queda de
desempenho ou a causa de certas cólicas
transitórias
30
.
Equinos ao serem transportados para
outras localidades como exposições ou com-
petições podem diminuir o consumo ou se
negarem a beber uma nova água, princi-
palmente se ela tiver baixa palatabilidade,
como as de maior dureza. De acordo com
Mowrey (2007), um baixo consumo de água
é diretamente relacionado com o aumento
da incidência da cólica por compactação.
A melhor forma de habituar o animal com
uma nova água é gradualmente misturar a
fonte nova com a antiga de água. Se isso
não for possível, ele deve ser monitorado
para se evitar uma desidratação. Também
é possível adicionar um flavorizante como
o melaço ou preparado em pó sólido para
refresco na água de bebida a fim de masca-
rar o sabor da água
9
.
O reto é a porção terminal do intestino,
estendendo-se da entrada pélvica até o
ânus
32
. Sua função é estocar os produtos
fecais que não foram digeridos. Seu con-
teúdo material é mantido neste segmento
do sistema digestório até acumular sufici-
entemente, quando então ocorre um estí-
mulo nervoso e as fezes são evacuadas atra-
vés do ânus
14
.
Uma prática essencial no manejo nu-
tricional consiste em oferecer quantidades
suficientes de fibra na dieta do equino. As
fibras digeríveis são necessárias como fon-
tes de nutrientes para os microorganismos
do ceco e cólon e para proporcionarem ener-
gia ao animal, através dos ácidos graxos
voláteis. Já as fibras indigeríveis são im-
portantes na manutenção do pH, motilida-
de e funções gastrintestinais normais
20
.
Segundo Jackson & Pagan (2002), o mí-
nimo de fibra recomendado é de 5 Kg por
dia para um animal de 500 Kg de peso vivo
(1% do peso vivo). Quantidades maiores
vão reduzir grandemente a incidência de
cólica na maioria dos equinos. O ideal é
que a dieta contenha pelo menos 50% da
matéria seca na forma de volumoso
20
.
Em relação ao comportamento alimen-
tar, ao comparar equinos alimentados prin-
cipalmente com concentrado, com equinos
alimentados com feno, constatou-se que
estes passaram mais tempo se alimentan-
do, com menos tempo ocioso para adquirir
distúrbios do comportamento, como copro-
fagia e aerofagia, do que os animais que
comeram essencialmente concentrado. Se
quantidade insuficiente de fibra for ofere-
cida aos animais, os indicadores de sacie-
dade podem não ser ativados, deixando os
equinos com uma alta motivação alimen-
tar
29
.
Aumentar a relação volumoso : concen-
trado e aumentar a frequência de alimen-
tação evita que o equino possa se sentir en-
tediado e predisposto a desenvolver distúr-
bios digestivos, como cólicas e úlceras gás-
tricas, além de alterações comportamentais,
hormonais e metabólicas
1,22,30
.
Um princípio fundamental do manejo
nutricional é fornecer substratos adequa-
dos para a microbiota intestinal
12
. A manu-
tenção e a estabilidade de seu crescimento
dependem da qualidade dos carboidratos
presentes na fibra dietética
33
. Dessa forma,
muita atenção deve ser dada à qualidade e
quantidade do pasto ou do feno, porque a
ração volumosa é a mais importante fonte
de energia e de nutrientes para animais em
reprodução e em crescimento numa propri-
edade
30
.
Para animais estabulados e com acesso
limitado às pastagens, recomenda-se au-
mentar a frequência diária de fornecimen-
to da ração, com o intuito de que haja me-
lhor digestão e aproveitamento dos nutri-
entes
14
. Inúmeras pequenas refeições ao dia
são preferíveis à somente duas grandes re-
feições, principalmente quando quantida-
des maiores de concentrado estiverem pre-
sentes na dieta. Uma atitude prática é divi-
dir esse concentrado em ao menos quatro
porções homogêneas ao longo do dia, sem-
pre no mesmo horário. 0,4 Kg de concen-
trado/100 Kg de peso vivo / fornecimento
é a quantidade máxima de grãos a serem
ingeridos de uma só vez, nunca ultrapas-
sando 0,4% do peso corporal por refeição
(2 Kg para um equino de 500 Kg)
13,33
.
Quando a dieta é divida em duas ou três
refeições diárias, normalmente ocorre uma
ingestão de grande quantidade de concen-
trado. Como o estômago equino possui pe-
quena capacidade, a velocidade de passa-
gem da digesta aumenta através do trato
gastrintestinal e grande parte desse concen-
trado na forma de carboidratos solúveis
chega intacta ao ceco e cólon sofrendo rá-
pida e intensa fermentação pela microbio-
ta, com grande produção de gases e inten-
sa produção de lactato, que é mal absorvi-
do. Dessa forma, graves consequências
como baixo pH intestinal, atonia cecal, en-
dotoxemia e laminite podem se desenvol-
ver. Também, ocorre menor aproveitamen-
FONTE: PIERRE BARNABÉ ESCODRO

to dos nutrientes, já que a maior parte de
sua digestão é deslocada do intestino del-
gado para o intestino grosso, ocorrendo
menor rendimento energético por molécu-
la de substrato
13,24
.
Em animais estabulados, o fornecimen-
to da ração somente duas vezes ao dia tam-
bém é prejudicial à microbiota intestinal.
Quando o intestino grosso se encontra va-
zio por um longo período, as bactérias mor-
rem, já que dependem da constante presen-
ça da digesta para sobreviver. Bactérias são
essenciais para a adequada digestão da fi-
bra, tanto quanto para a síntese protéica e
de vitaminas do complexo B
9
.
Alterações bruscas nas práticas alimen-
tares são significantemente relacionadas
com maior risco de cólica
1
, já que equinos
parecem ser sensíveis às pequenas varia-
ções no conteúdo dietético de amido em sua
ração, principalmente no conteúdo de ra-
ção concentrada
13
. Por isso, o período de
adaptação à uma nova quantidade ou qua-
lidade de concentrado deve se estender ao
menos por uma semana, para permitir que
a microbiota gastrointestinal se adapte ao
novo substrato
28
.
Apesar da importância da microbiota
intestinal ser bem difundida, pouco tem sido
feito para se manipular o ambiente intesti-
nal dos equinos
12
. A adição de probióticos
na dieta na forma de leveduras vivas pode
auxiliar a estabilizar ou restaurar a fermen-
tação microbiana no intestino grosso e a
combater a ação de bactérias patogênicas
oportunistas, como Escherichia coli e Clos-
tridium perfringens
6,22
.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Para desenvolver um adequado manejo nutricional e permitir que os equinos al- cancem seu máximo potencial genético é essencial conhecer e respeitar a morfofisi- ologia e as particularidades do sistema di- gestório dessa espécie. • É importante criar condições nutricionais dentro das realidades regionais, atividade exercida pelo equino e condições financei- ras do proprietário, buscando atingir os percentuais nutricionais mínimos e condi- ções satisfatórias de manejo. • Lembrar que afecções graves, como cóli- ca e laminite, são muitas vezes induzidas pelo ambiente e pelo manejo proporciona- do pelo homem. Ao criar um equino deve- se sempre que possível criar um regime ali- mentar o mais próximo ao do equino sel- vagem, ou seja, uma dieta rica em volumo- so e pobre em grãos, ingerida em frequen- tes e pequenas frações ao longo do dia.
Manter um ambiente propício e estável
ao ecossistema gastrintestinal deve ser um
dos objetivos primários no manejo nutrici-
onal do equino. Uma forma promissora de
atender essa meta é a suplementação da
dieta dos equinos com probióticos.

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